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ESTADO DA PARAIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
     RUA MARIA ETELVINA DA CONCEIÇÃO
          BOM SUCESSO – PARAIBA




     Plano Plurianual do Brasil Alfabetizado




                  2007 - 2010
SUMARIO



JUSTIFICATIVA

FUNÇÕES

AÇÕES

ORÇAMENTO

PARCERIAS

CONTEÚDOS, AÇÕES E METODOLOGIA DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.

ÁREAS DE CONHECIMENTO

          LÍNGUA PORTUGUESA

          MATEMÁTICA


          HISTORIA

          GEOGRAFIA CIÊNCIAS

          ARTES

COMO ORGANIZAR E DESENVOLVER OS PROJETOS DE ALUNOS DA EJA


UM OLHAR SOBRE AVALIAÇÃO.


A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA EJA


CONSIDERAÇÕES FINAIS


BIBLIOGRAFIA
JUSTIFICATIVA

A Educação de Jovens e Adultos, a partir da década de 40 “vem se firmando como
questão política nacional”, isto é, tentando resgatar a cidadania e buscando através
do conhecimento, a melhoria da qualidade de vida do cidadão que por diversas
circunstâncias não conseguiu se superar nos estudos.

Em diferentes momentos da historia a EJA – Educação de Jovens e Adultos vem
assumindo na sociedade o papel de educação popular, amparada por leis criando
em si maior consistência e sustentação.

Na década de 60, amparada pela Lei Nº 4.024/61, toma forma de educação popular
acompanhando a democratização da escolarização básica tendo como suporte de
referencia o paradigma teórico pedagógico de Paulo Freire.

Já nos curso dos anos 70, com a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação a Lei Nº 5.692/71ª a EJA, ganha novo capitulo na historia da educação de
Jovens e Adultos, estabelecendo o seguinte critério: suprir a escolarização regular
para adolescentes e adultos que não a tinham seguido ou concluídos em idade
própria os estudos.

Nova luz sobre a EJA surge com a Lei 9.394/96, prever que a Educação de Jovens e
Adultos se destina àqueles que não tiveram acesso (ou não deram continuidade)
aos estudos no ensino Fundamental e Médio, na faixa etária de 7 a 17 anos etc.,
(Lei Nº 9.394/96, artigo. 37, §1 º e § 2º).

FUNÇÕES

As Diretrizes destacam que a EJA, como modalidade de educação básica, deve
considerar o perfil dos alunos na faixa etária ao propor um modelo pedagógico, de
modo a assegurar a equidade e diferença. Segundo as Diretrizes Curriculares
Nacionais para EJA essa modalidade deve desempenhar três funções:


Função reparadora – não se refere apenas à entrada os jovens e adultos no
âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito a eles negado – o direito a
uma escola de qualidade -, mas também ao reconhecimento da igualdade
ontológica de todo e qualquer ser humano de ter acesso a um bem real, social e
simbolicamente importante. Mas não se pode confundir a noção de reparação com
a de suprimento. Para tanto, é indispensável um modelo educacional que crie
situações pedagógicas satisfatórias para atender as necessidades de aprendizagem
especificas de alunos jovens e adultos.

Função equalizadora – relaciona-se à igualdade de oportunidades, que possibilite
oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos
espaços da estética e nos canais de participação. A equidade é a forma pela qual os
bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações
especificas. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de efetivar um
caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo
que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem
experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.
Função qualificadora – refere-se à educação permanente, com base no caráter
incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação
pode se atualizar em quadros escolares     ou não-escolares. Mais que uma função,
é o próprio sentido da educação de jovens e adultos.

Estabelecida essa visão geral, conclui-se que a modalidade EJA, tem sem seus
objetivos a amplitude de resgatar a cidadania e a qualidade de vida do cidadão,
partindo dessa premissa pode se pensar a necessidade de implantar e manter o
Programa de EJA em diferentes aspectos, restrito ao Município de Bom Sucesso -
PB. E atender àqueles que não tiveram acesso aos estudos em idade própria.

A população atual do Município de Bom Sucesso - PB, estimada em 5.200 (cinco mil
e duzentos) habitantes, distribuídos em 198 km² (cento e noventa e oito
quilômetros quadrados). São considerados nesse universo populacional 1.400 (mil e
quatro centos) habitantes analfabetos.

Inseridos numa sociedade com uma economia basicamente voltada para
agropecuraira e comércio, sua cultura e atividades sociais se estabelece nas
festividades populares e costumes familiares: festas de casamento, batizadas,
aniversário e outras restritas a clube com programações populares.

O meio ambiente é rico em diversidade, mas tem uma fauna e flora fragilizada pela
falta de chuva e falta de preservação do meio ambiente. Isso torna o espaço
ambiental rico para inserir um trabalho pedagógico cooperativo voltado para
diferentes realidades do conhecimento.

OBJETIVOS GERAIS

- Erradicar o analfabetismo no município, a partir da adesão aos programas oferecidos
pelo governo federal.

- Fortalecer os aspectos de cidadania plena dos educando de EJA a partir dos quatro
pilares da ética (diálogo, solidariedade, respeito mutuo e justiça).

- Estabelecer padrões de melhoria de qualidade de vida do cidadão, quanto ao bem-estar
pessoal, familiar e social no meio em que estão inseridos.

- Possibilitar a igualdade de oportunidades aos indivíduos no mundo do trabalho e na
vida social.

ANALISE INTERNA DAS FORÇAS E LIMITAÇÕES DA ESCOLA.

Do ponto de vista da historia da EJA, a sociedade continuamente se depara com a
necessidade de reformulação do processo de ensino e aprendizagem do ponto de vista
legal e metodológico em relação aqueles que não tiveram oportunidade de concluir ou
continuar seus estudos em idade próprio. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº
9.394/96 artigo 37.

Em virtude das realidades levantadas no município de Bom Sucesso - PB, considera-se
em termos práticos elementos que fortalecem e oportunizam atender o processo de
formação de educadores e o favorecimento de ensino e aprendizagem de melhor
qualidade.
Para obter a melhoria que se pretende verifica-se que a instituição de ensino no
município tem uma equipe pedagógica - docente, um grupo coeso com forte potencial
para atender técnica-pedagogicamente a demanda de erradicação do analfabetismo no
município.

O âmbito municipal é um espaço favorável para alcançar as metas propostas.

Contraponde-se ao potencial existente ao se levantar os dados pode-se avaliar que
também caracteriza um potencial negativo, que precisa ser encarado com cuidado e
encaminhados para superação a partir das ações propostas no plano de ação.

ANALISE EXTERNA DAS FORÇAS E LIMITAÇÕES DA ESCOLA.

Repensando os dados que foram levantados e apreciados pela equipe pedagógica, pôde
se observar que vários fatores externos têm influenciado a permanência do
analfabetismo na sociedade.

A falta de um programa bem definidos tem favorecido a permanente situação de
aculturação do cidadão, levando em conta, uma escola fragilizada ao longo do tempo
por falta de recursos financeiros: preparação pedagógica dos docentes e falta de
incentivo para o retorno do educando a sala de aula.

Analisando tal situação verificou-se que esses elementos precisam ser discutidos com
ampla abordagem nas instituições e setores organizados da sociedade para que não se
torne obstáculos para o desenvolvimento da prática pedagógica no processo ensino -
aprendizagem.

OBJETIVOS E AÇÕES COMO ALTERNATIVAS ESTRATEGICAS.

OBJETIVO ESTRATEGICO

Ampliar oferta de EJA nas escolas municipais a partir de:

AÇÕES

- Efetuar o levantamento de analfabeto existente no município.
- Mobilização dos setores da sociedade organizada, associações, escolas, Igrejas, etc.

OBJETIVO ESTRATEGICO

Ampliar o sistema de acompanhamento nas escolas.

AÇÕES

- A partir do planejamento quinzenal.;
- Acompanhamento quinzenal in loco;
- Registro das atividades desenvolvidas durante planejamento e acompanhamento.
OBJETIVO ESTRATEGICO

Realizar avaliação contínua e sistemática da EJA.

AÇÕES

- Acompanhar o desenvolvimento da avaliação sistemática para a obtenção de
resultados dos quantitativos.
- Utilizar ficha de registro para acompanhamento progressivo da aprendizagem.

OBJETIVO ESTRATEGICO

Implantar Programa de Capacitação Continuada em EJA.

AÇÕES

- Realização de estudo pedagógico mensais com os professores da EJA.
- Desenvolver atividades pedagógicas que facilitem o ensino-aprendizagem professor-
aluno.

OBJETIVO ESTRATEGICO

Desenvolver Proposta Pedagógica que garanta a aprendizagem efetiva da EJA.

AÇÕES

- Mobilização da equipe pedagógica, direção escolar, professores e outros para
elaboração da proposta.
 -Levantamento de dados na rede municipal de ensino que favoreça a elaboração da
proposta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por assim dizer, a EJA movimento por excelência, que viabiliza uma saída saudável, de
aprendizagem, para aqueles que não tiveram oportunidade em idade própria. Então
estrategicamente parte da finalidade de recuperar o tempo perdido e o saber que não
teve espaço na vida do cidadão em idade própria.

O município de Bom Sucesso assume o programa da EJA, como meta prioritária de sua
política educativa e socializadora da cidadania.

Então os próximos anos é meta do Município erradicar o analfabetismo no seu
território, por isso se integra aos programas do Governo Federal, para assumir o desafio
de processar a educação daqueles que ficaram a margem do saber.
BIBLIOGRAFIA

________BRASIL, Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do
Brasil: texto constitucional de 5 de outubro de 1988: Brasília, Câmara dos
Deputados.
_______, Secretaria de Educação Fundamental / parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental: introdução aos
parâmetros curriculares nacionais / secretaria de Educação Fundamental – Brasília:
MEC / SEF. 1998

_______, Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais / Ministério da Educação / Secretaria da Educação
Fundamental – 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Coleção viva voz: Presença educativa:
Salesiana, 2001.

_______, Tempo de servir. Protagonismo juvenil passo a passo: um guia para o
educador: Belo Horizonte: Universidade, 2001.

CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas:
tradução de Ivo Barroso – São Paulo: Companhia das letras, 1990.

COLL, César, (org.) O construtivismo na sala de aula: São Paulo: Àtica; 1999.

COSTA, Marisa Vorraber, (org.) O currículo: nos limiares do contemporâneo: 2
ed. Rio de janeiro: DP&A; 1999.

DELORS, Jacques, (org.) Educação: um tesouro a descobrir, 6 ed. São Paulo:
Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001.

FARIA, Anália Rodrigues. O desenvolvimento da criança e do adolescente
segundo Piaget. São Paulo: Ática. 1989

FAZENDA, Ivani (org.) Práticas interdisciplinares na escola. 2 ed. São Paulo:
Cortez, 1993.

FILHO, Lourenço, Introdução ao estudo da escola nova: bases, sistemas e
diretrizes da Pedagogia contemporânea. 9 ed. Melhoramentos, São Paulo:
1967.

GADOTTI, Moacir, História das idéias pedagógicas. 2 ed. São Paulo: Atica,
1994.

KUENZER, Acácia Zeneide, (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para
os que vivem do trabalho. 2 ed. São Paulo: Cortez; 2001.

LEVY. Pierre, Inteligencia Coletiva. Internet.WWW.pierrelevy.com.br. 2003

LOMONICO, Circe Ferreira. Psicopedagogia: teoria e prática: Edicon: São Paulo;
1992.

MENEZES, Leonel Teles de e MENEZES, Christina Ávila de. Por trás da consciência:
um manual de introdução à Programação Neurolinguística. Rio de Janeiro:
Record; 1994.
NOVOA, Carlos Alberto Tores.coleção Paulo Freire, vol. 3 - Leitura crítica de
Paulo Freire. São Paulo. SP Edições Loyola – 1981.

SANTOMÉ, Jurjo Torres, Globalização e interdisciplinaridade: currículo integrado.
Trad. Claudia Schilling: Porto Alegre: Artes Medicas Sul Ltda., 1998.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: polêmicas do nosso tempo. 27 ed.
Campinas, São Paulo, Autores associados, 1993.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de ensino-
aprendizagem e projeto político-pedagogico – elementos metodológicos para
elaboração e realização, 7 ed. São Paulo: Libertad, 2000.
WERNECK, Hamilton. A nota prende a sabedoria liberta. 2 ed. Rio de Janeiro:
DP&A 2000

WEIL, Pierre. et ali. Rumo à nova transdisciplinaridade: sistemas abertos de
conhecimento. São Paulo: Summus, 1993.

TORO.   Bernardo, As transformações da educação e os códigos de
modernidade. Revista Dois Pontos – Jul/ago. (ano?))

GANDIN. Danilo. A pratica do planejamento participativo: na escola e em outras
instituiçõies. 2 ed. Petrópolis. RJ. Vozes. 1994.

VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. Planejamento participativo na escola: um desafio
ao educador. São Paulo: SP EPU. 1996.

_______, Secretaria de Educação Fundamental / parâmetros curriculares
nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental: introdução aos
parâmetros curriculares nacionais / secretaria de Educação Fundamental – Brasília:
MEC / SEF. 1998

_______, Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais / Ministério da Educação / Secretaria da Educação
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Plano de Ação para Erradicar o Analfabetismo no Município de Bom Sucesso-PB (2007-2010

  • 1. ESTADO DA PARAIBA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA RUA MARIA ETELVINA DA CONCEIÇÃO BOM SUCESSO – PARAIBA Plano Plurianual do Brasil Alfabetizado 2007 - 2010
  • 2. SUMARIO JUSTIFICATIVA FUNÇÕES AÇÕES ORÇAMENTO PARCERIAS CONTEÚDOS, AÇÕES E METODOLOGIA DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO. ÁREAS DE CONHECIMENTO LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA HISTORIA GEOGRAFIA CIÊNCIAS ARTES COMO ORGANIZAR E DESENVOLVER OS PROJETOS DE ALUNOS DA EJA UM OLHAR SOBRE AVALIAÇÃO. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA EJA CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA
  • 3. JUSTIFICATIVA A Educação de Jovens e Adultos, a partir da década de 40 “vem se firmando como questão política nacional”, isto é, tentando resgatar a cidadania e buscando através do conhecimento, a melhoria da qualidade de vida do cidadão que por diversas circunstâncias não conseguiu se superar nos estudos. Em diferentes momentos da historia a EJA – Educação de Jovens e Adultos vem assumindo na sociedade o papel de educação popular, amparada por leis criando em si maior consistência e sustentação. Na década de 60, amparada pela Lei Nº 4.024/61, toma forma de educação popular acompanhando a democratização da escolarização básica tendo como suporte de referencia o paradigma teórico pedagógico de Paulo Freire. Já nos curso dos anos 70, com a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação a Lei Nº 5.692/71ª a EJA, ganha novo capitulo na historia da educação de Jovens e Adultos, estabelecendo o seguinte critério: suprir a escolarização regular para adolescentes e adultos que não a tinham seguido ou concluídos em idade própria os estudos. Nova luz sobre a EJA surge com a Lei 9.394/96, prever que a Educação de Jovens e Adultos se destina àqueles que não tiveram acesso (ou não deram continuidade) aos estudos no ensino Fundamental e Médio, na faixa etária de 7 a 17 anos etc., (Lei Nº 9.394/96, artigo. 37, §1 º e § 2º). FUNÇÕES As Diretrizes destacam que a EJA, como modalidade de educação básica, deve considerar o perfil dos alunos na faixa etária ao propor um modelo pedagógico, de modo a assegurar a equidade e diferença. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para EJA essa modalidade deve desempenhar três funções: Função reparadora – não se refere apenas à entrada os jovens e adultos no âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito a eles negado – o direito a uma escola de qualidade -, mas também ao reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente importante. Mas não se pode confundir a noção de reparação com a de suprimento. Para tanto, é indispensável um modelo educacional que crie situações pedagógicas satisfatórias para atender as necessidades de aprendizagem especificas de alunos jovens e adultos. Função equalizadora – relaciona-se à igualdade de oportunidades, que possibilite oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos espaços da estética e nos canais de participação. A equidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em vista maior igualdade, dentro de situações especificas. Nessa linha, a EJA representa uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.
  • 4. Função qualificadora – refere-se à educação permanente, com base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não-escolares. Mais que uma função, é o próprio sentido da educação de jovens e adultos. Estabelecida essa visão geral, conclui-se que a modalidade EJA, tem sem seus objetivos a amplitude de resgatar a cidadania e a qualidade de vida do cidadão, partindo dessa premissa pode se pensar a necessidade de implantar e manter o Programa de EJA em diferentes aspectos, restrito ao Município de Bom Sucesso - PB. E atender àqueles que não tiveram acesso aos estudos em idade própria. A população atual do Município de Bom Sucesso - PB, estimada em 5.200 (cinco mil e duzentos) habitantes, distribuídos em 198 km² (cento e noventa e oito quilômetros quadrados). São considerados nesse universo populacional 1.400 (mil e quatro centos) habitantes analfabetos. Inseridos numa sociedade com uma economia basicamente voltada para agropecuraira e comércio, sua cultura e atividades sociais se estabelece nas festividades populares e costumes familiares: festas de casamento, batizadas, aniversário e outras restritas a clube com programações populares. O meio ambiente é rico em diversidade, mas tem uma fauna e flora fragilizada pela falta de chuva e falta de preservação do meio ambiente. Isso torna o espaço ambiental rico para inserir um trabalho pedagógico cooperativo voltado para diferentes realidades do conhecimento. OBJETIVOS GERAIS - Erradicar o analfabetismo no município, a partir da adesão aos programas oferecidos pelo governo federal. - Fortalecer os aspectos de cidadania plena dos educando de EJA a partir dos quatro pilares da ética (diálogo, solidariedade, respeito mutuo e justiça). - Estabelecer padrões de melhoria de qualidade de vida do cidadão, quanto ao bem-estar pessoal, familiar e social no meio em que estão inseridos. - Possibilitar a igualdade de oportunidades aos indivíduos no mundo do trabalho e na vida social. ANALISE INTERNA DAS FORÇAS E LIMITAÇÕES DA ESCOLA. Do ponto de vista da historia da EJA, a sociedade continuamente se depara com a necessidade de reformulação do processo de ensino e aprendizagem do ponto de vista legal e metodológico em relação aqueles que não tiveram oportunidade de concluir ou continuar seus estudos em idade próprio. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394/96 artigo 37. Em virtude das realidades levantadas no município de Bom Sucesso - PB, considera-se em termos práticos elementos que fortalecem e oportunizam atender o processo de formação de educadores e o favorecimento de ensino e aprendizagem de melhor qualidade.
  • 5. Para obter a melhoria que se pretende verifica-se que a instituição de ensino no município tem uma equipe pedagógica - docente, um grupo coeso com forte potencial para atender técnica-pedagogicamente a demanda de erradicação do analfabetismo no município. O âmbito municipal é um espaço favorável para alcançar as metas propostas. Contraponde-se ao potencial existente ao se levantar os dados pode-se avaliar que também caracteriza um potencial negativo, que precisa ser encarado com cuidado e encaminhados para superação a partir das ações propostas no plano de ação. ANALISE EXTERNA DAS FORÇAS E LIMITAÇÕES DA ESCOLA. Repensando os dados que foram levantados e apreciados pela equipe pedagógica, pôde se observar que vários fatores externos têm influenciado a permanência do analfabetismo na sociedade. A falta de um programa bem definidos tem favorecido a permanente situação de aculturação do cidadão, levando em conta, uma escola fragilizada ao longo do tempo por falta de recursos financeiros: preparação pedagógica dos docentes e falta de incentivo para o retorno do educando a sala de aula. Analisando tal situação verificou-se que esses elementos precisam ser discutidos com ampla abordagem nas instituições e setores organizados da sociedade para que não se torne obstáculos para o desenvolvimento da prática pedagógica no processo ensino - aprendizagem. OBJETIVOS E AÇÕES COMO ALTERNATIVAS ESTRATEGICAS. OBJETIVO ESTRATEGICO Ampliar oferta de EJA nas escolas municipais a partir de: AÇÕES - Efetuar o levantamento de analfabeto existente no município. - Mobilização dos setores da sociedade organizada, associações, escolas, Igrejas, etc. OBJETIVO ESTRATEGICO Ampliar o sistema de acompanhamento nas escolas. AÇÕES - A partir do planejamento quinzenal.; - Acompanhamento quinzenal in loco; - Registro das atividades desenvolvidas durante planejamento e acompanhamento.
  • 6. OBJETIVO ESTRATEGICO Realizar avaliação contínua e sistemática da EJA. AÇÕES - Acompanhar o desenvolvimento da avaliação sistemática para a obtenção de resultados dos quantitativos. - Utilizar ficha de registro para acompanhamento progressivo da aprendizagem. OBJETIVO ESTRATEGICO Implantar Programa de Capacitação Continuada em EJA. AÇÕES - Realização de estudo pedagógico mensais com os professores da EJA. - Desenvolver atividades pedagógicas que facilitem o ensino-aprendizagem professor- aluno. OBJETIVO ESTRATEGICO Desenvolver Proposta Pedagógica que garanta a aprendizagem efetiva da EJA. AÇÕES - Mobilização da equipe pedagógica, direção escolar, professores e outros para elaboração da proposta. -Levantamento de dados na rede municipal de ensino que favoreça a elaboração da proposta. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por assim dizer, a EJA movimento por excelência, que viabiliza uma saída saudável, de aprendizagem, para aqueles que não tiveram oportunidade em idade própria. Então estrategicamente parte da finalidade de recuperar o tempo perdido e o saber que não teve espaço na vida do cidadão em idade própria. O município de Bom Sucesso assume o programa da EJA, como meta prioritária de sua política educativa e socializadora da cidadania. Então os próximos anos é meta do Município erradicar o analfabetismo no seu território, por isso se integra aos programas do Governo Federal, para assumir o desafio de processar a educação daqueles que ficaram a margem do saber.
  • 7. BIBLIOGRAFIA ________BRASIL, Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil: texto constitucional de 5 de outubro de 1988: Brasília, Câmara dos Deputados. _______, Secretaria de Educação Fundamental / parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC / SEF. 1998 _______, Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Ministério da Educação / Secretaria da Educação Fundamental – 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001. COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Coleção viva voz: Presença educativa: Salesiana, 2001. _______, Tempo de servir. Protagonismo juvenil passo a passo: um guia para o educador: Belo Horizonte: Universidade, 2001. CALVINO, Ítalo. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas: tradução de Ivo Barroso – São Paulo: Companhia das letras, 1990. COLL, César, (org.) O construtivismo na sala de aula: São Paulo: Àtica; 1999. COSTA, Marisa Vorraber, (org.) O currículo: nos limiares do contemporâneo: 2 ed. Rio de janeiro: DP&A; 1999. DELORS, Jacques, (org.) Educação: um tesouro a descobrir, 6 ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2001. FARIA, Anália Rodrigues. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. São Paulo: Ática. 1989 FAZENDA, Ivani (org.) Práticas interdisciplinares na escola. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1993. FILHO, Lourenço, Introdução ao estudo da escola nova: bases, sistemas e diretrizes da Pedagogia contemporânea. 9 ed. Melhoramentos, São Paulo: 1967. GADOTTI, Moacir, História das idéias pedagógicas. 2 ed. São Paulo: Atica, 1994. KUENZER, Acácia Zeneide, (org.) Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 2 ed. São Paulo: Cortez; 2001. LEVY. Pierre, Inteligencia Coletiva. Internet.WWW.pierrelevy.com.br. 2003 LOMONICO, Circe Ferreira. Psicopedagogia: teoria e prática: Edicon: São Paulo; 1992. MENEZES, Leonel Teles de e MENEZES, Christina Ávila de. Por trás da consciência: um manual de introdução à Programação Neurolinguística. Rio de Janeiro: Record; 1994.
  • 8. NOVOA, Carlos Alberto Tores.coleção Paulo Freire, vol. 3 - Leitura crítica de Paulo Freire. São Paulo. SP Edições Loyola – 1981. SANTOMÉ, Jurjo Torres, Globalização e interdisciplinaridade: currículo integrado. Trad. Claudia Schilling: Porto Alegre: Artes Medicas Sul Ltda., 1998. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: polêmicas do nosso tempo. 27 ed. Campinas, São Paulo, Autores associados, 1993. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de ensino- aprendizagem e projeto político-pedagogico – elementos metodológicos para elaboração e realização, 7 ed. São Paulo: Libertad, 2000. WERNECK, Hamilton. A nota prende a sabedoria liberta. 2 ed. Rio de Janeiro: DP&A 2000 WEIL, Pierre. et ali. Rumo à nova transdisciplinaridade: sistemas abertos de conhecimento. São Paulo: Summus, 1993. TORO. Bernardo, As transformações da educação e os códigos de modernidade. Revista Dois Pontos – Jul/ago. (ano?)) GANDIN. Danilo. A pratica do planejamento participativo: na escola e em outras instituiçõies. 2 ed. Petrópolis. RJ. Vozes. 1994. VIANNA, Ilca Oliveira de Almeida. Planejamento participativo na escola: um desafio ao educador. São Paulo: SP EPU. 1996. _______, Secretaria de Educação Fundamental / parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC / SEF. 1998 _______, Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Ministério da Educação / Secretaria da Educação Fundamental – 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001.