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Tipos de Professores deTipos de Professores de
LínguasLínguas
j. carlos p. almeida filhoj. carlos p. almeida filho
UnBUnB
Perfis de um professor de língua:Perfis de um professor de língua:
 Profissional – atende exigências eProfissional – atende exigências e
expectativas correntes;expectativas correntes;
 Reflexivo – que pensa, que se auto-avaliaReflexivo – que pensa, que se auto-avalia
e tece meios de superação;e tece meios de superação;
 Comunicacional – chamado a ensinarComunicacional – chamado a ensinar
em comunicação a partir de umaem comunicação a partir de uma
abordagem comunicacional.abordagem comunicacional.
Profissional:Profissional:
 O professor profissional, antes de tudo,O professor profissional, antes de tudo,
deve atender exigências formais que odeve atender exigências formais que o
habilite a exercer sua atividade. Dentrehabilite a exercer sua atividade. Dentre
essas exigências está o seuessas exigências está o seu diplomadiploma ee
suasua capacitaçãocapacitação através de uma entidadeatravés de uma entidade
formadora. Esse professor leva para aformadora. Esse professor leva para a
sala de aula a prática possível de suassala de aula a prática possível de suas
crenças e das teorias aprendidas ecrenças e das teorias aprendidas e
praticadas durante a sua vida acadêmica.praticadas durante a sua vida acadêmica.
Reflexivo:Reflexivo:
 Para esse tipo de professor, a superação é o passoPara esse tipo de professor, a superação é o passo
fundamental para o bom desempenho. O processofundamental para o bom desempenho. O processo
educativo se desenvolve não apenas de maneiraeducativo se desenvolve não apenas de maneira
vertical, onde ele transmite o conteúdo de que évertical, onde ele transmite o conteúdo de que é
conhecedor ao seu aluno, mas, ao contrário disso, aconhecedor ao seu aluno, mas, ao contrário disso, a
relação de ensino-aprendizagem se apresenta a partirrelação de ensino-aprendizagem se apresenta a partir
de uma troca constante entre as experiências dele comode uma troca constante entre as experiências dele como
professor e as respostas recebidas por seus alunos. Oprofessor e as respostas recebidas por seus alunos. O
professor reflexivo se permite antes de tudo uma análiseprofessor reflexivo se permite antes de tudo uma análise
de sua prática e isso o leva a criar meios de superaçãode sua prática e isso o leva a criar meios de superação
e resolução de aspectos deficientes na relação dee resolução de aspectos deficientes na relação de
ensino-aprendizagem.ensino-aprendizagem.
CréditosCréditos
 ALMEIDA FILHO, JCP Conhecer e desenvolverALMEIDA FILHO, JCP Conhecer e desenvolver
a competência profissional de professores dea competência profissional de professores de
LE. Revista Contexturas, vol. 08 (p. 08-18), SãoLE. Revista Contexturas, vol. 08 (p. 08-18), São
Paulo: APLIESP. 2006. (vide página pessoal dePaulo: APLIESP. 2006. (vide página pessoal de
Almeida FilhoAlmeida Filho www.unb.br/il/let/almeidafilhowww.unb.br/il/let/almeidafilho,,
seção Publicações/Artigos).seção Publicações/Artigos).
 Créditos estendidos a alunos de graduação daCréditos estendidos a alunos de graduação da
disciplina Ling. Aplicada na Formação dedisciplina Ling. Aplicada na Formação de
Professores de Línguas da UnB, entre elesProfessores de Línguas da UnB, entre eles
Naiara Araújo, Viviane Souza e Suellen Amorim,Naiara Araújo, Viviane Souza e Suellen Amorim,
que foram além dos tipos iniciais.que foram além dos tipos iniciais.
Comunicacional:Comunicacional:
 Em oposição à visão estruturalista queEm oposição à visão estruturalista que
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através do ensino de suas estruturas formais, oatravés do ensino de suas estruturas formais, o
professor de línguas comunicacional se dedicaprofessor de línguas comunicacional se dedica
antes de tudo à capacidade de um aprendiz seantes de tudo à capacidade de um aprendiz se
comunicar na língua que está aprender. Paracomunicar na língua que está aprender. Para
isso, abandona o ensino de estruturasisso, abandona o ensino de estruturas
gramaticais de forma isolada e o eleva à partegramaticais de forma isolada e o eleva à parte
integrante de um projeto maior – a capacidadeintegrante de um projeto maior – a capacidade
de comunicação.de comunicação.
AAs abordagens, suas competênciass abordagens, suas competências
e as condições em cada caso,e as condições em cada caso,
influenciam os diversos tipos deinfluenciam os diversos tipos de
professores a produzirem o processoprofessores a produzirem o processo
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nas ações a que menas ações a que me
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paz no meu cantinho!paz no meu cantinho!
O espertalhãoO espertalhão
 Não posso ser o queNão posso ser o que
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pastorear. Hápastorear. Há
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Mas eu quero aMas eu quero a
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acertar fazendoacertar fazendo
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sabe onde estásabe onde está
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tudo o que eu queria. Mas cátudo o que eu queria. Mas cá
estou eu servindo puro ouestou eu servindo puro ou
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coisas! Sinto que não mecoisas! Sinto que não me
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devia saber. Às vezes medevia saber. Às vezes me
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matei a charada. Nãomatei a charada. Não
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 Como é isso que faço? QueComo é isso que faço? Que
professor sou eu? De ondeprofessor sou eu? De onde
vem este ensinar? Nãovem este ensinar? Não
pergunto se estou certo ou se opergunto se estou certo ou se o
que faço é errado, mas qual oque faço é errado, mas qual o
sentido vazado naquilo quesentido vazado naquilo que
estou a fazer. Meu ensino meestou a fazer. Meu ensino me
revela quando aprendo a merevela quando aprendo a me
ler. É claro que um outro podeler. É claro que um outro pode
sempre me ajudar. Parto desempre me ajudar. Parto de
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pode, então, com o tempo,pode, então, com o tempo,
prenunciar inovação!prenunciar inovação!
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 Sou refém de meusSou refém de meus
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tão preso estou aostão preso estou aos
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direção. Às vezes,direção. Às vezes,
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logra sempre selogra sempre se
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O academicista e o práticoO academicista e o prático
 O que sei aprendi na vida eO que sei aprendi na vida e
na Academia. Na faculdadena Academia. Na faculdade
criei a confiança que noscriei a confiança que nos
permitem os longos anos depermitem os longos anos de
estudo. Tudo que vi fazeremestudo. Tudo que vi fazerem
virou um saber fazer em quevirou um saber fazer em que
confio na hora de ensinar.confio na hora de ensinar.
Se aprendi que um professorSe aprendi que um professor
deve, antes de tudo, ser umdeve, antes de tudo, ser um
mestre, pois que se façamestre, pois que se faça
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profissional jamais! Nem aoprofissional jamais! Nem ao
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professor! Cheguei nessaprofessor! Cheguei nessa
profissão por acaso. Direitos eprofissão por acaso. Direitos e
deveres, eu tenho algum? Ah,deveres, eu tenho algum? Ah,
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que sei. A língua para mim é umque sei. A língua para mim é um
compêndio normalista, sócompêndio normalista, só
aprende aquele que decora,aprende aquele que decora,
assim vou passando, passando.assim vou passando, passando.
Se esquentando estou, não meSe esquentando estou, não me
cabe saber?!cabe saber?!
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 Sou prescritivo. A língua paraSou prescritivo. A língua para
mim se resume em um dicionáriomim se resume em um dicionário
e uma gramática. Assim, voue uma gramática. Assim, vou
desenvolvendo meu ensino:desenvolvendo meu ensino:
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significados e regras. Mudar parasignificados e regras. Mudar para
quê? Se na melodia da vida falarquê? Se na melodia da vida falar
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 Tenho um otimismoTenho um otimismo
exuberante. Sou umexuberante. Sou um
profissional, penso no que façoprofissional, penso no que faço
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aula só tem espaço paraaula só tem espaço para
comunicação. Interação é ocomunicação. Interação é o
meu nome. No meu exercíciomeu nome. No meu exercício
o aluno tem que fazer, tem queo aluno tem que fazer, tem que
falar, tem que colocar a línguafalar, tem que colocar a língua
em movimento. Para mim aem movimento. Para mim a
escola ideal é a escola daescola ideal é a escola da
comunicação, da línguacomunicação, da língua
ensinada por meio de temas,ensinada por meio de temas,
do movimento interativo!do movimento interativo!
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 Desempenho a contento meuDesempenho a contento meu
trabalho. Só posso produzir atrabalho. Só posso produzir a
língua-alvo e usar meuslíngua-alvo e usar meus
conhecimentos espontâneos.conhecimentos espontâneos.
Tenho relacionamento razoávelTenho relacionamento razoável
com os alunos e colegas decom os alunos e colegas de
trabalho. Mas a escola, se algumtrabalho. Mas a escola, se algum
dia foi o que deveria ser, issodia foi o que deveria ser, isso
aconteceu nos velhos tempos daaconteceu nos velhos tempos da
boa escola. Hoje, resta apenas oboa escola. Hoje, resta apenas o
ensino do faz de conta. Diante deensino do faz de conta. Diante de
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de reforma,discretamente,de reforma,discretamente,
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a mudar o mundo! Quem entortoua mudar o mundo! Quem entortou
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PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
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Tipos Professores Línguas

  • 1. Tipos de Professores deTipos de Professores de LínguasLínguas j. carlos p. almeida filhoj. carlos p. almeida filho UnBUnB
  • 2. Perfis de um professor de língua:Perfis de um professor de língua:  Profissional – atende exigências eProfissional – atende exigências e expectativas correntes;expectativas correntes;  Reflexivo – que pensa, que se auto-avaliaReflexivo – que pensa, que se auto-avalia e tece meios de superação;e tece meios de superação;  Comunicacional – chamado a ensinarComunicacional – chamado a ensinar em comunicação a partir de umaem comunicação a partir de uma abordagem comunicacional.abordagem comunicacional.
  • 3. Profissional:Profissional:  O professor profissional, antes de tudo,O professor profissional, antes de tudo, deve atender exigências formais que odeve atender exigências formais que o habilite a exercer sua atividade. Dentrehabilite a exercer sua atividade. Dentre essas exigências está o seuessas exigências está o seu diplomadiploma ee suasua capacitaçãocapacitação através de uma entidadeatravés de uma entidade formadora. Esse professor leva para aformadora. Esse professor leva para a sala de aula a prática possível de suassala de aula a prática possível de suas crenças e das teorias aprendidas ecrenças e das teorias aprendidas e praticadas durante a sua vida acadêmica.praticadas durante a sua vida acadêmica.
  • 4. Reflexivo:Reflexivo:  Para esse tipo de professor, a superação é o passoPara esse tipo de professor, a superação é o passo fundamental para o bom desempenho. O processofundamental para o bom desempenho. O processo educativo se desenvolve não apenas de maneiraeducativo se desenvolve não apenas de maneira vertical, onde ele transmite o conteúdo de que évertical, onde ele transmite o conteúdo de que é conhecedor ao seu aluno, mas, ao contrário disso, aconhecedor ao seu aluno, mas, ao contrário disso, a relação de ensino-aprendizagem se apresenta a partirrelação de ensino-aprendizagem se apresenta a partir de uma troca constante entre as experiências dele comode uma troca constante entre as experiências dele como professor e as respostas recebidas por seus alunos. Oprofessor e as respostas recebidas por seus alunos. O professor reflexivo se permite antes de tudo uma análiseprofessor reflexivo se permite antes de tudo uma análise de sua prática e isso o leva a criar meios de superaçãode sua prática e isso o leva a criar meios de superação e resolução de aspectos deficientes na relação dee resolução de aspectos deficientes na relação de ensino-aprendizagem.ensino-aprendizagem.
  • 5. CréditosCréditos  ALMEIDA FILHO, JCP Conhecer e desenvolverALMEIDA FILHO, JCP Conhecer e desenvolver a competência profissional de professores dea competência profissional de professores de LE. Revista Contexturas, vol. 08 (p. 08-18), SãoLE. Revista Contexturas, vol. 08 (p. 08-18), São Paulo: APLIESP. 2006. (vide página pessoal dePaulo: APLIESP. 2006. (vide página pessoal de Almeida FilhoAlmeida Filho www.unb.br/il/let/almeidafilhowww.unb.br/il/let/almeidafilho,, seção Publicações/Artigos).seção Publicações/Artigos).  Créditos estendidos a alunos de graduação daCréditos estendidos a alunos de graduação da disciplina Ling. Aplicada na Formação dedisciplina Ling. Aplicada na Formação de Professores de Línguas da UnB, entre elesProfessores de Línguas da UnB, entre eles Naiara Araújo, Viviane Souza e Suellen Amorim,Naiara Araújo, Viviane Souza e Suellen Amorim, que foram além dos tipos iniciais.que foram além dos tipos iniciais.
  • 6. Comunicacional:Comunicacional:  Em oposição à visão estruturalista queEm oposição à visão estruturalista que organizava a aprendizagem de uma línguaorganizava a aprendizagem de uma língua através do ensino de suas estruturas formais, oatravés do ensino de suas estruturas formais, o professor de línguas comunicacional se dedicaprofessor de línguas comunicacional se dedica antes de tudo à capacidade de um aprendiz seantes de tudo à capacidade de um aprendiz se comunicar na língua que está aprender. Paracomunicar na língua que está aprender. Para isso, abandona o ensino de estruturasisso, abandona o ensino de estruturas gramaticais de forma isolada e o eleva à partegramaticais de forma isolada e o eleva à parte integrante de um projeto maior – a capacidadeintegrante de um projeto maior – a capacidade de comunicação.de comunicação.
  • 7. AAs abordagens, suas competênciass abordagens, suas competências e as condições em cada caso,e as condições em cada caso, influenciam os diversos tipos deinfluenciam os diversos tipos de professores a produzirem o processoprofessores a produzirem o processo de ensino de uma nova línguade ensino de uma nova língua
  • 8. Competências:Competências:  Competência Implícita - competência natural e espontânea, está intimamente ligadaCompetência Implícita - competência natural e espontânea, está intimamente ligada às crenças, lembranças e sensações do professor;às crenças, lembranças e sensações do professor;  Competência Teórica – não está relacionada ao saber fazer, mas ao saber explicar,Competência Teórica – não está relacionada ao saber fazer, mas ao saber explicar, pois está intimamente relacionada com o conhecimento de que o professor épois está intimamente relacionada com o conhecimento de que o professor é detentor e que é relevante ao processo de ensino-aprendizagem;detentor e que é relevante ao processo de ensino-aprendizagem;  Competência Aplicada ou Sintética – capacidade de sintetizar o que está ensinando,Competência Aplicada ou Sintética – capacidade de sintetizar o que está ensinando, para isso utiliza-se de conhecimentos publicados por demais autores e o associa àpara isso utiliza-se de conhecimentos publicados por demais autores e o associa à sua competência implícita;sua competência implícita;  Competência Profissional – Professor reflexivo, está numa busca constante peloCompetência Profissional – Professor reflexivo, está numa busca constante pelo aperfeiçoamento. Conduz seu trabalho de forma organizada tanto no que diz respeitoaperfeiçoamento. Conduz seu trabalho de forma organizada tanto no que diz respeito ao ensino, quanto ao que diz respeito à avaliação do que está sendo ensinado.ao ensino, quanto ao que diz respeito à avaliação do que está sendo ensinado.  Competência Lingüístico- Comunicativa – o professor não apenas sabe a língua,Competência Lingüístico- Comunicativa – o professor não apenas sabe a língua, mas a utiliza nos diversos conceitos que a profissão exige, e com isso cria para omas a utiliza nos diversos conceitos que a profissão exige, e com isso cria para o aluno uma série de situações em que a língua se realizará, no âmbitoaluno uma série de situações em que a língua se realizará, no âmbito comunicacional, de forma natural.comunicacional, de forma natural.
  • 9. Alguns tipos de professoresAlguns tipos de professores baseados nas abordagens ebaseados nas abordagens e competências descritascompetências descritas anteriormente:anteriormente:
  • 10. O despreocupadoO despreocupado  Não tenhoNão tenho preparação, maspreparação, mas também não metambém não me coloco em francacoloco em franca concorrência. Comconcorrência. Com sorte dou um jeito,sorte dou um jeito, seguindo o bom sensoseguindo o bom senso nas ações a que menas ações a que me convocam. Meu tino éconvocam. Meu tino é o meu senhor! Queroo meu senhor! Quero paz no meu cantinho!paz no meu cantinho!
  • 11. O espertalhãoO espertalhão  Não posso ser o queNão posso ser o que não posso! Meusnão posso! Meus alunos cabe a mimalunos cabe a mim pastorear. Hápastorear. Há colegas que nãocolegas que não param de buscar.param de buscar. Mas eu quero aMas eu quero a receita desse prato,receita desse prato, desejo aprender odesejo aprender o pulo do gato, parapulo do gato, para acertar fazendoacertar fazendo aquilo que a outrosaquilo que a outros deu certo!deu certo!
  • 12. Profissional pára-quedista: nemProfissional pára-quedista: nem sabe onde estásabe onde está  Não sei se ensinar língua eraNão sei se ensinar língua era tudo o que eu queria. Mas cátudo o que eu queria. Mas cá estou eu servindo puro ouestou eu servindo puro ou com molho esses verbos ecom molho esses verbos e terminações. Minhaterminações. Minha formação não foi lá essasformação não foi lá essas coisas! Sinto que não mecoisas! Sinto que não me ensinaram o melhor queensinaram o melhor que devia saber. Às vezes medevia saber. Às vezes me sinto frustrado, diz o mestre,sinto frustrado, diz o mestre, com meninos que nãocom meninos que não querem nada com nada. E osquerem nada com nada. E os especialistas, então? Ah,especialistas, então? Ah, esses bons alquimistas o queesses bons alquimistas o que melhor sabem fazer é puramelhor sabem fazer é pura levitação.levitação.
  • 13. O dono da verdadeO dono da verdade  Eu na vida me formei;Eu na vida me formei; já sei o que é certo e ojá sei o que é certo e o que se deve dizer.que se deve dizer. Tenho a nítidaTenho a nítida impressão de que jáimpressão de que já matei a charada. Nãomatei a charada. Não tenho receio. É mantertenho receio. É manter o querer de um ladoo querer de um lado apartar o fazer de outroapartar o fazer de outro e deixar a realidadee deixar a realidade reinar soberana noreinar soberana no meio!meio!
  • 14. O reflexivoO reflexivo  Como é isso que faço? QueComo é isso que faço? Que professor sou eu? De ondeprofessor sou eu? De onde vem este ensinar? Nãovem este ensinar? Não pergunto se estou certo ou se opergunto se estou certo ou se o que faço é errado, mas qual oque faço é errado, mas qual o sentido vazado naquilo quesentido vazado naquilo que estou a fazer. Meu ensino meestou a fazer. Meu ensino me revela quando aprendo a merevela quando aprendo a me ler. É claro que um outro podeler. É claro que um outro pode sempre me ajudar. Parto desempre me ajudar. Parto de mim mesmo, mostrando osmim mesmo, mostrando os sentidos do meu modo desentidos do meu modo de ensinar. Uma nova consciênciaensinar. Uma nova consciência pode, então, com o tempo,pode, então, com o tempo, prenunciar inovação!prenunciar inovação!
  • 15. O condenadoO condenado  Sou refém de meusSou refém de meus próprios métodos,próprios métodos, tão preso estou aostão preso estou aos livros que me dãolivros que me dão direção. Às vezes,direção. Às vezes, tento até inovar, mastento até inovar, mas o método que tenhoo método que tenho logra sempre selogra sempre se impor!impor!
  • 16. O academicista e o práticoO academicista e o prático  O que sei aprendi na vida eO que sei aprendi na vida e na Academia. Na faculdadena Academia. Na faculdade criei a confiança que noscriei a confiança que nos permitem os longos anos depermitem os longos anos de estudo. Tudo que vi fazeremestudo. Tudo que vi fazerem virou um saber fazer em quevirou um saber fazer em que confio na hora de ensinar.confio na hora de ensinar. Se aprendi que um professorSe aprendi que um professor deve, antes de tudo, ser umdeve, antes de tudo, ser um mestre, pois que se façamestre, pois que se faça essa vontade. Do contrário,essa vontade. Do contrário, do que me adiantariamdo que me adiantariam tantos anos passados dentrotantos anos passados dentro de uma Universidade?de uma Universidade?
  • 17. O comercianteO comerciante  Como boa comerciante,Como boa comerciante, vendo o meu produtovendo o meu produto sem medo dos abusos.sem medo dos abusos. Não me importa se o queNão me importa se o que estou ensinando condizestou ensinando condiz com a necessidade docom a necessidade do aluno. O importante éaluno. O importante é que ele saia da minhaque ele saia da minha sala com a impressão desala com a impressão de que o seu tempo eque o seu tempo e dinheiro tenham lucrodinheiro tenham lucro garantido.garantido.
  • 18. Professor LagartaProfessor Lagarta  Fechado no meu casulo,Fechado no meu casulo, não menão me des-envolvodes-envolvo.. Fico preso no meuFico preso no meu mundo, alheio àsmundo, alheio às atualizações. Não tenhoatualizações. Não tenho estranheza (para se terestranheza (para se ter estranheza é precisoestranheza é preciso olhar de fora). Faço o queolhar de fora). Faço o que sei. Vivo no meu mundo.sei. Vivo no meu mundo. Para quê me abalar? OPara quê me abalar? O meu ensino já sei de cor.meu ensino já sei de cor. Não tenho visão crítica,Não tenho visão crítica, não percebo nada ao meunão percebo nada ao meu redor.redor.
  • 19. Professor IntuitivoProfessor Intuitivo  Sigo minha intuição. NãoSigo minha intuição. Não sei por que faço, massei por que faço, mas continuo fazendo. Porquecontinuo fazendo. Porque sei que dá certo. A minhasei que dá certo. A minha prática me fez assim.prática me fez assim. Hoje, para ensinar bastaHoje, para ensinar basta seguir a minha receita.seguir a minha receita. Caminhando com o meuCaminhando com o meu ensino básico, intuitivo,ensino básico, intuitivo, tradicional, não metradicional, não me preocupo com apreocupo com a aquisição, mas sim comaquisição, mas sim com a aprendizagem.a aprendizagem.
  • 20. Professor Ferro ElétricoProfessor Ferro Elétrico  Passo o conhecimento. Não mePasso o conhecimento. Não me interesso pelos alunos. Serinteresso pelos alunos. Ser profissional jamais! Nem aoprofissional jamais! Nem ao menos sei se quero sermenos sei se quero ser professor! Cheguei nessaprofessor! Cheguei nessa profissão por acaso. Direitos eprofissão por acaso. Direitos e deveres, eu tenho algum? Ah,deveres, eu tenho algum? Ah, nessa rotina só me cabe passar onessa rotina só me cabe passar o que sei. A língua para mim é umque sei. A língua para mim é um compêndio normalista, sócompêndio normalista, só aprende aquele que decora,aprende aquele que decora, assim vou passando, passando.assim vou passando, passando. Se esquentando estou, não meSe esquentando estou, não me cabe saber?!cabe saber?!
  • 21. Professor MédicoProfessor Médico  Sou prescritivo. A língua paraSou prescritivo. A língua para mim se resume em um dicionáriomim se resume em um dicionário e uma gramática. Assim, voue uma gramática. Assim, vou desenvolvendo meu ensino:desenvolvendo meu ensino: prescrevendo palavras,prescrevendo palavras, significados e regras. Mudar parasignificados e regras. Mudar para quê? Se na melodia da vida falarquê? Se na melodia da vida falar uma língua significa saber algunsuma língua significa saber alguns significados e algumas regras?!significados e algumas regras?! Vou seguindo meu caminho,Vou seguindo meu caminho, indicando lacunas paraindicando lacunas para completar, modelos para seguir,completar, modelos para seguir, sem jamais perguntar por quê.sem jamais perguntar por quê.
  • 22. Professor SonhadorProfessor Sonhador  Tenho um otimismoTenho um otimismo exuberante. Sou umexuberante. Sou um profissional, penso no que façoprofissional, penso no que faço e ainda por cima na minhae ainda por cima na minha aula só tem espaço paraaula só tem espaço para comunicação. Interação é ocomunicação. Interação é o meu nome. No meu exercíciomeu nome. No meu exercício o aluno tem que fazer, tem queo aluno tem que fazer, tem que falar, tem que colocar a línguafalar, tem que colocar a língua em movimento. Para mim aem movimento. Para mim a escola ideal é a escola daescola ideal é a escola da comunicação, da línguacomunicação, da língua ensinada por meio de temas,ensinada por meio de temas, do movimento interativo!do movimento interativo!
  • 23. Professor Pré-históricoProfessor Pré-histórico  Desempenho a contento meuDesempenho a contento meu trabalho. Só posso produzir atrabalho. Só posso produzir a língua-alvo e usar meuslíngua-alvo e usar meus conhecimentos espontâneos.conhecimentos espontâneos. Tenho relacionamento razoávelTenho relacionamento razoável com os alunos e colegas decom os alunos e colegas de trabalho. Mas a escola, se algumtrabalho. Mas a escola, se algum dia foi o que deveria ser, issodia foi o que deveria ser, isso aconteceu nos velhos tempos daaconteceu nos velhos tempos da boa escola. Hoje, resta apenas oboa escola. Hoje, resta apenas o ensino do faz de conta. Diante deensino do faz de conta. Diante de qualquer iniciativa ou promoçãoqualquer iniciativa ou promoção de reforma,discretamente,de reforma,discretamente, permaneço omisso. Não seria eupermaneço omisso. Não seria eu a mudar o mundo! Quem entortoua mudar o mundo! Quem entortou a escola que a conserte!a escola que a conserte!