O documento descreve a oposição ao regime salazarista em Portugal, incluindo o principal partido de oposição, o Partido Comunista, e outros grupos democráticos e socialistas. Nas eleições de 1945 e 1949, os oponentes exigiram a democratização do país e conseguiram apoio popular, apesar da manipulação dos resultados pelo governo.
2. CARACTERIZAR A OPOSIÇÃO AO REGIME
SALAZARISTA
A principal força que se opunha ao regime salazarista era o Partido
Comunista (PCP) que tinha grande influência entre os intelectuais, os
operários e no campesinato do Alentejo. Os democratas republicanos e
socialistas também eram oponentes.
Nas eleições de 1945 os regimes oponentes, congregados no MUD
(Movimento de Unidade Democrática) reclamavam a democratização do
pais, e o MUD recomendou aos apoiantes a abstenção. Nas eleições de
1949, o general Norton de Matos foi forçado a desistir da eleição, mas
conseguiu grande adesão popular.
Em 1958, o general Humberto Delgado candidatou-se à Presidência da
República, suscitando enorme entusiasmo popular e reuniu todas as
forças contrárias ao regime.
3. Alcançaria a vitória se o governo não tivesse manipulado os
resultados. Sendo eleito, o almirante Américo Tomás.
Esta situação fez com que Salazar acabasse com a eleição
direta do Presidente da República, sendo o general
Humberto Delgado obrigado a exilar-se no Brasil e em 1965
foi assassinado em Espanha pela PIDE.
4. EXPLICAR A ECONOMIA PORTUGUESA, PÓS 2ª
GUERRA MUNDIAL: AGRICULTURA, INDUSTRIA,
OBRAS PÚBLICAS
Agricultura:
Portugal, revelava um atraso a nível económico. Havia uma
escassa mecanização e o absentismo dos proprietários
mantinham a produtividade muito baixa, por isso, importava
grandes quantidades de produtos agrícolas.
Contudo, as exportações de matérias-primas e de alguns
produtos industriais durante a guerra permitiram um saldo
positivo na balança comercial.
5. Indústria:
Alguns economistas defendiam que o crescimento industrial
deveria ser o motor da economia nacional. Assim foi adotado
um modelo que valorizava a industrialização ainda que
submetida a limitações (lei do condicionamento industrial).
Portanto, o governo definiu planos de fomentos, surgindo
novas indústrias, por exemplo, químicos e metalógicas, e o
Estado apostou no lançamento de um plano hidroeléctrico
nacional.
6. Obras públicas:
Com o III Plano de Fomento concretizou-se grandes projetos,
como a siderurgia Nacional, no seixal, e o complexo
portuário-industrial de Sines. Deste modo, em 1973, o PIB
alcançou uma taxa de crescimento recorde.
7. SALIENTAR AS RAZÕES DA
LUTA ANTICOLONIAL
As razões, da luta anticolonial são:
- Aparecimento de burguesias nacionais e de minorias
intelectuais que assumiram a direção da luta pela
independência.
- Participação nas guerras mundiais, ao lado das potências
colonizadoras, defendendo a liberdade e a democracia.
- O apoio dos EUA e da URSS às lutas de libertação, com o
fim de alargarem as áreas de influência. As
superpotências defendiam na ONU o princípio da auto
determinação (cada povo deve ter o direito de escolher
livremente a sua forma de governo)
8. EXPLICAR A LUTA ANTICOLONIAL:
CASO ASIÁTICO
Índia:
O movimento nacionalista encontrou em Gandhi o seu
grande dirigente. Gandhi defendia a não violência, o que lhe
deu enorme prestígio em todo o mundo. Incentivava a
população a boicotar de forma pacífica, mas firme; acabando
por forçar o Reino Unido a conceder a independência à Índia
em 1947.
Indonésia e Indochina:
Obtiveram a autonomia através da luta armada.
A Indonésia libertou-se da Holanda em 1949 e Indochina
libertou-se da França em 1954 após 9 anos de luta de
guerrilha.
9. EXPLICAR A LUTA
ANTICOLONIAL AFRICANA
No Norte de África, a França reconheceu, em 1956 a
independência de Marrocos e da Tunísia, mas não da Argélia
porque viviam muitos franceses. A Argélia só se libertou da
França em 1962 após 8 anos de guerra.
A independência das colónias da África negra aconteceu de
forma geral pacífica.
Portugal era o único pais a não aceitar a desagregação do
seu império, o que o levou a ter de suportar prolongadas
guerras coloniais na Guiné, Angola e Moçambique.