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ZOOLOGIA
Filo Annelida
Annelida
Posição no Reino Animal
 Triblásticos. Pertencem ao ramo dos animais Protostômios;
 Possuem celoma verdadeiro (esquizocélico);
 Apresentam todos os sistemas orgânicos bem desenvolvidos;
 Como um grupo, os anelídeos apresentam metamerismo
primitivo, com poucas diferenciações entre os diferentes somitos
 Compartilham com os artrópodes a secreção de uma cuticula
externa e um sistema nervoso semelhante
Hickman et al. 2004
Annelida
Contribuições Biológicas
 Metamerismo  representa um grande avanço desse filo e embasa o
o metamerismo mais avançado dos artrópodes;
 Celoma atinge o maior estágio de desenvolvimento nesse táxon;
 Especialização da região cefálica, com órgãos diferenciados
(tentáculos, palpos e manchas ocelares);
 Modificações no sistema nervoso  gânglio cerebral, dois cordões
nervosos ventrais com fibras gigantes percorrendo todo o corpo, vários
gânglios com ramificações laterais;
Hickman et al. 2004
Annelida
Contribuições Biológicas
 Sistema circulatório mais complexo  fechado, com vasos
musculares e arcos aórticos para impulsionar o sangue;
 Aparecimento de parapódios (funções respiratória e de locomoção) 
introduz a sugestão de pares de apêndices e e brânquias especializadas
encontradas nos artrópodes mais bem organizados;
 Nefrídios bem desenvolvidos em quase todos os somitos  remoção
de metabólitos do sangue e do celoma;
 Alta capacidade de regeneração (em alguns grupos)
Hickman et al. 2004
Origem Annelida
Canadia, from the Middle Cambrian Burgess Shale of British Columbia.
CLADOGRAMA
Hickman et al. 2004
Annelida
Classes
Hirudinea
Polychaeta
Oligochaeta
1. Corpo segmentado, Simetria bilateral;
2. Parede do corpo composta por duas camadas de músculo
(circular externa e longitudinal interna), epiderme e
cutícula úmida e transparente (não quitinosa) secretada
pela epiderme;
3. Presença de cerdas. Ausentes nas sanguessugas;
Características do Filo
Hickman et al. 2004
Cerdas
MEV
Características do Filo
Hickman et al. 2004
4. Celoma bem desen-
volvido e dividido por
septos (exceto em
sanguessugas); fluido
celômico mantêm a
turgescência e atua
como esqueleto
hidrostático;
5. Sistema digestivo
completo e não arranjado
metamericamente;
6. Sistema circulatório
aberto ou fechado e com
arranjado segmentado,
pigmento respiratório
(hemoglobina);
Hickman et al. 2004
Moyes & Schulte 2010
7. Trocas gasosas: pele, brânquias ou parapódios;
8. Sistema excretor: tipicamente um par de nefrídios em
cada metâmero (segmento);
Hickman et al. 2004
9. Sistema nervoso  dois cordões nervosos ventrais com vários
pares de gânglios laterais. Cérebro: par de gânglios dorsais com
conexões ao cordão ventral;
10. Órgãos sensoriais:> órgãos tácteis, botões gustativos,
estatocistos (noção de gravidade) em alguns, células
fotoreceptoras e olhos com lentes (em alguns);
Hickman et al. 2004
10. Sexos separados ou hermafroditas. Larva, se presente,
é do tipo trocófora. Reprodução assexuada por
brotamento em alguns.
11.Corpo de um anelídeo típico: prostômio anterior, corpo
segmentado e uma porção terminal, o pigídio (último
segmento). Tanto o prostômio quanto o pigídio não são
considerados metâmeros.
12.Durante o desenvolvimento formam-se novos metâmeros à
frente do pigídio .
Classe Polychaeta
 Vermes principalmente marinhos segmentados.
 Hábitat  embaixo de pedras, buracos temporários ou em tubos
permanentes secretados pelo próprio animal.
 Os sexos separados, fecundação externa (óvulos e
espermatozóides na água do mar). Evolução indireta (larva
trocófora livre-natante);
 Prostômio (porção anterior)  com apêndices sensitivos
(olhos, palpos e tentáculos) e cérebro;
 Peristômio  Logo após o prostômio (é o 1° segmento
verdadeiro), porta a boca no lado ventral;
 Pigídio (parte terminal do corpo)  porta o ânus;
 Corpo  metâmeros com numerosas cerdas
implantadas em um par de parapódios laterais;
45 cm
Classe Polychaeta
Hickman et al. 2004
 Presença de ventosas anterior e posterior;
 Perda dos septos intersegmentares (característica mais
especializada);
 Redução do volume da cavidade celomática;
 Ausência de parapódios e cerdas;
 Glândulas salivares com substâncias anti-aglutinante (spp
hematófagas);
 Simbiose com bactérias para digestão do sangue (ausência de
enzimas digestivas).
Classe Hirudinea
Hickman et al. 2004
Classe Hirudinea
Hickman et al. 2004
Classe Oligochaeta
 Corpo: prostômio (parte anterior), peristômio (primeiro
segmento), clitelo (anel esbranquiçado de tecido glandular
que recobre os segmentos XIV ao XVI), pigídio (parte
terminal). Presença de cerdas (poucas por segmento ~ 4)
 Boca: ventral, entre o prostômio e peristômio. Ânus:
pigídio;
 N° total de segmentos: 88 a 97.
Classe Oligochaeta
 O clitelo distingue-se facilmente em animais adultos.
 A região pré-clitelar é curta e compreende os segmentos I a
XIII.
 A pós-clitelar inicia-se no segmento XVII e compreende os
segmentos posteriores.
Hickman et al. 2004
Classe Oligochaeta
 Sistema digestivo: boca,
probóscide (faringe
eversível), esôfago, papo,
moela, glândulas calcíferas,
intestino (com cecos
intestinais e tiflossole –
dobra longitudinal), reto e
ânus;
 Células cloragógenas:
síntese de proteínas e
estocagem de glicogênio;
Hickman et al. 2004
 Trocas gasosas: superfície da epiderme (cutícula úmida);
 Células cloragógenas elaboram produtos nitrogenados para
excreção (uréia e amônia) e os nefrídios os eliminam.
 Sistema excretor; nefrídios a partir do segmento III. Alguns
abrem-se no intestino ou na parede do corpo; Hickman et al. 2004
Classe Oligochaeta
 Sistema circulatório: 4 pares de
arcos aórticos (segmentos VII,
IX, XII e XIII) que envolvem o
esôfago (ligam os sistemas
dorsal e ventral e bombeiam o
sangue), sangue contém
hemoglobina. Vasos ventral,
dorsal, vasos acessórios (dorso
intestinais, dorso parietais) e
capilares.
 Glândulas sangüíneas: produção
de células do sangue;
Hickman et al. 2004
Classe Oligochaeta
Sistema nervoso  Gânglios cerebróides (suprafaringeano) e outro
subfaringeano, cordão ventral, gânglios nervosos em cada
segmento.
 Sistema reprodutor
feminino: ovários pares,
funis ovulares (recebem
os óvulos), gonodutos
(levam ao gonóporo ímpar
(face ventral do clitelo –
somito XIV); nos somitos
IX e X ficam os
receptáculos seminais
(espermateca);
 Sistema reprodutor
masculino: testículos pares
associados à vesículas
seminais, ductos
deferentes que chegam
aos poros genitais
masculinos, no somito XV.
Hickman et al. 2004
 reprodução cruzada:
troca de gametas
masculinos
(espermateca). Clitelo
secreta muco 
endurece  casulo,
recebe óvulos,
espermatozóides e
albumina) e
escorrega pela parte
anterior do corpo.
 Fertilização dentro do
casulo.
 Desenvolvimento
direto de juvenis.
Hickman et al. 2004
casulos
Martinez 1998
Bibliografia
BARNES, R.S.K; CALOW,P. & LIVE, P.J.W. 1995 Invertebrados: uma nova
síntese. Atheneu Editora São Paulo. 526p.
RIBEIRO-COSTA, C.S. & ROCHA, R.M. 2002 Invertebrados: Manual de aula
prática. Série Manuais Práticos em Biologia. Holos Editora. 225p.
RUPPERT, E.E. & BARNES, R.D. 1996. Zoologia dos Invertebrados. 6a.
Edição. Roca, São Paulo, 1029p.
HICKMAN C.P.; ROBERTS, L.S & LARSON, A. 2003 Princípios Integrados de
Zoologia. 11a. Edição. Guanabara-Koogan. 846p.
MARTINEZ, A.A. 1998 A grande e Poderosa Minhoca – Manual Pratico do
Minhocultor. FUNEP. Jaboticabal, 148p.
Minhocultura
• Cada vez maior importância econômica. Produz impacto
positivo direto nas características do solo.
• Elas cavam galerias, promovendo aeração, movimentação,
drenagem, turnover de nutrientes e incorporação de matéria
orgânica no solo  aumento das atividades químicas do solo.
• Ao comer, amolecem a terra dura e a passagem pelo trato
digestivo a matéria orgânica sofre digestão e decomposição 
aumento da fertilidade
• Principal ação das minhocas no solo: processamento e
incorporação de matéria orgânica no solo mineral  influindo
nas propriedades químicas, físicas e microbiológicas do solo
• Conseqüentemente, interferiem nos aspectos pedogenéticos e
paisagísticos  morfologia e caráter do solo
Martinez 1998
Minhocultura
• Minhocas: constituem a maior biomassa animal do solo
• Assimilação do ingerido < 10%  excretando bolas fecais
beneficiadas (por ação de enzimas e bactérias)
• Solo com minhocas: penetração de água é 2 a 10% maior e
a capacidade de campo aumenta de 11 a 17 %.
• Espécies: Eisenia foetida, Lumbricus rubellus (vermelha da
Califórnia) e Eudrilus eugeniae
Martinez 1998
Minhocultura
Martinez 1998
Minhocultura
Martinez 1998
Minhocário em Jaboticabal
Minhocário do Colégio Técnico
Agrícola - FCAV
Minhocário do Colégio Técnico
Agrícola - FCAV
Martinez 1998
• Escolha do local (mercado, acesso, periferia das cidades, evitar
baixadas, água em abundância, energia elétrica e mão de obra;
• Canteiros (1 m largura x 0,40 altura x 10-15 m comprimento).
Alvenaria, bambu, solo-cimento, tábuas etc. Declividade de 2%,
fundo de terra batida, cimento etc.;
• Matéria–prima: todo produto orgânico vegetal ou animal, bio-
estabilizado ou semi-curado;
• Fontes: esterco animal, restos de culturas, resíduos
agroindustriais, lixo domiciliar, lodo de esgoto etc.;
• Esterco animal  compostagem prévia para decomposição da
matéria orgânica (pilhas com restos de culturas vegetais
alternados com esterco;
• Humificação da matéria orgânica  minhoca! Acelera o
processo pela ação de enzimas digestivas e da atividade de um
grande número de microrganismos do seu T. digestivo
Martinez 1998

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  • 2. Annelida Posição no Reino Animal  Triblásticos. Pertencem ao ramo dos animais Protostômios;  Possuem celoma verdadeiro (esquizocélico);  Apresentam todos os sistemas orgânicos bem desenvolvidos;  Como um grupo, os anelídeos apresentam metamerismo primitivo, com poucas diferenciações entre os diferentes somitos  Compartilham com os artrópodes a secreção de uma cuticula externa e um sistema nervoso semelhante Hickman et al. 2004
  • 3. Annelida Contribuições Biológicas  Metamerismo  representa um grande avanço desse filo e embasa o o metamerismo mais avançado dos artrópodes;  Celoma atinge o maior estágio de desenvolvimento nesse táxon;  Especialização da região cefálica, com órgãos diferenciados (tentáculos, palpos e manchas ocelares);  Modificações no sistema nervoso  gânglio cerebral, dois cordões nervosos ventrais com fibras gigantes percorrendo todo o corpo, vários gânglios com ramificações laterais; Hickman et al. 2004
  • 4. Annelida Contribuições Biológicas  Sistema circulatório mais complexo  fechado, com vasos musculares e arcos aórticos para impulsionar o sangue;  Aparecimento de parapódios (funções respiratória e de locomoção)  introduz a sugestão de pares de apêndices e e brânquias especializadas encontradas nos artrópodes mais bem organizados;  Nefrídios bem desenvolvidos em quase todos os somitos  remoção de metabólitos do sangue e do celoma;  Alta capacidade de regeneração (em alguns grupos) Hickman et al. 2004
  • 5. Origem Annelida Canadia, from the Middle Cambrian Burgess Shale of British Columbia.
  • 8. 1. Corpo segmentado, Simetria bilateral; 2. Parede do corpo composta por duas camadas de músculo (circular externa e longitudinal interna), epiderme e cutícula úmida e transparente (não quitinosa) secretada pela epiderme; 3. Presença de cerdas. Ausentes nas sanguessugas; Características do Filo Hickman et al. 2004
  • 10. 4. Celoma bem desen- volvido e dividido por septos (exceto em sanguessugas); fluido celômico mantêm a turgescência e atua como esqueleto hidrostático; 5. Sistema digestivo completo e não arranjado metamericamente; 6. Sistema circulatório aberto ou fechado e com arranjado segmentado, pigmento respiratório (hemoglobina); Hickman et al. 2004
  • 12. 7. Trocas gasosas: pele, brânquias ou parapódios; 8. Sistema excretor: tipicamente um par de nefrídios em cada metâmero (segmento); Hickman et al. 2004
  • 13. 9. Sistema nervoso  dois cordões nervosos ventrais com vários pares de gânglios laterais. Cérebro: par de gânglios dorsais com conexões ao cordão ventral; 10. Órgãos sensoriais:> órgãos tácteis, botões gustativos, estatocistos (noção de gravidade) em alguns, células fotoreceptoras e olhos com lentes (em alguns); Hickman et al. 2004
  • 14. 10. Sexos separados ou hermafroditas. Larva, se presente, é do tipo trocófora. Reprodução assexuada por brotamento em alguns.
  • 15. 11.Corpo de um anelídeo típico: prostômio anterior, corpo segmentado e uma porção terminal, o pigídio (último segmento). Tanto o prostômio quanto o pigídio não são considerados metâmeros. 12.Durante o desenvolvimento formam-se novos metâmeros à frente do pigídio .
  • 16. Classe Polychaeta  Vermes principalmente marinhos segmentados.  Hábitat  embaixo de pedras, buracos temporários ou em tubos permanentes secretados pelo próprio animal.  Os sexos separados, fecundação externa (óvulos e espermatozóides na água do mar). Evolução indireta (larva trocófora livre-natante);  Prostômio (porção anterior)  com apêndices sensitivos (olhos, palpos e tentáculos) e cérebro;  Peristômio  Logo após o prostômio (é o 1° segmento verdadeiro), porta a boca no lado ventral;  Pigídio (parte terminal do corpo)  porta o ânus;  Corpo  metâmeros com numerosas cerdas implantadas em um par de parapódios laterais; 45 cm
  • 18.  Presença de ventosas anterior e posterior;  Perda dos septos intersegmentares (característica mais especializada);  Redução do volume da cavidade celomática;  Ausência de parapódios e cerdas;  Glândulas salivares com substâncias anti-aglutinante (spp hematófagas);  Simbiose com bactérias para digestão do sangue (ausência de enzimas digestivas). Classe Hirudinea Hickman et al. 2004
  • 20. Classe Oligochaeta  Corpo: prostômio (parte anterior), peristômio (primeiro segmento), clitelo (anel esbranquiçado de tecido glandular que recobre os segmentos XIV ao XVI), pigídio (parte terminal). Presença de cerdas (poucas por segmento ~ 4)  Boca: ventral, entre o prostômio e peristômio. Ânus: pigídio;  N° total de segmentos: 88 a 97.
  • 21. Classe Oligochaeta  O clitelo distingue-se facilmente em animais adultos.  A região pré-clitelar é curta e compreende os segmentos I a XIII.  A pós-clitelar inicia-se no segmento XVII e compreende os segmentos posteriores. Hickman et al. 2004
  • 22. Classe Oligochaeta  Sistema digestivo: boca, probóscide (faringe eversível), esôfago, papo, moela, glândulas calcíferas, intestino (com cecos intestinais e tiflossole – dobra longitudinal), reto e ânus;  Células cloragógenas: síntese de proteínas e estocagem de glicogênio; Hickman et al. 2004
  • 23.  Trocas gasosas: superfície da epiderme (cutícula úmida);  Células cloragógenas elaboram produtos nitrogenados para excreção (uréia e amônia) e os nefrídios os eliminam.
  • 24.  Sistema excretor; nefrídios a partir do segmento III. Alguns abrem-se no intestino ou na parede do corpo; Hickman et al. 2004
  • 25. Classe Oligochaeta  Sistema circulatório: 4 pares de arcos aórticos (segmentos VII, IX, XII e XIII) que envolvem o esôfago (ligam os sistemas dorsal e ventral e bombeiam o sangue), sangue contém hemoglobina. Vasos ventral, dorsal, vasos acessórios (dorso intestinais, dorso parietais) e capilares.  Glândulas sangüíneas: produção de células do sangue; Hickman et al. 2004
  • 26. Classe Oligochaeta Sistema nervoso  Gânglios cerebróides (suprafaringeano) e outro subfaringeano, cordão ventral, gânglios nervosos em cada segmento.
  • 27.  Sistema reprodutor feminino: ovários pares, funis ovulares (recebem os óvulos), gonodutos (levam ao gonóporo ímpar (face ventral do clitelo – somito XIV); nos somitos IX e X ficam os receptáculos seminais (espermateca);  Sistema reprodutor masculino: testículos pares associados à vesículas seminais, ductos deferentes que chegam aos poros genitais masculinos, no somito XV. Hickman et al. 2004
  • 28.  reprodução cruzada: troca de gametas masculinos (espermateca). Clitelo secreta muco  endurece  casulo, recebe óvulos, espermatozóides e albumina) e escorrega pela parte anterior do corpo.  Fertilização dentro do casulo.  Desenvolvimento direto de juvenis. Hickman et al. 2004
  • 30. Bibliografia BARNES, R.S.K; CALOW,P. & LIVE, P.J.W. 1995 Invertebrados: uma nova síntese. Atheneu Editora São Paulo. 526p. RIBEIRO-COSTA, C.S. & ROCHA, R.M. 2002 Invertebrados: Manual de aula prática. Série Manuais Práticos em Biologia. Holos Editora. 225p. RUPPERT, E.E. & BARNES, R.D. 1996. Zoologia dos Invertebrados. 6a. Edição. Roca, São Paulo, 1029p. HICKMAN C.P.; ROBERTS, L.S & LARSON, A. 2003 Princípios Integrados de Zoologia. 11a. Edição. Guanabara-Koogan. 846p. MARTINEZ, A.A. 1998 A grande e Poderosa Minhoca – Manual Pratico do Minhocultor. FUNEP. Jaboticabal, 148p.
  • 31. Minhocultura • Cada vez maior importância econômica. Produz impacto positivo direto nas características do solo. • Elas cavam galerias, promovendo aeração, movimentação, drenagem, turnover de nutrientes e incorporação de matéria orgânica no solo  aumento das atividades químicas do solo. • Ao comer, amolecem a terra dura e a passagem pelo trato digestivo a matéria orgânica sofre digestão e decomposição  aumento da fertilidade • Principal ação das minhocas no solo: processamento e incorporação de matéria orgânica no solo mineral  influindo nas propriedades químicas, físicas e microbiológicas do solo • Conseqüentemente, interferiem nos aspectos pedogenéticos e paisagísticos  morfologia e caráter do solo Martinez 1998
  • 32. Minhocultura • Minhocas: constituem a maior biomassa animal do solo • Assimilação do ingerido < 10%  excretando bolas fecais beneficiadas (por ação de enzimas e bactérias) • Solo com minhocas: penetração de água é 2 a 10% maior e a capacidade de campo aumenta de 11 a 17 %. • Espécies: Eisenia foetida, Lumbricus rubellus (vermelha da Califórnia) e Eudrilus eugeniae Martinez 1998
  • 36. Minhocário do Colégio Técnico Agrícola - FCAV
  • 37. Minhocário do Colégio Técnico Agrícola - FCAV
  • 39. • Escolha do local (mercado, acesso, periferia das cidades, evitar baixadas, água em abundância, energia elétrica e mão de obra; • Canteiros (1 m largura x 0,40 altura x 10-15 m comprimento). Alvenaria, bambu, solo-cimento, tábuas etc. Declividade de 2%, fundo de terra batida, cimento etc.; • Matéria–prima: todo produto orgânico vegetal ou animal, bio- estabilizado ou semi-curado; • Fontes: esterco animal, restos de culturas, resíduos agroindustriais, lixo domiciliar, lodo de esgoto etc.; • Esterco animal  compostagem prévia para decomposição da matéria orgânica (pilhas com restos de culturas vegetais alternados com esterco; • Humificação da matéria orgânica  minhoca! Acelera o processo pela ação de enzimas digestivas e da atividade de um grande número de microrganismos do seu T. digestivo Martinez 1998