3. Ensinar bem é... saber planejar.
E planejar é preciso!
O planejamento escolar é um processo de
racionalização, organização e coordenação
da atividade do professor, que articula o
que acontece dentro da escola com o
contexto em que ela se insere. Trata-se de
um processo de reflexão crítica a respeito
das ações e opções ao alcance do professor.
Por isso a ideia de planejar precisa estar
sempre presente e fazer parte de todas as
atividades — senão prevalecerão rumos
estabelecidos em contextos estranhos à
escola e/ou ao professor.
É necessário planejar a aula sim! O
improviso do professor acarreta em uma
turma desmotivada e não coerente para o
próximo ano/série.
4. Planejamento e Trabalho Coletivo
HTPC
O planejamento deve ser simples,
funcional e flexível.
E não adianta elaborar o planejamento
tendo em mente apenas alunos ideais.
Avalie o que sua turma já sabe e o que
ainda precisa aprender. Só assim você
poderá planejar com base em
necessidades reais de aprendizagem.
Esteja aberto para acolher o aluno e
suas circunstâncias. E, é claro, para
aprender com os próprios erros e
caminhar junto com a classe.
5. Planejar requer:
Pesquisar sempre;
Ser criativo na elaboração da
aula;
Estabelecer prioridades e
limites;
Estar aberto para acolher o
aluno e sua realidade;
Ser flexível para replanejar
sempre que necessário.
Leve sempre em conta:
As características e necessidades de
aprendizagem dos alunos;
Os objetivos educacionais da escola
e seu projeto pedagógico;
O conteúdo de cada série;
Os objetivos e seu compromisso
pessoal com o ensino;
As condições objetivas de trabalho.
Com base nisso, defina:
O diagnóstico
O que vai ensinar;
Como vai ensinar;
Quando vai ensinar;
O que, como e quando avaliar.
“Nova Escola.org.br/planejamento”
6. Diagnóstico Inicial
O diagnóstico é uma radiografia de
conhecimentos prévios, já que não há ser
humano nenhum com zero de
conhecimento. É a análise de onde se
encontra a fase de cada criança, levando
em conta o ambiente na qual está
inserida.
A avaliação diagnóstica tem como função
especifica determinar as características
da situação inicial de um determinado
processo didático que se quer colocar em
marcha. (Almeida Júnior 1998 pg 36.)
Fala-se de avaliação diagnóstica quando
se trata de explorar ou identificar
algumas características de um aluno, com
vistas a escolher a sequência de formação
melhor adaptada as suas características.
(Hadji 1994)
7. Antes de elaborar os planejamentos de cada eixo, o professor precisa mapear os
saberes das crianças. Afinal, cada turma tem uma constituição muito particular,
não é mesmo? É o diagnóstico inicial que nos dá dados precisos acerca dos
conhecimentos dos pequenos quando começam as aulas, mesmo no caso daqueles
que frequentaram a escola no ano anterior e, portanto, já são conhecidos da
equipe.
Será com base nas informações obtidas nesse levantamento que cada professor
poderá ajustar as sequências, os projetos e as atividades permanentes de maneira
que as situações didáticas assegurem o avanço na aprendizagem de todos.
Fonte: Gestão escolar.
8. Desenvolvimento
Atividade deve ser feita individualmente.
Chame um aluno por vez e explique que ele
deve tentar escrever algumas palavras e
uma frase que você vai ditar. Escolha
palavras do mesmo campo semântico, como
por exemplo: lista das comidas de uma
festa de aniversário, frutas, animais etc.
O ditado deve ser iniciado por uma palavra
polissílaba, seguida de uma trissílaba, de
uma dissílaba e, por último, de uma
monossílaba. Ao ditar, NÃO marque a
separação das sílabas, pronunciando
normalmente as palavras. Após a lista, é
preciso ditar uma frase que envolva pelo
menos uma das palavras já mencionadas,
para poder observar se o aluno volta a
escrevê-la de forma semelhante, ou seja,
se a escrita da palavra permanece estável
mesmo num contexto diferente.
Tematização
É imprescindível pedir que a criança leia o
que escreveu. Por meio da interpretação
dela sobre a própria escrita, durante a
leitura, é que se pode observar se ela
estabelece ou não relações entre o que
escreveu e o que lê em voz alta - ou seja,
entre o falado e o escrito - ou se lê
aleatoriamente.
Anote em uma folha à parte como o aluno
faz a leitura, se aponta com o dedo cada
uma das letras, se lê sem se deter em
cada uma das partes, se associa aquilo
que fala à escrita, em que sentido faz a
leitura etc.
9. Hipóteses da escrita
Hipóteses de escrita mais comuns:
Pré-silábica, sem variações quantitativas ou
qualitativas dentro da palavra e entre as palavras. O
aluno diferencia desenhos (que não podem ser lidos)
de "escritos" (que podem ser lidos), mesmo que
sejam compostos por grafismos, símbolos ou letras. A
leitura que realiza do escrito é sempre global, com o
dedo deslizando por todo o registro escrito.
Pré-silábica com exigência mínima de letras ou
símbolos, com variação de caracteres dentro da
palavra, mas não entre as palavras. A leitura do
escrito é sempre global, com o dedo deslizando por
todo o registro escrito.
Pré-silábica com exigência mínima de letras ou
símbolos, com variação de caracteres dentro da
palavra e entre as palavras (variação qualitativa
intrafigural e interfigural). Neste nível, o aluno
considera que coisas diferentes devem ser escritas
de forma diferente. A leitura do escrito continua
global, com o dedo deslizando por todo o registro
escrito.
Silábica com letras não pertinentes ou sem valor
sonoro convencional. Cada letra ou símbolo
corresponde a uma sílaba falada, mas o que se
escreve ainda não tem correspondência com o som
convencional daquela sílaba. A leitura é silabada.
Silábica com vogais pertinentes ou com valor sonoro
convencional de vogais. Cada letra corresponde a
uma sílaba falada e o que se escreve tem
correspondência com o som convencional daquela
sílaba, representada pela vogal. A leitura é silabada.
Silábica com consoantes pertinentes ou com valor
sonoro convencional de consoantes. Cada letra
corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve
tem correspondência com o som convencional
daquela sílaba, representada pela consoante. A
leitura é silabada.
Silábica com vogais e consoantes pertinentes. Cada
letra corresponde a uma sílaba falada e o que se
escreve tem correspondência com o som
convencional daquela sílaba, representada ora pela
vogal, ora pela consoante. A leitura é silabada.
10. Silábico-alfabética. Este nível marca a
transição do aluno da hipótese silábica
para a hipótese alfabética. Ora ela
escreve atribuindo a cada sílaba uma
letra, ora representando as unidades
sonoras menores, os fonemas.
Alfabética inicial. Neste estágio, o aluno
já compreendeu o sistema de escrita,
entendendo que cada um dos caracteres
da palavra corresponde a um valor sonoro
menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe
dominar as convenções ortográficas.
Alfabética. Neste estágio, o aluno já
compreendeu o sistema de escrita,
entendendo que cada um dos caracteres
da palavra corresponde a um valor sonoro
menor do que a sílaba e também domina
as convenções ortográficas.
11. Fontes e referências
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.
144p.
FERREIRO, Emilia. Com Todas as Letras. São Paulo: Cortez, 1999. 102p
v.2.
FERREIRO, Emilia; Teberosk, Ana. A Psicogênese da Língua Escrita. Porto
Alegre: Artes Medicas 1985. 284p.
FERREIRO, Emilia. Reflexões Sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000.
104p.
https://cantinhodaalfabetizacao.wordpress.com/2011/12/11/hello-world/
https://cantinhodaalfabetizacao.wordpress.com/2011/12/11/hello-world/