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A MULHERNAS
MINAS GERAIS
Disciplina: História de Minas Gerais
Apresentação: Lais & Mariana
Texto 1.:
FIGUEIREDO, Luciano. O avesso da memória: cotidiano e
trabalho da mulher em Minas Gerais do século XVIII. Rio de
Janeiro: JoséOlímpio, 1993.p. 33-71.
- "Falso Fausto" → Dificuldade quanto ao surgimento de estudos
sobre a história social das Minas Gerais do século XVIII.
- História social → contribui para o "repensar" de alguns mitos
acerca da sociedade mineira deste período.
- Pequeno comércio
- Vendeiras e "negras de tabuleiro"
Comércio feminino em Portugal e na Colônia
- Século XVI → Já havia pela América Portuguesa a atuação
de "negras de tabuleiro".
- Pequeno comércio em Portugal → forma de escapar
do meretrício
- Portugal → Assegurava a exclusividade feminina no
comércio das praças e ruas.
- Tentativas de controlar e/ou proibir o comércio praticado
pelas mulheres nas Minas Gerais
Minas: A desordem servida em tabuleiros
- Mineração no século XVI → grande contingente populacional
- Economia colonial → Lojas e vendas → função precursora no
processo de povoamento da capitania mineira.
- Vendas → secos e molhados
- "Vendas volantes"
- Comércio ambulante
- "Negras de tabuleiro"
- Desagrado das autoridades em relação a essas práticas de
comércio.
Vendas e vendeiras
- Vendas → misto de bar e armazém
- Público frequentador → diversos segmentos da classe pobre
- Lugar de brigas
- Lugar de festas
- "Ociosidade"
- Restrições e Repressão
- 1714 → Proibia que escravos dormissem fora da casa de seus
senhores
- 1719 → Conde de Assumar → Proibia a concessão de alforrias
- Casas e vendas
- Tentativas do governo de extinguir as vendas
- A associação entre a atividade das vendas e as camadas
populares era ainda mais agravante com a participação das
mulheres nesses estabelecimentos.
- Crise da mineração no século XVIII → Os homens passam
a trabalhar em vendas.
- Mulheres forras na posição de proprietárias de vendas
- Prostituição → meio de complementar os rendimentos
- Senhores permitiam que seus escravos se prostituíssem.
Negras de tabuleiro
- Vendiam gêneros comestíveis e bebidas
- Contrabando
- Prostituição (a negra escrava sofria dupla exploração)
- Atitude das autoridades coloniais em relação as negras de
tabuleiro → Duplo sentido → proibir a presença das negras de
tabuleiro fora dos limites das vilas e arraiais e estabelecer
variadas medidas fiscais para regular seu funcionamento.
- Penas severas
- Punições por critérios raciais → pessoas brancas sofriam penas
maiores (p. 67)
- Controle geográfico
- Quitandas
- Locais determinados
- Controle de preços
- Negras de tabuleiro X vendas fixas
Texto 2.:
FIGUEIREDO, Luciano. Mulheres nas Minas Gerais. In:
PRIORE, Mary Del (org.). História das Mulheres no Brasil.
São Paulo: Contexto,1997.
- Cotidiano das mulheres mineiras no século XVIII → trabalhavam
enfrentando situações diversas que se misturavam a miséria,
preconceitos, ... a dificuldades de toda ordem.
Ausências
- Em que lugar encontraríamos a mulher mineira?
- Entre ofícios de panificação, tecelagem e alfaiatarias (em divisão
com os homens) cabendo-lhes a exclusividade quando eram
costureiras, doceiras, fiandeiras, redeiras, cozinheiras, lavadeiras,
criadas e parteiras (depois de receberem “carta de exame”).
- Na mineração apareciam carregando gamelas com pedras que
seriam lavadas. Não havia impedimentos, apenas exigências de
resistência e força física.
Um mercado no feminino
- Influência africana → As áreas de alimentação e distribuição de
gêneros de primeira necessidade.
- Influência de Portugal → A legislação “amparava” as mulheres e
sua área reservada a elas.
- As mulheres "negras de tabuleiro" começaram a dar de cabeça
para as autoridades.
- Havia em torno de si segmentos variados da população pobre
mineira, que muitas vezes prestavam solidariedade às práticas
de desvio de ouro.
Quitandeiras
- A presença delas nas lavras causavam ânimo e preocupação à
Coroa, pois trabalhavam com o comércio e assim ajudavam nos
tributos. O perigo é que ajudavam no planejamento de fuga de
escravos e contrabando do ouro, por isso medidas foram tomadas
pela Coroa.
Perigosas vendeiras
- A preocupação aqui é a expansão de comércio que as mulheres
adquiriram, pois conseguiam sua alforria e aos tabuleiros é uma
forma de sustento de suas famílias já que muitas eram chefes de
casa.
- Mas depois que a atividade mineira diminuiu a prostituição era
um escape, um meio rápido e fácil de ganharem seu sustento e
isso incomodou o bispado.
Apetitosos tabuleiros
- “Negras de tabuleiro” foi a designação que acompanhou pelo
Brasil colonial aquelas mulheres dedicadas ao comércio
ambulante, e que incomodavam a autoridades, sejam porque
fugiam com eficácia da fiscalização, seja porque a conduta moral
desagradava o Bispado.
 Meretrizes mineiras
 Os penosos caminhos da prostituição
 Cotidiano e pobreza
A família da prostituta
- Meretrício → estratégia de sobrevivência
- Muitas prostitutas atuavam na própria casa onde viviam com
seus familiares.
- Pais consentiam na prostituição de suas filhas
- Viúvas
- Punição → prisão e multa
- Exemplos
Vida familiar e cultura popular
- Conflito entre Igreja/Estado e cultura popular
- Casamentos sem oficialização da Igreja (uniões livres)
- Processo de povoamento → não contribuía para a formação de
famílias legais (p. 166).
- Proposta do padre Xóbrega em relação ao casamento (p. 166).
- Mestiços
Diante da política familiar em Minas
- População mineira → tinha seu próprio modo de vida familiar
- Casamento e constituição de família → forma de domesticar a
população (p. 168)
- Proibição de que mulheres brancas fossem para Portugal e/ou
se tornassem freiras
- Casamento entre pessoas da elite → ordem colonial → pureza
de raça
- Casamento na classe popular → estabilidade, amor à terra e
disciplina moral
O espantalho e a carne
- Concepção da Igreja acerca do casamento
- Ataque da Igreja às formas ilegítimas de relacionamentos
(concubinato)
- De que instrumentos dispunha a Igreja para isso?
- Dificuldade do clero em lidar com as uniões ilícitas
- "Se o Estado incentivava a multiplicação dos casamentos em
todas as camadas sociais, pois defendia o princípio de que uma
nação rica é uma nação abundantemente povoada, a Igreja
colocava obstáculos que só eram revirados à custa de dinheiro
para os cofres eclesiásticos." (p. 174).
O sentimento amoroso
- O convívio familiar nas uniões ilegítimas apresentava traços
oscilantes → violência excessiva ou amor excessivo.
- A Igreja não sabia distinguir afeto e violência.
- Acusação dirigida ao tenente Manoel de Marins "(...) foi firmado
seu amancebamento com a preta forra Josefa, solteira, porque,
entre outros agravantes, "ele lhe demandava zelos e por cujo
respeito algumas vezes lhe dá algumas pancadas"." (p. 175)
- Uniões ilegítimas → legitimidade social
Crianças
- Raro eram os casais que não tinham crianças.
- Batizado
- Compadrio
Domicílios e atuação feminina
- A atuação feminina era maior do que previa a Igreja
- Atividades econômicas
- Chefias de domicílio
- Vida doméstica associada ao trabalho produtivo
- Pequeno comércio
Atitudes de resistência
- O concubinato possuía sentido vago → "tratos ilícitos",
"amigados", "comete pecado", "mal encaminhados", "comércio
ilícito" ...
- Tudo podia servir de evidências para marcar a existência de
união entre um casal
- Membros de uma mesma família vivendo em casas separadas
- Refeição como forma de se encontrarem
- Parentesco e promessas de casamento
A família fracionada
- Moradias distintas
- Comunhão e Confissão
- Casais abriam mão da coabitação para manter a união sem
perigo da exclusão religiosa.
A história das mulheres em Minas Gerais
- Minas do século XVIII → tensões políticas e pressões da cultura
dominante → Cotidiano feminino fortalecido
Texto 3.:
PANTOJA, Selma. A dimensão atlântica das quitandeiras. In:
FURTADO, Junia (org.). Diálogos oceânicos. Belo Horizonte: ed.
UFMG, 2001.
As quitandeiras
- Fase I
- Fase II
FIM
Atividade
Após as discussões acerca da História das Mulheres em Minas Gerais
no século XVIII, discorra a respeito da dificuldade da Coroa e da Igreja
em lidar com o feminino mineiro, e explique o porquê de, apesar das
tensões políticas e pressões da cultura dominante, presentes na
sociedade mineira da época, o cotidiano feminino ter saído fortalecido.

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Mulheres nas Minas do século XVIII

  • 1. A MULHERNAS MINAS GERAIS Disciplina: História de Minas Gerais Apresentação: Lais & Mariana
  • 2. Texto 1.: FIGUEIREDO, Luciano. O avesso da memória: cotidiano e trabalho da mulher em Minas Gerais do século XVIII. Rio de Janeiro: JoséOlímpio, 1993.p. 33-71.
  • 3. - "Falso Fausto" → Dificuldade quanto ao surgimento de estudos sobre a história social das Minas Gerais do século XVIII. - História social → contribui para o "repensar" de alguns mitos acerca da sociedade mineira deste período. - Pequeno comércio - Vendeiras e "negras de tabuleiro"
  • 4. Comércio feminino em Portugal e na Colônia - Século XVI → Já havia pela América Portuguesa a atuação de "negras de tabuleiro". - Pequeno comércio em Portugal → forma de escapar do meretrício - Portugal → Assegurava a exclusividade feminina no comércio das praças e ruas. - Tentativas de controlar e/ou proibir o comércio praticado pelas mulheres nas Minas Gerais
  • 5. Minas: A desordem servida em tabuleiros - Mineração no século XVI → grande contingente populacional - Economia colonial → Lojas e vendas → função precursora no processo de povoamento da capitania mineira. - Vendas → secos e molhados - "Vendas volantes" - Comércio ambulante - "Negras de tabuleiro" - Desagrado das autoridades em relação a essas práticas de comércio.
  • 6. Vendas e vendeiras - Vendas → misto de bar e armazém - Público frequentador → diversos segmentos da classe pobre - Lugar de brigas - Lugar de festas - "Ociosidade"
  • 7. - Restrições e Repressão - 1714 → Proibia que escravos dormissem fora da casa de seus senhores - 1719 → Conde de Assumar → Proibia a concessão de alforrias - Casas e vendas - Tentativas do governo de extinguir as vendas
  • 8. - A associação entre a atividade das vendas e as camadas populares era ainda mais agravante com a participação das mulheres nesses estabelecimentos.
  • 9.
  • 10. - Crise da mineração no século XVIII → Os homens passam a trabalhar em vendas. - Mulheres forras na posição de proprietárias de vendas - Prostituição → meio de complementar os rendimentos - Senhores permitiam que seus escravos se prostituíssem.
  • 11. Negras de tabuleiro - Vendiam gêneros comestíveis e bebidas - Contrabando - Prostituição (a negra escrava sofria dupla exploração) - Atitude das autoridades coloniais em relação as negras de tabuleiro → Duplo sentido → proibir a presença das negras de tabuleiro fora dos limites das vilas e arraiais e estabelecer variadas medidas fiscais para regular seu funcionamento.
  • 12. - Penas severas - Punições por critérios raciais → pessoas brancas sofriam penas maiores (p. 67) - Controle geográfico - Quitandas - Locais determinados - Controle de preços - Negras de tabuleiro X vendas fixas
  • 13. Texto 2.: FIGUEIREDO, Luciano. Mulheres nas Minas Gerais. In: PRIORE, Mary Del (org.). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto,1997.
  • 14. - Cotidiano das mulheres mineiras no século XVIII → trabalhavam enfrentando situações diversas que se misturavam a miséria, preconceitos, ... a dificuldades de toda ordem.
  • 15. Ausências - Em que lugar encontraríamos a mulher mineira? - Entre ofícios de panificação, tecelagem e alfaiatarias (em divisão com os homens) cabendo-lhes a exclusividade quando eram costureiras, doceiras, fiandeiras, redeiras, cozinheiras, lavadeiras, criadas e parteiras (depois de receberem “carta de exame”). - Na mineração apareciam carregando gamelas com pedras que seriam lavadas. Não havia impedimentos, apenas exigências de resistência e força física.
  • 16. Um mercado no feminino - Influência africana → As áreas de alimentação e distribuição de gêneros de primeira necessidade. - Influência de Portugal → A legislação “amparava” as mulheres e sua área reservada a elas. - As mulheres "negras de tabuleiro" começaram a dar de cabeça para as autoridades. - Havia em torno de si segmentos variados da população pobre mineira, que muitas vezes prestavam solidariedade às práticas de desvio de ouro.
  • 17. Quitandeiras - A presença delas nas lavras causavam ânimo e preocupação à Coroa, pois trabalhavam com o comércio e assim ajudavam nos tributos. O perigo é que ajudavam no planejamento de fuga de escravos e contrabando do ouro, por isso medidas foram tomadas pela Coroa.
  • 18. Perigosas vendeiras - A preocupação aqui é a expansão de comércio que as mulheres adquiriram, pois conseguiam sua alforria e aos tabuleiros é uma forma de sustento de suas famílias já que muitas eram chefes de casa. - Mas depois que a atividade mineira diminuiu a prostituição era um escape, um meio rápido e fácil de ganharem seu sustento e isso incomodou o bispado.
  • 19. Apetitosos tabuleiros - “Negras de tabuleiro” foi a designação que acompanhou pelo Brasil colonial aquelas mulheres dedicadas ao comércio ambulante, e que incomodavam a autoridades, sejam porque fugiam com eficácia da fiscalização, seja porque a conduta moral desagradava o Bispado.
  • 20.  Meretrizes mineiras  Os penosos caminhos da prostituição  Cotidiano e pobreza
  • 21. A família da prostituta - Meretrício → estratégia de sobrevivência - Muitas prostitutas atuavam na própria casa onde viviam com seus familiares. - Pais consentiam na prostituição de suas filhas - Viúvas - Punição → prisão e multa - Exemplos
  • 22. Vida familiar e cultura popular - Conflito entre Igreja/Estado e cultura popular - Casamentos sem oficialização da Igreja (uniões livres) - Processo de povoamento → não contribuía para a formação de famílias legais (p. 166). - Proposta do padre Xóbrega em relação ao casamento (p. 166). - Mestiços
  • 23. Diante da política familiar em Minas - População mineira → tinha seu próprio modo de vida familiar - Casamento e constituição de família → forma de domesticar a população (p. 168) - Proibição de que mulheres brancas fossem para Portugal e/ou se tornassem freiras - Casamento entre pessoas da elite → ordem colonial → pureza de raça - Casamento na classe popular → estabilidade, amor à terra e disciplina moral
  • 24. O espantalho e a carne - Concepção da Igreja acerca do casamento - Ataque da Igreja às formas ilegítimas de relacionamentos (concubinato) - De que instrumentos dispunha a Igreja para isso? - Dificuldade do clero em lidar com as uniões ilícitas - "Se o Estado incentivava a multiplicação dos casamentos em todas as camadas sociais, pois defendia o princípio de que uma nação rica é uma nação abundantemente povoada, a Igreja colocava obstáculos que só eram revirados à custa de dinheiro para os cofres eclesiásticos." (p. 174).
  • 25. O sentimento amoroso - O convívio familiar nas uniões ilegítimas apresentava traços oscilantes → violência excessiva ou amor excessivo. - A Igreja não sabia distinguir afeto e violência. - Acusação dirigida ao tenente Manoel de Marins "(...) foi firmado seu amancebamento com a preta forra Josefa, solteira, porque, entre outros agravantes, "ele lhe demandava zelos e por cujo respeito algumas vezes lhe dá algumas pancadas"." (p. 175) - Uniões ilegítimas → legitimidade social
  • 26. Crianças - Raro eram os casais que não tinham crianças. - Batizado - Compadrio
  • 27. Domicílios e atuação feminina - A atuação feminina era maior do que previa a Igreja - Atividades econômicas - Chefias de domicílio - Vida doméstica associada ao trabalho produtivo - Pequeno comércio
  • 28. Atitudes de resistência - O concubinato possuía sentido vago → "tratos ilícitos", "amigados", "comete pecado", "mal encaminhados", "comércio ilícito" ... - Tudo podia servir de evidências para marcar a existência de união entre um casal - Membros de uma mesma família vivendo em casas separadas - Refeição como forma de se encontrarem - Parentesco e promessas de casamento
  • 29. A família fracionada - Moradias distintas - Comunhão e Confissão - Casais abriam mão da coabitação para manter a união sem perigo da exclusão religiosa.
  • 30. A história das mulheres em Minas Gerais - Minas do século XVIII → tensões políticas e pressões da cultura dominante → Cotidiano feminino fortalecido
  • 31. Texto 3.: PANTOJA, Selma. A dimensão atlântica das quitandeiras. In: FURTADO, Junia (org.). Diálogos oceânicos. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2001.
  • 32. As quitandeiras - Fase I - Fase II
  • 33. FIM
  • 34. Atividade Após as discussões acerca da História das Mulheres em Minas Gerais no século XVIII, discorra a respeito da dificuldade da Coroa e da Igreja em lidar com o feminino mineiro, e explique o porquê de, apesar das tensões políticas e pressões da cultura dominante, presentes na sociedade mineira da época, o cotidiano feminino ter saído fortalecido.