1. FEVEREIRO 2017 Nº 05
NOTÍCIAS
Academia em Ação
Novidades da Federação Acadé-
mica do Porto.
Projeto Checklist
Tudo o que precisas de saber so-
bre o Projeto Checklist do próxi-
mo semestre!
1
FEUP Buddies
Paulo
Pereira
Fomos
conhecer
o autor da
segunda
melhor tese
europeia na
área da
Gestão
Industrial.
pág.6
Desporto AEFEUP
Com o início do segundo semes-
tre, as seleções voltam à ação.
Não percas também os jogos da
Liga AEFEUP!
pág.7
O que é um FEUP Buddy? Tudo sobre o projeto de ajuda à integração
dos estudantes de mobilidade.
Calendário AEFEUP
Destaques do mês de Dezembro
e Janeiro e o que não podes per-
der em Fevereiro
2. Inovação pedagógica: o
desafio do século XXI
2
A entrada no ensino superior é sempre um mo-
mento de muitas incertezas, mas eu tinha uma cer-
teza: queria ser uma excelente profissional! Com o
tempo percebi que não podia passar 4 anos a en-
riquecer-me apenas curricularmente; tinha de fazer
mais, procurar outras formas de ser uma pessoa
melhor e realizada.
Quando ingressei no ensino superior, o Processo
de Bolonha estava plenamente implementado. E
digo plenamente implementado porque o qua-
dro legal estava criado e os novos planos de Estu-
dos aprovados e em funcionamento. Ao longo do
tempo, fui notando que com a implementação do
Processo de Bolonha se perdeu claramente opor-
tunidade de realizar uma verdadeira revolução no
ensino superior centrado na aprendizagem e ade-
quação ao estudante, no sentido de o autonomizar
no seu percurso académico, colocando à sua res-
ponsabilidade e vontade a opção de se diferenciar
enquanto estudante e futuro profissional de uma
determinada área.
Há uns tempos, chamaram-me à atenção as de-
clarações de um pedagogo brasileiro: dizia que se
um engenheiro adormecesse há 100 anos atrás e
acordasse nos tempos de hoje seria absolutamen-
te incapaz de exercer a sua profissão (tamanhas fo-
ram as alterações e inovações que aconteceram);
já um professor na mesma situação conseguiria,
sem grandes mudanças, dar aulas.
Esta afirmação é certamente um exagero da rea-
lidade e injusta para muitos dos professores que,
no dia a dia, se esforçam para inovar e melhorar as
suas práticas. Mas, por vezes, é preciso pensar fora
da caixa, ir mais longe.
Já não serve um ensino em que o centro do pro-
cesso educativo é o professor e apenas as com-
petências técnicas; é preciso que o ensino seja
centrado no estudante e que sejam criadas opor-
tunidades para que este adquira, além das compe-
tências técnicas, competências transversais que o
formem enquanto cidadão.
Neste sentido, é importante e urgente que o pa-
radigma do ensino e aprendizagem se altere, dei-
xando de ser uma contínua exposição teórica e
passando a centrar o ensino e aprendizagem no
estudante e na sua autonomia de gestão de tempo
e responsabilização pelas suas escolhas e métodos
de estudo. Um ensino e aprendizagem que se fo-
quem na resolução de problemas, colocando as
sim o estudante em contacto com a realidade que
poderá encontrar futuramente ao mesmo tempo
que estimula o pensamento crítico e as suas com-
petências de pesquisa e vontade por saber sempre
mais. Um ensino e aprendizagem que deixem que
o estudante se responsabilize pelas suas escolhas,
que possa escolher o momento em que está pre-
parado para realizar a sua avaliação, podendo as-
sim organizar o seu tempo de estudo.
Enquanto esta revolução não acontece, com os
estudantes partilho também a minha experiência
e deixo um “conselho”: sinto que cresci muito no
ensino superior. Hoje, sou sem dúvida uma pessoa
mais realizada e completa, muito graças às compe-
tências que adquiri no associativismo. É importan-
te que o estudante do ensino superior adquira no
seu percurso académico outras competências que
vão além das competências técnicas/profissionais.
Por isso, não resumam a vossa passagem pelo en-
sino superior ao estudo e ao percurso casa/escola/
casa. Sem prejudicar o vosso sucesso académico,
vivam a experiência completa: façam amigos, par-
ticipem nas estruturas que vos rodeiam, pratiquem
desporto, sejam voluntários com os outros, vão
aos concertos, ao cinema e ao teatro. No final das
contas, o que se espera é que sejam mais do que
um profissional competente; espera-se que sejam
cidadãos felizes e realizados.
Ana Luísa Pereira,
Presidente da FAP
3. O semestre passado trouxe uma novidade no vo-
luntariado para a Comunidade FEUP. Numa parce-
ria entre a AEFEUP e a ShARE-UP nasceu a ideia
de criar um Banco de Voluntariado que fosse mais
dinâmico do que em anos passados, que permitis-
se aos alunos participar em atividades de volunta-
riado nas mais diferentes áreas (Educação, Saúde,
Solidariedade Social, Animais e Ambiente…) sem
a necessidade de um horário fixo e que certificasse
o trabalho realizado. Assim, poderiam ter contacto
com várias realidades diferentes, crescendo como
pessoas e aumentando o impacto positivo dos es-
tudantes da FEUP na comunidade que a rodeia.
O nome “Projeto Checklist” surge do conceito de
incentivar os estudantes a fazerem atividades em
áreas diferentes até perfazerem o mínimo de 20
horas semestrais, preenchendo a sua Checklist.
3
Projeto Checklist
O semestre passado foi o início deste Projeto, tra-
zendo consigo uma oportunidade de calibrar toda
a logística e perceber a melhor forma não só de
trazer as necessidades de voluntários das mais di-
ferentes associações e instituições mas também
de criar as nossas próprias atividades. Na edição
inicial, a Checklist contou já com 56 voluntários
inscritos, 2 ações de formação (direitos e deveres
do voluntário, postura do voluntário / trabalho de
voluntariado com crianças) onde participaram 5
instituições e cerca de 300 horas de trabalho de
voluntariado junto de mais de uma dezena de ins-
tituições.
As atividades do semestre passado incluíram a
preparação e serviço de refeições a carenciados,
montagem de material de fisioterapia num centro
de dia, ajuda doméstica e companhia a uma idosa
durante um dia, ajuda em armazém para institui-
ções de ajuda a animais e organização e ajuda em
angariações de fundos. À medida que o Projeto
cresce em impacto, em membros e na experiência
de todos os intervenientes os limites das ações a
fazer só estão limitadas pelo querer e iniciativa dos
voluntários. A AEFEUP e a ShARE-UP já têm con-
tactos com vários centros sociais e ATLs do Porto
onde se podem executar ações planeadas pelos
membros do projeto.
É importante informar que as inscrições para o
Projeto Checklist estarão abertas até dia 17 de Fe-
vereiro, no formulário que foi enviado por email
dinâmico. Para esclarecimentos ou sugestões de
ações ou de instituições que possam querer efetu-
ar parcerias com o Projeto, por favor contacta aca-
osocial@aefeup.pt.
4. 4
DESPORTO AEFEUP
Andebol Masculino: A seleção de Andebol M.
encontra-se a meio do campeonato faltando 4 jo-
gos para o fim. Este ano é marcado por um gran-
de equilíbrio entre as equipas candidatas ao título,
prevendo-se que nada fique decidido até à última
jornada. A nossa equipa tem 1 derrota em 4 jogos,
podendo ainda ficar em 1º lugar sem depender do
resulta de outras equipas.
Basquetebol Feminino: As campeãs em título es-
tão invencíveis até ao momento, a par do IPP. Fal-
tando 4 jogos para o fim, todos serão importantes
para a renovação do título, sendo o último jogo
contra o IPP, onde se prevê que seja decisivo. To-
dos os jogos realizar-se-ão no pavilhão Luís Falcão.
Basquetebol Masculino: Terminada a primeira
fase com 4 vitórias em 4 jogos a nossa seleção de
Basquetebol M. passou agora à seguinte fase onde
já conta com uma vitória no único jogo realizado.
A equipa está na luta pelo título e pelo acesso aos
campeonatos nacionais.
Seleções
22/02 15h00 Senhora da Hora AEICBAS AEFEUP
3/03 15h00 IPP AEFEUP AEFEP
7/03 16h00 Leça da palmeira AEFEUP AEISCAP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
16/03 17h00 IPP AEFADEUP AEFEUP
16/02 15h00 Luís Falcão AEFEUP AEFMUP
1/03 14h00 Luís Falcão AEFEUP AEFDEUP
8/03 15h00 Luís Falcão AEFEP AEFEUP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
15/03 15h00 Luís Falcão AEFEUP IPP
23/02 16h00 Luís Falcão AEFEUP AEISCAP
2/03 17h00 Luís Falcão UCPPorto AEFEUP
6/03 14h00 CDCMatosinhos AEFMUP AEFEUP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
9/03 14h00 Luís Falcão AEFEUP AEISMAI
16/03 16h00 Luís Falcão AEFEUP AEUPT
21/03 17h00 Luís Falcão AEFEUP AEFADEUP
Futebol 11: Após um inicio de campeonato atri-
bulado a equipa que carrega o título de campeã
volta às vitórias estando em 4º lugar na tabela mas
com 2 jornadas a menos das equipas que estão
acima. Faltando ainda 5 jogos para o final do cam-
peonato, tudo é possível.
Futsal Feminino: A nossa seleção encontra-se em
excelente forma, apresentado jogos bastante bons
a nível tático. Iniciando agora a nova fase para o
apuramento para os CNUs a equipa conta com 1
empate na unica jornada realizada face a um dos
mais fortes adversários. Com 6 jogos para o final, e
a continuar com este ritmo de jogo, a nossa equipa
de futsal feminino porderá brilhar nos CAP.
22/02 15h15 FADEUP AEULP AEFEUP
1/03 14h00 FADEUP AEFEUP AEFMUP
9/03 14h00 CDC TMP AEFEUP AEISEP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
14/03 14h00 FADEUP AEFADEUP AEFEUP
21/03 14h00 FADEUP AEFADEUP UCP Porto
5. 5
23/02 14h00 IPP AEISCAP AEFEUP
2/03 14h50 IPP AEFEUP AEISMAI
6/03 15h40 Estd. Universitário AEFEUP AEISEP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
9/03 14h50 IPP P.Porto AEFEUP
15/03 14h00 Estd. Universitário AEFCUP AEFEUP
22/03 14h00 Estd. Universitário AEFADEUP AEFEUP
Futsal Masculino: A seleção de Futsal M está invic-
ta até ao momento e pode fazer história conquis-
tando o terceiro campeonato seguido. Está neste
momento a disputar a 2ª fase do campeonato.
21/02 14h00 Estd. Universitário AEFEP AEFEUP
2/03 15h15 CDC MATOS AEFADEUP AEFMUP
7/03 14h00 Estd. Universitário UCP Porto AEFEUP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
9/03 15h15 Estd. Universitário AEICBAS AEFEUP
13/03 15h15 CDC MATOS AEFDUP AEFEUP
22/03 14h00 Luís Falcão AEFMUP AEFEUP
Voleibol Feminino: Após terem passado para a
segunda fase de apuramento para os CNUs, a se-
leção de Voleibol F. tem uma derrota contra o Po-
litécnico do Porto, um dos adversários mais fortes.
No entanto, a primeira fase deu bons sinais e é
ainda espectável que a equipa obtenha uma boa
classificação no campeonato.
Voleibol Masculino: Apenas com 2 vitórias em 4
jogos, os nossos campeões nacionais têm de ga-
nhar os próximos jogos para conseguirem o apura-
mento para os CNU. Quando faltam ainda 4 jogos
(num campeonato com muito poucas equipas), o
campeonato ainda está por decidir mas todos os
jogos são importantíssimos.
Rugby 7 (Masculino): Uma vez que o número de
equipas de Rugby no Porto é muito reduzido, o
modelo competitivo consiste em jogos concentra-
dos num só dia. Na primeira mão, realizada a 14 de
dezembro, a equipa da AEFEUP perdeu um jogo
contra a Universidade do Porto e ganhou o outro
contra AE-IUCS devido à falta de comparência da
equipa adversária. A equipa mantém-se motivada
23/02 15h40 IPP AEISEP AEFEUP
2/03 16h50 IPP P.Porto AEISMAI
13/03 16h00 IPP AEFCUP AEFEUP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
9/03 14h50 IPP AEFADEUP AEFEUP
15/03 14h50 Estd. Universitário AEISCAP AEFEUP
23/03 16h30 Estd. Universitário AEFEP AEFEUP
15/02 14h00 Luís Falcão AEFADEUP AEFEUP
2/03 15h15 CDC MATOS AEFCUP AEFEUP
10/03 14h00 Senhora da hora AEFEP AEFEUP
Data Hora Local EquipaA EquipaB
14/03 15h30 Luís Falcão P. Porto AEFEUP
6. 6
A equipa vencedora ganhará um bilhete semanal
para a queima das fitas para todos os participan-
tes. Este é o calendário da prova:
14/12 11h00 Free Tickets Rala Dores
14/12 12h00 Litrosas 4.0 Pablos Escobares
14/12 13h00 Credencial FC 3.0 S. Pedro dos Finos
Data Hora EquipaA EquipaB
15/02 11h00 Free Tickets Laranja Mecânica
15/02 12h00 Pablos Escobares Ressolhas da AE
15/02 13h00 Credencial FC 3.0 H-Ráqui Oh Princesa
22/02 11h00 S. Pedro dos Finos H-Ráqui Oh Princesa
22/02 12h00 Rala Dores Laranja Mecânica
22/02 13h00 Litrosas 4.0 Ressolhas da AE
O grupo de corrida já está no ativo neste 2º se-
mestre. Se sempre quiseste experimentar ou
sentes que é difícil arranjar motivação para fazer
exercício sozinho esta é a oportunidade certa. A
corrida é orientada por uma instrutora credencia-
da do CDUP (Centro de Desporto da Universidade
do Porto) que indicará o percurso a seguir. Existem
2 percursos – longo e curto – para cada pessoa
adequar o seu ritmo de corrida. No final, todos os
atletas fazem exercícios funcionais e estiramentos.
Para participar só tens de aparecer às quartas feiras
às 18h45 em frente ao Pavilhão Luís Falcão. Deves
sempre levar o teu cartão da U. Porto e deixar na
secretaria do pavilhão. Quem quiser pode utilizar
os balneários do pavilhão para tomar banho e/ou
guardar os pertences. Junta-te ao nosso grupo fe-
chado no Facebook “Grupo de Corrida AEFEUP”
para mais informações. Contamos contigo!
para melhorar o seu jogo, preparando-se para a
segunda mão dos CAP’s e consequentemente um
apuramento para os CNU’s.
Este ano realizaram-se também os Campeonatos
Académicos do Porto de modalidades individuais
(Badminton, Ténis, Ténis de mesa e Xadrez). Cada
modalidade foi disputada em apenas 1 dia, sendo
que este torneio tem um carácter informal uma vez
que o vencedor não é automaticamente apurado
para o Campeonato Nacional Universitário (CNU).
A AEFEUP marcou presença em todas as modali
dades, tendo ficado encarregada da organização
do torneio de Xadrez no edifício da AEFEUP. Ma-
nuel Curral sagrou-se campeão, numa final em que
ambos os atletas eram estudantes da FEUP.
A Liga AEFEUP já começou. Este ano existem
apenas 9 equipas e por isso a competitividade é
alta. O modelo competitivo foi alterado, havendo
3 grupos de 3 equipas, passando as 2 melhores
equipas de cada grupo, num total de 6, para a 2ª
fase, onde irão disputar um lugar no pódio.
Grupo de Corrida AEFEUP
Liga AEFEUP:
CAP’s Individuais:
7. 7
Paulo Pereira é o
autor da segunda
melhor tese na área
da Engenharia e
Gestão Industrial
Paulo Pereira foi o primeiro estudante português a
surgir entre os autores das melhores teses europeias
na área da Engenharia e Gestão Industrial. Tendo
terminado o curso em 2016, o Paulo conquistou re-
centemente o segundo lugar da “European Master
Thesis Award” que é promovido pela ESTIEM (Eu-
ropean Students of Industrial Engineering and Ma-
nagement). Numa fase em que muitos estudantes
da FEUP estão a iniciar a sua tese, fomos conhecer
melhor o Paulo e ver os conselhos que ele tem para
te dar.
Todo o trabalho começa com a escolha do tema e
dos objetivos. Que tiveste em consideração na esco-
lha do tema? A logística já era um tema de interesse
pessoal? A tese foi realizada num ambiente empresarial
como um projeto de consultoria da empresa LTPlabs,
numa empresa de retalho alimentar, aplicando méto-
dos analíticos para auxiliar a tomada de decisão. Esta
vertente analítica acaba por ter bastante impacto na
área da logística, devido à complexidade de processos
e informação disponível, trazendo problemas bastante
desafiantes para alunos de engenharia.
Quais foram os maiores obstáculos que encontras-
te durante todo o semestre em que trabalhaste na
tese? O trabalho de desenvolvimento de uma disser-
tação faz com que os estudantes tenham que sair da
sua zona de conforto. Pessoalmente, o curto espaço de
tempo da tese leva a que a curva de aprendizagem te-
nha de ser bastante curta conduzindo a que este tenha
sido o maior desafio encontrado.
Quão importante foi a tua formação teórica (i.e. o
curso) para o trabalho da dissertação? Sentes que
aprendeste mais nesses 6 meses do que num se-
mestre de aulas? A formação académica é essencial a
qualquer estudante porque a tese é o teste de fogo de
todas as capacidades técnicas desenvolvidas nos anos
anteriores. No entanto, existem um conjunto de com-
petências que só são desenvolvidas quando se entra
num contexto empresarial, i.e. relação com o cliente,
gestão de projeto, competências essas que têm um de-
senvolvimento exponencial durante o período da tese.
A redação da tese é um trabalho muito autónomo e
particular e um marco importantíssimo na vida acadé-
mica de um Engenheiro. O que retiraste pessoalmente
da experiência? Ao nível da escrita da tese, o facto de ser
um documento tão extenso faz com que a capacidade de
estruturação tenha que ser bastante elevada. Ao nível do
problema, a pesquisa bibliográfica faz com que o desa-
fio seja ainda maior porque existem vários conceitos que
têm de ser assimilados e adequados ao problema da tese.
Pessoalmente, a conjugação de todos estes fatores leva a
que o desenvolvimento da tese seja como um puzzle, com
várias peças, que vão sendo montadas ao longo de meses.
O que é que te levou a participar no European Master
Thesis Award? Não sabia da existência do prémio até re-
ceber um convite de uma amiga. Como os requisitos eram
só ter a tese em inglês participei imediamente.
Como é que reagiste quando soubeste os resultados
do concurso? Qual a sensação de ser a segunda melhor
tese da europa na área da Engenharia Industrial e Ges-
tão? A reação foi de surpresa e satisfação pelo trabalho
desenvolvido.
Que conselhos dás aos estudantes que estão agora a
começar a sua tese ou que estão a pesquisar tópicos
que gostem? A tese acaba por ser o trabalho individual
com maior peso no percurso académico. É a oportunidade
para todos os estudantes se “despedirem” da faculdade
provando que saem com bagagem para acrescentar valor
no mercado de trabalho, até porque uma elevada percen-
tagem de estudantes, após a tese, acaba por continuar na
mesma empresa. O meu conselho é que façam um match
das vossas preferências com as oportunidades existentes
para que seja mais fácil mostrar o vosso valor.
Agora que terminaste os estudos, como foi a entrada
para o mercado de trabalho? Planos/objetivos para o
futuro? A minha entrada no mercado de trabalho acabou
por acontecer quando comecei a tese. Na altura, senti uma
enorme mudança de ritmo face à vida académica e uma
necessidade de estar a um nível de exigência elevado de
forma constante. Relativamente ao futuro, pretendo conti-
nuar ligado à consultoria na área do analytics, que ainda é
bastante embrionária em Portugal.
8. 8
Com o início do semestre há, mais uma vez, estu-
dantes a chegar e a abandonar a invicta por um cur-
to período de tempo. O programa FEUPBuddy tem
como intuito facilitar a chegada dos estudantes es-
trangeiros à´FEUP ao terem um buddy que os acolha
e acompanhe no seu percurso pelo Porto.
Porque decidiste ser FEUPBuddy? Já foste de Eras-
mus, fazes intenção de ir? Já tiveste tu um Buddy?
Como foi?
Pedro Santos: Fui Buddy antes e depois de ir de Eras-
mus. Acho que o facto de ter sido Buddy me ajudou a
ter uma maior ideia do que me esperava no meu Eras-
mus e um à vontade maior na interação com outras cul-
turas. Por outro lado, acho que o ir de Erasmus ajuda a
ter uma melhor ideia de como realmente poder ajudar
os estudantes estrangeiros.
Fransicso Dias: Decidi ser FEUPBuddy para conhecer
novas pessoas e culturas. Ainda não fui de ERASMUS,
mas tenciono ir. Gosto de conhecer pessoas novas, es-
pecialmente pessoas que vêm neste espírito de aven-
tura, pois assim dão-se a conhecer de outra forma, sem
medo ou vergonha do que iremos pensar deles, pois
estão aqui apenas temporariamente e não têm tantos
problemas com o julgamento de quem está cá. Curiosa-
mente, isso cria laços de amizade mais rápido e fortes,
o que faz com que o momento de partida custe bastan-
te, mas abre a possibilidade de visitar novos países de
forma mais económica! Foi a melhor decisão da minha
vida!
Bruno Marques: Decidir ser FEUP Buddy pois queria
saber quais as motivações dos estudantes que efetu-
am Erasmus, e saber que tipo de ambiente é que se
vive numa experiência destas. Assim como através des-
te programa conhecer novas pessoas e criar amizades,
que mais tarde me levassem a estar mais à vontade no
meu Erasmus.
Qual foi a experiência mais interessante que já tives-
te como Buddy?
Pedro Santos: A experiência mais interessante que tive
foi sem dúvida os dois dias que passei à procura de casa
e a tratar da documentação toda de dois estudantes do
Azerbaijão. Uma vez na reitoria, juntaram-se mais pes-
soas ao meu grupo, nomeadamente para ir tratar do
NIF às finanças. E do nada andei eu pelo Porto com os
dois Azeri, uma Georgiana e uma Palestiniana a tentar
descobrir como se tratava de toda a documentação que
eles precisavam e a abrir contas bancárias. Ao menos
aprendi coisas úteis para o futuro.
José Alves: Como é o primeiro ano ainda não tenho
grandes histórias para contar. A história mais engraçada
que tive até hoje, foi mesmo os Brasileiros me alertarem
para a pronúncia da marca Compal em Brasileiro.
Bruno Marques: Um dos meus afilhados da Argélia ado-
eceu e descobrimos que ele tinha um problema com
o seu seguro, então durante vários dias consecutivos
acompanhei-o a hospitais e centros de saúde na busca
de uma consulta médica, uma tarefa que rapidamen-
te se tornou numa tentativa de obter tratamento mé-
dico oficial ou não oficial, conseguindo uma consulta
num hospital privado gratuitamente graças à simpatia
de alguns funcionários que encontramos pelo caminho,
acabando por resolver a situação e deixando o meu afi-
lhado muito grato pela minha ajuda.
O que tentas transmitir aos teus afilhados?
Francisco Dias: As coisas boas que existem na nossa
Faculdade, e na cidade do Porto, se bem que a cidade
já tem muita publicidade por ela própria. Gosto de pro-
porcionar bons momentos, e de os fazer ter à vontade
para procurar outros ainda melhores por cá, para que
seja uma experiência que levam para a vida.
José Alves: Em primeiro lugar que se divirtam, que é
uma oportunidade única. Sem dúvida o melhor semes-
tre que provavelmente vão ter na faculdade. Que não
tenham medo de falar e conhecer outras pessoas de
outros Países. Que desfrutem da Cidade do Porto, de
todos os recantos, de toda a gastronomia.
É fácil ser Buddy? Quais são os principais desafios?
José Alves: O mais difícil é mesmo a comunicação com
os afilhados. Custa um pouco perceber a forma como
os abordar, devido à diferença de cultura. É bastante
fácil ser-se buddy, pois o teu pouco trabalho é recom-
pensado com momentos de diversão e no ganho de
novas amizades.
Bruno Marques: Penso que sim, pelos menos para mim
sempre veio com facilidade, as primeiras semanas são
algo exigentes com muitos emails, papelada e tempo
dispendido mas depois esse esforço é recompensado
por eles mesmo através da sua amizade, partilha cul-
tural e disponibilidade para festejar. Logo penso que
qualquer pessoa com sentido de responsabilidade e
capacidade de dedicação irá ter uma recompensa sur-
preendente desta experiência.
FEUPBuddies
9. 9
Academina em Ação
FAP promove Concursos direcionados
Certos do grande potencial dos estudantes da
Academia do Porto, encontram-se a decorrer vá-
rios concursos no âmbito da Queima das Fitas do
Porto 2017. É uma prioridade para a Federação
dar enfoque ao envolvimento da comunidade aca-
démica nos eventos promovidos pela FAP, sendo
a emblemática Queima das Fitas o evento ideal
para proporcionar grandes oportunidades aos nos-
sos estudantes.
Os concursos a decorrer são os seguintes:
- XIII Concurso do Cartaz das Noites da Queima
das Fitas do Porto;
- XV Concurso de Bandas de Garagem – “Salta da
Garagem para o Palco Principal”;
- V Concurso de Reciclagem “Recicla Papel e Plás-
tico, Ganha uma Barraquinha na Queima das Fitas
do Porto 2017”;
- IV Concurso de DJ’s.
Como esta iniciativa tem como objetivo incentivar
e divulgar o talento dos estudantes, só podem par-
ticipar nos diversos concursos os estudantes inscri-
tos no presente ano letivo em qualquer Instituição
de Ensino Superior da Academia do Porto. Todos
os interessados em participar nalgum destes con-
cursos devem se informar sobre o regulamento e
condições do mesmo em www.fap.pt.
No próximo dia 14 de fevereiro, a Secretaria
de Estado para a Cidadania e a Igualdade,
juntamente com a Federação Académica do
Porto, promovem, no Pólo Zero, uma apresen-
tação da linha de apoio a projetos de combate
à Violência no Namoro desenvolvidos por As-
sociações e Federações Académicas.
“Violência no namoro não é para ti” é uma
campanha da Secretaria de Estado para a Ci-
dadania e Igualdade que, com o apoio das
Federações e Associações académicas e de
estudantes, pretende definir barreiras e perce-
cionar atos de violência.
Violência no namoro não é para ti!
A violência no namoro é uma realidade en-
tre os estudantes universitários, razão pela
qual o Governo preparou uma campanha de
prevenção. Para sensibilizar os estudantes, as
entidades envolvidas lançaram um vídeo de
sensibilização, crachás com o lema gravado e
agendaram ainda vários momentos de campa-
nha pública por todo o país.
Este vídeo, que já se tornou viral, rege-se pela
pergunta “Qual é o teu curso?” e pretende
chocar e apelar à mudança de curso num sen-
tido figurativo, como o curso de sexo forçado,
licenciatura em maus tratos, cadeira de humi-
lhação aplicada, doutoramento em controlo e
ciúmes e exame da maneira de vestir.
No dia intitulado como “o dia dos namora-
dos” estarão presentes, no Pólo Zero, todas as
entidades envolvidas neste projeto e ilustres
presenças como a Secretária de Estado para a
Cidadania e Igualdade, Doutora Catarina Mar-
celino, e o Secretário de Estado da Juventude
e do Desporto, Doutor João Paulo Rebelo.
A FAP demonstra claramente, ao receber esta
campanha, um envolvimento sério com este
tema, convidando todas as associações de
estudantes e os seus respetivos estudantes a
participarem neste evento de forma a mostrar
a posição solidária da Academia do Porto rela-
tivamente a esta problemática.