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Curso: Mestrado em Gestão de
                                                      Serviços de Clientes

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                                                      Data: Ano Lectivo 2010 / 2011

                                                      Docente: Prof. Dr. Fernando
                                                      Romana




  “RECENSÃO  CRÍTICA - ACERCA
    DO CONCEITOS LIGADOS À
   MELHORIA DE DESEMPENHO
         DOS SERVIÇOS”
              NUNO TASSO DE FIGUEIREDO Nº 207056
RESUMO: Este documento pretende, e baseado num trabalho cientifico “Case Study”, fazer uma
recensão crítica acerca do conceitos ligados à melhoria de desempenho dos serviços.



                          IPAM LISBOA – 2010 / 2011
ÍNDICE:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E NETGRÁFICAS.....................3

        1. Identificação dos pontos principais..............................................................4
        2. Análise Crítica...................................................................................................8
        3. Mobilização                                                                                                             de
             conceitos..............................................................................10




                              1
                                  ...”Mede-se a grandeza de uma idéia pela resistência que ela provoca.”...
                                        (Anaxágoras de Clazómenas, 500 a.C.- 428 a.C.; filósofo grego)



                                                 2
                                                     ...”Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar”...
                                                                                                        (Lincoln , Abraham)



                                             3
                                                 ...”A Adversidade é o primeiro caminho para a Verdade.”...
                                                                                                                               (Byron)




1
    Frases e Pensamentos – Ideias, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/ideias.htm, [consultado em 28-11-10].


2
    Frases e Pensamentos – Crítica, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/critica.htm, [consultado em 28-11-10].


3
    Frases e Pensamentos – Adversidade, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/adversidade.htm, [consultado em 28-11-10].


    Mestrado em Gestão de Serviços                                                               Nuno Figueiredo nº 207056
              de Clientes                                                                                                                2
Referências Bibliográficas e Netgráficas:


Bibliografia:

   •   James P. Womack - Chairman, Lean Enterprise Institute – Lean Summit 2008

   •   Mintzberg H (1979), Estrutura e Dinâmica das Organizações, Publicações D.
       Quioxote: Lisboa

   •   Porter, Michael. (1985), Competitive advantage. The Free Press, New York,.

   •   Stoner, J, Freeman, R. (1999), Administração, 5ª Edição, McGraw-Hill
       International Edition.
Netgrafia:
   •   Frases e Pensamentos – Ideias, [em linha], 2010 -
       http://pensamentos.com.sapo.pt/ideias.htm, [consultado em 28-11-10].
   •   Frases e Pensamentos – Crítica, [em linha], 2010 -
       http://pensamentos.com.sapo.pt/critica.htm, [consultado em 28-11-10].
   •   Frases e Pensamentos – Adversidade, [em linha], 2010 -
       http://pensamentos.com.sapo.pt/adversidade.htm, [consultado em 28-11-10].




Mestrado em Gestão de Serviços                                  Nuno Figueiredo nº 207056
          de Clientes                                                                       3
1. Identificação dos pontos principais


   De acordo com o “Case Study” analizado (DNSPs = distribution network service
providers), os pontos chave têm a ver com a análise comparativa que a Autoridade da
concorrência faz às medidas tomadas, e comparando os relatórios de 2005 (ano
anterior) com as linhas/medidas que tinham sido traçadas.


   Os objectivos tinham a ver, na minha opinião, com a avaliação e fiabilidade dos dados
disponíveis no “Website” da Autoridade e que têm a ver com a vertente financeira,
performance e qualidade do serviço prestado.


   O âmbito destas análises não era, dada a diversidade de âmbientes em que operam,
comparar os diferentes fornecedores (DNSPs) entre eles. Portanto sabe-se à partida que as
medidas e a performance de cada operador (DNSPs) apresentam variações de acordo com
essa diversidade.


   As medidas de qualidade constantes, de acordo com o que é relatado no “Case Study”,
são necessárias tendo em vista três questões fundamentais:


   •   Fiabilidade – Medidas facultam informação acerca da interrupção do
       fornecimento de energia (planeadas ou não planeadas).
   •   Qualidade de fornecimento - Medidas facultam informação acerca dos
       problemas relacionados com o fornecimento de energia (baseado nas informações
       dos consumidores).
   •   Serviço prestado ao cliente - Medidas facultam informação acerca de como as
       reclamações, pedidos e problemas dos consumidores são tratados.


DNSPs em análise:


   •   ENERGEX
   •   ERGON ENERGY


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Questões fundamentais em análise:
   •   Fiabilidade:




   •   Interrupções médias de fornecimento de energia 22 minutos, 22% melhor do que
       o periodo homólogo (2005)
   •   Reclamações acerca da fiabilidade melhor do que o periodo homólogo (2005) (104
       versus 154)
   •   Tempo médio para resolução das reclamações 2 dias, melhor do que o periodo
       homólogo que tinha cerca de 10 dias.




   •   Interrupções médias de fornecimento de energia 115 minutos, mas 78 minutos
       melhor do que o periodo homólogo (2005)
   •   Reclamações acerca da fiabilidade (228) melhor do que o periodo homólogo (2005)
       (28%)
   •   Tempo médio para resolução das reclamações 1,9 dias, melhor do que o periodo
       homólogo que tinha cerca de 4,7 dias.
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•   Qualidade de fornecimento:




  •   Reclamações baixaram significativamente para 329.
  •   Tempo médio de resolução 31,6 dias (média dos 2,5 anos anteriores 45 dias).




  •   Reclamações aumentaram no entanto Dezembro de 2006 foi o melhor dos últimos
      anos.
  •   Tempo médio de resolução 74 dias aumentou levemente (mas parecida à
      performance de anos anteriores).




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•   Serviço prestado ao cliente:




  •   Clientes tiveram que esperar em média 23 segundos para falar com um operador
      (similar aos melhores resultados).
  •   Percentagem de chamadas abandonadas melhorou para 2,5%.
  •   Tempo dispendido para novas ligações permaneceu em cerca de 4 dias e 4,1 horas
      (idêntica às médias anteriores)
  •   Tempo médio para resolver problemas com a iluminação de rua cerca de 5
      dias(idêntica às médias anteriores)
  •   Ocasiões em que o DNSP não forneceu a informação acerca de falhas de
      fornecimento planeadas desceu para 4,7%.
  •   O número de reclamações dos consumidores subiu de 1.754 para 1.858.
  •   Tempo médio de resolução de uma reclamação manteve-se nos 2 dias.




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•   Clientes tiveram que esperar em média 28,5 segundos para falar com um operador
        (aumentou de 22 segundos).
    •   Percentagem de chamadas abandonadas aumentou de 1,9% para 3%.
    •   Ocasiões em que o DNSP não forneceu a informação acerca de falhas de
        fornecimento planeadas aumentou de 6% para 8%. E o tempo previsto para as
        interrupções planeadas também aumentou 32%.
    •   O número de reclamações dos consumidores permaneceu nas 697.
    •   Tempo médio de resolução de uma reclamação aumentou de 4,8 para 5 dias.


    2. Análise Crítica
    Relativamente ao trabalho em análise e excluíndo os factores climatéricos, e outros que
influenciam os resultados, gostaria de efectuar uma breve análise crítica.
    Tendo em conta que o mercado dos fornecedores de energia eléctrica é um mercado
muito específico e onde existem poucos operadores, e os que existem funcionam num
quase regime de Monopólio, existem no entanto algumas considerações que podem ser


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efectuadas, até porque existem autoridades reguladores e organismos de defesa do
consumidor.

         Verificando o que Mintzberg H (1979) refere acerca da estrutura e dinâmica das
organizações assim como de Stoner, J, Freeman, R. (1999), relativamente à
administração posso retirar algumas pistas. Partindo do princípio “Control what is
Controllable” existe logo uma destrinça que deverá ser efectuada, ou seja aquilo que pode
efectivamente ser percepcionado pelo mercado, e até pelas próprias organizações, como
uma mais ou menos valia (valor) no serviço que é prestado.

         O Consumidor percebe que existam problemas face a um furacão e que os
mesmos são factores aleatórios incontroláveis face ao serviço que é prestado. Já não
entenderá tão bem o porquê de estar tempo em demasia à espera de ser atendido
pelos operadores ou, no caso das interrupões de fornecimento de energia previstas,
os prazos preconizados não serem cumpridos.

         Ou seja, os factores incontroláveis como um furacão, com uma boa política
de comunicação, não causam um efeito preverso na mente do consumidor acerca da
qualidade do serviço prestado e como tal não afectam o valor percepcionado nem
defrauda expectativas.

         Quanto aos restantes factores, o consumidor irá sempre idêntificá-los como
questões inerentes à má estruturação da empresa em termos de recursos humanos,
organização de processos e controlo deficitários. Uma notória falta de eficiência e
eficicácia que afecta o valor percepcionado pelo consumidor de uma forma negativa
defraudando as suas expectativas.
       Muito embora, como consumidores, já estejamos habituados ao autismo de
organizações desta natureza, não deixa de ser interessante que neste caso a Autoridade
da concorrência exclui logo à partida a comparação entre operadores (DNSPs). Dado que
este tipo de empresas não aposta muito em análises da concorrência no sentido de não
perderem “share”, provávelmente as métricas relativas ao “customer service” têm
um peso irrelevante nas medidas de melhoramento.
       O “Case Study” faculta alguns indicadores (métricas) onde se podem verificar
melhorias ou decréscimo de desempenho no entanto não faculta dados objectivos
acerca das medidas implementadas para obter as melhorias nem aponta caminhos
para a correcção dos desvios.
 Mestrado em Gestão de Serviços                                Nuno Figueiredo nº 207056
           de Clientes                                                                      9
É óbvio que empresas destas, a operar em àreas tão sensíveis para a economia,
estão           sujeitas       a
regulamentação                 e
certificação.     Normalmente
não estão sujeitas ao que
Porter identificou como
análise              estratégica
(modelo das 5 forças) ou
seja,      à     pressão     do
mercado onde a lei da
oferta e da procura dita
regras de melhoramento
contínuo. O que caracteriza o Monopólio é o seu poder de actuar quase sem restrições,
estabelecendo preços sem levar em consideração a concorrência e os consumidores. Ou
seja o poder de mercado deriva da inexistência de produtos substitutos e das elevadas
barreiras à entrada. Pode inclusivé existir mais do que uma empresa mas o nível de
concentração é extremamente elevado. O Monopolista é o mercado!


    3. Mobilização de conceitos
    O contributo do “Case Study” para o conhecimento dentro da área científica em que se
enquadra terá exclusivamente a ver, e dentro do meu ponto de vista, na identificação de
alguns pontos ou factores interessantes ao nível de cruzar com, entre outras,
algumas áreas de estudo:
          •    Cultura organizacional e quais os seus fins face a garantir níveis de eficiência
               e eficácia;
          •    Economia com todas as suas variáveis tendo em vista a melhoria e
               adaptabilidade permanentes;
          •    Gestão com os mecanismos de Planeamento, Organização, Liderança e
               Controlo no sentido de obter o respectivo Feedback para aplicar as correcções
               necessárias (face aos propósitos, processos e as pessoas);
          •    Políticas ou culturas    de comunicação que garantam que as mensagens
               internas e externas não sejam afactadas de distorções;


 Mestrado em Gestão de Serviços                                      Nuno Figueiredo nº 207056
           de Clientes                                                                            10
•   Controlo e implementação de sistemas de qualidade no sentido de gerir a
               relação entre as expectativas e os resultados como por exemplo com o modelo
               Lean (abaixo pequeno resumo).


4
    Lean Tools to Lean Management


       •   Propósito: Ajuda os clientes a resolverem problemas através da correcta
           especificação do valor para que a empresa possa prosperar;
       •   Processo: Através dos processos Lean o mais simples e visível possível.
       •   Pessoas: Cativando pessoas com um conhecimento profundo na resolução
           repetitiva de problemas e na standartização.




       Ou seja tudo o que garanta o equilíbrio necessário entre o que é a estratégia,
sistema de qualidade e o controlo de gestão no sentido de se garantir o que
verdadeiramente interessa às organizações: Rentabilidade, Entrega, Satisfação do
Cliente e a Satisfação dos colaboradores.




4
    James P. Womack - Chairman, Lean Enterprise Institute – Lean Summit 2008
    Mestrado em Gestão de Serviços                                         Nuno Figueiredo nº 207056
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  • 1. Curso: Mestrado em Gestão de Serviços de Clientes Trabalho elaborado para a Unidade Curricular: Medidas e Melhoria de Desempenho de Serviço Data: Ano Lectivo 2010 / 2011 Docente: Prof. Dr. Fernando Romana “RECENSÃO CRÍTICA - ACERCA DO CONCEITOS LIGADOS À MELHORIA DE DESEMPENHO DOS SERVIÇOS” NUNO TASSO DE FIGUEIREDO Nº 207056 RESUMO: Este documento pretende, e baseado num trabalho cientifico “Case Study”, fazer uma recensão crítica acerca do conceitos ligados à melhoria de desempenho dos serviços. IPAM LISBOA – 2010 / 2011
  • 2. ÍNDICE: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E NETGRÁFICAS.....................3 1. Identificação dos pontos principais..............................................................4 2. Análise Crítica...................................................................................................8 3. Mobilização de conceitos..............................................................................10 1 ...”Mede-se a grandeza de uma idéia pela resistência que ela provoca.”... (Anaxágoras de Clazómenas, 500 a.C.- 428 a.C.; filósofo grego) 2 ...”Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar”... (Lincoln , Abraham) 3 ...”A Adversidade é o primeiro caminho para a Verdade.”... (Byron) 1 Frases e Pensamentos – Ideias, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/ideias.htm, [consultado em 28-11-10]. 2 Frases e Pensamentos – Crítica, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/critica.htm, [consultado em 28-11-10]. 3 Frases e Pensamentos – Adversidade, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/adversidade.htm, [consultado em 28-11-10]. Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 2
  • 3. Referências Bibliográficas e Netgráficas: Bibliografia: • James P. Womack - Chairman, Lean Enterprise Institute – Lean Summit 2008 • Mintzberg H (1979), Estrutura e Dinâmica das Organizações, Publicações D. Quioxote: Lisboa • Porter, Michael. (1985), Competitive advantage. The Free Press, New York,. • Stoner, J, Freeman, R. (1999), Administração, 5ª Edição, McGraw-Hill International Edition. Netgrafia: • Frases e Pensamentos – Ideias, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/ideias.htm, [consultado em 28-11-10]. • Frases e Pensamentos – Crítica, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/critica.htm, [consultado em 28-11-10]. • Frases e Pensamentos – Adversidade, [em linha], 2010 - http://pensamentos.com.sapo.pt/adversidade.htm, [consultado em 28-11-10]. Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 3
  • 4. 1. Identificação dos pontos principais De acordo com o “Case Study” analizado (DNSPs = distribution network service providers), os pontos chave têm a ver com a análise comparativa que a Autoridade da concorrência faz às medidas tomadas, e comparando os relatórios de 2005 (ano anterior) com as linhas/medidas que tinham sido traçadas. Os objectivos tinham a ver, na minha opinião, com a avaliação e fiabilidade dos dados disponíveis no “Website” da Autoridade e que têm a ver com a vertente financeira, performance e qualidade do serviço prestado. O âmbito destas análises não era, dada a diversidade de âmbientes em que operam, comparar os diferentes fornecedores (DNSPs) entre eles. Portanto sabe-se à partida que as medidas e a performance de cada operador (DNSPs) apresentam variações de acordo com essa diversidade. As medidas de qualidade constantes, de acordo com o que é relatado no “Case Study”, são necessárias tendo em vista três questões fundamentais: • Fiabilidade – Medidas facultam informação acerca da interrupção do fornecimento de energia (planeadas ou não planeadas). • Qualidade de fornecimento - Medidas facultam informação acerca dos problemas relacionados com o fornecimento de energia (baseado nas informações dos consumidores). • Serviço prestado ao cliente - Medidas facultam informação acerca de como as reclamações, pedidos e problemas dos consumidores são tratados. DNSPs em análise: • ENERGEX • ERGON ENERGY Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 4
  • 5. Questões fundamentais em análise: • Fiabilidade: • Interrupções médias de fornecimento de energia 22 minutos, 22% melhor do que o periodo homólogo (2005) • Reclamações acerca da fiabilidade melhor do que o periodo homólogo (2005) (104 versus 154) • Tempo médio para resolução das reclamações 2 dias, melhor do que o periodo homólogo que tinha cerca de 10 dias. • Interrupções médias de fornecimento de energia 115 minutos, mas 78 minutos melhor do que o periodo homólogo (2005) • Reclamações acerca da fiabilidade (228) melhor do que o periodo homólogo (2005) (28%) • Tempo médio para resolução das reclamações 1,9 dias, melhor do que o periodo homólogo que tinha cerca de 4,7 dias. Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 5
  • 6. Qualidade de fornecimento: • Reclamações baixaram significativamente para 329. • Tempo médio de resolução 31,6 dias (média dos 2,5 anos anteriores 45 dias). • Reclamações aumentaram no entanto Dezembro de 2006 foi o melhor dos últimos anos. • Tempo médio de resolução 74 dias aumentou levemente (mas parecida à performance de anos anteriores). Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 6
  • 7. Serviço prestado ao cliente: • Clientes tiveram que esperar em média 23 segundos para falar com um operador (similar aos melhores resultados). • Percentagem de chamadas abandonadas melhorou para 2,5%. • Tempo dispendido para novas ligações permaneceu em cerca de 4 dias e 4,1 horas (idêntica às médias anteriores) • Tempo médio para resolver problemas com a iluminação de rua cerca de 5 dias(idêntica às médias anteriores) • Ocasiões em que o DNSP não forneceu a informação acerca de falhas de fornecimento planeadas desceu para 4,7%. • O número de reclamações dos consumidores subiu de 1.754 para 1.858. • Tempo médio de resolução de uma reclamação manteve-se nos 2 dias. Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 7
  • 8. Clientes tiveram que esperar em média 28,5 segundos para falar com um operador (aumentou de 22 segundos). • Percentagem de chamadas abandonadas aumentou de 1,9% para 3%. • Ocasiões em que o DNSP não forneceu a informação acerca de falhas de fornecimento planeadas aumentou de 6% para 8%. E o tempo previsto para as interrupções planeadas também aumentou 32%. • O número de reclamações dos consumidores permaneceu nas 697. • Tempo médio de resolução de uma reclamação aumentou de 4,8 para 5 dias. 2. Análise Crítica Relativamente ao trabalho em análise e excluíndo os factores climatéricos, e outros que influenciam os resultados, gostaria de efectuar uma breve análise crítica. Tendo em conta que o mercado dos fornecedores de energia eléctrica é um mercado muito específico e onde existem poucos operadores, e os que existem funcionam num quase regime de Monopólio, existem no entanto algumas considerações que podem ser Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 8
  • 9. efectuadas, até porque existem autoridades reguladores e organismos de defesa do consumidor. Verificando o que Mintzberg H (1979) refere acerca da estrutura e dinâmica das organizações assim como de Stoner, J, Freeman, R. (1999), relativamente à administração posso retirar algumas pistas. Partindo do princípio “Control what is Controllable” existe logo uma destrinça que deverá ser efectuada, ou seja aquilo que pode efectivamente ser percepcionado pelo mercado, e até pelas próprias organizações, como uma mais ou menos valia (valor) no serviço que é prestado. O Consumidor percebe que existam problemas face a um furacão e que os mesmos são factores aleatórios incontroláveis face ao serviço que é prestado. Já não entenderá tão bem o porquê de estar tempo em demasia à espera de ser atendido pelos operadores ou, no caso das interrupões de fornecimento de energia previstas, os prazos preconizados não serem cumpridos. Ou seja, os factores incontroláveis como um furacão, com uma boa política de comunicação, não causam um efeito preverso na mente do consumidor acerca da qualidade do serviço prestado e como tal não afectam o valor percepcionado nem defrauda expectativas. Quanto aos restantes factores, o consumidor irá sempre idêntificá-los como questões inerentes à má estruturação da empresa em termos de recursos humanos, organização de processos e controlo deficitários. Uma notória falta de eficiência e eficicácia que afecta o valor percepcionado pelo consumidor de uma forma negativa defraudando as suas expectativas. Muito embora, como consumidores, já estejamos habituados ao autismo de organizações desta natureza, não deixa de ser interessante que neste caso a Autoridade da concorrência exclui logo à partida a comparação entre operadores (DNSPs). Dado que este tipo de empresas não aposta muito em análises da concorrência no sentido de não perderem “share”, provávelmente as métricas relativas ao “customer service” têm um peso irrelevante nas medidas de melhoramento. O “Case Study” faculta alguns indicadores (métricas) onde se podem verificar melhorias ou decréscimo de desempenho no entanto não faculta dados objectivos acerca das medidas implementadas para obter as melhorias nem aponta caminhos para a correcção dos desvios. Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 9
  • 10. É óbvio que empresas destas, a operar em àreas tão sensíveis para a economia, estão sujeitas a regulamentação e certificação. Normalmente não estão sujeitas ao que Porter identificou como análise estratégica (modelo das 5 forças) ou seja, à pressão do mercado onde a lei da oferta e da procura dita regras de melhoramento contínuo. O que caracteriza o Monopólio é o seu poder de actuar quase sem restrições, estabelecendo preços sem levar em consideração a concorrência e os consumidores. Ou seja o poder de mercado deriva da inexistência de produtos substitutos e das elevadas barreiras à entrada. Pode inclusivé existir mais do que uma empresa mas o nível de concentração é extremamente elevado. O Monopolista é o mercado! 3. Mobilização de conceitos O contributo do “Case Study” para o conhecimento dentro da área científica em que se enquadra terá exclusivamente a ver, e dentro do meu ponto de vista, na identificação de alguns pontos ou factores interessantes ao nível de cruzar com, entre outras, algumas áreas de estudo: • Cultura organizacional e quais os seus fins face a garantir níveis de eficiência e eficácia; • Economia com todas as suas variáveis tendo em vista a melhoria e adaptabilidade permanentes; • Gestão com os mecanismos de Planeamento, Organização, Liderança e Controlo no sentido de obter o respectivo Feedback para aplicar as correcções necessárias (face aos propósitos, processos e as pessoas); • Políticas ou culturas de comunicação que garantam que as mensagens internas e externas não sejam afactadas de distorções; Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 10
  • 11. Controlo e implementação de sistemas de qualidade no sentido de gerir a relação entre as expectativas e os resultados como por exemplo com o modelo Lean (abaixo pequeno resumo). 4 Lean Tools to Lean Management • Propósito: Ajuda os clientes a resolverem problemas através da correcta especificação do valor para que a empresa possa prosperar; • Processo: Através dos processos Lean o mais simples e visível possível. • Pessoas: Cativando pessoas com um conhecimento profundo na resolução repetitiva de problemas e na standartização. Ou seja tudo o que garanta o equilíbrio necessário entre o que é a estratégia, sistema de qualidade e o controlo de gestão no sentido de se garantir o que verdadeiramente interessa às organizações: Rentabilidade, Entrega, Satisfação do Cliente e a Satisfação dos colaboradores. 4 James P. Womack - Chairman, Lean Enterprise Institute – Lean Summit 2008 Mestrado em Gestão de Serviços Nuno Figueiredo nº 207056 de Clientes 11