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ENZIMAS
Sacarose  CO2 e H2O
processo exergônico libera energia
livre (pensar, mover, sentir e ver)
O2
célula
Saco de açúcar  armazenado durante
anos
processo lento (favorável)
Sacarose   energia em
segundos

catálise
(tempo útil)
CATÁLISE
Sem a catálise, as reações químicas
necessárias para sustentar a
vida não ocorrem em escala
de tempo útil
Catalisador
substância que acelera as
reações químicas sem que ela própria
sofra modificações, o que significa que
pode ser utilizada repetidas vezes
Graças às enzimas, as células executam,
em milésimos de segundo, a síntese de
moléculas que, in vitro, sem enzimas,
necessitariam de semanas para serem
sintetizadas
Alto rendimento: no final da reação
gera-se apenas o produto desejado ou
alguns produtos – mas todos úteis às
células
Na síntese de laboratório, não-enzimática,
formam-se, moléculas desejadas e
numerosos subprodutos, originando-se
mistura, da qual a molécula
desejada deve ser separada
Se isso acontecesse no meio intracelular,
haveria produtos
indesejáveis que perturbaria o metabolismo
Sendo catalisadores eficientes, as enzimas
são usadas para síntese in vitro, em
laboratório experimental e na produção
industrial
As enzimas são proteínas e, como tais,
produzidas sob controle do DNA
são os efetores da informação genética
contida no DNA
Os catalisadores biológicos atuam:
temperatura do organismo
limites definidos de pH
1700 – catálise biológica reconhecida na
digestão da carne por secreções
do estômago
1800 – conversão do amido em açúcares
simples pela saliva e por extratos
vegetais
1850 – Louis Pasteur
concluiu que a fermentação do açúcar
em álcool pela levedura era
catalisada por “fermentos”
(enzimas)
1897 – Eduardo Buchner
descobriu que os extratos de levedura
podiam fermentar o açúcar
até álcool
 enzimas funcionavam mesmo
quando removidas da célula viva
1926 - James Sumner
 Isolou e cristalizou a urease;
 Cristais eram de proteínas;
 Postulou que “todas as enzimas
são proteínas”
Cristalizaram a pepsina e
tripsina bovinas; e outras
enzimas digestivas
Concluíram que eram proteínas
Conclusão Sumner foi aceita
1930 - John Northrop e
Moses Kunitz
Nessa época: J.B.S. Haldane
ENZIMAS
As interações fracas que se
estabelecem entre a enzima e o
substrato poderiam ser usadas para
distorcer a molécula do
substrato e catalisar a reação
Cerne da catálise enzimática
75 enzimas  isoladas e cristalizadas;
 Ficou evidenciado caráter protéico
 Atualmente + 2000 enzimas são
conhecidas
Século XX
ENZIMAS
Definição:
Catalisadores biológicos;
Longas cadeias de pequenas
moléculas de aminoácidos
Função:
Viabilizar a atividade das células,
quebrando moléculas ou juntando-
as para formar novos compostos.
Aminoácidos:
H
R C* COOH
NH2
ENZIMAS
Com exceção de um pequeno grupo
de moléculas de RNA
(RIBOZIMAS) → propriedades
catalíticas
enzimas são PROTEÍNAS
Aminoácidos:
H
R C* COOH
NH2
PROPRIEDADES DAS ENZIMAS
1. Atividade catalítica depende
da integridade da sua conformação
protéica nativa
2. Enzima desnaturada ou dissociada
em subunidades a atividade
catalítica é destruída
PROPRIEDADES DAS ENZIMAS
3. Quando fracionada em aa
constituintes, a sua atividade
catalítica é sempre destruída
4. As estruturas protéicas primária,
secundária, terciária e quaternária
são essenciais para a atividade
catalítica
PESO MOLECULAR: ENZIMAS
Variam de 12.000 até mais de
1 milhão
1. Algumas enzimas: requerem
somente resíduos de aminoácidos
ENZIMAS
2. Outras enzimas:
co-fator (íons inorgânicos:
Fe2+, Mg2+, Mn2+, Zn2+)
+
coenzima (molécula orgânica
não protéica)
ENZIMAS
Coenzima ou íon metálico: ligada
à parte protéica da enzima é
chamada de
GRUPO PROSTÉTICO
Enzima considerada proteína
conjugada
ENZIMA: completa e ativa
HOLOENZIMA
Enzima + coenzima + cofator
ENZIMA
APOENZIMA OU APOPROTEÍNA
Parte protéica da enzima
ENZIMAS – ESTRUTURA
RNA
Estrutura
Enzimática
Ribozimas
Se covalente
Apoenzima ou
Apoproteína
Grupo Prostético
Holoenzima
Cofator
Coenzima
Proteína
Pode ser:
• íon inorgânico
• molécula orgânica
Fig. 5.6
(funcional – ativa)
COENZIMAS
transportadores transitórios de
grupos funcionais específicos
derivadas de vitaminas, nutrientes
orgânicos em pequena quantidade
na alimentação diária
ENZIMAS – COFATOR
 Algumas enzimas que contêm ou necessitam
de elementos inorgânicos como cofatores
ENZIMA COFATOR
PEROXIDASE Fe+2 ou Fe+3
CITOCROMO OXIDASE Cu+2
ÁLCOOL DESIDROGENASE Zn+2
HEXOQUINASE Mg+2
UREASE Ni+2
ENZIMAS – COENZIMAS
Coenzima Abreviatura Reação
catalisada
Origem
Nicotinamida adenina
dinucleotídio
NAD+
Oxi-redução Niacina ou
Vitamina B3
Nicotinamida adenina
dinucleotídio fosfato
NADP+
Oxi-redução Niacina ou
Vitamina B3
Flavina adenina
dinucleotídio
FAD Oxi-redução Riboflavina ou
Vitamina B2
 Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis
 Classificam-se em:
- transportadoras de hidrogênio
- transportadoras de grupos químicos
 Transportadoras de hidrogênio
ENZIMAS – COENZIMAS
Coenzima Abrev. Reação catalisada Origem
Coenzima A CoA-SH Transferência de
grupo acil
Pantotenato ou
Vitamina B5
Biotina Transferência de
CO2
Biotina ou
Vitamina H
Piridoxal fosfato PyF Transferência de
grupo amino
Piridoxina ou
Vitamina B6
Metilcobalamina Transferência de
unidades de carbono
Cobalamina ou
Vitamina B12
Tetrahidrofolato THF Transferência de
unidades de carbono
Ácido fólico
Tiamina
pirofosfato
TPP Transferência de
grupo aldeído
Tiamina ou
Vitamina B1
 Transportadoras de grupos químicos
ENZIMAS – PROTEÍNA
Classificação proteínas
Proteínas globulares Proteínas fibrosas
Estrutura das proteínas
Primaria Secundaria Terciária Quaternária
ENZIMAS
Proteínas globulares
Estrutura terciária
Proteínas com alto peso
molecular, maioria entre 15 a
1000 Kilo Daltons Unit (KD)
OBS: 1 Dalton = 1 unidade de
peso molecular (AMU)
ENZIMAS – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Especificidade;
Produtos biológicos;
Reações viáveis economicamente e
seguras;
Aceleram a velocidade das reações;
Econômicas - reduzem a energia de
ativação;
Não são tóxicas;
ENZIMAS
Comparação das enzimas com catalisadores químicos.
Característica Enzimas Catalisadores Químicos
Especificidade ao substrato alta baixa
Sensibilidade à T e pH alta baixa
Custo de obtenção (isolamento e purificação) alto moderado
Formação de subprodutos baixa alta
Atividade Catalítica (temperatura ambiente) alta baixa
Presença de cofatores
sim não
ENZIMAS – CLASSIFICAÇÃO
 Subclasses
Exemplos de
Subclasses
Tipo de reação catalisada Classe
Hidratases Adicionam H2O à ligas duplas Liases
Quinases Transferem fosforilas do ATP Transferase
Mutases Movem fosforilas dentro da
mesma molécula
Isomerase
Sintases Síntese independente de ATP Transferases
Sintetases Síntese dependente de ATP Ligases
ENZIMAS – CATALISADORES
Aceleram reações químicas
Ex: Decomposição do H2O2
Condições da Reação Velocidade
Relativa
Sem catalisador
Platina
Enzima Catalase
1
2,77 x 104
6,51 x 108
H2O2 H2O O2
+
Catalase
superfícies
ENZIMAS – CATALISADORES
Não são consumidos na reação
H2O2 H2O O2
+
Catalase
E + S E + P
ENZIMAS – CATALISADORES
Atuam em pequenas concentrações
1 molécula de Catalase
decompõe
5 000 000 de moléculas
de H2O2
pH = 6,8 em 1 min
Número de renovação = n° de moléculas de
substrato convertidas em produto por uma única
molécula de enzima em uma dada unidade de tempo.
Em geral, as reações químicas que liberam
energia podem ocorrer sem acréscimo de
energia externa
Tais reações ocorrem com velocidades
baixas, porque as moléculas não possuem a
energia necessária para iniciar a reação
PROPRIEDADES DAS ENZIMAS
Exemplo: embora a oxidação da glicose
libere energia, esta não ocorre, a
menos que a energia para iniciar reação
esteja disponível
ENERGIA DE ATIVAÇÃO
Energia necessária para iniciar uma
reação
Energia de ativação
pode ser considerada
como uma barreira que as moléculas devem
superar para que uma reação seja iniciada
Exemplo
por analogia, uma rocha em
repouso numa depressão no topo de uma
colina rolaria facilmente se empurrada
para fora da depressão.
A energia de ativação
é semelhante à energia necessária para
retirar a rocha de dentro da depressão
• Para ativar uma reação, a maneira geral é
aumentar a temperatura – aumentando
conseqüentemente o movimento das
moléculas
Ex: quando risca um palito de fósforo. Se a
energia de fricção (riscando) é adicionada
aos reagentes na cabeça do palito de fósforo,
a temperatura aumenta, e o palito se
acende
• nas células, uma reação como esta,
aumentaria a temperatura de modo a
desnaturar as proteínas e evaporar os
líquidos
as enzimas diminuem a energia de ativação,
de modo que as reações podem ocorrer em
temperaturas moderadas nas células vivas
ENZIMAS – CATALISADORES
Não alteram o estado de equilíbrio
•Abaixam a energia de ativação;
Diferença entre
a energia livre
de S e P
Caminho da Reação
Energia de ativação com
enzima
Energia de ativação sem enzima
S
P
AÇÃO ENZIMÁTICA
A molécula da enzima possui um ou mais
centros ativos (sítio ativo ou de ligação –
superfície onde as reações ocorrem)
Sítio ativo: região onde a enzima forma
fraca associação com seu substrato
• Substrato: substância na qual a enzima atua
a molécula de substrato possui energia
cinética e colide com várias outras
moléculas dentro da célula
Quando colide com o sítio ativo de sua
enzima, forma-se um complexo enzima-substrato
o substrato sofre alteração química, e o
produto ou produtos são formados
ENZIMAS –
COMPONENTES DA REAÇÃO
E + S E S P + E
Substrato se liga ao
SÍTIO ATIVO
da enzima
As enzimas possuem alto grau de
especificidade – catalisam apenas um tipo de
reação, e a maioria atua em apenas um
substrato específico
-estrutura terciária,
-forma e carga elétrica do sítio ativo

interfere na especificidade
Quando uma enzima atua em mais de um
substrato, estes possuem o mesmo
grupamento funcional ou o mesmo tipo de
ligação química
Ex: enzimas proteolíticas – clivam proteínas,
atuam em s proteínas, mas sempre nas
ligações peptídicas
enzimas – denominadas adicionando-se o
sufixo ase ao nome do substrato no qual
atuam
Ex: Fosfatases – atuam em fosfatos
Sucrase – cliva a sacarose
Lipases – lipídeos
Peptidases – ligações peptídicas
Local onde atuam
1) Endoenzimas – ou enzimas intracelulares,
atuam dentro da célula que as produziu
2) Exoenzimas – extracelulares, são
sintetizadas na célula, mas atravessam a
membrana celular para atuar no espaço
periplasmático ou nas imediações da
célula
ENZIMAS –
LIGAÇÃO ENZIMA - SUBSTRATO
Emil Fischer (1894): Chave-Fechadura 
alto grau de especificidade
a enzima possui sitio ativo complementar ao substrato
ENZIMAS –
ATIVIDADE ENZIMÁTICA
Fatores que alteram a velocidade de reações
enzimáticas:
- pH;
- temperatura;
- concentração das enzimas;
- concentração dos substratos;
- presença de inibidores.
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DO
O efeito do pH sobre a enzima deve-se às variações
no estado de ionização dos componentes do sistema
à medida que o pH varia
pH
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DO PH
A estabilidade de uma enzima ao pH depende:
- temperatura;
- força iônica;
- natureza química do tampão;
- concentração de íons metálicos;
- concentração de substratos;
- concentração da enzima
ENZIMA pH ÓTIMO
Pepsina 1,5
Tripsina 7,7
Catalase 7,6
Arginase 9,7
Fumarase 7,8
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
 temperatura dois efeitos ocorrem:
(a) velocidade de reação aumenta, como se observa na
maioria das reações químicas;
(b) estabilidade da proteína decresce devido a
desativação térmica.
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
Temperatura ótima para que atinja sua atividade
máxima,
temperatura máxima = a enzima possui atividade
constante por um período de tempo
ENZIMAS –
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
O efeito da temperatura depende:
- pH e a força iônica do meio;
- presença ou ausência de ligantes
ENZIMA TEMPERATURA ÓTIMA (°C)
Pepsina 31,6
Tripsina 25,5
Urease 20,8
ENZIMAS –
CINÉTICA ENZIMÁTICA
 Victor Henri (1903): E + S  ES
1913
Leonor Michaelis -Enzimologista
Maud Menten - Pediatra
E + S
K1
K-1
ES
Kp
E + P
ENZIMAS –
CINÉTICA ENZIMÁTICA
 Cinética Enzimática
 Determinar as constantes de afinidade do S e
dos inibidores;
 Conhecer as condições ótimas da catálise;
 Ajuda a elucidar os mecanismos de reação;
 Determinar a função de determinada enzima
em uma rota metabólica.
ENZIMAS –
INIBIÇÃO COMPETITIVA
Inibidor competitivo concorre com o S pelo sítio ativo da E
livre
I  análogo não metabolizável, derivado de
um S verdadeiro (intermediário),
S substituto da E ou
um P da reação
 Essa molécula não-substrato atua como inibidor
competitivo da reação
 compete, com o substrato, pelo sítio ativo
ENZIMAS –
INIBIÇÃO COMPETITIVA
[substrato] necessária para
obter a mesma [ES]
afinidade da enzima pelo
substrato
I compostos com estrutura
molecular lembra S
1) [substrato] e a [ inibidor]
os sítios ativos de algumas moléculas
enzimáticas são ocupados pelo inibidor
e a velocidade da reação é apenas
levemente reduzida
2) [substrato] e a [ inibidor]
os sítios de muitas moléculas enzimáticas
são ocupados pelo inibidor, e a
velocidade da reação é bastante
reduzida
as células bacterianas convertem o ácido p-
aminobenzóico (PABA) em ácido fólico
(vitamina essencial)
se as sulfas estão presentes, elas
competem com o PABA pelo sítios ativos
das enzimas
 quanto maior a [sulfas] > a inibição da
síntese de ácido fólico
Ex: as sulfas são inibidores competitivos
As enzimas também podem ser inibidas
por substâncias chamadas inibidores não-
competitivos
Alguns inibidores não-competitivos se
ligam à enzima no sítio alostérico
Sítio alostérico = diferente do sítio ativo
ENZIMAS –
INIBIÇÃO NÃO-COMPETITIVA
 Inibidor não-competitivo se liga reversivelmente,
aleatória e independentemente em um sítio que lhe é
próprio.
I não tem semelhança
estrutural com o S
[substrato] não diminui a
inibição
Vmax na presença do
inibidor
Tais inibidores distorcem a estrutura
terciária da proteína e alteram o formato do
sítio ativo
Qualquer molécula enzimática modificada não
pode mais se ligar ao substrato, logo não
pode catalisar a reação
alguns inibidores não-competitivos se ligam
reversivelmente,
outros de modo irreversível e inativa
permanentemente a molécula enzimática –
reduz bastante a velocidade da reação
irreversível e inativa
Ex: chumbo, mercúrio e outros
metais pesados, podem se ligar a
molécula enzimática
– alteram permanentemente sua
forma e conseqüentemente
inativando-a
Inibição por feedback – não-competitiva
reversível - regula a velocidade de muitas
vias metabólicas
Ex: quando o produto final de uma via se
acumula, freqüentemente se liga e inativa
a enzima que catalisa a primeira reação da
via
Aumento do produto
final – desacelera
toda a via
Inibidor específico
ENZIMAS –
INIBIÇÃO IRREVERSÍVEL
 I se combina com um grupo funcional, na molécula
da E, que é essencial para sua atividade.
 Podem promover a destruição do grupo funcional
 Forma-se uma ligação COVALENTE entre o I e a E.
 Vmax   parte da E é completamente removida do
sistema.
K2
E + P
E + S ES
K1
EI
+
I
 Imobilizadas
 Reutilização
 Maior estabilidade
(faixas mais amplas de
pH e temperatura)
 Menor interferência de
inibidores e/ou
ativadores
 Livres
 Instabilidade
 Rápida perda da
atividade catalítica
 Não podem ser
recuperadas
 Enzimas Livres versus Enzimas Imobilizadas
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
 A enzima livre é imobilizada em um suporte inerte
como vidro poroso, alginato, etc.
 O principal interesse em imobilizar uma enzima é
obter um bio-catalisador com atividade e
estabilidade que não sejam afetadas durante o
processo, em comparação à sua forma livre.
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
Vantagens da utilização de enzimas imobilizadas
- As enzimas podem ser reutilizadas
- Os processos químicos podem ser continuamente operados e
prontamente controlados
- Os produtos podem ser facilmente separados
- Os problemas com efluentes e manipulações de materiais são
minimizados
- A reprodutibilidade do procedimento analítico pode ser
aumentada
- Em alguns casos, as propriedades enzimáticas (atividade e
estabilidade operacionais) podem ser alteradas
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
 Medida da atividade:
 Atividade da enzima imobilizada é mais fraca
que a das enzima nativa, mas a estabilidade é
maior.
 Influencia das condições operacionais:
 imobilizada  resistem melhor a variações de pH
e tratamentos térmicos;
Obs: origem da enzima, suporte utilizado e método de fixação
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
 Indústria de alimentos:
 Glicose isomerase fixada para a produção de
xaropes com alto teor de frutose;
 Celulase  Conversão de celulose em açúcares
solúveis;
 (Sacharomices cerevisae)  álcoois puros.
 Uso Industrial:
 Fonte para produção de penicilinas sintéticas.
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
 Lipases imobilizadas:
Imobilizadas em carvão de coco, bauxita e gel de
ágar utilizadas na transformação de óleo de soja
em biodisel.
ENZIMAS - IMOBILIZADAS
 Em desenvolvimento:
 Estudos de filtros que utilizam enzimas
imobilizadas na superfície do meio filtrante para o
tratamento do ar dos ambientes.
 Recentes avanços na imobilização de enzimas por
argilas, utilizadas em biorremediação.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
ENZIMA FONTE APLICAÇÃO
Papaína mamão Ajuda na digestão, Médica,
bebidas, carnes
Bromelina abacaxi Ajuda na digestão, Médica,
bebidas, carnes
Diastase malte Panificação, xarope
Pepsina mucosa gástrica
suíno
Amaciamento de carne
Lipase Candida rugosa Tratamento de efluentes
Origem vegetal
Origem animal
Origem microbiana
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Proteases
 Leite: na preparação do leite de soja.
 Carnes e Peixes: recuperação de proteínas do
osso ou espinha.
 Vinhos: clarificação.
 Queijo: coagulação da caseína.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Lactase
 Sorvete: prevenção da cristalização da lactose.
 Leite: estabilização das proteínas do leite em
leites congelados por remoção da lactose.
 Hidrólise da lactose, permitindo o uso por
adultos deficientes na lactase intestinal e em
crianças com deficiência em lactase congênita.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 -amilase
 Fermentados: conversão do amido a maltose
por fermentação. Remoção da turbidez do
amido
 Chocolate/cacau: liquefação do amido
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Peroxidase
 Deterioração - Frutas: contribui na reação de
escurecimento.
 Polifenoloxidase
 Chá/Café: desenvolvimento do escurecimento
durante fermentação.
 Deterioração - Frutas e Vegetais: reação de
escurecimento e perda de vitaminas.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Enzimas utilizadas em rações para aves.
Melhora a utilização de gorduras animais e vegetais
Lipídios e
ácidos graxos
Lipases
Melhora a utilização do fósforo dos vegetais.
Ácido fítico
Fitase
Degradação mais eficiente do amido.
Amido
Amilases
Degradação mais eficiente de proteínas.
Proteínas
Proteases
Degradação da celulose e liberação de nutrientes
Celulose
Celulases
Efeitos
Substrato
Enzima
ENZIMAS – APLICAÇÕES
Tratamento de efluentes
 Preocupação ambiental desencadeou procura por
outras alternativas, as chamadas "tecnologias
limpas“.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
 Enzimas utilizadas em tratamento de efluentes
Enzima e fonte Poluentes e efluentes
Azorredutase (Pseudomonas luteola) Indústria de tinta
Catalase (Baccilus sp.) Remoção de H2O2 em efluentes de
branqueamento de tecidos
-glicosidase e Manganês peroxidase Remoção de corantes azo na industria de
alimentos e industria têxtil
Polifosfatase e Fosfotransferase Remoção de fosfato biológico de efluentes
Protease pronase (Pseudomonas
aeruginosa)
Inativação de vírus bacteriófago Cox A9 de
efluentes, para reutilização da água
Naftaleno-dioxigenase Remoção de naftaleno
Lipase (Penicillium P4) Remoção do teor de DQO de efluentes de óleo
de oliva
(Candida rugosa) Redução do teor de lipídeos e DQO efluentes
avícolas
(pâncreas de porco) Redução do teor de lipídeos e SS de efluentes
da indústria de derivados lácteos
ENZIMAS – APLICAÇÕES
Indústria de detergentes;
Indústria têxtil;
Indústria de papel e celulose;
Curtumes;
Biorremediação: polímeros, hidrocarbonetos e
clorados.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
Aplicação da Lipase no tratamento de águas
residuárias com elevados teores de lipídeos
JUSTIFICATIVA
 Efluentes com  teores de gorduras e óleos -
enzimas capazes de hidrolisar os triglicerídeos
 Etapa é lenta e nem sempre há m.o. específicos
para a produção de lipase
formação de uma camada gordurosa sobre as lagoas
ENZIMAS – APLICAÇÕES
OBJETIVO
aplicação de um pré-tratamento
enzimático
Caracterizar o efluente
 Caracterizar as propriedades catalíticas das enzimas
 Testar ≠ tempos de hidrólise na formação de ácidos
graxos (2h, 4h, 8h, 12h e 24h)
 Avaliar o impacto do tratamento enzimático por
meio de testes de biodegradabilidade expressa pela
DQO e atividade metanogênica.
ENZIMAS – APLICAÇÕES
MATERIAL E MÉTODOS
Determinação da Atividade Hidrolítica

Substrato: Controle = azeite de oliva
Efluente = efluente de indústria de
produtos avícolas
Incubados em banho-maria sob agitação
Tampão e solução enzimática (5mg/mL). Branco
Solução de etanol:acetona – parar a reação
Ácidos graxos liberados titulados com KOH (0,02M)
e indicador fenolftaleína
ENZIMAS – APLICAÇÕES
RESULTADOS
Influência do pH na atividade hidrolítica das lipases
LNU e LKM
0
100
200
300
400
500
600
700
5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5
pH
Atividade
(U)
130
145
160
175
190
205
220
235
LKM - Efluente
LNU - Efluente
ENZIMAS – APLICAÇÕES
RESULTADOS
10 20 30 40 50 60
300
400
500
600
700
800
900
Lipase Pancreatina (LKM)
Lipase Pancreatina (LNU)
Atividade
(U)
concentração (%)
Influência da concentração de substrato na atividade
hidrolítica das lipase LKM e LNU

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ENZIMAS: CATALISADORES BIOQUÍMICOS

  • 2. Sacarose  CO2 e H2O processo exergônico libera energia livre (pensar, mover, sentir e ver) O2 célula
  • 3. Saco de açúcar  armazenado durante anos processo lento (favorável) Sacarose   energia em segundos  catálise (tempo útil)
  • 4. CATÁLISE Sem a catálise, as reações químicas necessárias para sustentar a vida não ocorrem em escala de tempo útil
  • 5. Catalisador substância que acelera as reações químicas sem que ela própria sofra modificações, o que significa que pode ser utilizada repetidas vezes
  • 6. Graças às enzimas, as células executam, em milésimos de segundo, a síntese de moléculas que, in vitro, sem enzimas, necessitariam de semanas para serem sintetizadas Alto rendimento: no final da reação gera-se apenas o produto desejado ou alguns produtos – mas todos úteis às células
  • 7. Na síntese de laboratório, não-enzimática, formam-se, moléculas desejadas e numerosos subprodutos, originando-se mistura, da qual a molécula desejada deve ser separada Se isso acontecesse no meio intracelular, haveria produtos indesejáveis que perturbaria o metabolismo
  • 8. Sendo catalisadores eficientes, as enzimas são usadas para síntese in vitro, em laboratório experimental e na produção industrial As enzimas são proteínas e, como tais, produzidas sob controle do DNA são os efetores da informação genética contida no DNA
  • 9. Os catalisadores biológicos atuam: temperatura do organismo limites definidos de pH
  • 10. 1700 – catálise biológica reconhecida na digestão da carne por secreções do estômago 1800 – conversão do amido em açúcares simples pela saliva e por extratos vegetais
  • 11. 1850 – Louis Pasteur concluiu que a fermentação do açúcar em álcool pela levedura era catalisada por “fermentos” (enzimas)
  • 12. 1897 – Eduardo Buchner descobriu que os extratos de levedura podiam fermentar o açúcar até álcool  enzimas funcionavam mesmo quando removidas da célula viva
  • 13. 1926 - James Sumner  Isolou e cristalizou a urease;  Cristais eram de proteínas;  Postulou que “todas as enzimas são proteínas”
  • 14. Cristalizaram a pepsina e tripsina bovinas; e outras enzimas digestivas Concluíram que eram proteínas Conclusão Sumner foi aceita 1930 - John Northrop e Moses Kunitz
  • 15. Nessa época: J.B.S. Haldane ENZIMAS As interações fracas que se estabelecem entre a enzima e o substrato poderiam ser usadas para distorcer a molécula do substrato e catalisar a reação Cerne da catálise enzimática
  • 16. 75 enzimas  isoladas e cristalizadas;  Ficou evidenciado caráter protéico  Atualmente + 2000 enzimas são conhecidas Século XX
  • 17. ENZIMAS Definição: Catalisadores biológicos; Longas cadeias de pequenas moléculas de aminoácidos Função: Viabilizar a atividade das células, quebrando moléculas ou juntando- as para formar novos compostos. Aminoácidos: H R C* COOH NH2
  • 18. ENZIMAS Com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA (RIBOZIMAS) → propriedades catalíticas enzimas são PROTEÍNAS Aminoácidos: H R C* COOH NH2
  • 19. PROPRIEDADES DAS ENZIMAS 1. Atividade catalítica depende da integridade da sua conformação protéica nativa 2. Enzima desnaturada ou dissociada em subunidades a atividade catalítica é destruída
  • 20. PROPRIEDADES DAS ENZIMAS 3. Quando fracionada em aa constituintes, a sua atividade catalítica é sempre destruída 4. As estruturas protéicas primária, secundária, terciária e quaternária são essenciais para a atividade catalítica
  • 21. PESO MOLECULAR: ENZIMAS Variam de 12.000 até mais de 1 milhão 1. Algumas enzimas: requerem somente resíduos de aminoácidos
  • 22. ENZIMAS 2. Outras enzimas: co-fator (íons inorgânicos: Fe2+, Mg2+, Mn2+, Zn2+) + coenzima (molécula orgânica não protéica)
  • 23. ENZIMAS Coenzima ou íon metálico: ligada à parte protéica da enzima é chamada de GRUPO PROSTÉTICO Enzima considerada proteína conjugada
  • 24. ENZIMA: completa e ativa HOLOENZIMA Enzima + coenzima + cofator
  • 26. ENZIMAS – ESTRUTURA RNA Estrutura Enzimática Ribozimas Se covalente Apoenzima ou Apoproteína Grupo Prostético Holoenzima Cofator Coenzima Proteína Pode ser: • íon inorgânico • molécula orgânica
  • 28. COENZIMAS transportadores transitórios de grupos funcionais específicos derivadas de vitaminas, nutrientes orgânicos em pequena quantidade na alimentação diária
  • 29.
  • 30.
  • 31. ENZIMAS – COFATOR  Algumas enzimas que contêm ou necessitam de elementos inorgânicos como cofatores ENZIMA COFATOR PEROXIDASE Fe+2 ou Fe+3 CITOCROMO OXIDASE Cu+2 ÁLCOOL DESIDROGENASE Zn+2 HEXOQUINASE Mg+2 UREASE Ni+2
  • 32. ENZIMAS – COENZIMAS Coenzima Abreviatura Reação catalisada Origem Nicotinamida adenina dinucleotídio NAD+ Oxi-redução Niacina ou Vitamina B3 Nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato NADP+ Oxi-redução Niacina ou Vitamina B3 Flavina adenina dinucleotídio FAD Oxi-redução Riboflavina ou Vitamina B2  Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis  Classificam-se em: - transportadoras de hidrogênio - transportadoras de grupos químicos  Transportadoras de hidrogênio
  • 33. ENZIMAS – COENZIMAS Coenzima Abrev. Reação catalisada Origem Coenzima A CoA-SH Transferência de grupo acil Pantotenato ou Vitamina B5 Biotina Transferência de CO2 Biotina ou Vitamina H Piridoxal fosfato PyF Transferência de grupo amino Piridoxina ou Vitamina B6 Metilcobalamina Transferência de unidades de carbono Cobalamina ou Vitamina B12 Tetrahidrofolato THF Transferência de unidades de carbono Ácido fólico Tiamina pirofosfato TPP Transferência de grupo aldeído Tiamina ou Vitamina B1  Transportadoras de grupos químicos
  • 34. ENZIMAS – PROTEÍNA Classificação proteínas Proteínas globulares Proteínas fibrosas Estrutura das proteínas Primaria Secundaria Terciária Quaternária ENZIMAS Proteínas globulares Estrutura terciária Proteínas com alto peso molecular, maioria entre 15 a 1000 Kilo Daltons Unit (KD) OBS: 1 Dalton = 1 unidade de peso molecular (AMU)
  • 35. ENZIMAS – CARACTERÍSTICAS GERAIS Especificidade; Produtos biológicos; Reações viáveis economicamente e seguras; Aceleram a velocidade das reações; Econômicas - reduzem a energia de ativação; Não são tóxicas;
  • 36. ENZIMAS Comparação das enzimas com catalisadores químicos. Característica Enzimas Catalisadores Químicos Especificidade ao substrato alta baixa Sensibilidade à T e pH alta baixa Custo de obtenção (isolamento e purificação) alto moderado Formação de subprodutos baixa alta Atividade Catalítica (temperatura ambiente) alta baixa Presença de cofatores sim não
  • 37. ENZIMAS – CLASSIFICAÇÃO  Subclasses Exemplos de Subclasses Tipo de reação catalisada Classe Hidratases Adicionam H2O à ligas duplas Liases Quinases Transferem fosforilas do ATP Transferase Mutases Movem fosforilas dentro da mesma molécula Isomerase Sintases Síntese independente de ATP Transferases Sintetases Síntese dependente de ATP Ligases
  • 38. ENZIMAS – CATALISADORES Aceleram reações químicas Ex: Decomposição do H2O2 Condições da Reação Velocidade Relativa Sem catalisador Platina Enzima Catalase 1 2,77 x 104 6,51 x 108 H2O2 H2O O2 + Catalase superfícies
  • 39. ENZIMAS – CATALISADORES Não são consumidos na reação H2O2 H2O O2 + Catalase E + S E + P
  • 40. ENZIMAS – CATALISADORES Atuam em pequenas concentrações 1 molécula de Catalase decompõe 5 000 000 de moléculas de H2O2 pH = 6,8 em 1 min Número de renovação = n° de moléculas de substrato convertidas em produto por uma única molécula de enzima em uma dada unidade de tempo.
  • 41. Em geral, as reações químicas que liberam energia podem ocorrer sem acréscimo de energia externa Tais reações ocorrem com velocidades baixas, porque as moléculas não possuem a energia necessária para iniciar a reação PROPRIEDADES DAS ENZIMAS
  • 42. Exemplo: embora a oxidação da glicose libere energia, esta não ocorre, a menos que a energia para iniciar reação esteja disponível ENERGIA DE ATIVAÇÃO Energia necessária para iniciar uma reação
  • 43. Energia de ativação pode ser considerada como uma barreira que as moléculas devem superar para que uma reação seja iniciada
  • 44. Exemplo por analogia, uma rocha em repouso numa depressão no topo de uma colina rolaria facilmente se empurrada para fora da depressão. A energia de ativação é semelhante à energia necessária para retirar a rocha de dentro da depressão
  • 45. • Para ativar uma reação, a maneira geral é aumentar a temperatura – aumentando conseqüentemente o movimento das moléculas Ex: quando risca um palito de fósforo. Se a energia de fricção (riscando) é adicionada aos reagentes na cabeça do palito de fósforo, a temperatura aumenta, e o palito se acende
  • 46. • nas células, uma reação como esta, aumentaria a temperatura de modo a desnaturar as proteínas e evaporar os líquidos as enzimas diminuem a energia de ativação, de modo que as reações podem ocorrer em temperaturas moderadas nas células vivas
  • 47. ENZIMAS – CATALISADORES Não alteram o estado de equilíbrio •Abaixam a energia de ativação; Diferença entre a energia livre de S e P Caminho da Reação Energia de ativação com enzima Energia de ativação sem enzima S P
  • 48. AÇÃO ENZIMÁTICA A molécula da enzima possui um ou mais centros ativos (sítio ativo ou de ligação – superfície onde as reações ocorrem) Sítio ativo: região onde a enzima forma fraca associação com seu substrato
  • 49.
  • 50. • Substrato: substância na qual a enzima atua a molécula de substrato possui energia cinética e colide com várias outras moléculas dentro da célula Quando colide com o sítio ativo de sua enzima, forma-se um complexo enzima-substrato o substrato sofre alteração química, e o produto ou produtos são formados
  • 51. ENZIMAS – COMPONENTES DA REAÇÃO E + S E S P + E Substrato se liga ao SÍTIO ATIVO da enzima
  • 52. As enzimas possuem alto grau de especificidade – catalisam apenas um tipo de reação, e a maioria atua em apenas um substrato específico -estrutura terciária, -forma e carga elétrica do sítio ativo  interfere na especificidade
  • 53. Quando uma enzima atua em mais de um substrato, estes possuem o mesmo grupamento funcional ou o mesmo tipo de ligação química Ex: enzimas proteolíticas – clivam proteínas, atuam em s proteínas, mas sempre nas ligações peptídicas
  • 54. enzimas – denominadas adicionando-se o sufixo ase ao nome do substrato no qual atuam Ex: Fosfatases – atuam em fosfatos Sucrase – cliva a sacarose Lipases – lipídeos Peptidases – ligações peptídicas
  • 55. Local onde atuam 1) Endoenzimas – ou enzimas intracelulares, atuam dentro da célula que as produziu 2) Exoenzimas – extracelulares, são sintetizadas na célula, mas atravessam a membrana celular para atuar no espaço periplasmático ou nas imediações da célula
  • 56. ENZIMAS – LIGAÇÃO ENZIMA - SUBSTRATO Emil Fischer (1894): Chave-Fechadura  alto grau de especificidade a enzima possui sitio ativo complementar ao substrato
  • 57. ENZIMAS – ATIVIDADE ENZIMÁTICA Fatores que alteram a velocidade de reações enzimáticas: - pH; - temperatura; - concentração das enzimas; - concentração dos substratos; - presença de inibidores.
  • 58.
  • 59. ENZIMAS – INFLUÊNCIA DO O efeito do pH sobre a enzima deve-se às variações no estado de ionização dos componentes do sistema à medida que o pH varia pH
  • 60. ENZIMAS – INFLUÊNCIA DO PH A estabilidade de uma enzima ao pH depende: - temperatura; - força iônica; - natureza química do tampão; - concentração de íons metálicos; - concentração de substratos; - concentração da enzima ENZIMA pH ÓTIMO Pepsina 1,5 Tripsina 7,7 Catalase 7,6 Arginase 9,7 Fumarase 7,8
  • 61. ENZIMAS – INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA  temperatura dois efeitos ocorrem: (a) velocidade de reação aumenta, como se observa na maioria das reações químicas; (b) estabilidade da proteína decresce devido a desativação térmica.
  • 62. ENZIMAS – INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA Temperatura ótima para que atinja sua atividade máxima, temperatura máxima = a enzima possui atividade constante por um período de tempo
  • 63. ENZIMAS – INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA O efeito da temperatura depende: - pH e a força iônica do meio; - presença ou ausência de ligantes ENZIMA TEMPERATURA ÓTIMA (°C) Pepsina 31,6 Tripsina 25,5 Urease 20,8
  • 64. ENZIMAS – CINÉTICA ENZIMÁTICA  Victor Henri (1903): E + S  ES 1913 Leonor Michaelis -Enzimologista Maud Menten - Pediatra E + S K1 K-1 ES Kp E + P
  • 65. ENZIMAS – CINÉTICA ENZIMÁTICA  Cinética Enzimática  Determinar as constantes de afinidade do S e dos inibidores;  Conhecer as condições ótimas da catálise;  Ajuda a elucidar os mecanismos de reação;  Determinar a função de determinada enzima em uma rota metabólica.
  • 66. ENZIMAS – INIBIÇÃO COMPETITIVA Inibidor competitivo concorre com o S pelo sítio ativo da E livre I  análogo não metabolizável, derivado de um S verdadeiro (intermediário), S substituto da E ou um P da reação
  • 67.  Essa molécula não-substrato atua como inibidor competitivo da reação  compete, com o substrato, pelo sítio ativo
  • 68. ENZIMAS – INIBIÇÃO COMPETITIVA [substrato] necessária para obter a mesma [ES] afinidade da enzima pelo substrato I compostos com estrutura molecular lembra S
  • 69. 1) [substrato] e a [ inibidor] os sítios ativos de algumas moléculas enzimáticas são ocupados pelo inibidor e a velocidade da reação é apenas levemente reduzida
  • 70. 2) [substrato] e a [ inibidor] os sítios de muitas moléculas enzimáticas são ocupados pelo inibidor, e a velocidade da reação é bastante reduzida
  • 71. as células bacterianas convertem o ácido p- aminobenzóico (PABA) em ácido fólico (vitamina essencial) se as sulfas estão presentes, elas competem com o PABA pelo sítios ativos das enzimas  quanto maior a [sulfas] > a inibição da síntese de ácido fólico Ex: as sulfas são inibidores competitivos
  • 72. As enzimas também podem ser inibidas por substâncias chamadas inibidores não- competitivos Alguns inibidores não-competitivos se ligam à enzima no sítio alostérico Sítio alostérico = diferente do sítio ativo
  • 73. ENZIMAS – INIBIÇÃO NÃO-COMPETITIVA  Inibidor não-competitivo se liga reversivelmente, aleatória e independentemente em um sítio que lhe é próprio. I não tem semelhança estrutural com o S [substrato] não diminui a inibição Vmax na presença do inibidor
  • 74. Tais inibidores distorcem a estrutura terciária da proteína e alteram o formato do sítio ativo Qualquer molécula enzimática modificada não pode mais se ligar ao substrato, logo não pode catalisar a reação
  • 75. alguns inibidores não-competitivos se ligam reversivelmente, outros de modo irreversível e inativa permanentemente a molécula enzimática – reduz bastante a velocidade da reação
  • 76. irreversível e inativa Ex: chumbo, mercúrio e outros metais pesados, podem se ligar a molécula enzimática – alteram permanentemente sua forma e conseqüentemente inativando-a
  • 77.
  • 78. Inibição por feedback – não-competitiva reversível - regula a velocidade de muitas vias metabólicas Ex: quando o produto final de uma via se acumula, freqüentemente se liga e inativa a enzima que catalisa a primeira reação da via
  • 79. Aumento do produto final – desacelera toda a via Inibidor específico
  • 80. ENZIMAS – INIBIÇÃO IRREVERSÍVEL  I se combina com um grupo funcional, na molécula da E, que é essencial para sua atividade.  Podem promover a destruição do grupo funcional  Forma-se uma ligação COVALENTE entre o I e a E.  Vmax   parte da E é completamente removida do sistema. K2 E + P E + S ES K1 EI + I
  • 81.  Imobilizadas  Reutilização  Maior estabilidade (faixas mais amplas de pH e temperatura)  Menor interferência de inibidores e/ou ativadores  Livres  Instabilidade  Rápida perda da atividade catalítica  Não podem ser recuperadas  Enzimas Livres versus Enzimas Imobilizadas ENZIMAS - IMOBILIZADAS
  • 82. ENZIMAS - IMOBILIZADAS  A enzima livre é imobilizada em um suporte inerte como vidro poroso, alginato, etc.  O principal interesse em imobilizar uma enzima é obter um bio-catalisador com atividade e estabilidade que não sejam afetadas durante o processo, em comparação à sua forma livre.
  • 84. ENZIMAS - IMOBILIZADAS Vantagens da utilização de enzimas imobilizadas - As enzimas podem ser reutilizadas - Os processos químicos podem ser continuamente operados e prontamente controlados - Os produtos podem ser facilmente separados - Os problemas com efluentes e manipulações de materiais são minimizados - A reprodutibilidade do procedimento analítico pode ser aumentada - Em alguns casos, as propriedades enzimáticas (atividade e estabilidade operacionais) podem ser alteradas
  • 85. ENZIMAS - IMOBILIZADAS  Medida da atividade:  Atividade da enzima imobilizada é mais fraca que a das enzima nativa, mas a estabilidade é maior.  Influencia das condições operacionais:  imobilizada  resistem melhor a variações de pH e tratamentos térmicos; Obs: origem da enzima, suporte utilizado e método de fixação
  • 86. ENZIMAS - IMOBILIZADAS  Indústria de alimentos:  Glicose isomerase fixada para a produção de xaropes com alto teor de frutose;  Celulase  Conversão de celulose em açúcares solúveis;  (Sacharomices cerevisae)  álcoois puros.  Uso Industrial:  Fonte para produção de penicilinas sintéticas.
  • 87. ENZIMAS - IMOBILIZADAS  Lipases imobilizadas: Imobilizadas em carvão de coco, bauxita e gel de ágar utilizadas na transformação de óleo de soja em biodisel.
  • 88. ENZIMAS - IMOBILIZADAS  Em desenvolvimento:  Estudos de filtros que utilizam enzimas imobilizadas na superfície do meio filtrante para o tratamento do ar dos ambientes.  Recentes avanços na imobilização de enzimas por argilas, utilizadas em biorremediação.
  • 89. ENZIMAS – APLICAÇÕES ENZIMA FONTE APLICAÇÃO Papaína mamão Ajuda na digestão, Médica, bebidas, carnes Bromelina abacaxi Ajuda na digestão, Médica, bebidas, carnes Diastase malte Panificação, xarope Pepsina mucosa gástrica suíno Amaciamento de carne Lipase Candida rugosa Tratamento de efluentes Origem vegetal Origem animal Origem microbiana
  • 90. ENZIMAS – APLICAÇÕES  Proteases  Leite: na preparação do leite de soja.  Carnes e Peixes: recuperação de proteínas do osso ou espinha.  Vinhos: clarificação.  Queijo: coagulação da caseína.
  • 91. ENZIMAS – APLICAÇÕES  Lactase  Sorvete: prevenção da cristalização da lactose.  Leite: estabilização das proteínas do leite em leites congelados por remoção da lactose.  Hidrólise da lactose, permitindo o uso por adultos deficientes na lactase intestinal e em crianças com deficiência em lactase congênita.
  • 92. ENZIMAS – APLICAÇÕES  -amilase  Fermentados: conversão do amido a maltose por fermentação. Remoção da turbidez do amido  Chocolate/cacau: liquefação do amido
  • 93. ENZIMAS – APLICAÇÕES  Peroxidase  Deterioração - Frutas: contribui na reação de escurecimento.  Polifenoloxidase  Chá/Café: desenvolvimento do escurecimento durante fermentação.  Deterioração - Frutas e Vegetais: reação de escurecimento e perda de vitaminas.
  • 94. ENZIMAS – APLICAÇÕES  Enzimas utilizadas em rações para aves. Melhora a utilização de gorduras animais e vegetais Lipídios e ácidos graxos Lipases Melhora a utilização do fósforo dos vegetais. Ácido fítico Fitase Degradação mais eficiente do amido. Amido Amilases Degradação mais eficiente de proteínas. Proteínas Proteases Degradação da celulose e liberação de nutrientes Celulose Celulases Efeitos Substrato Enzima
  • 95. ENZIMAS – APLICAÇÕES Tratamento de efluentes  Preocupação ambiental desencadeou procura por outras alternativas, as chamadas "tecnologias limpas“.
  • 96. ENZIMAS – APLICAÇÕES  Enzimas utilizadas em tratamento de efluentes Enzima e fonte Poluentes e efluentes Azorredutase (Pseudomonas luteola) Indústria de tinta Catalase (Baccilus sp.) Remoção de H2O2 em efluentes de branqueamento de tecidos -glicosidase e Manganês peroxidase Remoção de corantes azo na industria de alimentos e industria têxtil Polifosfatase e Fosfotransferase Remoção de fosfato biológico de efluentes Protease pronase (Pseudomonas aeruginosa) Inativação de vírus bacteriófago Cox A9 de efluentes, para reutilização da água Naftaleno-dioxigenase Remoção de naftaleno Lipase (Penicillium P4) Remoção do teor de DQO de efluentes de óleo de oliva (Candida rugosa) Redução do teor de lipídeos e DQO efluentes avícolas (pâncreas de porco) Redução do teor de lipídeos e SS de efluentes da indústria de derivados lácteos
  • 97. ENZIMAS – APLICAÇÕES Indústria de detergentes; Indústria têxtil; Indústria de papel e celulose; Curtumes; Biorremediação: polímeros, hidrocarbonetos e clorados.
  • 98. ENZIMAS – APLICAÇÕES Aplicação da Lipase no tratamento de águas residuárias com elevados teores de lipídeos JUSTIFICATIVA  Efluentes com  teores de gorduras e óleos - enzimas capazes de hidrolisar os triglicerídeos  Etapa é lenta e nem sempre há m.o. específicos para a produção de lipase formação de uma camada gordurosa sobre as lagoas
  • 99. ENZIMAS – APLICAÇÕES OBJETIVO aplicação de um pré-tratamento enzimático Caracterizar o efluente  Caracterizar as propriedades catalíticas das enzimas  Testar ≠ tempos de hidrólise na formação de ácidos graxos (2h, 4h, 8h, 12h e 24h)  Avaliar o impacto do tratamento enzimático por meio de testes de biodegradabilidade expressa pela DQO e atividade metanogênica.
  • 100. ENZIMAS – APLICAÇÕES MATERIAL E MÉTODOS Determinação da Atividade Hidrolítica  Substrato: Controle = azeite de oliva Efluente = efluente de indústria de produtos avícolas Incubados em banho-maria sob agitação Tampão e solução enzimática (5mg/mL). Branco Solução de etanol:acetona – parar a reação Ácidos graxos liberados titulados com KOH (0,02M) e indicador fenolftaleína
  • 101. ENZIMAS – APLICAÇÕES RESULTADOS Influência do pH na atividade hidrolítica das lipases LNU e LKM 0 100 200 300 400 500 600 700 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 pH Atividade (U) 130 145 160 175 190 205 220 235 LKM - Efluente LNU - Efluente
  • 102. ENZIMAS – APLICAÇÕES RESULTADOS 10 20 30 40 50 60 300 400 500 600 700 800 900 Lipase Pancreatina (LKM) Lipase Pancreatina (LNU) Atividade (U) concentração (%) Influência da concentração de substrato na atividade hidrolítica das lipase LKM e LNU