Aula 1 - Teorias da Administração para técnicos de enfermagem.pdf
CA PULMÃO.pdf
1. CÂNCER DE PULMÃO
Discentes: Isaac Antônio Duarte , Meyson Silva, Otávio Queiroz, Pedro Stermer.
Docente: Profª. Jaqueline Miranda
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
GIESC 8
MARABÁ-PA
2022
2. EPIDEMIOLOGIA
■ Entre as neoplasias malignas
que mais mata no Brasil e no
mundo
■ Principal causa de morte
oncológica em homens, e a
segunda maior em mulheres
no nosso meio
■ Sobrevida baixa devido
diagnostico tardio
■ Queda nos últimos anos
(INCA, 2022)
3. ETIOLOGIAS
■ Principal causa: tabagismo
■ Outras: DPOC, radiação, pneumopatias
ocupacionais, genética
■ 90% dos casos, história clinica de tabagismo
■ Carga tabágica é um importante parâmetro
diretamente relacionado ao risco
■ Tabagismo passivo
■ CA de pulmão já foi considerado doença rara
(INCA, 2022)
4.
5. TIPOS HISTOLÓGICOS
■ CARCINOMA NÃO PEQUENAS CÉLULAS
1. Carcinoma epidermoide: mais comum em nosso meio, responsável
por até 2/3 dos casos, tem localização central ou proximal
2. Adenocarcinoma: mais comum em países desenvolvidos,
predominante no sexo feminino, nos jovens (< 45 anos) e nos não
fumantes. Geralmente de localização periférica. Pode ser mucinoso
e não mucinoso
3. Carcinoma de grandes células anaplásico: Apresenta o pior
prognóstico dentre os carcinomas não pequenas células! De
localização mais periférica, comumente cavita
(INCA, 2022)
7. TIPOS HISTOLÓGICOS
■ Carcinoma pequenas células /
Avenocelular (oat cell)
– 15-20% dos casos
– pior prognóstico e maior
agressividade
– localização central
– possui 70% de chance de
metástase à distância
(INCA, 2022)
8. APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Assintomáticos
■ nódulo na Rx de tórax (15%)
Sintomas de lesão de VA
■ tosse (75%)
■ dispneia (40%)
■ hemoptise (35%)
■ chiado localizado (5%)
Invasão intratorácica
■ dor torácica (30%)
■ rouquidão (15%)
■ sd. da veia cava superior (5%)
Metástase à distância (30%)
■ dor óssea
■ cefaleia, náuseas e vômitos, déficit
neurológico focal
Sd’s paraneoplásicas (10%)
9. SÍNDROME PANCOAST-TOBIAS
■ carcinoma epidermoide (52%) carcinoma de grandes
células (23%)
■ O envolvimento das raízes C8 e T1 (ápice do pulmão)
■ dor no ombro e/ou escápula ipsilateral
■ dor na distribuição do nervo ulnar (com atrofia
muscular e paresia distal)
■ A destruição radiológica da primeira e segunda
costelas é comumente observada
10. SÍNDROME CLAUDE-BERNARD-HORNER
■ Miose, ptose, enoftalmia e anidrose facial
ipsilateral
■ Comprometimento da cadeia simpática cervical
e do gânglio estrelado
■ Geralmente coexiste com Sd de Pancoast
■ Síndrome de Pourfour du Petit
– midríase
– retração palpebral
– exoftalmia
– hiperidrose facial ipsilateral
11. SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR
■ edema e congestão da face e extremidades
superiores, circulação colateral proeminente,
visível na região superior do tórax, e
turgência jugular.
– tosse, síncope, cefaleia e ortopneia.
■ O RX: mediastino alargado, massa pulmonar,
~ derrame pleural ipsilateral
■ Causas:
– carcinoma broncogênico
– linfomas não Hodgkin
– mediastinite fibrosante (benigna)
12. SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS
■ Hipercalcemia
– produção de PTH (hiperparatireoidismo primário)
■ Síndrome da antidiurese inapropriada (SIADH)
– produção de ADH
■ Síndrome de Cushing
– produção ACTH ou CRH
■ Osteoartropatia Pulmonar Hipertrófica (OPH)
– aumento dos tecidos moles nas extremidades
ósseas
– sinovite de grandes articulações periférica
13. DIAGNÓSTICO
■ Screning (anual) → 20% redução de morbimortalidade
■ Idade entre 55-80 anos;
■ Carga tabágica ≥ 30 maços/ano;
■ Tabagismo atual ou interrupção nos últimos 15 anos;
■ Boa saúde geral
■ TC helicoidal com baixa dose de radiação como método;
14. DIAGNÓSTICO
■ Citologia do escarro - 60-70% para tumores de localização central
■ Biópsia brônquica ou transbrônquica através de broncofibroscopia
(sensibilidade de 70-80% para nódulo central > 2 cm);
■ Biópsia transtorácica por agulha guiada por TC (sensibilidade de 95%
para nódulo periférico > 2 cm);
■ Biópsia guiada por Videotoracoscopia (VATS);
■ Biópsia a céu aberto.
■ Citologia do líquido pleural (50 a 100 ml) → 50 a 60%
15. ESTADIAMENTO
■ Estadiamento anatômico – determina a ressecabilidade do tumor,
isto é, o tumor pode ao não ser totalmente removido por uma
cirurgia?
■ Estadiamento fisiológico – determina a operabilidade do paciente,
isto é, o paciente suporta ou não um procedimento cirúrgico?
■ Método não invasivo - PET-scan (tomografia por emissão de pósitrons)
■ Método invasivo - análise histopatológica
16. TRATAMENTO
■ Vai depender do tipo celular do câncer e do estadiamento:
■ CARCINOMA DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS
– Estágio 1:
■ Não há metástase linfonodal ou à distância, porém varia de tamanho;
■ Cirúrgico: lobectomia ou pneumectomia + resseceção linfonodal do mediastino;
■ Não é necessário quimio/radio
■ Sobrevida de 73% no IA e 58% no IB
■ Se risco cirúrgico: ressecções menores, como segmentectomia (risco de recidiva
maior);
■ Se nenhum: ablação por radiofrequência ou radioterapia curativa
(MARTINS et al., 2016)
17. TRATAMENTO
■ CARCINOMA DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS
– Estágio 2:
■ Acometimento linfonodal;
■ Semelhante ao estágio 1 + quimioterapia adjuvante pós lobectomia ou
pneumectomia e ressecção linfonodal mediastinal;
■ Radioterapia adjuvante se contraindicação p/ quimio;
■ Se tumor de Pancoast (T3N0M0), com invasão de parede torácica:
quimiorradioterapia neoadjuvante (pré-operatória) + ressecção “em bloco”
da lesão.
(MARTINS et al., 2016)
18. TRATAMENTO
■ CARCINOMA DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS
– Estágio 3A: pacientes heterogêneos, tratamento varia;
■ T3N1M0: cirurgia + quimioterapia adjuvante;
■ N2: quimiorradioterapia isolada (se constatada somente durante a cirurgia,
recomenda-se ressecção e posterior terapia adjuvante);
■ T4N0-1M0: quimiorradioterapia neoadjuvante + cirurgia. Se envolvimento
for restrito à carina, é possível a ressecção da carina com ou sem
pneumectomia.
– Estágio 3B:
■ Quimiorradioterapia isolada (se constatada somente durante a cirurgia,
recomenda-se ressecção e posterior terapia adjuvante);
(MARTINS et al., 2016)
19. TRATAMENTO
■ CARCINOMA DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS
– Estágio 4:
■ Quimioterapia isolada a base de cisplatina ou carboplatina;
■ Sobrevida em 5 anos quase zero;
■ Radioterapia pode ser adicionada em cuidados paliativos;
■ Bevacizumab*
(MARTINS et al., 2016)
20. TRATAMENTO
■ CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS
– Doença limitada:
■ 4-6 ciclos de quimiorradioterapia com cisplatina e etoposídeo
– Doença avançada:
■ Quimioterapia com cisplatina e etoposídeo;
■ 2ª linha: topotecan
(MARTINS et al., 2016)
21. REFERÊNCIAS
■ MARTINS, M. DE A. et al. Clínica médica, volume 3: doenças hematológicas,
oncologia e doenças renais. 2. ed. Barueri: Malone, 2016.
■ INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Cancer de
Pulmão. Rio de Janeiro: INCA, 2022. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao