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Agrotóxico e trabalho:
uma combinação perigosa
para a saúde do trabalhador rural
Discentes:
Costa Ferreira
Darline Lima
Natália Lima
Quézia Araújo
CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
Introdução
A agricultura, que por séculos tem se constituído o meio de vida dos agricultores
e de suas famílias, converteu-se numa atividade orientada para a produção
comercial. Por trás desta mudança, está a necessidade de alimentar um
contingente populacional cada vez maior, que segundo a Organização das
Nações Unidas será de 7,9 bilhões de pessoas em 2025 (OIT, 2001).
Processo de trabalho agrícola:
riscos e danos potenciais
Os riscos, fatores de risco e danos à saúde dos trabalhadores devem ser
compreendidos como expressão das tecnologias utilizadas, da organização e da
divisão do trabalho, da intervenção dos trabalhadores nos locais de trabalho, da
ação de técnicos e instituições relacionados à questão e do arcabouço jurídico
vigente.
• Acidentes com ferramentas manuais;
• Acidentes com animais peçonhentos;
Riscos ao trabalhador
• Exposição a agentes infecciosos e parasitários;
• Exposição às radiações solares por longos períodos;
• Exposição a ruído e à vibração;
• Exposição a partículas de grãos armazenados;
• A divisão e o ritmo intenso de trabalho com cobrança de produtividade;
•Exposição a fertilizantes e agrotóxicos, que podem causar intoxicações graves e
mortais.
A utilização dos agrotóxicos
A utilização de produtos visando ao combate de pragas e doenças presentes na
agricultura não é recente. Civilizações antigas usavam enxofre, arsênico e
calcário, que destruíam plantações e alimentos armazenados. Também eram
utilizadas substâncias orgânicas, como a nicotina extraída do fumo e do
pyrethrum (Garcia, 1996; Meirelles, 1996). O intenso desenvolvimento da
indústria química a partir da Revolução Industrial determinou o incremento na
pesquisa e produção dos produtos agrotóxicos. Sua produção em escala
industrial teve início em 1930, intensificando-se a partir de 1940 (Meirelles,
1996).
Agrotóxicos e danos à saúde
Os paradigmas teóricos e científicos que têm
norteado a maioria dos estudos e pesquisas sobre
a relação saúde, doença e trabalho em geral, e
sobre os danos à saúde causados pelos
agrotóxicos no trabalho em particular, não trazem
para seu cerne a concepção dialética do trabalho,
negando assim (...) a noção do trabalho como
atividade humana básica e que assume formas
específicas como expressão das relações sociais,
sob as quais se realiza (Laurell & Noriega, 1989).
A partir desse olhar, os danos à saúde causados
pelo trabalho são compreendidos como simples
expressões sobre os corpos dos trabalhadores de
determinados riscos presentes nos ambientes de
trabalho. Ou seja, há uma redução naturalista e
biologicista da idéia de risco e dano, na medida
em que não se considera seu caráter histórico e
social.
Exposição combinada
A contaminação e a mistura de agrotóxicos é situação muito presente na
realidade do trabalho agrícola, seja por causa das impurezas, dos inertes, seja
pela aquisição de produtos associados ou pelo uso simultâneo de várias
substâncias (Novato-Silva et al., 1999; Silva et al., 1999; Silva, 2000; Soares et
al., 2003).
A imensa maioria dos estudos não considera a interação que os diversos
compostos químicos podem estabelecer entre si e sistemas biológicos orgânicos,
sendo que essa interação pode até mesmo modificar o comportamento tóxico de
um determinado produto, acarretando efeitos diversos sobre a saúde do grupo
de trabalhadores expostos.
A informação sobre as
intoxicações por agrotóxicos
No Brasil, as informações em saúde encontram-se dispersas em várias bases
de dados, de forma fragmentada e desarticulada. Como herança da vigilância
epidemiológica das doenças infecciosas de notificação compulsória, privilegia-se o
registro de doenças. Isto dificulta o conhecimento dos seus condicionantes e
determinantes nas condições de vida e trabalho concretas dos trabalhadores
(Freitas CU et al. 1986; Brasil, 1996 a 2001).
Considerações finais
A agricultura brasileira se desenvolve num cenário econômico, social,
ideológico e cultural caracterizado pela intensa concentração fundiária,
pelo ganho de produtividade, pela incorporação de tecnologias com
grande impacto sobre a saúde humana e ambiental e pelo crescimento
das exportações e do agronegócio. Observamos ainda uma participação
significativa do trabalho do menor e ocorrência do trabalho escravo em
algumas regiões. Este cenário cria as condições para a composição de
um quadro bastante desfavorável para a saúde dos trabalhadores do
setor.
Referências:
Jandira Maciel da Silva I; Eliane Novato-Silva II; Horácio Pereira Faria III;
Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro III
I.Coordenadoria de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador da Secretaria de
Estado da Saúde de Minas Gerais.
Av. Afonso Pena 2300, sala 905, Funcionários. 30130-007 Belo Horizonte MG.
strabalhador@saude.mg.gov.br
II.Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas
da Universidade Federal de
Minas Gerais
III.Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas
Gerais
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Agrotóxicos e Trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador rural

  • 1. Agrotóxico e trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador rural Discentes: Costa Ferreira Darline Lima Natália Lima Quézia Araújo CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
  • 2. Introdução A agricultura, que por séculos tem se constituído o meio de vida dos agricultores e de suas famílias, converteu-se numa atividade orientada para a produção comercial. Por trás desta mudança, está a necessidade de alimentar um contingente populacional cada vez maior, que segundo a Organização das Nações Unidas será de 7,9 bilhões de pessoas em 2025 (OIT, 2001).
  • 3. Processo de trabalho agrícola: riscos e danos potenciais Os riscos, fatores de risco e danos à saúde dos trabalhadores devem ser compreendidos como expressão das tecnologias utilizadas, da organização e da divisão do trabalho, da intervenção dos trabalhadores nos locais de trabalho, da ação de técnicos e instituições relacionados à questão e do arcabouço jurídico vigente.
  • 4. • Acidentes com ferramentas manuais; • Acidentes com animais peçonhentos; Riscos ao trabalhador
  • 5. • Exposição a agentes infecciosos e parasitários; • Exposição às radiações solares por longos períodos;
  • 6. • Exposição a ruído e à vibração; • Exposição a partículas de grãos armazenados;
  • 7. • A divisão e o ritmo intenso de trabalho com cobrança de produtividade; •Exposição a fertilizantes e agrotóxicos, que podem causar intoxicações graves e mortais.
  • 8. A utilização dos agrotóxicos A utilização de produtos visando ao combate de pragas e doenças presentes na agricultura não é recente. Civilizações antigas usavam enxofre, arsênico e calcário, que destruíam plantações e alimentos armazenados. Também eram utilizadas substâncias orgânicas, como a nicotina extraída do fumo e do pyrethrum (Garcia, 1996; Meirelles, 1996). O intenso desenvolvimento da indústria química a partir da Revolução Industrial determinou o incremento na pesquisa e produção dos produtos agrotóxicos. Sua produção em escala industrial teve início em 1930, intensificando-se a partir de 1940 (Meirelles, 1996).
  • 9. Agrotóxicos e danos à saúde Os paradigmas teóricos e científicos que têm norteado a maioria dos estudos e pesquisas sobre a relação saúde, doença e trabalho em geral, e sobre os danos à saúde causados pelos agrotóxicos no trabalho em particular, não trazem para seu cerne a concepção dialética do trabalho, negando assim (...) a noção do trabalho como atividade humana básica e que assume formas específicas como expressão das relações sociais, sob as quais se realiza (Laurell & Noriega, 1989). A partir desse olhar, os danos à saúde causados pelo trabalho são compreendidos como simples expressões sobre os corpos dos trabalhadores de determinados riscos presentes nos ambientes de trabalho. Ou seja, há uma redução naturalista e biologicista da idéia de risco e dano, na medida em que não se considera seu caráter histórico e social.
  • 10. Exposição combinada A contaminação e a mistura de agrotóxicos é situação muito presente na realidade do trabalho agrícola, seja por causa das impurezas, dos inertes, seja pela aquisição de produtos associados ou pelo uso simultâneo de várias substâncias (Novato-Silva et al., 1999; Silva et al., 1999; Silva, 2000; Soares et al., 2003). A imensa maioria dos estudos não considera a interação que os diversos compostos químicos podem estabelecer entre si e sistemas biológicos orgânicos, sendo que essa interação pode até mesmo modificar o comportamento tóxico de um determinado produto, acarretando efeitos diversos sobre a saúde do grupo de trabalhadores expostos.
  • 11. A informação sobre as intoxicações por agrotóxicos No Brasil, as informações em saúde encontram-se dispersas em várias bases de dados, de forma fragmentada e desarticulada. Como herança da vigilância epidemiológica das doenças infecciosas de notificação compulsória, privilegia-se o registro de doenças. Isto dificulta o conhecimento dos seus condicionantes e determinantes nas condições de vida e trabalho concretas dos trabalhadores (Freitas CU et al. 1986; Brasil, 1996 a 2001).
  • 12. Considerações finais A agricultura brasileira se desenvolve num cenário econômico, social, ideológico e cultural caracterizado pela intensa concentração fundiária, pelo ganho de produtividade, pela incorporação de tecnologias com grande impacto sobre a saúde humana e ambiental e pelo crescimento das exportações e do agronegócio. Observamos ainda uma participação significativa do trabalho do menor e ocorrência do trabalho escravo em algumas regiões. Este cenário cria as condições para a composição de um quadro bastante desfavorável para a saúde dos trabalhadores do setor.
  • 13.
  • 14. Referências: Jandira Maciel da Silva I; Eliane Novato-Silva II; Horácio Pereira Faria III; Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro III I.Coordenadoria de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Av. Afonso Pena 2300, sala 905, Funcionários. 30130-007 Belo Horizonte MG. strabalhador@saude.mg.gov.br II.Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais III.Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais