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História das Probabilidades e Eleições ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Origem das Probabilidades ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],O jogo foi o motor de arranque e o primeiro beneficiado com as probabilidades. De fato, por volta de 1200 a.C. existiam dados com forma cúbica feitos a partir de ossos. No entanto,  o jogo atingiu uma grande popularidade com os gregos e os romanos. Na Idade Média, a igreja católica era contra o jogo dos dados, não pelo jogo em si, mas pelo vício de beber e dizer palavrões que acompanhavam os jogos. Os jogadores inveterados do século XVI procuravam cientistas de renome para que  estes lhes dessem fórmulas mágicas para garantir ganhos substanciais nas bancas de jogo. O contributo decisivo para o início da teoria das probabilidades foi dada pela correspondência trocada entre os matemáticos franceses Blaise Pascal e  seu amigo Pierre de Fermat, em que ambos, por diferentes caminhos, chegaram à solução  correta do célebre problema da divisão das apostas em 1654. Quis o acaso que o austero Pascal conhecesse o cavaleiro de Méré, jogador mais ou menos profissional, que lhe contava as suas disputas com os adversários em  problemas de resolução controversa  sobre dados e apostas.
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Laplace escreveu: “ A teoria das probabilidades, no fundo, não é mais do que o bom senso traduzido em cálculo, permite calcular com exactidão aquilo que as pessoas sentem por uma  espécie de instinto.É natural como tal ciência, que começou com estudos sobre jogos de azar, tenha alcançado os mais altos níveis do conhecimento humano.” Em 1812, Laplace publicou uma importante obra de Teoria Analítica das Probabilidades, onde sistematizou os conhecimentos da época e onde se encontra definida a Lei de Laplace. Destaca-se a participação de Gauss (1777-1855) no aprofundamento da “Lei Normal” e de Poisson na sua “Teoria da lei dos grandes números e da lei de repartição”. No século XIX  e princípio do século XX a  teoria das probabilidades tornou-se um instrumento eficaz, exacto e fiável do conhecimento. Surge a célebre escola de S. Petersburgo. Desta escola resultaram grandes nomes, tais como: Tchébychev 81821-1894), Markov (1856-1922) e Liapounav (1857-1918). À escola de S. Petersburgo sucedeu a escola soviética na qual destaca-se a participação de Kolmogorov (1903-1987) que axiomatizou corretamente a teoria   das probabilidades.
Problemas Históricos e/ou Curiosos O CAVALEIRO DE MÉRÉ Em meados do século XVII, um jogador francês, o “Chevalier de Méré”, que vinha calmamente ganhando a vida apostando o seu bando o seu bom dinheiro em jogos de dados, decidiu oferecer a mesma quantia para uma aposta diferente. Vinha garantindo, de início, um seis em quatro jogadas de um só dado; passou, então, a apostar que conseguiria pelo menos um duplo seis em vinte e quatro jogadas de dois dados. Mas, percebeu que os seus lucros começaram a diminuir e sobre isso procurou aconselhar-se com o seu amigo Pascal. Este explicou a Méré que ele não era vítima de uma crise de má sorte mas, apenas, da ação imutável das probabilidades: enquanto a possibilidade de conseguir um 6 é uma em 3*8 jogadas de um só dado, a possibilidade para um duplo 6 é de uma em 24*61 jogadas de dois dados . DDesgostoso, Méré disse que a aritmética não passava de uma fraude. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
A  A MOEDA DE TYCHE   OO jogo da moeda de Tyche compara-se, hoje, ao que chamamos: Lançar uma moeda ao ar. Segundo constatamos, ”Tyche” era o nome da deusa da sorte, da fortuna. Esta moeda era apenas imparcial. Embora a origem desta moeda bem como os jogos de azar fossem comuns ao mundo antigo, tanto dos gregos como dos romanos, esta apenas chegou ao mundo matemático durante a Renascença. É através do paradoxo de S. Petersburgo, que o problema de lançamento de uma moeda é novamente questionado. Este paradoxo foi introduzido numa carta de Nicolas  Bernoulli a Montmort em Setembro de 1713. Bernoulli discutiu o problema numa série de cartas com Montmort,  Crawer  e com o seu primo Daniel Bernoulli. “ Pedro lança uma moeda e continua a fazê-lo até que apareça “cara” quando cair no chão. Concorda em dar a Paulo um ducado se obtiver “cara” no primeiro lançamento; dois ducados se obtiver “cara” no segundo lançamento; quatro no terceiro, oito no quarto e assim sucessivamente, de tal forma que com cada lançamento adicional o número de ducados que ele deve pagar duplica. Suponha que queremos determinar o valor da expectativa de Paulo: Quanto é que o Paulo deve pagar ao Pedro por jogar este jogo de forma a que o jogo seja justo para o Pedro?
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10=1+3+6 =1+4+5 =2+2+6 =2+3+5 =2+4+4 =3+3+4   Este problema foi estudado por Cardano, notável matemático, e Galileu encontrou mais tarde para ele. O que acontecia na verdade?   O erro do príncipe devia-se ao fato de as somas não serem igualmente prováveis. Assim, a soma de 1,2 e 6 aparece de seis formas distintas: 1+2+6; 1+6+2; 2+1+6; 2+6+1; 6+1+2; 6+2+1; O mesmo acontece com as somas de: 1, 3 e 5;  2, 3 e 4; 1, 3 e 6; 1, 4 e 5;  2, 3 e 5; A soma de 1, 4 e 4 aparece de três formas distintas: 1+4+4; 4+1+4; 4+4+1; O mesmo acontece às somas de: 2, 2 e 5; 2, 2 e 6; 2, 4 e 4; 3, 3 e 4; A soma de 3, 3 e 3 aparece de uma só forma.
Então: p(soma 9)=p(1,2,6)+p(1,3,5)+p(1,4,4)+p(2,2,5)+p(2,3,4)+p(3,3,3)   =6/216+6/216+3/216+3/216+6/216+1/216=25/216 Nota: o n.º de casos possíveis é 216 porque se lançam 3 vezes os dados (6*6*6)=216     p(soma 10)=p(1,3,6)+p(1,4,5)+p(2,2,6)+p(2,3,5)+p(2,4,4)+p(3,3,4)   =6/216+6/216+3/216+6/216+3/216+3/216=27/216   Logo, a soma 10 aparece com mais frequência que a soma 9.
A teoria das probabilidades nunca deixou de ocupar um lugar importante, quer no desenvolvimento cientifico, quer na resolução de problemas práticos que o homem enfrenta. Pode pensar-se que as probabilidades têm aplicação apenas no âmbito das ciências sociais e económicas, cujas leis se fundamentam na análise de grandes quantidades de fatos semelhantes e nas leis probabilísticas que os regem, no entanto, o conceito de probabilidade reveste-se também de enorme importância na interpretação dos fenómenos físicos e biológicos. DEFINIÇÃO DE PROBABILIDADE “  A frequência de um acontecimento deve entender-se como uma medição física de uma grandeza teórica- a probabilidade – associada a um acontecimento. A probabilidade do ponto de vista físico, é a intensidade de realização de um fenómeno natural” Tiago de Oliveira A probabilidade aplica-se a várias ciências das quais iremos dar mais relevo à Engenharia, Física, Biologia, Ciências Sociais, Estatística e aos Seguros. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Aplicação das Probabilidades às outras Ciências
PROBABILIDADES NA ENGENHARIA As probabilidades na Engenharia têm como função o controle de qualidade da produção industrial. O pioneiro das probabilidades no controle de qualidade foi W. Gosset quando, no início do séc. XX, trabalhava numa fábrica de cerveja. Houveram também algumas aplicações no setor militar, por M. Dumas em França e nas atividades internas da Western Electric Company.  Porém, só na década de 30 é que surgem os primeiros tratados de cunho prático e destinado a engenheiros: “The economic control of the quality of manufactured products” (de W. A: Shewart, de Bell Telephone Co.  USA, 1929), “The application of statistical methods in industrial standardization and quality control” (de Egan S. Pearson, Inglaterra, 1935). Apesar destes pioneiros, a difusão dos métodos estatísticos na engenharia só iniciou durante a 2ª Guerra Mundial. Os americanos e os ingleses desenvolveram um grande programa, procurando disseminar a prática do controle de qualidade estatística na produção militar. Terminada a guerra, rapidamente tornou-se norma a inclusão de cursos de probabilidades em estatística em todos os cursos de engenharias americanos, ingleses e consequentemente de outros países.
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  • 4. Laplace escreveu: “ A teoria das probabilidades, no fundo, não é mais do que o bom senso traduzido em cálculo, permite calcular com exactidão aquilo que as pessoas sentem por uma espécie de instinto.É natural como tal ciência, que começou com estudos sobre jogos de azar, tenha alcançado os mais altos níveis do conhecimento humano.” Em 1812, Laplace publicou uma importante obra de Teoria Analítica das Probabilidades, onde sistematizou os conhecimentos da época e onde se encontra definida a Lei de Laplace. Destaca-se a participação de Gauss (1777-1855) no aprofundamento da “Lei Normal” e de Poisson na sua “Teoria da lei dos grandes números e da lei de repartição”. No século XIX e princípio do século XX a teoria das probabilidades tornou-se um instrumento eficaz, exacto e fiável do conhecimento. Surge a célebre escola de S. Petersburgo. Desta escola resultaram grandes nomes, tais como: Tchébychev 81821-1894), Markov (1856-1922) e Liapounav (1857-1918). À escola de S. Petersburgo sucedeu a escola soviética na qual destaca-se a participação de Kolmogorov (1903-1987) que axiomatizou corretamente a teoria das probabilidades.
  • 5.
  • 6. A A MOEDA DE TYCHE   OO jogo da moeda de Tyche compara-se, hoje, ao que chamamos: Lançar uma moeda ao ar. Segundo constatamos, ”Tyche” era o nome da deusa da sorte, da fortuna. Esta moeda era apenas imparcial. Embora a origem desta moeda bem como os jogos de azar fossem comuns ao mundo antigo, tanto dos gregos como dos romanos, esta apenas chegou ao mundo matemático durante a Renascença. É através do paradoxo de S. Petersburgo, que o problema de lançamento de uma moeda é novamente questionado. Este paradoxo foi introduzido numa carta de Nicolas Bernoulli a Montmort em Setembro de 1713. Bernoulli discutiu o problema numa série de cartas com Montmort, Crawer e com o seu primo Daniel Bernoulli. “ Pedro lança uma moeda e continua a fazê-lo até que apareça “cara” quando cair no chão. Concorda em dar a Paulo um ducado se obtiver “cara” no primeiro lançamento; dois ducados se obtiver “cara” no segundo lançamento; quatro no terceiro, oito no quarto e assim sucessivamente, de tal forma que com cada lançamento adicional o número de ducados que ele deve pagar duplica. Suponha que queremos determinar o valor da expectativa de Paulo: Quanto é que o Paulo deve pagar ao Pedro por jogar este jogo de forma a que o jogo seja justo para o Pedro?
  • 7.
  • 8. 10=1+3+6 =1+4+5 =2+2+6 =2+3+5 =2+4+4 =3+3+4   Este problema foi estudado por Cardano, notável matemático, e Galileu encontrou mais tarde para ele. O que acontecia na verdade?   O erro do príncipe devia-se ao fato de as somas não serem igualmente prováveis. Assim, a soma de 1,2 e 6 aparece de seis formas distintas: 1+2+6; 1+6+2; 2+1+6; 2+6+1; 6+1+2; 6+2+1; O mesmo acontece com as somas de: 1, 3 e 5; 2, 3 e 4; 1, 3 e 6; 1, 4 e 5; 2, 3 e 5; A soma de 1, 4 e 4 aparece de três formas distintas: 1+4+4; 4+1+4; 4+4+1; O mesmo acontece às somas de: 2, 2 e 5; 2, 2 e 6; 2, 4 e 4; 3, 3 e 4; A soma de 3, 3 e 3 aparece de uma só forma.
  • 9. Então: p(soma 9)=p(1,2,6)+p(1,3,5)+p(1,4,4)+p(2,2,5)+p(2,3,4)+p(3,3,3)   =6/216+6/216+3/216+3/216+6/216+1/216=25/216 Nota: o n.º de casos possíveis é 216 porque se lançam 3 vezes os dados (6*6*6)=216     p(soma 10)=p(1,3,6)+p(1,4,5)+p(2,2,6)+p(2,3,5)+p(2,4,4)+p(3,3,4)   =6/216+6/216+3/216+6/216+3/216+3/216=27/216   Logo, a soma 10 aparece com mais frequência que a soma 9.
  • 10.
  • 11. PROBABILIDADES NA ENGENHARIA As probabilidades na Engenharia têm como função o controle de qualidade da produção industrial. O pioneiro das probabilidades no controle de qualidade foi W. Gosset quando, no início do séc. XX, trabalhava numa fábrica de cerveja. Houveram também algumas aplicações no setor militar, por M. Dumas em França e nas atividades internas da Western Electric Company. Porém, só na década de 30 é que surgem os primeiros tratados de cunho prático e destinado a engenheiros: “The economic control of the quality of manufactured products” (de W. A: Shewart, de Bell Telephone Co. USA, 1929), “The application of statistical methods in industrial standardization and quality control” (de Egan S. Pearson, Inglaterra, 1935). Apesar destes pioneiros, a difusão dos métodos estatísticos na engenharia só iniciou durante a 2ª Guerra Mundial. Os americanos e os ingleses desenvolveram um grande programa, procurando disseminar a prática do controle de qualidade estatística na produção militar. Terminada a guerra, rapidamente tornou-se norma a inclusão de cursos de probabilidades em estatística em todos os cursos de engenharias americanos, ingleses e consequentemente de outros países.
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