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HANNAH ARENDT
Biografia:
 Hannah Arendt (1906-1975) foi uma filósofa
alemã, uma das raras vozes femininas de
destaque na filosofia do século XX.
 Em 1924 ingressou na Universidade de Marburg,
onde foi aluna de Martin Heidegger, com quem
iria iniciar um complicado relacionamento
amoroso, uma vez que seu professor era casado.
Em 1926 decidiu trocar de universidade, indo
estudar na Universidade Albert Ludwig em
Freiburg.
Biografia
 Em 1933, quando Heigegger aderiu ao
nazismo e se tornou o primeiro reitor
nacional-socialista da Universidade de
Freiburg, Arendt se afastou da filosofia
para lutar pela resistência antinazista.
Nesse mesmo ano, foi presa pela Gestapo
e depois de passar oito dias na prisão,
resolveu deixar seu país natal.
Biografia
 Hannah Arendt passou por Praga e Genebra,
até chegar a Paris, onde permaneceu durante
seis anos trabalhando com crianças judias
expatriadas. Em 1941, já unida a outro
homem, o filósofo Heinrich Blücher, e depois
de uma estada em Portugal, conseguiu chegar
aos Estados Unidos, onde fixaria residência,
naturalizando-se americana em 1951.
Biografia
 Foi nos Estados Unidos que ela escreveu duas
obras importantes para aquele que quer
compreender o que foi o século XX, no plano
filosófico e político: “Origem do Totalitarismo”
(1951) e “Eichmann em Jerusalém” (1963).
 Em 1963 Hannah Arendt passa a lecionar na
Universidade de Chicago, onde permanece até
1967. Nesse mesmo ano, muda-se para Nova
Iorque, onde é contratada pela New School for
Social Research, onde permaneceu até 1975. Sua
última obra – “A Vida do Espírito”, só foi publicada
após sua morte.
Pode alguém fazer o mal sem
ser malvado?
 Essa foi a pergunta intrigante com a qual a
filósofa Hannah Arendt lutou quando relatou para
o The New Yorker em 1961 sobre o julgamento
por crimes de guerra de Adolph Eichmann, o
agente nazista responsável por organizar o
transporte de milhões de judeus e outros para
vários campos de concentração da solução final
nazista.
 Arendt viu em Eichmann um burocrata comum,
bastante insípido, que em suas palavras não era
“pervertido ou sádico”, mas “terrivelmente
normal”. Ele agiu por nenhuma outra razão a não
ser diligentemente avançar sua carreira na
burocracia nazista.
 “Eichmann não era um monstro amoral”,
concluiu em seu estudo sobre o caso Eichmann
em Jerusalém: um relatório sobre a banalidade
do mal (1963).
 Em vez disso, ele realizou más ações sem más
intenções, um fato ligado ao seu “desrespeito”,
um distanciamento da realidade de seus atos
malignos. Eichmann “nunca percebeu o que
estava fazendo” por causa de uma “incapacidade
de pensar do ponto de vista de outra pessoa”.
 Na falta dessa capacidade cognitiva particular, ele
“cometeu [crimes] em circunstâncias que
tornaram quase impossível para ele saber ou
sentir que estava errado.”
 A tese da banalidade do mal foi um ponto de
partida para a controvérsia. Para os críticos de
Arendt, parecia absolutamente inexplicável que
Eichmann pudesse ter desempenhado um papel-
chave no genocídio nazista e ainda assim não ter
más intenções.
 Hannah também relatou o envolvimento de
alguns judeus que ajudaram na matança dos seus
iguais, o que lhe rendeu críticas muito
contundentes.
As Origens do Totalitarismo
 O antissemitismo religioso que vigorou até o
começo do século XIX foi substituído a partir da
segunda metade daquele século por um
antissemitismo político. Arendt se concentra em
alguns países como a França, a Inglaterra, a
Alemanha e a Áustria para demonstrar a evolução
do sentimento antijudaico.
As Origens do Totalitarismo
 O imperialismo teve um aliado que muitos já
haviam reconhecido antes de Arendt que é o
racismo. O livro trata do racismo inglês, alemão e
francês;
 Arendt identifica o totalitarismo com as
personalidades de Hitler e Stalin. O comunismo e
o socialismo onde quer que sejam estabelecidos
são totalitários. Ela atribui a paternidade dos
regimes nazista e comunista a Darwin e Marx;

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  • 2. Biografia:  Hannah Arendt (1906-1975) foi uma filósofa alemã, uma das raras vozes femininas de destaque na filosofia do século XX.  Em 1924 ingressou na Universidade de Marburg, onde foi aluna de Martin Heidegger, com quem iria iniciar um complicado relacionamento amoroso, uma vez que seu professor era casado. Em 1926 decidiu trocar de universidade, indo estudar na Universidade Albert Ludwig em Freiburg.
  • 3. Biografia  Em 1933, quando Heigegger aderiu ao nazismo e se tornou o primeiro reitor nacional-socialista da Universidade de Freiburg, Arendt se afastou da filosofia para lutar pela resistência antinazista. Nesse mesmo ano, foi presa pela Gestapo e depois de passar oito dias na prisão, resolveu deixar seu país natal.
  • 4. Biografia  Hannah Arendt passou por Praga e Genebra, até chegar a Paris, onde permaneceu durante seis anos trabalhando com crianças judias expatriadas. Em 1941, já unida a outro homem, o filósofo Heinrich Blücher, e depois de uma estada em Portugal, conseguiu chegar aos Estados Unidos, onde fixaria residência, naturalizando-se americana em 1951.
  • 5. Biografia  Foi nos Estados Unidos que ela escreveu duas obras importantes para aquele que quer compreender o que foi o século XX, no plano filosófico e político: “Origem do Totalitarismo” (1951) e “Eichmann em Jerusalém” (1963).  Em 1963 Hannah Arendt passa a lecionar na Universidade de Chicago, onde permanece até 1967. Nesse mesmo ano, muda-se para Nova Iorque, onde é contratada pela New School for Social Research, onde permaneceu até 1975. Sua última obra – “A Vida do Espírito”, só foi publicada após sua morte.
  • 6. Pode alguém fazer o mal sem ser malvado?  Essa foi a pergunta intrigante com a qual a filósofa Hannah Arendt lutou quando relatou para o The New Yorker em 1961 sobre o julgamento por crimes de guerra de Adolph Eichmann, o agente nazista responsável por organizar o transporte de milhões de judeus e outros para vários campos de concentração da solução final nazista.
  • 7.  Arendt viu em Eichmann um burocrata comum, bastante insípido, que em suas palavras não era “pervertido ou sádico”, mas “terrivelmente normal”. Ele agiu por nenhuma outra razão a não ser diligentemente avançar sua carreira na burocracia nazista.  “Eichmann não era um monstro amoral”, concluiu em seu estudo sobre o caso Eichmann em Jerusalém: um relatório sobre a banalidade do mal (1963).
  • 8.  Em vez disso, ele realizou más ações sem más intenções, um fato ligado ao seu “desrespeito”, um distanciamento da realidade de seus atos malignos. Eichmann “nunca percebeu o que estava fazendo” por causa de uma “incapacidade de pensar do ponto de vista de outra pessoa”.  Na falta dessa capacidade cognitiva particular, ele “cometeu [crimes] em circunstâncias que tornaram quase impossível para ele saber ou sentir que estava errado.”
  • 9.  A tese da banalidade do mal foi um ponto de partida para a controvérsia. Para os críticos de Arendt, parecia absolutamente inexplicável que Eichmann pudesse ter desempenhado um papel- chave no genocídio nazista e ainda assim não ter más intenções.  Hannah também relatou o envolvimento de alguns judeus que ajudaram na matança dos seus iguais, o que lhe rendeu críticas muito contundentes.
  • 10. As Origens do Totalitarismo  O antissemitismo religioso que vigorou até o começo do século XIX foi substituído a partir da segunda metade daquele século por um antissemitismo político. Arendt se concentra em alguns países como a França, a Inglaterra, a Alemanha e a Áustria para demonstrar a evolução do sentimento antijudaico.
  • 11. As Origens do Totalitarismo  O imperialismo teve um aliado que muitos já haviam reconhecido antes de Arendt que é o racismo. O livro trata do racismo inglês, alemão e francês;  Arendt identifica o totalitarismo com as personalidades de Hitler e Stalin. O comunismo e o socialismo onde quer que sejam estabelecidos são totalitários. Ela atribui a paternidade dos regimes nazista e comunista a Darwin e Marx;