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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 15 - Número 1 - 1º Semestre 2015
AGRICULTURA FAMILIAR E AGROTÓXICOS NO ASSENTAMENTO RURAL UNIÃO,
MUNICÍPIO DE MIRACEMA, TOCANTINS, 2011
Maria Ivone dos Santos1
; Salete Terezinha Rauber Klein2
; Tereza Neuma Guedes Wanderlei3
;
José Gerley Díaz Castro4
RESUMO
O município de Miracema (TO) apresenta a maior área plantada de abacaxi, representando 20% da produção
estadual, utilizando agrotóxicos intensivamente. Neste estudo, objetivou-se Identificar os diferentes tipos de
agrotóxicos lançados no ambiente e os impactos causados a saúde dos trabalhadores e ambiente. Foi realisado
um estudo, descritivo, com aplicação de questionário, informações obtidas por observações, conversas com
moradores e representantes da comunidade sobre condições de vida e trabalho. O projeto foi aprovado no
Comitê de Ética em Pesquisas da UFT, Parecer n° 048/2011. Observou-se que (42,8%) trabalharam mais de
31 anos com lavoura; (100%) já fizeram uso de agrotóxico; (76,1%) manejaram agrotóxico com grau de
toxicidade tipo I; (52,3%) adquiriram os produtos em casas agropecuárias sem orientação técnica; (52,3%)
usaram algum tipo de EPI, porém de forma inadequada. 87,7% relataram sintomas auto referido a intoxicação
após uso desses produtos, água para consumo, dos 47,58% que citaram algum tipo de problema com a água,
50% era relacionado a cor. Conclui se que as queixas sobre intoxicação em decorrência do uso de agrotóxico,
falta devida de acompanhamento quanto ao uso de agrotóxicos, contaminação da água de consumo. Sugere-se
o desenvolvimento de atividades intersetoriais, voltadas para o uso sustentável desses produtos.
Palavras-chave: Agricultura familiar, exposição, saúde do trabalhador, agrotóxico.
FAMILY FARMING AND PESTICIDES IN RURAL ASSENTAMENTO UNITED MUNICIPALITY
OF MIRACEMA, TOCANTINS, 2011
ABSTRACT
The agribusiness in particular the production of pineapples, has been extended to over 10 years in the state of
Tocantins. Being the city of Miracema which has the largest planted area representing 20% of the state's
pineapple production, using techniques that require the intensive use of pesticides. To identify the different
types of pesticides into the environment and impacts the health of workers and the environment in rural
settlement Union Methods: realized a study, descriptive, questionnaire, information from observations,
conversations with residents and representatives of community about the conditions of life and work. With
approval of the Ethics in Research UFT, Opinion No. 048/2011. (42.8%) worked over 31 years with tillage;
(100%) have made use of pesticides; (76.1%) plied with toxic pesticide type I (52.3%) acquired products in
homes without agricultural technical guidance, 11 (52.3%) used some type of PPE, however inadequately,
(87.7%) reported symptoms that self poisoning after using these products, as water for drinking, the 47 58%
who cited some kind of problem with water, 50% was related to color change. The addition of workers
complaining of poisoning due to the use of pesticides, were not properly monitored to avoid the mistaken
practices of pesticide use, and contamination in drinking water. It is expected that the sectors responsible
monitor these services effectively, triggering intersectoral activities, aimed at the sustainable use of these
products.
Keywords: Family farming, exposure, occupational health, pesticides.
12
INTRODUÇÃO
A agricultura e a pecuária surgiram há
milhares de anos e representam um importante
acontecimento na história da humanidade
(CARVALHO, 1992). Como setor primário,
quando foi envolvida no processo de
industrialização configurou-se um importante
fator na história do desenvolvimento da
economia.1
Contribuíram para isso, os aportes
tecnológicos que se intensificaram a partir da
revolução industrial e que tiveram seu ápice após
a segunda Guerra mundial que abriu perspectiva
de expansão do capital (BUIANAIN, 2003). A
transformação que ocorreu na agricultura
tradicional para moderna foi alicerçada nos
pilares mecânicos, químicos, e genéticos. A
revolução atingiu vários países inclusive o Brasil,
promovendo mudanças na base técnica da
agricultura e da pecuária, através de um pacote
tecnológico constituído por máquinas,
fertilizantes, agrotóxicos e variedades vegetais
geneticamente melhoradas (BUIANAIN, 2003).
Esse processo se deu sob orientação da chamada
Revolução Verde como modelo de produção
racional, voltada à expansão das agroindústrias
(MOREIRA, 2011).
No Brasil, o consumo de Agrotóxico
encontra-se em franca expansão. Nas lavouras
brasileiras são usados pelo menos dez produtos
proscritos na União Européia (UE), Estados
Unidos e um deles no Paraguai (LONDRES,
2011).
O Brasil é um dos seis principais
produtores mundial de abacaxi, acompanhado da
Tailândia Filipinas, China, Índia e Costa Rica
totalizando 59% da produção mundial
LONDRES, 2011).
No cultivo de abacaxi os agrotóxicos
estão presentes em todas as etapas, para
combate de plantas daninhas, doenças e pragas.5
Dentre os agrotóxicos seletivos para a cultura do
abacaxi e registrados junto ao Ministério de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento do
Brasil (MAPA) estão herbicidas dos grupos
Químicos da Triazina, Uréia, Uracila + Ureia e
Bipiridili; os fungicidas dos grupos
Benzimidazol e Triazol e os inseticidas dos
grupos químicos Neonicotinoide e
Organofosforado (EMBRAPA, 2009).
No estado do Tocantins a partir do final
da década de 1990, sucessivos governos
investiram na expansão dos Pólos de
Desenvolvimento, atraindo empresas de
agronegócio. Em 2010 se tornou um dos 10
maiores produtores de abacaxi, a produção se
estendeu para todo Brasil. Sendo o município de
Miracema o que apresenta a maior área plantada
do estado representando 20% da produção
estadual (GOMES, et al., 2008). Hoje, já se
tornou uma característica comum entre os
produtores rurais da região a utilização intensiva
de agrotóxicos, tanto nas grandes empresas
agrícolas, como na agricultura familiar (MARIA,
2009).
Em virtude deste panorama e diante dos
esforços do governo para acompanhar a
utilização do consumo de agrotóxico, o que se
observa é a expansão mássica do uso desses
produtos, como consequência a população vem
sendo alvo de agravos à saúde (MARIA, 2009).
Esta pesquisa objetivou descrever os
agrotóxicos utilizados no assentamento rural
União Miracema Tocantins no ano de 2011,
observando seus graus de toxicidade para o
homem e ambiente, e identificar as possíveis
fragilidades dos setores que acompanham o uso
agrícola desses produtos.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo,
avaliaram-se vários aspectos, inclusive as
condições de trabalho dos plantadores rurais,
entre os dias 28 de novembro e 02 de dezembro
de 2011. Aplicou-se de um questionário com as
21 famílias que lá residiam, também foram
obtidas informações por meio de observação,
conversas com os moradores e representantes da
comunidade, sobre condições de vida e trabalho.
Os questionários foram aplicados no local de
moradia e também em reunião na igreja da
comunidade.
Os dados foram armazenados em
planilhas do Programa Excel (Microsoft office),
importados para o programa Epi Info 3.2.2, para
formação da base de dados.
A análise estatística foi realizada
utilizando os programas Epi Info e SPSS, versão
DEMO. Para tabulação dos dados da
13
comunidade foram constituídas tabelas e
gráficos.
Considerações éticas
A pesquisa obedeceu aos princípios
éticos dispostos na Resolução n° 196/96 da
Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa/Conselho Nacional de Saúde
(Conep/CNS). O projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisas da UFT, conforme
Parecer n° 048/2011, em reunião ordinária
ocorrida no dia 30 de novembro de 2011.
RESULTADOS
Considerando o tempo trabalhado na
agricultura. A maioria (42,8%) tinham de 31 a
mais anos de trabalho com agricultura, 5
trabalhadores menos de 15 anos na agricultura e
os restantes 7 (33,3%) entre 16 e 30 anos de
atividade. Do total de trabalhadores, 66,6% só
haviam trabalhado com agricultura e restante
tinham exercido outras atividades.
Quanto ao controle de pragas (Tabela 1)
foi possível constatar o uso rotineiro de
agrotóxicos no assentamento, todos faziam
controle de pragas com agrotóxicos, (95,2%)
eram responsáveis pela manipulação e aplicação
dos produtos. Foi relatado que o consumo de
agrotóxicos é regulado de acordo incidência das
pragas. 23 produtos foram citados pelos
agricultores como de uso frequente, em suas
lavouras destacando-se os herbicidas, inseticidas
e fungicidas com classificação tóxica variada.
Os agrotóxicos mais usados pelos
agricultores são: Decis, Ethrel e Diuron aplicados
em lavouras de abacaxi e Dma 806 e Decis
aplicados nas demais lavouras. Um produto foi
considerado extremamente tóxico, três altamente
tóxicos, quatro moderadamente tóxicos, dois
pouco tóxicos, um não foi encontrado registro, e
uma era fertilizante agrícola.
Tabela 01 – Distribuição das Características dos agrotóxicos por ação e classe toxicológica utilizados pelos
trabalhadores rurais no assentamento união, Município de Miracema, Estado do Tocantins. Brasil, 2011
AGROT. AÇÃO
CLASSE
TOXIC.
CONSUMO
Ethrel Regul. Cresc Classe I 16
Decis Inseticida Classe II 16
Cercobin Fungicida Classe II 3
Sevin 480sc Inseticida Classe II 1
Aliette Fungicida Classe III 7
Ridomil Fungicida Classe III 2
Ametrina Herbicida Classe III 2
Atrazina Herbicida Classe III 1
Diuron Herbicida Classe IV 11
Evidence Inseticida Classe IV 2
Bitol Não encontrado 1
Ureia
agrícola
Fertilizante 4
P51 Adubo 2
Como pode ser observado na tabela 02,
todos os entrevistados informaram ter adquirido
os produtos em casa agropecuária da região;
(47,6%) receberam orientação sobre uso dos
produtos por técnicos da RURALTINS ou
SEBRAE; sete pessoas (33,3%) receberam
algum tipo de orientação dos vendedores das
lojas e/ou representantes dos produtos; quatro
(19%) guiaram-se por outros agricultores.
14
Tabela 02 – Distribuição do local de aquisição dos
agrotóxicos, orientação quanto à utilização do receituário,
local de armazenamento, descarte das embalagens vazias e
tempo de manejo dos agrotóxicos pelos trabalhadores no
assentamento rural União município de Miracema
Tocantins. Brasil, 2011
LOCAL DE COMPRA
DOS AGROTÓXICOS
TOTAL %
Casa agropecuária 21 100
ORIENTAÇÃO
DA COMPRA
Técnico/Agrônomo
RURALTINS/ SEBRAE
10 47,6
Vendedor de loja 4 19,0
Outros agricultores 4 19,0
Representante
de agrotóxicos
3 14,2
UTILIZAÇÃO
DE RECEITUÁRIO
Sim 6 28,5
Não 15 71,4
TEMPO DE
MANEJO DOS
AGROTÓXICOS
De 01 a 10 anos 15 71,4
De 11 a 20 anos 6 28,5
Apenas seis pessoas (28,5%)
responderam utilizar o receituário, na compra dos
agrotóxicos, os demais responderam não utilizar.
Quanto à armazenagem desses produtos, (38%)
trabalhadores guardavam fora da residência em
local específico; sete (33,3%) fora de casa junto
com outros materiais; (14,2%) colocavam dentro
da residência em local específico; (9,5%)
depositavam a céu aberto e (4,7%) dentro de casa
junto com outros produtos. Entre as práticas de
descarte de embalagem, (52,3%) queimaram ou
enterraram no local; (33,3%) descartaram no
lixão; (9,5%) a céu aberto no campo / lavoura;
(4,7%) deu outro destino.
Quanto ao tempo de manejam com
agrotóxicos. (71,4%) trabalharam de um a dez
anos; (28,5%) acima de dez anos; alguns
utilizaram por vinte anos. O resultado mostrou
também que 29,5% dos trabalhadores já
utilizavam agrotóxicos em outras culturas antes
de morar no assentamento.
Em relação aos equipamentos de proteção
individual (Tabela 3), (52,3%) utilizaram ao
manejar; (33,3%) algumas vezes; (14,2%) nunca
usaram. Os mais referidos foram: calças e blusas
de mangas compridas, botas luvas e chapéus,
porém nunca o conjunto necessário dos
equipamentos.
Tabela 03 – Distribuição do uso de equipamento de
proteção Individual utilizados pelos trabalhadores do
assentamento rural União, no município de Miracema
Tocantins. Brasil, 2011
USO DE EQUIPAMENTO
DE PROTEÇÃO TOTAL %
Sim 11 52,3
Não 3 14,2
Algumas vezes 7 33,3
TIPO DE
EPI UTILIZADO
Calça e Blusa 10 47,6
Chapéu 9 42,8
Botas 9 42,8
Luvas 9 42,8
Máscara 9 42,8
Roupas Impermeáveis 2 9,5
Óculos 1 4,7
Em se tratando da incidência de
intoxicação, (28,5%) relataram já ter se
intoxicado com agrotóxicos. Na ocasião da
intoxicação foram Ridomil (fungicida do grupo
fenilamida + ditiocarbamato), Aldrin
(organoclorado), Ametrina (herbicida do grupo
atrazina), Dma (herbicida do grupo
ariloxialcanoico), em culturas de abacaxi.
Quanto aos sintomas de intoxicação exógena,
(85,7%) referiram terem sentido, após aplicação
dos produtos. Sinais e sintomas: Tonturas, mal-
estar, alergia na pele/coceira, dores de cabeça,
cãibras, fraqueza, falta de apetite. Segundo os
relatos, somente dois agricultores procuraram
atendimento hospitalar por ocasião dos episódios
(Tabela 4).
15
Tabela 04 – Distribuição das ocorrências das intoxicações,
sinais ou sintomas, durante o manejo com agrotóxicos do
assentamento rural União, no município de Miracema
Tocantins. Brasil, 2011
RELATA INTOXICAÇÃO
POR AGROTÓXICO
TOTAL %
Sim
Não
06 28,5
15 71,4
SINTOMAS
AUTORREFERIDOS
POR 18 ENTREVISTADOS
TOTAL %
Irritação nos olhos
Dores de cabeça
Visão turva
Agitação e irritabilidade
Alergia na pele /coceira
14 77,7
13 72,2
11 61,1
10 56,5
10 56,5
Fraqueza ou cansaço
Vertigens/Tonturas
Mal-estar generalizado
08 44,4
08 44,4
06 33,3
Quanto ao tratamento da água, (80,9%)
realizavam algum tipo. A tabela 05 demonstra
que (33,3%) referiram alteração nas
características organoléptica, da cor, gosto,
cheiro e presença de resíduo, as residuárias de
lavagem de roupas, louças eram lançadas
diretamente no solo a céu aberto, do banho era
lançado na fossa sanitário. Em relação ao lixo, 18
dos entrevistados queimavam ou enterravam. O
conjunto dessas práticas respondeu por mais de
85,7% da destinação final dos resíduos sólidos
produzidos nos assentamento.
Tabela 05 - Características sanitárias peridomiciliares no assentamento União, Município de Miracema, Estado Tocantins
do Brasil, 2011.
FONTE HÍDRICA
DE ABASTECIMENTO
TOTAL %
Poço 21 100
ÁGUA DE ABASTECIMENTO
Mau cheiro 1 4,76
Gosto ruim 2 9,52
Alteração na cor 5 23,80
Presença de resíduos 2 9,52
Não lembra ter visto
alteração na água 11 52,42
TRATAMENTO DA ÁGUA DE BEBER
Somente filtração 14 66,66
Nenhum tratamento 4 19,04
Somente desinfecção
com hipoclorito
2 9,52
Filtração e desinfecção
com hipoclorito
1 4,76
DESTINO DOS ESGOTOS
DAS RESIDENCIAS
Solo/ fossa 21 100
DESTINO DO LIXO DOMICILIAR
Queima 17 80,95
Descarta no lixão 3 14,28
Enterra 1 4,76
16
DISCUSSÃO
Neste estudo a exposição aos agrotóxicos
supera os referidos na literatura, a exemplo,
citamos os (59%) apontados em municípios de
Minas Gerais (SOARES, et al. 2003) e (92,5%)
identificados no município de Macacu (Rio de
Janeiro) (CASTRO, et al., 2005)
O resultado encontrado no assentamento
União já era esperado devido a especificidade do
tipo de cultura. Apesar da estrutura fundiária dos
estudos levantados serem diferentes, os altos
índices de uso de agrotóxicos estão relacionados
ao processo de modernização tecnológica
denominada Revolução Verde que, modificou
profundamente as práticas agrícolas, gerou
mudanças ambientais, nas cargas de trabalho e na
saúde, expondo-os a riscos diversificados
(SOARES, et. al., 2011; MOREIRA, 2011).
A assistência técnica ao trabalhador
quanto ao uso de agrotóxico ainda é frágil
atingindo apenas 47% dos trabalhadores
entrevistados. Pesquisa sobre fatores de risco
realizada em Minas Gerais afirma que a
orientação por técnicos habilitados foi pequena
apenas 26,7% dos casos teve orientação por
vendedores (SOARES, et al, 2003). Enquanto
que em Magé (Rio de Janeiro) evidenciou que
63% dos trabalhadores recebiam assistência
técnica especializada, demonstrando que a
situação não é homogênea em todo país
(OLIVEIRA-SILVA, 2001).
Dos trabalhadores entrevistados alguns
referiram receber orientações diretamente das
empresas produtoras de agrotóxicos através de
seus representantes. Isso também foi observada
em estudo realizado em Russas (Ceará)
(CASTRO, et al., 2009). Esses representantes
comerciais no meio rural tem o propósito de
convencer os trabalhadores do uso
imprescindível dos agrotóxicos visando garantir
sua produção. Convencimento na verdade
motivado pelo fato de que os representantes
comerciais dependem da venda dos agrotóxicos
para manter e/ou aumentar sua comissão. Assim
os agricultores acabam comprando os produtos
sem necessidade.
Foi observado que os agrotóxicos
adquiridos no comércio local, as orientações
quanto ao uso são repassadas pelos balconistas,
que incentivam sua utilização, motivados
somente pelo comércio. Observamos que esses
vendedores não demonstraram preocupação com
as consequências desencadeadas pelo uso
desordenado desses produtos à saúde do
trabalhador e ambiente.
A falta de controle sobre a venda de
agrotóxicos no Brasil aumenta os riscos de
intoxicação a que os agricultores e consumidores
estão expostos, soma-se a isto, o desrespeito às
doses recomendadas e aos períodos de carência
(intervalo de tempo que deve haver entre a
aplicação do agrotóxico e a colheita do produto)
(GRISOLIA, 2005). Estudo realizado em
Camucim de São Félix (Pernambuco),
demonstrou resultados parecidos, onde apenas
36% das vendas de agrotóxicos para
trabalhadores rurais apresentavam o receituário
agronômico (ARAÚJO, et al, 2005). Em nove
municípios de Minas Gerais, também foi
identificado resultados semelhantes, com relato
de utilização de receituário em apenas 16,7% dos
entrevistados (SOARES & PORTO, 2007).
O tempo médio de exposição dos
trabalhadores aos agrotóxicos foi de 08 anos.
Outros estudos realizados com agricultores em
condições semelhantes mostraram uma média
mais alta. Faria (2000), mostra em seu estudo
realizado na região serrana do sul, que a média
de anos que os trabalhadores utilizavam
agrotóxicos era de 16,4 anos. Outro estudo
realizado na fruticultura do vale de São Francisco
mostrou que o tempo de utilização de agrotóxicos
era de 10 a 30 anos em 62% dos agricultores
(BEDOR, 2008). Essa diferença pode ser
explicada pelo pouco tempo de criação do
Estado.
Quanto aos Equipamentos de Proteção
Individual, 47,7% relataram não utilizar, ou
poucas vezes quando manejavam os agrotóxicos.
Estudo realizado em Nova Friburgo RJ sobre
exposição múltipla a agrotóxicos e efeitos à
saúde, observou que 69,6% não usavam EPIs
(ARAÚJO, et al., 2007). Esses resultados
mostram uma relação do alto índice de não
utilização dos EPIs pelos trabalhadores
pesquisados. Tal evidência faz supor que estes
trabalhadores não estão convencidos dos riscos
que os agrotóxicos podem causar a sua saúde.
Neste estudo os EPIs mais utilizados
foram: calça e blusa, chapéu, luvas, botas e
máscaras. Em Russas (Ceará), observou-se que
os EPIs mais utilizados pelos agricultores são
bem parecidos: chapéu, botas, calça, blusa, lenço
17
e luvas (BRASIL, 1989; ARAÚJO et. al., 2000).
A Lei Federal 7802/89, para a prática de
pulverização manual de agrotóxico, os
equipamentos de proteção individual mais
adequado são: o macacão impermeável,
acompanhado de botas, luvas de borracha e
máscaras com filtros especiais (ARAUJO, et al.,
2000).
Dos entrevistados, seis referiram ter
(vertigem, náuseas, tonturas, dor de cabeça mal
estar generalizado, irritação na pele) sinais e
sintomas evidentes de intoxicação, após a
utilização de agrotóxicos. Os outros
mencionaram ter alguns dos sinais e sintomas,
referidos pelo grupo anterior, sem relacionar a
uma intoxicação, alem dos sintomas como
formigamento nos membros inferiores,
epigastralgia, alterações da memória e do sono.
Foi observado nos estudos realizados pelo Grupo
de Estudos de Saúde e Trabalho Rural de Minas
Gerais (SILVA, 2005), e no estudo realizado na
região da micro bacia de São Lourenço, em Nova
Friburgo (Rio de Janeiro), que 72,5% dos
agricultores queixaram-se de cefaléia, fadiga,
vertigem, náuseas, vômitos, lacrimejamento,
sudorese, dermatites, cãibras, secreção nasal,
agitação e irritabilidade (MOREIRA, 2002).
Os principais agentes químicos
responsáveis pelas intoxicações foram os
fungicidas e herbicidas. Estudo realizado em
Macacu (Rio de Janeiro), foram encontrados os
agrotóxicos Decis CE, (inseticida classe II),
como o mais utilizado; seguido por Gramanox,
(herbicida classe I) (MOREIRA, 2002;
ARAUJO, et al., 2000). Em Russas (Ceará) os
mais usados foram Folisuper 600 BR (inseticida
classe I) e Azodrin 400 (inseticida) (MOREIRA,
2002; CASTRO & FERREIRA, 2009). Os
produtos utilizados no momento das intoxicações
não foram os mesmos, somente as funções
classes são parecidas em alguns casos, pois os
estudos foram realizados em cultivos diferentes.
Esse estudo não teve o objetivo de
analisar a presença de resíduos de produtos
químicos na água de consumo dos trabalhadores,
alertando apenas para a possibilidade de haver
contaminação desta (percebida pela alteração de
sabor e cor), devido proximidade da lavoura com
o poço que abastece a comunidade. É importante
ressaltar que o abastecimento da água utilizada
para as necessidades básicas dos assentados
provém de um poço artesiano comunitário,
construído no início de implantação do
assentamento. Os entrevistados informaram que
esta água nunca passou por vigilância da
qualidade e potabilidade, pelos órgãos do Estado,
segundo preconiza a Portaria do Ministério da
Saúde (MS 518/04) (MS, 2005).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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L. G. Impacto dos praguicidas na saúde: estudo da
cultura de tomate. Revista de Saúde Pública, v. 34,
n.3, p.309-313, 2000.
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amostra de102 trabalhadores rurais, Nova
Friburgo.RJ. Ciência & Saúde Coletiva, V.12, N.1,
P.115-130, 2007
BEDOR, Cheila, N. G. Estudo do Potencial
carcinogênico dos agrotóxicos empregados na
fruticultura e sua implicação para a vigilância.
2008 . Tese de Doutorado (Saúde pública) Fundação
Osvaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu
Magalhães. Recife- 2008.
BRASIL. Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de
1989. Dispõe sobre a pesquisa, a produção, a
embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a propaganda
comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização
de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras
providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7802.htm
BUIANAIN, A. M.; ROMERO, A.
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18
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Universidade Federal do Amazonas, Manaus. 2009.
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e responsabilidade relativos ao controle e vigilância
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padrão de potabilidade, e dá outras providencias.
Brasília DF: Ministério da Saúde, 2005.
MOREIRA, J. C. et al. Avaliação integrada do
impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana
em uma comunidade agrícola de Nova Friburgo, RJ.
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acesso em 20 de outubro 2011.
MOREIRA, J. R. Critica Ambientalista a Revolução
verde. Estudos Sociedade e Agricultura, p.39-52.
15 outubro 2000. Disponível em: http//
www.r1.ufrrj.br. Acesso em 20 de dezembro de 2011.
OLIVEIRA-SILVA, J.J, et al. Influência de fatores
socioeconômicos na contaminação por agrotóxicos,
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SOARES, W.; ALMEIDA, R. M.; MORO, S.
Trabalho rural e fatores de risco associados ao regime
de uso de agrotóxico em Minas Gerais, Brasil. Cad.
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Acesso em 10 de janeiro de 2012.
SOARES, W. L.; PORTO, M. F. Atividade agrícola e
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VASCONCELOS, L. C. F.; OLIVEIRA, M. H. B.
Saúde Trabalho e Direito: uma trajetória critica e a
critica de uma trajetória. Rio de Janeiro-Educan,
2011 600p.
______________________________________
1-Maria Ivone dos Santos
Secretaria de Saúde de Tocantins, Coordenação de Saúde
do Trabalhador, Palmas, Brasil
2-Salete Terezinha Rauber Klein
Secretaria de Saúde de Tocantins, Coordenação de Saúde
do Trabalhador, Brasil
3-Tereza Neuma Guedes Wanderlei
Laboratório de Epidemiologia, Universidade Federal do
Tocantins, Palma - TO, Brasil
4-José Gerley Díaz Castro
Laboratório de Epidemiologia, Universidade Federal do
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Agrotóxicos e Saúde no Assentamento Rural União

  • 1. 11 REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 15 - Número 1 - 1º Semestre 2015 AGRICULTURA FAMILIAR E AGROTÓXICOS NO ASSENTAMENTO RURAL UNIÃO, MUNICÍPIO DE MIRACEMA, TOCANTINS, 2011 Maria Ivone dos Santos1 ; Salete Terezinha Rauber Klein2 ; Tereza Neuma Guedes Wanderlei3 ; José Gerley Díaz Castro4 RESUMO O município de Miracema (TO) apresenta a maior área plantada de abacaxi, representando 20% da produção estadual, utilizando agrotóxicos intensivamente. Neste estudo, objetivou-se Identificar os diferentes tipos de agrotóxicos lançados no ambiente e os impactos causados a saúde dos trabalhadores e ambiente. Foi realisado um estudo, descritivo, com aplicação de questionário, informações obtidas por observações, conversas com moradores e representantes da comunidade sobre condições de vida e trabalho. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisas da UFT, Parecer n° 048/2011. Observou-se que (42,8%) trabalharam mais de 31 anos com lavoura; (100%) já fizeram uso de agrotóxico; (76,1%) manejaram agrotóxico com grau de toxicidade tipo I; (52,3%) adquiriram os produtos em casas agropecuárias sem orientação técnica; (52,3%) usaram algum tipo de EPI, porém de forma inadequada. 87,7% relataram sintomas auto referido a intoxicação após uso desses produtos, água para consumo, dos 47,58% que citaram algum tipo de problema com a água, 50% era relacionado a cor. Conclui se que as queixas sobre intoxicação em decorrência do uso de agrotóxico, falta devida de acompanhamento quanto ao uso de agrotóxicos, contaminação da água de consumo. Sugere-se o desenvolvimento de atividades intersetoriais, voltadas para o uso sustentável desses produtos. Palavras-chave: Agricultura familiar, exposição, saúde do trabalhador, agrotóxico. FAMILY FARMING AND PESTICIDES IN RURAL ASSENTAMENTO UNITED MUNICIPALITY OF MIRACEMA, TOCANTINS, 2011 ABSTRACT The agribusiness in particular the production of pineapples, has been extended to over 10 years in the state of Tocantins. Being the city of Miracema which has the largest planted area representing 20% of the state's pineapple production, using techniques that require the intensive use of pesticides. To identify the different types of pesticides into the environment and impacts the health of workers and the environment in rural settlement Union Methods: realized a study, descriptive, questionnaire, information from observations, conversations with residents and representatives of community about the conditions of life and work. With approval of the Ethics in Research UFT, Opinion No. 048/2011. (42.8%) worked over 31 years with tillage; (100%) have made use of pesticides; (76.1%) plied with toxic pesticide type I (52.3%) acquired products in homes without agricultural technical guidance, 11 (52.3%) used some type of PPE, however inadequately, (87.7%) reported symptoms that self poisoning after using these products, as water for drinking, the 47 58% who cited some kind of problem with water, 50% was related to color change. The addition of workers complaining of poisoning due to the use of pesticides, were not properly monitored to avoid the mistaken practices of pesticide use, and contamination in drinking water. It is expected that the sectors responsible monitor these services effectively, triggering intersectoral activities, aimed at the sustainable use of these products. Keywords: Family farming, exposure, occupational health, pesticides.
  • 2. 12 INTRODUÇÃO A agricultura e a pecuária surgiram há milhares de anos e representam um importante acontecimento na história da humanidade (CARVALHO, 1992). Como setor primário, quando foi envolvida no processo de industrialização configurou-se um importante fator na história do desenvolvimento da economia.1 Contribuíram para isso, os aportes tecnológicos que se intensificaram a partir da revolução industrial e que tiveram seu ápice após a segunda Guerra mundial que abriu perspectiva de expansão do capital (BUIANAIN, 2003). A transformação que ocorreu na agricultura tradicional para moderna foi alicerçada nos pilares mecânicos, químicos, e genéticos. A revolução atingiu vários países inclusive o Brasil, promovendo mudanças na base técnica da agricultura e da pecuária, através de um pacote tecnológico constituído por máquinas, fertilizantes, agrotóxicos e variedades vegetais geneticamente melhoradas (BUIANAIN, 2003). Esse processo se deu sob orientação da chamada Revolução Verde como modelo de produção racional, voltada à expansão das agroindústrias (MOREIRA, 2011). No Brasil, o consumo de Agrotóxico encontra-se em franca expansão. Nas lavouras brasileiras são usados pelo menos dez produtos proscritos na União Européia (UE), Estados Unidos e um deles no Paraguai (LONDRES, 2011). O Brasil é um dos seis principais produtores mundial de abacaxi, acompanhado da Tailândia Filipinas, China, Índia e Costa Rica totalizando 59% da produção mundial LONDRES, 2011). No cultivo de abacaxi os agrotóxicos estão presentes em todas as etapas, para combate de plantas daninhas, doenças e pragas.5 Dentre os agrotóxicos seletivos para a cultura do abacaxi e registrados junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) estão herbicidas dos grupos Químicos da Triazina, Uréia, Uracila + Ureia e Bipiridili; os fungicidas dos grupos Benzimidazol e Triazol e os inseticidas dos grupos químicos Neonicotinoide e Organofosforado (EMBRAPA, 2009). No estado do Tocantins a partir do final da década de 1990, sucessivos governos investiram na expansão dos Pólos de Desenvolvimento, atraindo empresas de agronegócio. Em 2010 se tornou um dos 10 maiores produtores de abacaxi, a produção se estendeu para todo Brasil. Sendo o município de Miracema o que apresenta a maior área plantada do estado representando 20% da produção estadual (GOMES, et al., 2008). Hoje, já se tornou uma característica comum entre os produtores rurais da região a utilização intensiva de agrotóxicos, tanto nas grandes empresas agrícolas, como na agricultura familiar (MARIA, 2009). Em virtude deste panorama e diante dos esforços do governo para acompanhar a utilização do consumo de agrotóxico, o que se observa é a expansão mássica do uso desses produtos, como consequência a população vem sendo alvo de agravos à saúde (MARIA, 2009). Esta pesquisa objetivou descrever os agrotóxicos utilizados no assentamento rural União Miracema Tocantins no ano de 2011, observando seus graus de toxicidade para o homem e ambiente, e identificar as possíveis fragilidades dos setores que acompanham o uso agrícola desses produtos. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, avaliaram-se vários aspectos, inclusive as condições de trabalho dos plantadores rurais, entre os dias 28 de novembro e 02 de dezembro de 2011. Aplicou-se de um questionário com as 21 famílias que lá residiam, também foram obtidas informações por meio de observação, conversas com os moradores e representantes da comunidade, sobre condições de vida e trabalho. Os questionários foram aplicados no local de moradia e também em reunião na igreja da comunidade. Os dados foram armazenados em planilhas do Programa Excel (Microsoft office), importados para o programa Epi Info 3.2.2, para formação da base de dados. A análise estatística foi realizada utilizando os programas Epi Info e SPSS, versão DEMO. Para tabulação dos dados da
  • 3. 13 comunidade foram constituídas tabelas e gráficos. Considerações éticas A pesquisa obedeceu aos princípios éticos dispostos na Resolução n° 196/96 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa/Conselho Nacional de Saúde (Conep/CNS). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da UFT, conforme Parecer n° 048/2011, em reunião ordinária ocorrida no dia 30 de novembro de 2011. RESULTADOS Considerando o tempo trabalhado na agricultura. A maioria (42,8%) tinham de 31 a mais anos de trabalho com agricultura, 5 trabalhadores menos de 15 anos na agricultura e os restantes 7 (33,3%) entre 16 e 30 anos de atividade. Do total de trabalhadores, 66,6% só haviam trabalhado com agricultura e restante tinham exercido outras atividades. Quanto ao controle de pragas (Tabela 1) foi possível constatar o uso rotineiro de agrotóxicos no assentamento, todos faziam controle de pragas com agrotóxicos, (95,2%) eram responsáveis pela manipulação e aplicação dos produtos. Foi relatado que o consumo de agrotóxicos é regulado de acordo incidência das pragas. 23 produtos foram citados pelos agricultores como de uso frequente, em suas lavouras destacando-se os herbicidas, inseticidas e fungicidas com classificação tóxica variada. Os agrotóxicos mais usados pelos agricultores são: Decis, Ethrel e Diuron aplicados em lavouras de abacaxi e Dma 806 e Decis aplicados nas demais lavouras. Um produto foi considerado extremamente tóxico, três altamente tóxicos, quatro moderadamente tóxicos, dois pouco tóxicos, um não foi encontrado registro, e uma era fertilizante agrícola. Tabela 01 – Distribuição das Características dos agrotóxicos por ação e classe toxicológica utilizados pelos trabalhadores rurais no assentamento união, Município de Miracema, Estado do Tocantins. Brasil, 2011 AGROT. AÇÃO CLASSE TOXIC. CONSUMO Ethrel Regul. Cresc Classe I 16 Decis Inseticida Classe II 16 Cercobin Fungicida Classe II 3 Sevin 480sc Inseticida Classe II 1 Aliette Fungicida Classe III 7 Ridomil Fungicida Classe III 2 Ametrina Herbicida Classe III 2 Atrazina Herbicida Classe III 1 Diuron Herbicida Classe IV 11 Evidence Inseticida Classe IV 2 Bitol Não encontrado 1 Ureia agrícola Fertilizante 4 P51 Adubo 2 Como pode ser observado na tabela 02, todos os entrevistados informaram ter adquirido os produtos em casa agropecuária da região; (47,6%) receberam orientação sobre uso dos produtos por técnicos da RURALTINS ou SEBRAE; sete pessoas (33,3%) receberam algum tipo de orientação dos vendedores das lojas e/ou representantes dos produtos; quatro (19%) guiaram-se por outros agricultores.
  • 4. 14 Tabela 02 – Distribuição do local de aquisição dos agrotóxicos, orientação quanto à utilização do receituário, local de armazenamento, descarte das embalagens vazias e tempo de manejo dos agrotóxicos pelos trabalhadores no assentamento rural União município de Miracema Tocantins. Brasil, 2011 LOCAL DE COMPRA DOS AGROTÓXICOS TOTAL % Casa agropecuária 21 100 ORIENTAÇÃO DA COMPRA Técnico/Agrônomo RURALTINS/ SEBRAE 10 47,6 Vendedor de loja 4 19,0 Outros agricultores 4 19,0 Representante de agrotóxicos 3 14,2 UTILIZAÇÃO DE RECEITUÁRIO Sim 6 28,5 Não 15 71,4 TEMPO DE MANEJO DOS AGROTÓXICOS De 01 a 10 anos 15 71,4 De 11 a 20 anos 6 28,5 Apenas seis pessoas (28,5%) responderam utilizar o receituário, na compra dos agrotóxicos, os demais responderam não utilizar. Quanto à armazenagem desses produtos, (38%) trabalhadores guardavam fora da residência em local específico; sete (33,3%) fora de casa junto com outros materiais; (14,2%) colocavam dentro da residência em local específico; (9,5%) depositavam a céu aberto e (4,7%) dentro de casa junto com outros produtos. Entre as práticas de descarte de embalagem, (52,3%) queimaram ou enterraram no local; (33,3%) descartaram no lixão; (9,5%) a céu aberto no campo / lavoura; (4,7%) deu outro destino. Quanto ao tempo de manejam com agrotóxicos. (71,4%) trabalharam de um a dez anos; (28,5%) acima de dez anos; alguns utilizaram por vinte anos. O resultado mostrou também que 29,5% dos trabalhadores já utilizavam agrotóxicos em outras culturas antes de morar no assentamento. Em relação aos equipamentos de proteção individual (Tabela 3), (52,3%) utilizaram ao manejar; (33,3%) algumas vezes; (14,2%) nunca usaram. Os mais referidos foram: calças e blusas de mangas compridas, botas luvas e chapéus, porém nunca o conjunto necessário dos equipamentos. Tabela 03 – Distribuição do uso de equipamento de proteção Individual utilizados pelos trabalhadores do assentamento rural União, no município de Miracema Tocantins. Brasil, 2011 USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO TOTAL % Sim 11 52,3 Não 3 14,2 Algumas vezes 7 33,3 TIPO DE EPI UTILIZADO Calça e Blusa 10 47,6 Chapéu 9 42,8 Botas 9 42,8 Luvas 9 42,8 Máscara 9 42,8 Roupas Impermeáveis 2 9,5 Óculos 1 4,7 Em se tratando da incidência de intoxicação, (28,5%) relataram já ter se intoxicado com agrotóxicos. Na ocasião da intoxicação foram Ridomil (fungicida do grupo fenilamida + ditiocarbamato), Aldrin (organoclorado), Ametrina (herbicida do grupo atrazina), Dma (herbicida do grupo ariloxialcanoico), em culturas de abacaxi. Quanto aos sintomas de intoxicação exógena, (85,7%) referiram terem sentido, após aplicação dos produtos. Sinais e sintomas: Tonturas, mal- estar, alergia na pele/coceira, dores de cabeça, cãibras, fraqueza, falta de apetite. Segundo os relatos, somente dois agricultores procuraram atendimento hospitalar por ocasião dos episódios (Tabela 4).
  • 5. 15 Tabela 04 – Distribuição das ocorrências das intoxicações, sinais ou sintomas, durante o manejo com agrotóxicos do assentamento rural União, no município de Miracema Tocantins. Brasil, 2011 RELATA INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICO TOTAL % Sim Não 06 28,5 15 71,4 SINTOMAS AUTORREFERIDOS POR 18 ENTREVISTADOS TOTAL % Irritação nos olhos Dores de cabeça Visão turva Agitação e irritabilidade Alergia na pele /coceira 14 77,7 13 72,2 11 61,1 10 56,5 10 56,5 Fraqueza ou cansaço Vertigens/Tonturas Mal-estar generalizado 08 44,4 08 44,4 06 33,3 Quanto ao tratamento da água, (80,9%) realizavam algum tipo. A tabela 05 demonstra que (33,3%) referiram alteração nas características organoléptica, da cor, gosto, cheiro e presença de resíduo, as residuárias de lavagem de roupas, louças eram lançadas diretamente no solo a céu aberto, do banho era lançado na fossa sanitário. Em relação ao lixo, 18 dos entrevistados queimavam ou enterravam. O conjunto dessas práticas respondeu por mais de 85,7% da destinação final dos resíduos sólidos produzidos nos assentamento. Tabela 05 - Características sanitárias peridomiciliares no assentamento União, Município de Miracema, Estado Tocantins do Brasil, 2011. FONTE HÍDRICA DE ABASTECIMENTO TOTAL % Poço 21 100 ÁGUA DE ABASTECIMENTO Mau cheiro 1 4,76 Gosto ruim 2 9,52 Alteração na cor 5 23,80 Presença de resíduos 2 9,52 Não lembra ter visto alteração na água 11 52,42 TRATAMENTO DA ÁGUA DE BEBER Somente filtração 14 66,66 Nenhum tratamento 4 19,04 Somente desinfecção com hipoclorito 2 9,52 Filtração e desinfecção com hipoclorito 1 4,76 DESTINO DOS ESGOTOS DAS RESIDENCIAS Solo/ fossa 21 100 DESTINO DO LIXO DOMICILIAR Queima 17 80,95 Descarta no lixão 3 14,28 Enterra 1 4,76
  • 6. 16 DISCUSSÃO Neste estudo a exposição aos agrotóxicos supera os referidos na literatura, a exemplo, citamos os (59%) apontados em municípios de Minas Gerais (SOARES, et al. 2003) e (92,5%) identificados no município de Macacu (Rio de Janeiro) (CASTRO, et al., 2005) O resultado encontrado no assentamento União já era esperado devido a especificidade do tipo de cultura. Apesar da estrutura fundiária dos estudos levantados serem diferentes, os altos índices de uso de agrotóxicos estão relacionados ao processo de modernização tecnológica denominada Revolução Verde que, modificou profundamente as práticas agrícolas, gerou mudanças ambientais, nas cargas de trabalho e na saúde, expondo-os a riscos diversificados (SOARES, et. al., 2011; MOREIRA, 2011). A assistência técnica ao trabalhador quanto ao uso de agrotóxico ainda é frágil atingindo apenas 47% dos trabalhadores entrevistados. Pesquisa sobre fatores de risco realizada em Minas Gerais afirma que a orientação por técnicos habilitados foi pequena apenas 26,7% dos casos teve orientação por vendedores (SOARES, et al, 2003). Enquanto que em Magé (Rio de Janeiro) evidenciou que 63% dos trabalhadores recebiam assistência técnica especializada, demonstrando que a situação não é homogênea em todo país (OLIVEIRA-SILVA, 2001). Dos trabalhadores entrevistados alguns referiram receber orientações diretamente das empresas produtoras de agrotóxicos através de seus representantes. Isso também foi observada em estudo realizado em Russas (Ceará) (CASTRO, et al., 2009). Esses representantes comerciais no meio rural tem o propósito de convencer os trabalhadores do uso imprescindível dos agrotóxicos visando garantir sua produção. Convencimento na verdade motivado pelo fato de que os representantes comerciais dependem da venda dos agrotóxicos para manter e/ou aumentar sua comissão. Assim os agricultores acabam comprando os produtos sem necessidade. Foi observado que os agrotóxicos adquiridos no comércio local, as orientações quanto ao uso são repassadas pelos balconistas, que incentivam sua utilização, motivados somente pelo comércio. Observamos que esses vendedores não demonstraram preocupação com as consequências desencadeadas pelo uso desordenado desses produtos à saúde do trabalhador e ambiente. A falta de controle sobre a venda de agrotóxicos no Brasil aumenta os riscos de intoxicação a que os agricultores e consumidores estão expostos, soma-se a isto, o desrespeito às doses recomendadas e aos períodos de carência (intervalo de tempo que deve haver entre a aplicação do agrotóxico e a colheita do produto) (GRISOLIA, 2005). Estudo realizado em Camucim de São Félix (Pernambuco), demonstrou resultados parecidos, onde apenas 36% das vendas de agrotóxicos para trabalhadores rurais apresentavam o receituário agronômico (ARAÚJO, et al, 2005). Em nove municípios de Minas Gerais, também foi identificado resultados semelhantes, com relato de utilização de receituário em apenas 16,7% dos entrevistados (SOARES & PORTO, 2007). O tempo médio de exposição dos trabalhadores aos agrotóxicos foi de 08 anos. Outros estudos realizados com agricultores em condições semelhantes mostraram uma média mais alta. Faria (2000), mostra em seu estudo realizado na região serrana do sul, que a média de anos que os trabalhadores utilizavam agrotóxicos era de 16,4 anos. Outro estudo realizado na fruticultura do vale de São Francisco mostrou que o tempo de utilização de agrotóxicos era de 10 a 30 anos em 62% dos agricultores (BEDOR, 2008). Essa diferença pode ser explicada pelo pouco tempo de criação do Estado. Quanto aos Equipamentos de Proteção Individual, 47,7% relataram não utilizar, ou poucas vezes quando manejavam os agrotóxicos. Estudo realizado em Nova Friburgo RJ sobre exposição múltipla a agrotóxicos e efeitos à saúde, observou que 69,6% não usavam EPIs (ARAÚJO, et al., 2007). Esses resultados mostram uma relação do alto índice de não utilização dos EPIs pelos trabalhadores pesquisados. Tal evidência faz supor que estes trabalhadores não estão convencidos dos riscos que os agrotóxicos podem causar a sua saúde. Neste estudo os EPIs mais utilizados foram: calça e blusa, chapéu, luvas, botas e máscaras. Em Russas (Ceará), observou-se que os EPIs mais utilizados pelos agricultores são bem parecidos: chapéu, botas, calça, blusa, lenço
  • 7. 17 e luvas (BRASIL, 1989; ARAÚJO et. al., 2000). A Lei Federal 7802/89, para a prática de pulverização manual de agrotóxico, os equipamentos de proteção individual mais adequado são: o macacão impermeável, acompanhado de botas, luvas de borracha e máscaras com filtros especiais (ARAUJO, et al., 2000). Dos entrevistados, seis referiram ter (vertigem, náuseas, tonturas, dor de cabeça mal estar generalizado, irritação na pele) sinais e sintomas evidentes de intoxicação, após a utilização de agrotóxicos. Os outros mencionaram ter alguns dos sinais e sintomas, referidos pelo grupo anterior, sem relacionar a uma intoxicação, alem dos sintomas como formigamento nos membros inferiores, epigastralgia, alterações da memória e do sono. Foi observado nos estudos realizados pelo Grupo de Estudos de Saúde e Trabalho Rural de Minas Gerais (SILVA, 2005), e no estudo realizado na região da micro bacia de São Lourenço, em Nova Friburgo (Rio de Janeiro), que 72,5% dos agricultores queixaram-se de cefaléia, fadiga, vertigem, náuseas, vômitos, lacrimejamento, sudorese, dermatites, cãibras, secreção nasal, agitação e irritabilidade (MOREIRA, 2002). Os principais agentes químicos responsáveis pelas intoxicações foram os fungicidas e herbicidas. Estudo realizado em Macacu (Rio de Janeiro), foram encontrados os agrotóxicos Decis CE, (inseticida classe II), como o mais utilizado; seguido por Gramanox, (herbicida classe I) (MOREIRA, 2002; ARAUJO, et al., 2000). Em Russas (Ceará) os mais usados foram Folisuper 600 BR (inseticida classe I) e Azodrin 400 (inseticida) (MOREIRA, 2002; CASTRO & FERREIRA, 2009). Os produtos utilizados no momento das intoxicações não foram os mesmos, somente as funções classes são parecidas em alguns casos, pois os estudos foram realizados em cultivos diferentes. Esse estudo não teve o objetivo de analisar a presença de resíduos de produtos químicos na água de consumo dos trabalhadores, alertando apenas para a possibilidade de haver contaminação desta (percebida pela alteração de sabor e cor), devido proximidade da lavoura com o poço que abastece a comunidade. É importante ressaltar que o abastecimento da água utilizada para as necessidades básicas dos assentados provém de um poço artesiano comunitário, construído no início de implantação do assentamento. Os entrevistados informaram que esta água nunca passou por vigilância da qualidade e potabilidade, pelos órgãos do Estado, segundo preconiza a Portaria do Ministério da Saúde (MS 518/04) (MS, 2005). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, A.C. P.; NOGUEIRA, D. P.; AUGUSTO, L. G. Impacto dos praguicidas na saúde: estudo da cultura de tomate. Revista de Saúde Pública, v. 34, n.3, p.309-313, 2000. ARAÚJO, A. J. et al. Exposição múltipla a agrotóxicos e efeitos à saúde: estudo transversal em amostra de102 trabalhadores rurais, Nova Friburgo.RJ. Ciência & Saúde Coletiva, V.12, N.1, P.115-130, 2007 BEDOR, Cheila, N. G. Estudo do Potencial carcinogênico dos agrotóxicos empregados na fruticultura e sua implicação para a vigilância. 2008 . Tese de Doutorado (Saúde pública) Fundação Osvaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife- 2008. BRASIL. Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7802.htm BUIANAIN, A. M.; ROMERO, A. R.;GUANZIROLI,C. Agricultura familiar e o novo mundo rural. Dossiê Sociologias, Porto Alegre, 5, nº 10, p. 312-347. jul/dez 2003. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/soc/n10/18723.pdf> acesso 22 de dezembro 2011 CARVALHO, João Carlos Monteiro. O desenvolvimento da agropecuária brasileira: da agricultura escravista ao sistema agroindustrial. Brasília: EMBRAPA, 1992. CASTRO, J. S. M,; CONFALONIERI,U. Uso de agrotóxicos no Município de Cachoeiras de Macacu, Rio de janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v.10, n.2 p.473-482. 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n2/a25v10n2.pdf> acesso: 02 de agosto de 2011.
  • 8. 18 CASTRO, M. G. G. M.; FERREIRA, A.P. Avaliação da Qualidade da água nos Assentamentos de Reforma Agrária Bernardo Marin II e Mundo Novo, Município de Russas (Ceará, Brasil): um estudo de caso. Gaia Scentia, v.3, p. 63-70. 2009. Disponível em:< http://www.researchgate.net/publication/315154 14> acesso 21 de fevereiro de 2012. EMBRAPA.mandioca e fruticultura. produção de abacaxi em 2009.Disponível em www.cnpmf.embrapa.br/planilhas/abacaxi_brasil200 9.pdf. FARIA, N. M. X. et al. E. Processo de produção rural e saúde na serra gaúcha: um estudo descritivo. Cadernos de Saúde Pública, v.16, n.1, p.115-128. 2000. GOMES, E. M.; SANTOS, M. N. C. A construção da Saúde do Trabalhador na rede SUS no Tocantins. 2008. p.34 Monografia (Especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana) Fiocruz. 2008. GRISOLIA, C. K. Agrotóxicos: mutações, câncer e reprodução. Brasilia: Ed. Universidade de Brasilia, 2005.392 p. LONDRES, Flavia. Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação em defesa da vida. Rio de Janeiro. 2011. 190p. MARIA, A. M. Dispositivos Legais de registro e controle do uso de agrotóxico no Brasil: Um estudo de caso no Estado do Tocantins. 2009. P.133. Dissertação de Mestrado (Ciência do Ambiente) Am) Universidade Federal do Amazonas, Manaus. 2009. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria GM/MS n 518 de 25 de Março de 2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidade relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providencias. Brasília DF: Ministério da Saúde, 2005. MOREIRA, J. C. et al. Avaliação integrada do impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana em uma comunidade agrícola de Nova Friburgo, RJ. rev. Ciência & Saúde Coletiva v.7, n.2, p. 299-311. 2002. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/csc/v7n2/10249.pdf.> acesso em 20 de outubro 2011. MOREIRA, J. R. Critica Ambientalista a Revolução verde. Estudos Sociedade e Agricultura, p.39-52. 15 outubro 2000. Disponível em: http// www.r1.ufrrj.br. Acesso em 20 de dezembro de 2011. OLIVEIRA-SILVA, J.J, et al. Influência de fatores socioeconômicos na contaminação por agrotóxicos, Brasil. Revista de Saúde Pública. v.35, n.2, p.130- 135. 2001. SILVA, J. M. et al. Agrotóxico e trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador rural. In Ciência & Saúde Coletiva, v.10, n. 4, p.891- 903. 2005. SOARES, W.; ALMEIDA, R. M.; MORO, S. Trabalho rural e fatores de risco associados ao regime de uso de agrotóxico em Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 19, n. 4 p. 1117-27. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v19n4/16860.pdf. Acesso em 10 de janeiro de 2012. SOARES, W. L.; PORTO, M. F. Atividade agrícola e externalidade ambiental: uma análise a partir do uso de agrotóxicos no cerrado brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, v.12,n.1, p.131-143. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v12n1/12.pdf VASCONCELOS, L. C. F.; OLIVEIRA, M. H. B. Saúde Trabalho e Direito: uma trajetória critica e a critica de uma trajetória. Rio de Janeiro-Educan, 2011 600p. ______________________________________ 1-Maria Ivone dos Santos Secretaria de Saúde de Tocantins, Coordenação de Saúde do Trabalhador, Palmas, Brasil 2-Salete Terezinha Rauber Klein Secretaria de Saúde de Tocantins, Coordenação de Saúde do Trabalhador, Brasil 3-Tereza Neuma Guedes Wanderlei Laboratório de Epidemiologia, Universidade Federal do Tocantins, Palma - TO, Brasil 4-José Gerley Díaz Castro Laboratório de Epidemiologia, Universidade Federal do Tocantins, Palma - TO, Brasil