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ORIENTAÇÕES BÁSICAS
P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O
Secretaria de Estado de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável
Fundação Estadual do Meio Ambiente
Diretoria de Licenciamento de Infra-Estrutura
Divisão de Saneamento
ORIENTAÇÕES BÁSICAS
P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O
Belo Horizonte, 2006
Vera Christina Vaz Lanza
André Luciano de Carvalho
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Publicado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente/Projeto
Estruturador Revitalização e Desenvolvimento Sustentável na
Bacia do Rio São Francisco
Governador do Estado de Minas Gerais
Aécio Neves da Cunha
Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
José Carlos Carvalho
Presidente da FEAM
Ilmar Bastos Santos
Chefe de Gabinete
Vera Sant’Ana Schaper
Diretor de Licenciamento de Infra-Estrutura
José Flávio Mayrink Pereira
Gerente da Divisão de Saneamento
Denise Marília Bruschi
Equipe Técnica
Denise Marília Bruschi - Engª civil
Vera Christina Vaz Lanza - Engª civil
André Luciano de Carvalho - Engº civil/Geotécnico
Fernanda Márcia Machado - Engª civil
Breno Machado Gomes de Oliveira - Eng. civil
Riordan Vargas Alvim - Eng. civil
Colaboração
Equipe Técnica da Divisão de Saneamento - DISAN
Ilustração
Valf
Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM
Avenida Prudente de Morais, 1671 - Santa Lúcia - 30.380-000 - Belo Horizonte - MG
Tel.: (0xx31) 3298.6200 - feam@feam.br / www.feam.br
Ficha Catalográfica
1. Introdução............................................................................................................07
2. Definições............................................................................................................08
2.1. Lixão ou vazadouro ...................................................................................08
2.2. Aterro controlado.......................................................................................08
2.3. Aterro sanitário ..........................................................................................09
2.4. Usina de triagem e compostagem de lixo ................................................11
3. Estruturas componenetes do aterro sanitário.....................................................12
3.1. Infra-Estrutura básica do aterro sanitário..................................................12
3.1.1. Guarita/Portaria ........................................................................................12
3.1.2. Balança.....................................................................................................12
3.1.3. Isolamento................................................................................................13
3.1.4. Sinalização ...............................................................................................13
3.1.5. Cinturão verde..........................................................................................13
3.1.6. Acessos....................................................................................................13
3.1.7. Iluminação e força....................................................................................14
3.1.8. Comunicação ...........................................................................................14
3.1.9. Abastecimento de água ...........................................................................14
3.1.10. Instalação de apoio operacional............................................................14
3.1.11. Área de disposição de resíduos.............................................................14
3.1.12. Sistema de tratamento de chorume ......................................................14
3.1.13. Instrumentos de monitoramento............................................................15
3.2. Rotina operacional do aterro sanitário ........................................................15
3.2.1. Recebimento dos resíduos ......................................................................15
SUMÁRIO
Fundação Estadual do Meio Ambiente .
F981o Orientações básicas para a operação de aterro sanitário / Fundação Estadual
do Meio Ambiente. —- Belo Horizonte: FEAM, 2006.
36p.: il.
1. Aterro sanitário - operação. 2. Destinação de resíduo sólido.
3. Resíduo sólido urbano. I. Título.
CDU: 628.472.3
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O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 7
O presente trabalho é um complemento didático do seminário OPERA-
ÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS LICENCENCIADOS NO ESTADO DE MINAS
GERAIS, promovido pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM, vi-
sando a melhorias das rotinas operacionais dos empreendimentos licencia-
dos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais - COPAM.
O aterro sanitário é uma das técnicas mais seguras e de menor custo
para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Fundamentado em cri-
térios de engenharia e normas técnicas específicas, permite confinar tais re-
síduos de uma forma mais segura, controlar a poluição ambiental e proteger
a saúde pública.
No entanto, a falta de critérios técnicos durante a implantação e opera-
ção de um aterro sanitário pode conferir-lhe características indesejáveis, tra-
zendo sérios riscos à saúde da população e ao meio ambiente.
1 . I N T R O D U Ç Ã O
3.2.2. Tipos de resíduos que podem ser recebidos no aterro sanitário............16
3.2.3. Impermeabilização da base .....................................................................16
3.2.4. Drenagem interna.....................................................................................17
3.2.5. Disposição dos resíduos..........................................................................18
3.2.6. Descarga dos resíduos.............................................................................18
3.2.7. Espalhamento e compactação dos resíduos...........................................18
3.2.8. Recobrimento dos resíduos .....................................................................19
3.2.9. Sistema de drenagem superficial.............................................................20
3.2.10. Sistema de caracterização e tratamento de percolado.........................21
3.3. Equipamentos, mão-de-obra e insumos necessários ................................24
3.4. Monitoramento do aterro sanitário..............................................................26
4. Manutenção da unidade do aterro sanitário .......................................................28
5. Destinação final de resíduos específicos............................................................30
6. Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos ...................30
7. Coleta Seletiva.....................................................................................................31
8. Resíduos Sólidos das Unidades Prestadoras de Serviços de Saúde ................32
9. Glossário..............................................................................................................33
10. Referências bibliográficas ...................................................................................34
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O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O8 O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 9
2.1. LIXÃO OU VAZADOURO
É uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, ca-
racterizada pela sua descarga sobre o solo, sem critérios técnicos e medidas
de proteção ambiental ou à saúde pública. É o mesmo que descarga a “céu
aberto”.
Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública,
como a proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ra-
tos, entre outros), geração de odores desagradáveis e, principalmente, polui-
ção do solo e das águas superficiais e subterrâneas pelo chorume - líquido de
coloração escura, mal cheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido
pela decomposição da matéria orgânica contida nos resíduos.
2 . D E F I N I Ç Õ E S rança, minimizando os impactos ambientais. Esse método utiliza princípios de
engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada
de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.
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Lixão ou vazadouro
2.2. ATERRO CONTROLADO
Segundo a NBR 8849/1985 da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), o aterro controlado é uma técnica de disposição de resíduos sóli-
dos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segu-
Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição locali-
zada, não havendo impermeabilização de base (comprometendo a qualidade
do solo e das águas subterrâneas), nem sistema de tratamento de percolado
(chorume mais água de infiltração) ou de extração e queima controlada dos
gases gerados.
O aterro controlado é preferível ao lixão, mas apresenta qualidade bas-
tante inferior ao aterro sanitário.
2.3. ATERRO SANITÁRIO
Conforme a NBR 8419/1992 da ABNT o aterro sanitário também é uma
técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos
à saúde pública e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. Tal
método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à
menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os
com uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos me-
nores, se necessário.
Aterro controlado
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Este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos
os elementos de proteção ambiental:
• sistema de impermeabilização de base e laterais;
• sistema de recobrimento diário e cobertura final;
• sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados;
• sistema de coleta e tratamentos dos gases;
• sistema de drenagem superficial;
• sistema de tratamento de líquidos percolados;
• sistema de monitoramento.
Além dessas exigências técnicas estruturais e construtivas, há que se
avaliar também as probabilidades de impacto local e sobre a área de influên-
cia do empreendimento e se buscar medidas para mitigá-los.
Embora consistindo numa técnica simples, os aterros sanitários exigem
cuidados especiais, e procedimentos específicos devem ser seguidos desde
a escolha da área até a sua operação e monitoramento.
De acordo com a NBR 13896/1997 da ABNT, recomenda-se a constru-
ção de aterros com vida útil mínima de 10 anos. O seu monitoramento deve
prolongar-se, no mínimo, por mais 10 anos após o seu encerramento.
2.4. USINAS DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE LIXO
As usinas de triagem e compostagem de lixo são utilizadas para a se-
paração manual dos diversos componentes do lixo, que são divididos em gru-
pos, de acordo com a sua natureza: matéria orgânica, materiais recicláveis,
rejeitos e resíduos especiais.
Nessas unidades é feita a separação dos materiais potencialmente re-
cicláveis, da matéria a ser compostada e dos rejeitos. Os materiais reciclá-
veis, depois de separados, são prensados, enfardados e armazenados para
posterior comercialização.
A matéria orgânica é encaminhada ao pátio de compostagem, onde é
submetida a um processo de decomposição aeróbica pela ação de organis-
mos biológicos, em condições físicas e químicas adequadas. O produto final
da compostagem é o composto orgânico, um material rico em húmus e nutri-
entes minerais que pode ser utilizado em paisagismos, na recuperação de
áreas degradadas, entre outros.
Uma usina de triagem e compostagem de lixo é constituída basicamen-
te de unidades de apoio; unidade de recepção dos resíduos; unidade de tria-
gem; pátio de compostagem; baias ou galpões para armazenamento de reci-
cláveis e do composto curado, além da área de aterramento dos rejeitos. O
que não pode ser aproveitado é aterrado em valas de rejeitos.
Aterro sanitário
Pátio de
compostagem
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3.1. INFRA-ESTRUTURA BÁSICA DO
ATERRO SANITÁRIO
Relação dos principais itens de infra-estrutura componentes:
3.1.1. GUARITA/PORTARIA: local onde são realizados os trabalhos de
recepção, inspeção e controle dos caminhões e veículos que chegam à área
do aterro sanitário.
3.1.3. ISOLAMENTO: fechamento com
cerca e portão, que circunda completamente a
área em operação, construída de forma a impe-
dir o acesso de pessoas estranhas e animais.
3.1.4. SINALIZAÇÃO: placas indicativas
das unidades e advertência nos locais de risco.
3.1.5. CINTURÃO VERDE: cerca viva com
espécies arbóreas no perímetro da instalação.
3. ESTRUTURAS COMPONENTES
DO ATERRO SANITÁRIO
Guarita
3.1.2. BALANÇA: local onde é realizada a pesagem dos veículos cole-
tores para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no aterro
sanitário.
Balança
Portão de entrada
e cerca de isolamento
3.1.6. ACESSOS: vias externas e internas, construídas e mantidas de
maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas.
Cinturão verde
Via de acesso
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3.1.7. ILUMINAÇÃO E FORÇA: ligação à rede de energia para uso dos
equipamentos e ações de emergência no período noturno, caso necessário.
3.1.8. COMUNICAÇÃO: ligação à rede de telefonia fixa, celular ou rá-
dio para comunicação interna e externa, principalmente em ações de emer-
gência.
3.1.9. ABASTECIMENTO DE ÁGUA: ligação à rede pública de abaste-
cimento de água tratada ou outra forma de abastecimento, para uso nas ins-
talações de apoio e para umedecimento das vias de acesso.
3.1.10. INSTALAÇÕES DE APOIO OPERACIONAL: prédio administrati-
vo contendo, no mínimo, escritório, refeitório, copa, instalações sanitárias e
vestiários.
3.1.13. INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO: equipamentos para
o acompanhamento e controle ambiental do empreendimento, como poços
de monitoramento de águas subterrâneas, medidores de vazão, piezômetros
e medidores de recalque horizontais e verticais.
3.2. ROTINA OPERACIONAL DO ATERRO
SANITÁRIO
Os procedimentos de operação do aterro sanitário, embora simples, devem
ser sistematizados para que sua eficiência seja maximizada, assegurando seu fun-
cionamento como destinação final sanitária e ambientalmente adequada dos resí-
duos sólidos urbanos gerados no município, ao longo de toda a sua vida útil.
Tais procedimentos devem ser registrados em relatórios diários, relató-
rios mensais de consolidação de dados, formulários e planilhas apropriadas,
além de plantas de reconstituição das obras efetivamente executadas (“as bu-
ilt”). Esses elementos devem ser adequadamente numerados, catalogados e
arquivados, de modo a propiciar a avaliação periódica do empreendimento,
assim como o desenvolvimento de estudos e pesquisas referentes ao desem-
penho das instalações que o compõem.
3.2.1.RECEBIMENTO DOS RESÍDUOS
A recepção dos resíduos deve ser realizada na portaria/guarita do ater-
ro sanitário. Consiste na operação de inspeção preliminar, durante a qual os
veículos coletores, previamente cadastrados e identificados, são vistoriados e
pesados por fiscal/balanceiro, treinado e instruído para o desempenho ade-
quado dessa atividade. Esse profissional deve verificar e registrar a origem, a
natureza e a classe dos resíduos que chegam ao empreendimento; orientar os
motoristas quanto à unidade na qual os resíduos devem ser descarregados e
impedir que se lancem resíduos incompatíveis com as características do em-
preendimento ou provenientes de fontes não autorizadas.
Na balança rodoviária será realizada a pesagem dos veículos coletores
para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no local. No caso
dos aterros sanitários que não possuam balança rodoviária, deve ser identifi-
cada alternativa para a pesagem dos caminhões em outro local, de forma a
possibilitar o controle dos quantitativos dos resíduos recebidos no aterro.
3.1.11. ÁREA DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS: local destinado ao ater-
ramento dos resíduos, previamente preparado, em conformidade com as nor-
mas técnicas e ambientais vigentes, com adoção de sistemas de impermea-
bilização de base e das laterais e de drenagens de chorume, de águas pluvi-
ais e de gases.
3.1.12. SISTEMA DE TRATAMENTO DE CHORUME: sistema para tra-
tamento dos líquidos percolados do aterro, visando ao atendimento dos pa-
drões de lançamento de efluentes em cursos d’água.
Instalações de apoio operacional
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3.2.2. TIPOS DE RESÍDUOS QUE PODEM SER
RECEBIDOS NO ATERRO SANITÁRIO
Poderão ser dispostos no aterro sanitário os resíduos sólidos de Clas-
se II - Não-Inertes - segundo as definições apresentadas na NBR 10.004/1987
da ABNT. Sob nenhuma hipótese deverão ser recebidos resíduos sólidos de
Classe I, classificados como perigosos.
Observada a condição acima definida, poderão ser recebidos, dentre
outros: resíduos sólidos urbanos de origem domiciliar e comercial; resíduos
dos serviços de capina, varrição, poda e raspagem; resíduos de gradeamen-
to, desarenação e lodos desidratados das Estações de Tratamento de Esgo-
to; resíduos desidratados de veículos limpa-fossas; resíduos desidratados de
Estações de Tratamento de Água e resíduos sólidos provenientes de indústri-
as, comércios ou outras origens que tenham sua classificação como Classe II
comprovada por laudo técnico de análises laboratoriais, conforme normas es-
pecíficas da ABNT.
3.2.3. IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE
A camada de impermeabilização da base deve garantir a segura sepa-
ração da disposição de resíduos do subsolo, impedindo a contaminação do
lençol freático e do meio natural através de infiltrações de percolados e/ou
substâncias tóxicas.
Para desempenhar essa função de maneira eficiente, a camada de im-
permeabilização de materiais deve compor-se de solo argiloso de baixa per-
meabilidade ou geomembrana sintética com espessuras adequadas.
Na aplicação da camada de impermeabilização de base com o empre-
go de solo argiloso, o fator que determinará o desempenho do sistema é a
compactação realizada em campo. Durante os trabalhos, é fundamental um
rigoroso controle de compactação em cada espessura de solo espalhado
para verificar se o tratamento da base está de acordo com as especificações
definidas no projeto técnico.
3.2.4. DRENAGEM INTERNA
O bom funcionamento do sistema de drenagem interna de percolados
e de gases é fundamental para a estabilidade do aterro sanitário. A drenagem
de percolados deve estar inserida entre os resíduos, podendo ser interligada
ao sistema de drenagem de gases.
As redes e as caixas de passagens que conduzem os percolados ao
sistema de tratamento devem estar sempre desobstruídas e rigorosamente
monitoradas.
Os gases devem ser queimados imediatamente após o início de sua
produção, de forma a evitar que a sua dispersão pelo aterro contamine a at-
mosfera e cause danos à saúde.
Impermeabilização
de base e laterais Sistema de drenagem de percolado Sistema de drenagem de gases
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3.2.5. DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS
A área de disposição dos resíduos deve ser previamente delimitada por uma
equipe técnica de topografia. No início de cada dia de trabalho, deverão ser de-
marcados - com estacas facilmente visualizadas pelo tratorista - os limites laterais,
a altura projetada e o avanço previsto da frente de operação ao longo do dia.
A demarcação da frente de operação diária permite uma melhor mani-
pulação do lixo, tornando o processo mais prático e eficiente.
Nos períodos de chuvas intensas ou quando, por qualquer motivo, a
frente de operação estiver impedida de ser operada ou acessada, recomen-
da-se manter uma área para descarga emergencial, previamente preparada,
de acordo com o projeto do aterro sanitário.
Em locais onde existe a possibilidade de carreamento de materiais pelo
vento, recomenda-se a utilização de telas de proteção na frente de operação.
3.2.6. DESCARGA DOS RESÍDUOS
O caminhão deve depositar o lixo em “pilhas” imediatamente a jusante
da frente de operação demarcada, conforme definido pelo fiscal. O desmonte
dessas pilhas de resíduos deverá ser feito com o auxílio da lâmina do trator de
esteira que, em seguida, procederá a seu espalhamento e compactação.
3.2.7. ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO
DOS RESÍDUOS
Na frente de operação, os resíduos
devem ser espalhados e compactados por
um equipamento apropriado (preferencial-
mente um trator de esteira com peso ope-
racional mínimo de 15 toneladas) em ram-
pas com inclinação aproximada de 1 na
vertical para 3 na horizontal (1:3). O equi-
pamento de compactação deve estar per-
manentemente à disposição na frente de
operação do aterro sanitário.
A operação de compactação deve ser realizada com movimentos
repetidos do equipamento de baixo para cima, procedendo-se, no míni-
mo, a 6 passadas sucessivas em camadas sobrepostas, até que todo o
material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado, ou
seja, até que se verifique por controle visual que o incremento do núme-
ro de passadas não ocasiona nenhuma redução significativa do seu vo-
lume aparente.
Periodicamente, deve ser feito um teste de densidade, de forma a veri-
ficar o controle da compactação.
3.2.8. RECOBRIMENTO DOS RESÍDUOS
Ao fim de cada jornada de trabalho, os resíduos compactados devem
receber uma camada de terra, espalhada em movimentos de baixo para cima.
No dia seguinte, antes do início da disposição dos resíduos, faz-se uma
raspagem da camada de solo da face inclinada da frente de operação, para
dar continuidade à formação do maciço de resíduos. O solo raspado deve ser
armazenado para aproveitamento nas camadas operacionais posteriores, ten-
do em vista possíveis dificuldades na obtenção de quantidades suficientes e
adequadas de solo para recobrimento.
O solo de cobertura pode provir de área de empréstimo ou do material
excedente das operações de cortes/escavações executadas na implantação
das plataformas.
COBERTURA DIÁRIA: deve ser feita com uma camada de terra ou
material inerte com espessura de 15 a 20cm, com o objetivo de impedir
o arraste de materiais pela ação do vento e evitar a disseminação de
odores desagradáveis e a proliferação de vetores como moscas, ratos,
baratas e aves.
COBERTURA FINAL: uma vez esgotada a capacidade da plataforma
do aterro, procede-se à sua cobertura final com uma camada de argila com-
pactada com cerca de 60cm de espessura (ou de acordo com a espessura
definida no projeto técnico) sobre as superfícies que ficarão expostas perma-
nentemente - bermas, taludes e platôs definitivos. Após recobrimento, deve-
se, proceder ao plantio de gramíneas nos taludes definitivos e platôs, de for-
ma a protegê-los contra a erosão.
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Compactação dos resíduos
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3.2.9. SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL
A drenagem ineficiente das águas de chuva pode provocar maior infil-
tração no maciço do aterro, aumentando o volume de chorume gerado e con-
tribuindo para a instabilidade do maciço.
Além dos dispositivos de
drenagens pluviais definitivos ins-
talados nas plataformas - bermas,
taludes e vias de acesso -, devem
ser escavadas canaletas de dre-
nagem provisórias no terreno a
montante das frentes de opera-
ção, de forma a minimizar a infil-
tração das águas de chuva na
massa de lixo aterrado.
Os dispositivos de drena-
gem pluvial, previstos no projeto
do aterro sanitário, como canale-
tas, caixas de passagem e desci-
das d’água devem ser mantidos
desobstruídos para impedir a en-
trada de água no maciço do aterro.
O período que exigirá maior freqüência de inspeção no sistema de dre-
nagem pluvial coincidirá com as épocas de intensa pluviosidade.
As águas de chuva devem ser drenadas diretamente para os cursos
d’água ou bacias de infiltração localizadas dentro da área do aterro, desde
que não sofram qualquer contaminação no seu percurso.
3.2.10. SISTEMA DE CARACTERIZAÇÃO
E TRATAMENTO DE PERCOLADO
A vazão e as características físicas, químicas e biológicas do percola-
do (chorume mais água de infiltração) estão intrinsecamente relacionadas e
dependem, basicamente, das condições climatológicas e hidrogeológicas da
região de um aterro sanitário, bem como das características dos resíduos só-
lidos urbanos e das condições de operação do aterro.
Recobrimento do lixo com terra
Descida d’água Esquema de um fluxo de água em um aterro sanitário
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O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O22
O projeto de aterro sanitário deve, necessariamente, contemplar a ins-
talação de rede de drenagem para o percolado e para os gases gerados nas
células. O percolado coletado deve ser tratado para que possa ser lançado
em corpo receptor, e os gases devem ser queimados ou aproveitados como
fonte de energia, para minimizar a contaminação atmosférica.
O sistema de tratamento de líquido percolado proveniente do aterro
deve atender aos padrões de lançamento de efluentes em cursos d’água e de
sua capacidade de autodepuração.
Na operação do sistema de tratamento é preciso efetuar de modo sis-
temático a medição da vazão de percolado e determinar a sua composição
antes e depois do tratamento.
A previsão da quantidade de percolado produzida é fator crítico no pro-
jeto de um aterro sanitário. De maneira geral, a lâmina de percolado que al-
cança a base do aterro (Lv) é função de um balanço hídrico calculado a par-
tir da expressão:
Lv = P - R - AS - EV
em que:
P - lâmina de precipitação mensal;
R - lâmina de água de chuva que escoa superficialmente;
AS - lâmina de água de chuva absorvida pelos resíduos;
EV - lâmina de água de chuva perdida por evaporação.
O tratamento do percolado representa, ainda, um grande desafio na
elaboração dos projetos de aterros sanitários, uma vez que suas característi-
cas são alteradas em função da quantidade de água incorporada ao choru-
me, das características dos resíduos dispostos no aterro e, principalmente, da
idade do aterro.
Devido à grande quantidade de constituintes do chorume e às variações
quantitativas sazonais e cronológicas (pelo aumento da área exposta), não se
deve considerar uma solução única para esse tratamento. De um modo geral,
quando há opção pelo tratamento do chorume “in situ”, utilizam-se com muita
freqüência as lagoas de estabilização - lagoa anaeróbia seguida de facultativa.
Essas últimas são grandes reservatórios de pequena profundidade, de-
limitados por diques de terra, construídos de forma simples, nos quais o ma-
terial orgânico presente no percolado é estabilizado por processos biológicos,
portanto naturais, envolvendo principalmente algas e bactérias. Além de apre-
sentarem custo muito baixo e uma tecnologia simples, oferecem boa eficiên-
cia no tratamento desse percolado.
As lagoas anaeróbias operam com altas cargas orgânicas, atuam como
uma unidade primária em um sistema de lagoas e baseiam-se na digestão
anaeróbia para degradar a matéria orgânica. Já nas lagoas facultativas ocor-
rem os processos anaeróbios e aeróbios. As lagoas facultativas operam com
cargas orgânicas mais baixas que as utilizadas em lagoas anaeróbias, permi-
tindo que algas se desenvolvam nas camadas mais superficiais, realizando
atividade fotossintética.
As lagoas de maturação possibilitam um polimento no efluente de qual-
quer dos sistemas de lagoas de estabilização. São predominantemente aeró-
bias, e sua principal função é destruir os organismos patogênicos.
Após o tratamento no sistema convencional, o efluente tratado deverá
ser encaminhado para uma lagoa de acumulação situada a jusante da lagoa
facultativa. Após determinado período, o efluente poderá ser lançado em cur-
so d’água, dando início a um processo natural, conhecido como autodepura-
ção. A autodepuração é a capacidade apresentada por um corpo d’água de,
após receber uma carga poluidora, recuperar por processos naturais de cará-
ter físico, químico e biológico, as suas qualidades ecológicas e sanitárias.
Os efluentes gerados no aterro sanitário podem, também, ser encami-
nhados para uma Estação de Tratamento de Esgotos - ETE, devidamente li-
cenciada, conforme acordo firmado entre os empreendedores do aterro e da
Sistema convencional de tratamento
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ETE. Desse modo, o percolado do aterro será encaminhado para um tanque
de armazenamento localizado a jusante do maciço de resíduos, sendo bom-
beado para caminhões-tanque com sistema de sucção e, em seguida, trans-
portados para a ETE.
3.3. EQUIPAMENTOS, MÃO-DE-OBRA E
INSUMOS NECESSÁRIOS
Para operação de um aterro sanitário são necessários os seguintes
equipamentos e insumos:
• trator de esteira, com peso operacional de, no mínimo, 15 toneladas,
para espalhamento e compactação dos resíduos e das camadas de
capeamento;
• retro/pá carregadeira para construção dos sistemas de drenagem;
• motoniveladora e rolo compactador vibratório, para compactação da
base impermeabilizante e da camada de capeamento final do aterro,
bem como para conservação das vias internas;
• caminhão-basculante para o transporte de terra;
• caminhão-pipa para umedecimento periódico das vias de acesso em
épocas de estiagem;
• solo em disponibilidade para o recobrimento das células diárias de re-
síduos compactados, a ser progressivamente escavado durante a
abertura da plataforma de base do aterro ou proveniente de jazidas
de empréstimo;
• solo argiloso para a impermeabilização das plataformas de base e
para o capeamento final do aterro sanitário, selecionado e adequada-
mente estocado durante as operações prévias de corte ou provenien-
te de jazidas de empréstimo previamente definidas;
• “terra vegetal”, proveniente da operação de raspagem preliminar e
limpeza das áreas a terraplenar e convenientemente estocada em lo-
cais adequados do empreendimento, como substrato para plantio de
gramíneas na superfície acabada do aterro;
• gramíneas em sementes, mudas ou placas, para proteção da super-
fície acabada do aterro;
• estacas e piquetes de madeira, para demarcação dos serviços de ter-
raplenagem.
Quanto à mão-de-obra, deve haver:
• engenheiro de campo, em regime de tempo parcial;
• encarregado-geral, incumbido do controle da operação do aterro sa-
nitário, em tempo integral;
• ajudantes de operação, para auxílio aos operadores de máquinas e
para o controle e encaminhamento dos caminhões coletores de lixo à
frente de serviço;
• operadores de tratores de esteira;
• operador de máquinas de terraplenagem;
• motorista de caminhão-basculante;
• motorista de caminhão-pipa;
• topógrafo e auxiliares de topografia, para demarcação e monitora-
mento periódico da frente de serviço;
• auxiliares de serviços gerais, para plantio de grama, urbanização e
manutenção da limpeza do empreendimento;
• vigias.
Para o bom funcionamento do aterro sanitário é imprescindível a per-
manência do encarregado, devidamente treinado e capacitado para o contro-
le operacional da unidade; a designação de um técnico de segurança do tra-
balho; o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs como
máscaras, luvas, botas e uniformes adequados às suas atividades. Esse pro-
cedimento é regulamentado pelo Ministério do Trabalho.
Deve-se atentar, também, para a vacinação dos funcionários para preven-
ção de doenças como tétano, hepatite A e B, difteria e febre amarela dos trabalha-
dores expostos a riscos de acidentes na coleta e manuseio de resíduos sólidos.
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Em caso de acidente de trabalho ou doença profissional, é obrigatório
emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT; só assim a Prefeitura ou
o médico que desenvolve o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupa-
cional - PCMSO podem garantir o registro estatístico dos eventos acidentári-
os e a preservação dos direitos do trabalhador previstos no art. 22 da Lei
8.213/1991.
3.4. MONITORAMENTO DO ATERRO
SANITÁRIO
O monitoramento do aterro sanitário consiste de um sistema de medi-
ções de campo e ensaios de laboratório a serem realizados sistematicamen-
te durante a fase de operação do aterro, e prolonga-se por mais 10 anos, no
mínimo, após o término de sua vida útil.
O plano de monitoramento deve contemplar a eficácia das medidas mi-
tigadoras e a eficiência sanitária e ambiental do sistema como um todo, pos-
sibilitando a verificação de eventuais falhas e/ou deficiências e a implementa-
ção de medidas corretivas para evitar o agravamento dos impactos ambien-
tais.
Para avaliar a eficiência do aterro quanto à sua operação e ao controle
ambiental, devem ser previstos, no mínimo:
• o controle das águas superficiais da área, por meio da coleta de
amostras em pontos a montante e a jusante do local onde é lançado
o efluente;
• o controle das águas subterrâneas, por meio da coleta de amostras
nos poços de monitoramento instalados a montante e a jusante do
aterro sanitário;
• o monitoramento da qualidade do chorume e do efluente tratado;
• a caracterização dos resíduos da massa aterrada;
• o monitoramento geotécnico do maciço do aterro;
• o controle da saúde do pessoal envolvido na operação do aterro.
Para verificação das condições sanitárias e ambientais dos corpos
d’água que estão na área de influência de aterros sanitários, o corpo hídrico
receptor (córrego, ribeirão, rio ou lago) deverá ser monitorado a montante e a
jusante do empreendimento.
O monitoramento das águas subterrâneas deverá ser realizado por,
pelo menos, um poço localizado a montante e três a jusante do empreendi-
mento (NBR 13896/1997), considerando o fluxo das águas subterrâneas.
O monitoramento do líquido percolado consiste na sua avaliação qua-
litativa e quantitativa, ou seja, na medição da vazão e na análise físico-quími-
ca em relação ao processo e ao tempo de disposição.
O monitoramento geotécnico consiste na implantação de instrumenta-
ção geotécnica para monitoramento dos maciços, com a realização de leitu-
ras ou observações de variações das grandezas de interesse, com intervalos
de leitura de acordo com cada situação (risco e probabilidade de ruptura). Um
sistema de monitoramento geotécnico básico mínimo, visando a garantir a es-
tabilidade da massa de resíduos aterrados, consta de piezômetros, marcos
superficiais, pluviômetro e medidores de vazão.
O piezômetro mede a pressão do líquido, por meio da diferença de co-
tas do nível líquido e a posição da
célula piezométrica.
A pressão de gás é medida
com um manômetro tipo padrão,
adaptado na parte superior do pie-
zômetro, anteriormente às leituras
de níveis de líquidos.
As movimentações horizon-
tais e verticais ocorridas no interior
do maciço de resíduos poderão
ser avaliadas por meio de marcos
superficiais.
O pluviômetro serve para
medir as precipitações pluviais, a
fim de verificar as possíveis corre-
lações de vazões de drenos de
fundação e de percolados com a
precipitação, mantendo um regis-
tro diário e local das chuvas. Monitoramento
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Qualquer problema constatado no aterro sanitário deve ser corrigido ra-
pidamente, para evitar o seu agravamento. Por esse motivo, um serviço de
manutenção eficaz é imprescindível.
Como atividades rotineiras, é recomendado:
• manter na área do aterro o manual de operação e um livro para regis-
tro de ocorrências;
• manter atualizados, na unidade, os cartões de vacinação dos funcio-
nários;
• manter meio de comunicação para contato com o responsável técni-
co e para utilização em ações de emergência;
• manter um estojo de primeiros socorros, repor periodicamente os ma-
teriais utilizados e substituir os vencidos;
• fazer uso rigoroso dos EPIs como máscaras, luvas, botas e uniformes,
de modo a minimizar a possibilidade de contaminação e garantir a
boa qualidade de trabalho;
• higienizar diariamente as instalações de apoio operacional;
• limpar a unidade, removendo os materiais espalhados pelo vento;
• efetuar periodicamente a capina da área, para manutenção do paisa-
gismo;
• realizar inspeções e manutenções periódicas no sistema de recobri-
mento final das plataformas, mantendo a cobertura vegetal sobre os
taludes encerrados, de forma a protegê-los contra erosões;
• manter sempre limpas e desobstruídas as canaletas e os demais dis-
positivos de drenagem pluvial;
• efetuar inspeções e manutenções periódicas no sistema de drenagem
de chorume, removendo materiais depositados nos fundos das cai-
xas de passagem;
4 . M A N U T E N Ç Ã O D A U N I D A D E
D O AT E R R O S A N I T Á R I O
• manter sempre acesa a chama dos queimadores de gás;
• limpar e fazer eventuais reparos nos equipamentos e máquinas ao fi-
nal de cada dia de trabalho;
• limpar e manter em boas condições de tráfego as vias de acesso ex-
ternas e internas;
• fazer a manutenção da cerca de isolamento e do cinturão verde, evi-
tando o acesso de pessoas não autorizadas e animais;
• realizar medições, pesagens e acompanhamento diário do programa
de monitoramento.
O Quadro 1, a seguir, apresenta uma síntese das atividades a serem re-
alizadas para o controle e acompanhamento do aterro sanitário.
Componente, estrutura ou equipamento do aterro sanitário Freqüência de inspeção
Higienização das edificações Diária
Limpeza da unidade, com remoção dos materiais espalhados pelo vento Diária
Capina da área, para manutenção do paisagismo Mensal
Manutenção dos portões e cerca de isolamento Mensal
Manutenção do cinturão verde Mensal
Limpeza e manutenção dos dispositivos de drenagem pluvial Semanal
Limpeza e manutenção das estruturas de drenagem de chorume Semanal
Manutenção dos dispositivos de queima dos gases Diária
Verificação do sistema de cobertura das plataformas Semanal
Limpeza e manutenção das vias de acesso Semanal
Inspeção e manutenção dos instrumentos de monitoramento Mensal
Limpeza e manutenção dos veículos e equipamentos Diária
Sistema de fiscalização, controle e inspeção dos resíduos Diária
Limpeza e manutenção do sistema de tratamento de chorume Semanal
Controle da saúde dos funcionários Semestral
QUADRO 1 - ATIVIDADES PARA ACOMPANHAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO
NA FASE DE OPERAÇÃO
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O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O30
Para destinação final de resíduos sólidos específicos são adotadas as
medidas preconizadas em suas respectivas Resoluções, a saber:
• Resolução CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999 - pilhas e bate-
rias;
• Resoluções CONAMA Nº 258, de 26 de agosto de 1999 e Nº 301, de
21 de março de 2002 - pneus;
• Resoluções CONAMA Nº 307, 5 de julho de 2002 - resíduos da cons-
trução civil;
• Resolução CONAMA Nº 358, de 29 de abril de 2005 - tratamento e
disposição final dos resíduos dos serviços de saúde.
5 . D E S T I N A Ç Ã O F I N A L D E
R E S Í D U O S E S P E C Í F I C O S
O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - PGIRSU é
um documento que aponta e descreve as ações relativas ao tratamento a ser
dado aos resíduos sólidos urbanos, contemplando a geração, segregação,
acondicionamento, coleta (convencional e/ou seletiva), transporte, tratamen-
to e disposição final e proteção à saúde pública.
Ao se elaborar um PGIRSU, deve-se conceber o modelo de gerenciamen-
to apropriado para o município, levando-se em conta que a quantidade e a qua-
lidade do resíduo gerada em uma dada localidade decorre do tamanho da po-
pulação e de suas características socioeconômicas e culturais, bem como do
grau de urbanização e dos hábitos de consumo. A participação das autoridades
municipais é peça fundamental no gerenciamento integrado do resíduo, respon-
sabilizando pela implementação e articulação das ações definidas no PGIRSU.
6 . P L A N O D E G E R E N C I A M E N T O
I N T E G R A D O D E R E S Í D U O S
S Ó L I D O S U R B A N O S
A Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a
Rio/92, preconiza que se deve minimizar o lixo por meio dos 3R: REDUZIR
- gerar menos lixo, evitando o desperdício, REUTILIZAR - prolongar a vida
dos materiais e RECICLAR -produzir um novo produto a partir do velho, ou
seja, retornar os resíduos à cadeia produtiva. O Brasil deverá, brevemen-
te, ganhar uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, segundo Projeto de
Lei - PL elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente. Esse projeto prevê
o gerenciamento e a destinação final para resíduos sólidos no Brasil, pri-
orizando a política dos 3R.
COLETA SELETIVA: é o processo pelo qual os resíduos sólidos são re-
colhidos separadamente, a princípio em dois tipos: o orgânico (resíduo úmi-
do/compostável) e o inorgânico (resíduo seco/reciclável).
A coleta seletiva pressupõe que os materiais sejam separados nos lu-
gares onde o lixo é gerado - residências, escritórios, escolas, associações, in-
dústrias e igrejas -, devendo preferencialmente, ser enfardados e transporta-
dos aos destinatários para comercialização.
RESÍDUOS ORGÂNICOS - ÚMIDO - compreendem restos de alimen-
tos, cascas e caroços de frutas, ramos e folhas de poda de árvores e resídu-
os de jardinagem, basicamente.
RESÍDUOS INORGÂNICOS - SECO - são aqueles que podem ser en-
caminhados a reuso ou reciclagem para retorno ao processo produtivo.
RESÍDUOS NÃO-RECICLÁVEIS - REJEITOS - não devem ser mistu-
rados ao material da coleta seletiva e devem ser encaminhados ao
aterro sanitário.
Um programa de coleta seletiva deve contemplar a participação
dos catadores, comunidade e da administração pública, esta incenti-
vando a formação de associações, dotando-as de uma infra-estrutu-
ra, mínima que seja.
Mesmo com a segregação na fonte, a existência de um centro de tria-
gem, onde os recicláveis são separados por tipo, é de grande importância
para o abastecimento do mercado de materiais recicláveis e como suporte
para a indústria recicladora.
7 . C O L E T A S E L E T I V A
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Os Resíduos provenientes das unidades de prestação de Serviços de Saú-
de - RSS são aqueles gerados em qualquer unidade que execute atividades de
natureza médico-assistencial humana ou animal; os originados em centros de
pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde;
medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, os provenientes de
necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal e os procedentes de barreiras
sanitárias, dentre outros classificados.
O Sistema de Tratamento de RSS é o “conjunto de unidades, processos e
procedimentos que alteram as características físicas, físico-químicas, químicas ou
biológicas dos resíduos, podendo promover a sua descaracterização, visando à
minimização do risco à saúde pública, à preservação da qualidade do meio ambi-
ente, à segurança e à saúde do trabalhador”.
Os municípios mineiros que possuem aterro sanitário licenciado pelo COPAM,
podem fazer a codisposição dos resíduos de serviços de saúde classificados como
Grupo A (com risco biológico, pós tratamento), Grupo B (no estado sólido e sem peri-
culosidade) e Grupo D (comuns), de acordo com a Resolução CONAMA N.º 358, de
29-4-2005, juntamente com os resíduos comuns, desde que atendam ao disposto na
referida Resolução. Outra opção é encaminhar esses resíduos a um local devidamen-
te licenciado para seu tratamento específico (ex: tratamento térmico por incineração).
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS é um
documento baseado nos princípios da não-geração e na minimização de resíduos, que
aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos serviços mencio-
nados no art. 1º desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração, se-
gregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, trata-
mento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Cabe aos órgãos ambientais competentes dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, a fixação de critérios para determinar quais serviços serão ob-
jeto de licenciamento ambiental.
A FEAM, atendendo às exigências da Resolução CONAMA N.º 358, de 29-4-2005,
elaborou a Deliberação Normativa COPAM 97/2006 para Resíduos de Unidades de Servi-
ço de Saúde, que estabelece diretrizes para adequação das unidades geradoras de resídu-
os de serviços de saúde no Estado de Minas Gerais em função dos empreendimentos de
aterramento em licenciamento e dos prazos estabelecidos pela Resolução CONAMA.
8. RESÍDUOS SÓLIDOS DAS UNIDADES
PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Berma - parte superior das plataformas de lixo que fica exposta, tendo
como objetivo aumentar a estabilidade do aterro e facilitar sua manutenção e
monitoramento.
Chorume - líquido de cor escura, odor desagradável e muito poluente, resul-
tante da decomposição de substâncias contidas nos resíduos sólidos.
Erosões - desgastes sofridos pelo solo devido a ações externas (vento,
águas, etc.).
Jazida de Empréstimo - local onde se coleta o material utilizado no recobri-
mento diário, na cobertura final e na impermeabilização da base do aterro.
Jusante - local abaixo de um determinado ponto, num corpo d’água.
Maciço - área de disposição dos resíduos já aterrados.
Monitoramento do aterro sanitário - acompanhamento da evolução do aterro sa-
nitário para avaliação de sua operação e sua influência sobre o meio ambiente.
Montante - local acima de um determinado ponto, num corpo d’água.
Percolado - líquido que passou por um meio poroso. No caso de aterros de
lixo, as águas de infiltração, ao percolarem no meio, carreiam consigo os pro-
dutos da decomposição orgânica ou disponíveis, podendo vir a contaminar as
águas subterrâneas de menor profundidade, que são, geralmente, explotadas
com uso de poços rasos por populações pobres que vivem na periferia dos
grandes centros urbanos.
Piezômetro - instrumento para medição do nível de líquido e pressão de ga-
ses no interior do maciço de lixo.
Platôs - partes planas superiores da última camada da plataforma.
Recalques - adensamentos da plataforma do maciço.
Sopé do talude - base da rampa.
Taludes - superfícies inclinadas formadas em aterros ou cortes.
Vazão - volume de líquido escoado numa unidade de tempo.
Vetores - animais transmissores de doenças (ratos, baratas, moscas, etc.).
9 . G L O S S Á R I O
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O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O34
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR.- 10.004.
Resíduos sólidos: classificação. Rio de Janeiro, 1987.
______. NBR 10005: lixiviação de resíduos. Rio de Janeiro, 1987.
______. NBR 10006: solubilização de resíduos. Rio de Janeiro, 1987.
______. NBR 10007: amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004.
______. NBR 10157: aterros de resíduos perigosos - critérios para projeto,
contribuição e operação - procedimentos. Rio de Janeiro, 1987.
______. NBR 13895: construção de poços de monitoramento e amostragem -
procedimento. Rio de Janeiro, 1997.
______. NBR 13896: Aterros de resíduos não-perigosos - Critérios para proje-
to, implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997.
______. NBR 8419: apresentação de projetos de aterros sanitários de resídu-
os sólidos urbanos: procedimento. Rio de Janeiro, 1992.
BENVENUTO, Clóvis. Fundamentos, conhecimentos e pressupostos para manejo
e projeto de aterros de resíduos. São Paulo - SP, 2004 (Apostila do Curso de Es-
pecialização ministrado na Fundação Estadual do Meio Ambiente - julho de 2004).
CARVALHO, André, Luciano de. Efeitos da recirculação do percolado sobre a
qualidade do efluente de lixo doméstico de diferentes idades. 2005, 115 p.
Dissertação (Doutorado em Recursos Hídricos e Ambientais) - Departamento
de Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2005.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS - IPT; COMPROMISSO EM-
PRESARIAL PARA RECICLAGEM - CEMPRE. Lixo Municipal. Manual de Ge-
renciamento Integrado. 2ª edição. 370 p. São Paulo. 2000.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Manual de Saneamen-
to e Proteção Ambiental para os Municípios. Volumes II e V. Belo Horizonte -
MG: Feam, 2002.
SCHALCH, Valdir et al. Gestão e Tecnologias de Tratamento e Disposição de
Resíduos Sólidos. São Carlos - SP: DHS-EESC/USP, 2002 (Apostila do Curso
Aterros Sanitários: Projeto, Construção, Operação e Gerenciamento, In: Se-
mana ABES de Meio Ambiente em Belém.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Orientações básicas aterro sanitário

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  • 1. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE ORIENTAÇÕES BÁSICAS P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Fundação Estadual do Meio Ambiente Diretoria de Licenciamento de Infra-Estrutura Divisão de Saneamento
  • 2. ORIENTAÇÕES BÁSICAS P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O Belo Horizonte, 2006 Vera Christina Vaz Lanza André Luciano de Carvalho
  • 3. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE Publicado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente/Projeto Estruturador Revitalização e Desenvolvimento Sustentável na Bacia do Rio São Francisco Governador do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável José Carlos Carvalho Presidente da FEAM Ilmar Bastos Santos Chefe de Gabinete Vera Sant’Ana Schaper Diretor de Licenciamento de Infra-Estrutura José Flávio Mayrink Pereira Gerente da Divisão de Saneamento Denise Marília Bruschi Equipe Técnica Denise Marília Bruschi - Engª civil Vera Christina Vaz Lanza - Engª civil André Luciano de Carvalho - Engº civil/Geotécnico Fernanda Márcia Machado - Engª civil Breno Machado Gomes de Oliveira - Eng. civil Riordan Vargas Alvim - Eng. civil Colaboração Equipe Técnica da Divisão de Saneamento - DISAN Ilustração Valf Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM Avenida Prudente de Morais, 1671 - Santa Lúcia - 30.380-000 - Belo Horizonte - MG Tel.: (0xx31) 3298.6200 - feam@feam.br / www.feam.br Ficha Catalográfica 1. Introdução............................................................................................................07 2. Definições............................................................................................................08 2.1. Lixão ou vazadouro ...................................................................................08 2.2. Aterro controlado.......................................................................................08 2.3. Aterro sanitário ..........................................................................................09 2.4. Usina de triagem e compostagem de lixo ................................................11 3. Estruturas componenetes do aterro sanitário.....................................................12 3.1. Infra-Estrutura básica do aterro sanitário..................................................12 3.1.1. Guarita/Portaria ........................................................................................12 3.1.2. Balança.....................................................................................................12 3.1.3. Isolamento................................................................................................13 3.1.4. Sinalização ...............................................................................................13 3.1.5. Cinturão verde..........................................................................................13 3.1.6. Acessos....................................................................................................13 3.1.7. Iluminação e força....................................................................................14 3.1.8. Comunicação ...........................................................................................14 3.1.9. Abastecimento de água ...........................................................................14 3.1.10. Instalação de apoio operacional............................................................14 3.1.11. Área de disposição de resíduos.............................................................14 3.1.12. Sistema de tratamento de chorume ......................................................14 3.1.13. Instrumentos de monitoramento............................................................15 3.2. Rotina operacional do aterro sanitário ........................................................15 3.2.1. Recebimento dos resíduos ......................................................................15 SUMÁRIO Fundação Estadual do Meio Ambiente . F981o Orientações básicas para a operação de aterro sanitário / Fundação Estadual do Meio Ambiente. —- Belo Horizonte: FEAM, 2006. 36p.: il. 1. Aterro sanitário - operação. 2. Destinação de resíduo sólido. 3. Resíduo sólido urbano. I. Título. CDU: 628.472.3
  • 4. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O6 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 7 O presente trabalho é um complemento didático do seminário OPERA- ÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS LICENCENCIADOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS, promovido pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM, vi- sando a melhorias das rotinas operacionais dos empreendimentos licencia- dos pelo Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais - COPAM. O aterro sanitário é uma das técnicas mais seguras e de menor custo para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos. Fundamentado em cri- térios de engenharia e normas técnicas específicas, permite confinar tais re- síduos de uma forma mais segura, controlar a poluição ambiental e proteger a saúde pública. No entanto, a falta de critérios técnicos durante a implantação e opera- ção de um aterro sanitário pode conferir-lhe características indesejáveis, tra- zendo sérios riscos à saúde da população e ao meio ambiente. 1 . I N T R O D U Ç Ã O 3.2.2. Tipos de resíduos que podem ser recebidos no aterro sanitário............16 3.2.3. Impermeabilização da base .....................................................................16 3.2.4. Drenagem interna.....................................................................................17 3.2.5. Disposição dos resíduos..........................................................................18 3.2.6. Descarga dos resíduos.............................................................................18 3.2.7. Espalhamento e compactação dos resíduos...........................................18 3.2.8. Recobrimento dos resíduos .....................................................................19 3.2.9. Sistema de drenagem superficial.............................................................20 3.2.10. Sistema de caracterização e tratamento de percolado.........................21 3.3. Equipamentos, mão-de-obra e insumos necessários ................................24 3.4. Monitoramento do aterro sanitário..............................................................26 4. Manutenção da unidade do aterro sanitário .......................................................28 5. Destinação final de resíduos específicos............................................................30 6. Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos ...................30 7. Coleta Seletiva.....................................................................................................31 8. Resíduos Sólidos das Unidades Prestadoras de Serviços de Saúde ................32 9. Glossário..............................................................................................................33 10. Referências bibliográficas ...................................................................................34
  • 5. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O8 O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 9 2.1. LIXÃO OU VAZADOURO É uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, ca- racterizada pela sua descarga sobre o solo, sem critérios técnicos e medidas de proteção ambiental ou à saúde pública. É o mesmo que descarga a “céu aberto”. Os resíduos assim lançados acarretam problemas à saúde pública, como a proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ra- tos, entre outros), geração de odores desagradáveis e, principalmente, polui- ção do solo e das águas superficiais e subterrâneas pelo chorume - líquido de coloração escura, mal cheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido pela decomposição da matéria orgânica contida nos resíduos. 2 . D E F I N I Ç Õ E S rança, minimizando os impactos ambientais. Esse método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE Lixão ou vazadouro 2.2. ATERRO CONTROLADO Segundo a NBR 8849/1985 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o aterro controlado é uma técnica de disposição de resíduos sóli- dos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segu- Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição locali- zada, não havendo impermeabilização de base (comprometendo a qualidade do solo e das águas subterrâneas), nem sistema de tratamento de percolado (chorume mais água de infiltração) ou de extração e queima controlada dos gases gerados. O aterro controlado é preferível ao lixão, mas apresenta qualidade bas- tante inferior ao aterro sanitário. 2.3. ATERRO SANITÁRIO Conforme a NBR 8419/1992 da ABNT o aterro sanitário também é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente, minimizando os impactos ambientais. Tal método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos me- nores, se necessário. Aterro controlado
  • 6. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 11 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O10 Este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos os elementos de proteção ambiental: • sistema de impermeabilização de base e laterais; • sistema de recobrimento diário e cobertura final; • sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; • sistema de coleta e tratamentos dos gases; • sistema de drenagem superficial; • sistema de tratamento de líquidos percolados; • sistema de monitoramento. Além dessas exigências técnicas estruturais e construtivas, há que se avaliar também as probabilidades de impacto local e sobre a área de influên- cia do empreendimento e se buscar medidas para mitigá-los. Embora consistindo numa técnica simples, os aterros sanitários exigem cuidados especiais, e procedimentos específicos devem ser seguidos desde a escolha da área até a sua operação e monitoramento. De acordo com a NBR 13896/1997 da ABNT, recomenda-se a constru- ção de aterros com vida útil mínima de 10 anos. O seu monitoramento deve prolongar-se, no mínimo, por mais 10 anos após o seu encerramento. 2.4. USINAS DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE LIXO As usinas de triagem e compostagem de lixo são utilizadas para a se- paração manual dos diversos componentes do lixo, que são divididos em gru- pos, de acordo com a sua natureza: matéria orgânica, materiais recicláveis, rejeitos e resíduos especiais. Nessas unidades é feita a separação dos materiais potencialmente re- cicláveis, da matéria a ser compostada e dos rejeitos. Os materiais reciclá- veis, depois de separados, são prensados, enfardados e armazenados para posterior comercialização. A matéria orgânica é encaminhada ao pátio de compostagem, onde é submetida a um processo de decomposição aeróbica pela ação de organis- mos biológicos, em condições físicas e químicas adequadas. O produto final da compostagem é o composto orgânico, um material rico em húmus e nutri- entes minerais que pode ser utilizado em paisagismos, na recuperação de áreas degradadas, entre outros. Uma usina de triagem e compostagem de lixo é constituída basicamen- te de unidades de apoio; unidade de recepção dos resíduos; unidade de tria- gem; pátio de compostagem; baias ou galpões para armazenamento de reci- cláveis e do composto curado, além da área de aterramento dos rejeitos. O que não pode ser aproveitado é aterrado em valas de rejeitos. Aterro sanitário Pátio de compostagem
  • 7. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 13 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O12 3.1. INFRA-ESTRUTURA BÁSICA DO ATERRO SANITÁRIO Relação dos principais itens de infra-estrutura componentes: 3.1.1. GUARITA/PORTARIA: local onde são realizados os trabalhos de recepção, inspeção e controle dos caminhões e veículos que chegam à área do aterro sanitário. 3.1.3. ISOLAMENTO: fechamento com cerca e portão, que circunda completamente a área em operação, construída de forma a impe- dir o acesso de pessoas estranhas e animais. 3.1.4. SINALIZAÇÃO: placas indicativas das unidades e advertência nos locais de risco. 3.1.5. CINTURÃO VERDE: cerca viva com espécies arbóreas no perímetro da instalação. 3. ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO Guarita 3.1.2. BALANÇA: local onde é realizada a pesagem dos veículos cole- tores para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no aterro sanitário. Balança Portão de entrada e cerca de isolamento 3.1.6. ACESSOS: vias externas e internas, construídas e mantidas de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas. Cinturão verde Via de acesso
  • 8. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 15 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O14 3.1.7. ILUMINAÇÃO E FORÇA: ligação à rede de energia para uso dos equipamentos e ações de emergência no período noturno, caso necessário. 3.1.8. COMUNICAÇÃO: ligação à rede de telefonia fixa, celular ou rá- dio para comunicação interna e externa, principalmente em ações de emer- gência. 3.1.9. ABASTECIMENTO DE ÁGUA: ligação à rede pública de abaste- cimento de água tratada ou outra forma de abastecimento, para uso nas ins- talações de apoio e para umedecimento das vias de acesso. 3.1.10. INSTALAÇÕES DE APOIO OPERACIONAL: prédio administrati- vo contendo, no mínimo, escritório, refeitório, copa, instalações sanitárias e vestiários. 3.1.13. INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO: equipamentos para o acompanhamento e controle ambiental do empreendimento, como poços de monitoramento de águas subterrâneas, medidores de vazão, piezômetros e medidores de recalque horizontais e verticais. 3.2. ROTINA OPERACIONAL DO ATERRO SANITÁRIO Os procedimentos de operação do aterro sanitário, embora simples, devem ser sistematizados para que sua eficiência seja maximizada, assegurando seu fun- cionamento como destinação final sanitária e ambientalmente adequada dos resí- duos sólidos urbanos gerados no município, ao longo de toda a sua vida útil. Tais procedimentos devem ser registrados em relatórios diários, relató- rios mensais de consolidação de dados, formulários e planilhas apropriadas, além de plantas de reconstituição das obras efetivamente executadas (“as bu- ilt”). Esses elementos devem ser adequadamente numerados, catalogados e arquivados, de modo a propiciar a avaliação periódica do empreendimento, assim como o desenvolvimento de estudos e pesquisas referentes ao desem- penho das instalações que o compõem. 3.2.1.RECEBIMENTO DOS RESÍDUOS A recepção dos resíduos deve ser realizada na portaria/guarita do ater- ro sanitário. Consiste na operação de inspeção preliminar, durante a qual os veículos coletores, previamente cadastrados e identificados, são vistoriados e pesados por fiscal/balanceiro, treinado e instruído para o desempenho ade- quado dessa atividade. Esse profissional deve verificar e registrar a origem, a natureza e a classe dos resíduos que chegam ao empreendimento; orientar os motoristas quanto à unidade na qual os resíduos devem ser descarregados e impedir que se lancem resíduos incompatíveis com as características do em- preendimento ou provenientes de fontes não autorizadas. Na balança rodoviária será realizada a pesagem dos veículos coletores para se ter controle dos volumes diários e mensais dispostos no local. No caso dos aterros sanitários que não possuam balança rodoviária, deve ser identifi- cada alternativa para a pesagem dos caminhões em outro local, de forma a possibilitar o controle dos quantitativos dos resíduos recebidos no aterro. 3.1.11. ÁREA DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS: local destinado ao ater- ramento dos resíduos, previamente preparado, em conformidade com as nor- mas técnicas e ambientais vigentes, com adoção de sistemas de impermea- bilização de base e das laterais e de drenagens de chorume, de águas pluvi- ais e de gases. 3.1.12. SISTEMA DE TRATAMENTO DE CHORUME: sistema para tra- tamento dos líquidos percolados do aterro, visando ao atendimento dos pa- drões de lançamento de efluentes em cursos d’água. Instalações de apoio operacional
  • 9. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 17 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O16 3.2.2. TIPOS DE RESÍDUOS QUE PODEM SER RECEBIDOS NO ATERRO SANITÁRIO Poderão ser dispostos no aterro sanitário os resíduos sólidos de Clas- se II - Não-Inertes - segundo as definições apresentadas na NBR 10.004/1987 da ABNT. Sob nenhuma hipótese deverão ser recebidos resíduos sólidos de Classe I, classificados como perigosos. Observada a condição acima definida, poderão ser recebidos, dentre outros: resíduos sólidos urbanos de origem domiciliar e comercial; resíduos dos serviços de capina, varrição, poda e raspagem; resíduos de gradeamen- to, desarenação e lodos desidratados das Estações de Tratamento de Esgo- to; resíduos desidratados de veículos limpa-fossas; resíduos desidratados de Estações de Tratamento de Água e resíduos sólidos provenientes de indústri- as, comércios ou outras origens que tenham sua classificação como Classe II comprovada por laudo técnico de análises laboratoriais, conforme normas es- pecíficas da ABNT. 3.2.3. IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE A camada de impermeabilização da base deve garantir a segura sepa- ração da disposição de resíduos do subsolo, impedindo a contaminação do lençol freático e do meio natural através de infiltrações de percolados e/ou substâncias tóxicas. Para desempenhar essa função de maneira eficiente, a camada de im- permeabilização de materiais deve compor-se de solo argiloso de baixa per- meabilidade ou geomembrana sintética com espessuras adequadas. Na aplicação da camada de impermeabilização de base com o empre- go de solo argiloso, o fator que determinará o desempenho do sistema é a compactação realizada em campo. Durante os trabalhos, é fundamental um rigoroso controle de compactação em cada espessura de solo espalhado para verificar se o tratamento da base está de acordo com as especificações definidas no projeto técnico. 3.2.4. DRENAGEM INTERNA O bom funcionamento do sistema de drenagem interna de percolados e de gases é fundamental para a estabilidade do aterro sanitário. A drenagem de percolados deve estar inserida entre os resíduos, podendo ser interligada ao sistema de drenagem de gases. As redes e as caixas de passagens que conduzem os percolados ao sistema de tratamento devem estar sempre desobstruídas e rigorosamente monitoradas. Os gases devem ser queimados imediatamente após o início de sua produção, de forma a evitar que a sua dispersão pelo aterro contamine a at- mosfera e cause danos à saúde. Impermeabilização de base e laterais Sistema de drenagem de percolado Sistema de drenagem de gases
  • 10. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 19O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O18 3.2.5. DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS A área de disposição dos resíduos deve ser previamente delimitada por uma equipe técnica de topografia. No início de cada dia de trabalho, deverão ser de- marcados - com estacas facilmente visualizadas pelo tratorista - os limites laterais, a altura projetada e o avanço previsto da frente de operação ao longo do dia. A demarcação da frente de operação diária permite uma melhor mani- pulação do lixo, tornando o processo mais prático e eficiente. Nos períodos de chuvas intensas ou quando, por qualquer motivo, a frente de operação estiver impedida de ser operada ou acessada, recomen- da-se manter uma área para descarga emergencial, previamente preparada, de acordo com o projeto do aterro sanitário. Em locais onde existe a possibilidade de carreamento de materiais pelo vento, recomenda-se a utilização de telas de proteção na frente de operação. 3.2.6. DESCARGA DOS RESÍDUOS O caminhão deve depositar o lixo em “pilhas” imediatamente a jusante da frente de operação demarcada, conforme definido pelo fiscal. O desmonte dessas pilhas de resíduos deverá ser feito com o auxílio da lâmina do trator de esteira que, em seguida, procederá a seu espalhamento e compactação. 3.2.7. ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS Na frente de operação, os resíduos devem ser espalhados e compactados por um equipamento apropriado (preferencial- mente um trator de esteira com peso ope- racional mínimo de 15 toneladas) em ram- pas com inclinação aproximada de 1 na vertical para 3 na horizontal (1:3). O equi- pamento de compactação deve estar per- manentemente à disposição na frente de operação do aterro sanitário. A operação de compactação deve ser realizada com movimentos repetidos do equipamento de baixo para cima, procedendo-se, no míni- mo, a 6 passadas sucessivas em camadas sobrepostas, até que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado, ou seja, até que se verifique por controle visual que o incremento do núme- ro de passadas não ocasiona nenhuma redução significativa do seu vo- lume aparente. Periodicamente, deve ser feito um teste de densidade, de forma a veri- ficar o controle da compactação. 3.2.8. RECOBRIMENTO DOS RESÍDUOS Ao fim de cada jornada de trabalho, os resíduos compactados devem receber uma camada de terra, espalhada em movimentos de baixo para cima. No dia seguinte, antes do início da disposição dos resíduos, faz-se uma raspagem da camada de solo da face inclinada da frente de operação, para dar continuidade à formação do maciço de resíduos. O solo raspado deve ser armazenado para aproveitamento nas camadas operacionais posteriores, ten- do em vista possíveis dificuldades na obtenção de quantidades suficientes e adequadas de solo para recobrimento. O solo de cobertura pode provir de área de empréstimo ou do material excedente das operações de cortes/escavações executadas na implantação das plataformas. COBERTURA DIÁRIA: deve ser feita com uma camada de terra ou material inerte com espessura de 15 a 20cm, com o objetivo de impedir o arraste de materiais pela ação do vento e evitar a disseminação de odores desagradáveis e a proliferação de vetores como moscas, ratos, baratas e aves. COBERTURA FINAL: uma vez esgotada a capacidade da plataforma do aterro, procede-se à sua cobertura final com uma camada de argila com- pactada com cerca de 60cm de espessura (ou de acordo com a espessura definida no projeto técnico) sobre as superfícies que ficarão expostas perma- nentemente - bermas, taludes e platôs definitivos. Após recobrimento, deve- se, proceder ao plantio de gramíneas nos taludes definitivos e platôs, de for- ma a protegê-los contra a erosão. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE Compactação dos resíduos
  • 11. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 21 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O20 3.2.9. SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL A drenagem ineficiente das águas de chuva pode provocar maior infil- tração no maciço do aterro, aumentando o volume de chorume gerado e con- tribuindo para a instabilidade do maciço. Além dos dispositivos de drenagens pluviais definitivos ins- talados nas plataformas - bermas, taludes e vias de acesso -, devem ser escavadas canaletas de dre- nagem provisórias no terreno a montante das frentes de opera- ção, de forma a minimizar a infil- tração das águas de chuva na massa de lixo aterrado. Os dispositivos de drena- gem pluvial, previstos no projeto do aterro sanitário, como canale- tas, caixas de passagem e desci- das d’água devem ser mantidos desobstruídos para impedir a en- trada de água no maciço do aterro. O período que exigirá maior freqüência de inspeção no sistema de dre- nagem pluvial coincidirá com as épocas de intensa pluviosidade. As águas de chuva devem ser drenadas diretamente para os cursos d’água ou bacias de infiltração localizadas dentro da área do aterro, desde que não sofram qualquer contaminação no seu percurso. 3.2.10. SISTEMA DE CARACTERIZAÇÃO E TRATAMENTO DE PERCOLADO A vazão e as características físicas, químicas e biológicas do percola- do (chorume mais água de infiltração) estão intrinsecamente relacionadas e dependem, basicamente, das condições climatológicas e hidrogeológicas da região de um aterro sanitário, bem como das características dos resíduos só- lidos urbanos e das condições de operação do aterro. Recobrimento do lixo com terra Descida d’água Esquema de um fluxo de água em um aterro sanitário
  • 12. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 23 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O22 O projeto de aterro sanitário deve, necessariamente, contemplar a ins- talação de rede de drenagem para o percolado e para os gases gerados nas células. O percolado coletado deve ser tratado para que possa ser lançado em corpo receptor, e os gases devem ser queimados ou aproveitados como fonte de energia, para minimizar a contaminação atmosférica. O sistema de tratamento de líquido percolado proveniente do aterro deve atender aos padrões de lançamento de efluentes em cursos d’água e de sua capacidade de autodepuração. Na operação do sistema de tratamento é preciso efetuar de modo sis- temático a medição da vazão de percolado e determinar a sua composição antes e depois do tratamento. A previsão da quantidade de percolado produzida é fator crítico no pro- jeto de um aterro sanitário. De maneira geral, a lâmina de percolado que al- cança a base do aterro (Lv) é função de um balanço hídrico calculado a par- tir da expressão: Lv = P - R - AS - EV em que: P - lâmina de precipitação mensal; R - lâmina de água de chuva que escoa superficialmente; AS - lâmina de água de chuva absorvida pelos resíduos; EV - lâmina de água de chuva perdida por evaporação. O tratamento do percolado representa, ainda, um grande desafio na elaboração dos projetos de aterros sanitários, uma vez que suas característi- cas são alteradas em função da quantidade de água incorporada ao choru- me, das características dos resíduos dispostos no aterro e, principalmente, da idade do aterro. Devido à grande quantidade de constituintes do chorume e às variações quantitativas sazonais e cronológicas (pelo aumento da área exposta), não se deve considerar uma solução única para esse tratamento. De um modo geral, quando há opção pelo tratamento do chorume “in situ”, utilizam-se com muita freqüência as lagoas de estabilização - lagoa anaeróbia seguida de facultativa. Essas últimas são grandes reservatórios de pequena profundidade, de- limitados por diques de terra, construídos de forma simples, nos quais o ma- terial orgânico presente no percolado é estabilizado por processos biológicos, portanto naturais, envolvendo principalmente algas e bactérias. Além de apre- sentarem custo muito baixo e uma tecnologia simples, oferecem boa eficiên- cia no tratamento desse percolado. As lagoas anaeróbias operam com altas cargas orgânicas, atuam como uma unidade primária em um sistema de lagoas e baseiam-se na digestão anaeróbia para degradar a matéria orgânica. Já nas lagoas facultativas ocor- rem os processos anaeróbios e aeróbios. As lagoas facultativas operam com cargas orgânicas mais baixas que as utilizadas em lagoas anaeróbias, permi- tindo que algas se desenvolvam nas camadas mais superficiais, realizando atividade fotossintética. As lagoas de maturação possibilitam um polimento no efluente de qual- quer dos sistemas de lagoas de estabilização. São predominantemente aeró- bias, e sua principal função é destruir os organismos patogênicos. Após o tratamento no sistema convencional, o efluente tratado deverá ser encaminhado para uma lagoa de acumulação situada a jusante da lagoa facultativa. Após determinado período, o efluente poderá ser lançado em cur- so d’água, dando início a um processo natural, conhecido como autodepura- ção. A autodepuração é a capacidade apresentada por um corpo d’água de, após receber uma carga poluidora, recuperar por processos naturais de cará- ter físico, químico e biológico, as suas qualidades ecológicas e sanitárias. Os efluentes gerados no aterro sanitário podem, também, ser encami- nhados para uma Estação de Tratamento de Esgotos - ETE, devidamente li- cenciada, conforme acordo firmado entre os empreendedores do aterro e da Sistema convencional de tratamento
  • 13. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 25 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O24 ETE. Desse modo, o percolado do aterro será encaminhado para um tanque de armazenamento localizado a jusante do maciço de resíduos, sendo bom- beado para caminhões-tanque com sistema de sucção e, em seguida, trans- portados para a ETE. 3.3. EQUIPAMENTOS, MÃO-DE-OBRA E INSUMOS NECESSÁRIOS Para operação de um aterro sanitário são necessários os seguintes equipamentos e insumos: • trator de esteira, com peso operacional de, no mínimo, 15 toneladas, para espalhamento e compactação dos resíduos e das camadas de capeamento; • retro/pá carregadeira para construção dos sistemas de drenagem; • motoniveladora e rolo compactador vibratório, para compactação da base impermeabilizante e da camada de capeamento final do aterro, bem como para conservação das vias internas; • caminhão-basculante para o transporte de terra; • caminhão-pipa para umedecimento periódico das vias de acesso em épocas de estiagem; • solo em disponibilidade para o recobrimento das células diárias de re- síduos compactados, a ser progressivamente escavado durante a abertura da plataforma de base do aterro ou proveniente de jazidas de empréstimo; • solo argiloso para a impermeabilização das plataformas de base e para o capeamento final do aterro sanitário, selecionado e adequada- mente estocado durante as operações prévias de corte ou provenien- te de jazidas de empréstimo previamente definidas; • “terra vegetal”, proveniente da operação de raspagem preliminar e limpeza das áreas a terraplenar e convenientemente estocada em lo- cais adequados do empreendimento, como substrato para plantio de gramíneas na superfície acabada do aterro; • gramíneas em sementes, mudas ou placas, para proteção da super- fície acabada do aterro; • estacas e piquetes de madeira, para demarcação dos serviços de ter- raplenagem. Quanto à mão-de-obra, deve haver: • engenheiro de campo, em regime de tempo parcial; • encarregado-geral, incumbido do controle da operação do aterro sa- nitário, em tempo integral; • ajudantes de operação, para auxílio aos operadores de máquinas e para o controle e encaminhamento dos caminhões coletores de lixo à frente de serviço; • operadores de tratores de esteira; • operador de máquinas de terraplenagem; • motorista de caminhão-basculante; • motorista de caminhão-pipa; • topógrafo e auxiliares de topografia, para demarcação e monitora- mento periódico da frente de serviço; • auxiliares de serviços gerais, para plantio de grama, urbanização e manutenção da limpeza do empreendimento; • vigias. Para o bom funcionamento do aterro sanitário é imprescindível a per- manência do encarregado, devidamente treinado e capacitado para o contro- le operacional da unidade; a designação de um técnico de segurança do tra- balho; o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs como máscaras, luvas, botas e uniformes adequados às suas atividades. Esse pro- cedimento é regulamentado pelo Ministério do Trabalho. Deve-se atentar, também, para a vacinação dos funcionários para preven- ção de doenças como tétano, hepatite A e B, difteria e febre amarela dos trabalha- dores expostos a riscos de acidentes na coleta e manuseio de resíduos sólidos.
  • 14. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 27 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O26 Em caso de acidente de trabalho ou doença profissional, é obrigatório emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT; só assim a Prefeitura ou o médico que desenvolve o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupa- cional - PCMSO podem garantir o registro estatístico dos eventos acidentári- os e a preservação dos direitos do trabalhador previstos no art. 22 da Lei 8.213/1991. 3.4. MONITORAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO O monitoramento do aterro sanitário consiste de um sistema de medi- ções de campo e ensaios de laboratório a serem realizados sistematicamen- te durante a fase de operação do aterro, e prolonga-se por mais 10 anos, no mínimo, após o término de sua vida útil. O plano de monitoramento deve contemplar a eficácia das medidas mi- tigadoras e a eficiência sanitária e ambiental do sistema como um todo, pos- sibilitando a verificação de eventuais falhas e/ou deficiências e a implementa- ção de medidas corretivas para evitar o agravamento dos impactos ambien- tais. Para avaliar a eficiência do aterro quanto à sua operação e ao controle ambiental, devem ser previstos, no mínimo: • o controle das águas superficiais da área, por meio da coleta de amostras em pontos a montante e a jusante do local onde é lançado o efluente; • o controle das águas subterrâneas, por meio da coleta de amostras nos poços de monitoramento instalados a montante e a jusante do aterro sanitário; • o monitoramento da qualidade do chorume e do efluente tratado; • a caracterização dos resíduos da massa aterrada; • o monitoramento geotécnico do maciço do aterro; • o controle da saúde do pessoal envolvido na operação do aterro. Para verificação das condições sanitárias e ambientais dos corpos d’água que estão na área de influência de aterros sanitários, o corpo hídrico receptor (córrego, ribeirão, rio ou lago) deverá ser monitorado a montante e a jusante do empreendimento. O monitoramento das águas subterrâneas deverá ser realizado por, pelo menos, um poço localizado a montante e três a jusante do empreendi- mento (NBR 13896/1997), considerando o fluxo das águas subterrâneas. O monitoramento do líquido percolado consiste na sua avaliação qua- litativa e quantitativa, ou seja, na medição da vazão e na análise físico-quími- ca em relação ao processo e ao tempo de disposição. O monitoramento geotécnico consiste na implantação de instrumenta- ção geotécnica para monitoramento dos maciços, com a realização de leitu- ras ou observações de variações das grandezas de interesse, com intervalos de leitura de acordo com cada situação (risco e probabilidade de ruptura). Um sistema de monitoramento geotécnico básico mínimo, visando a garantir a es- tabilidade da massa de resíduos aterrados, consta de piezômetros, marcos superficiais, pluviômetro e medidores de vazão. O piezômetro mede a pressão do líquido, por meio da diferença de co- tas do nível líquido e a posição da célula piezométrica. A pressão de gás é medida com um manômetro tipo padrão, adaptado na parte superior do pie- zômetro, anteriormente às leituras de níveis de líquidos. As movimentações horizon- tais e verticais ocorridas no interior do maciço de resíduos poderão ser avaliadas por meio de marcos superficiais. O pluviômetro serve para medir as precipitações pluviais, a fim de verificar as possíveis corre- lações de vazões de drenos de fundação e de percolados com a precipitação, mantendo um regis- tro diário e local das chuvas. Monitoramento
  • 15. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 29 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O28 Qualquer problema constatado no aterro sanitário deve ser corrigido ra- pidamente, para evitar o seu agravamento. Por esse motivo, um serviço de manutenção eficaz é imprescindível. Como atividades rotineiras, é recomendado: • manter na área do aterro o manual de operação e um livro para regis- tro de ocorrências; • manter atualizados, na unidade, os cartões de vacinação dos funcio- nários; • manter meio de comunicação para contato com o responsável técni- co e para utilização em ações de emergência; • manter um estojo de primeiros socorros, repor periodicamente os ma- teriais utilizados e substituir os vencidos; • fazer uso rigoroso dos EPIs como máscaras, luvas, botas e uniformes, de modo a minimizar a possibilidade de contaminação e garantir a boa qualidade de trabalho; • higienizar diariamente as instalações de apoio operacional; • limpar a unidade, removendo os materiais espalhados pelo vento; • efetuar periodicamente a capina da área, para manutenção do paisa- gismo; • realizar inspeções e manutenções periódicas no sistema de recobri- mento final das plataformas, mantendo a cobertura vegetal sobre os taludes encerrados, de forma a protegê-los contra erosões; • manter sempre limpas e desobstruídas as canaletas e os demais dis- positivos de drenagem pluvial; • efetuar inspeções e manutenções periódicas no sistema de drenagem de chorume, removendo materiais depositados nos fundos das cai- xas de passagem; 4 . M A N U T E N Ç Ã O D A U N I D A D E D O AT E R R O S A N I T Á R I O • manter sempre acesa a chama dos queimadores de gás; • limpar e fazer eventuais reparos nos equipamentos e máquinas ao fi- nal de cada dia de trabalho; • limpar e manter em boas condições de tráfego as vias de acesso ex- ternas e internas; • fazer a manutenção da cerca de isolamento e do cinturão verde, evi- tando o acesso de pessoas não autorizadas e animais; • realizar medições, pesagens e acompanhamento diário do programa de monitoramento. O Quadro 1, a seguir, apresenta uma síntese das atividades a serem re- alizadas para o controle e acompanhamento do aterro sanitário. Componente, estrutura ou equipamento do aterro sanitário Freqüência de inspeção Higienização das edificações Diária Limpeza da unidade, com remoção dos materiais espalhados pelo vento Diária Capina da área, para manutenção do paisagismo Mensal Manutenção dos portões e cerca de isolamento Mensal Manutenção do cinturão verde Mensal Limpeza e manutenção dos dispositivos de drenagem pluvial Semanal Limpeza e manutenção das estruturas de drenagem de chorume Semanal Manutenção dos dispositivos de queima dos gases Diária Verificação do sistema de cobertura das plataformas Semanal Limpeza e manutenção das vias de acesso Semanal Inspeção e manutenção dos instrumentos de monitoramento Mensal Limpeza e manutenção dos veículos e equipamentos Diária Sistema de fiscalização, controle e inspeção dos resíduos Diária Limpeza e manutenção do sistema de tratamento de chorume Semanal Controle da saúde dos funcionários Semestral QUADRO 1 - ATIVIDADES PARA ACOMPANHAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO NA FASE DE OPERAÇÃO
  • 16. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 31 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O30 Para destinação final de resíduos sólidos específicos são adotadas as medidas preconizadas em suas respectivas Resoluções, a saber: • Resolução CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999 - pilhas e bate- rias; • Resoluções CONAMA Nº 258, de 26 de agosto de 1999 e Nº 301, de 21 de março de 2002 - pneus; • Resoluções CONAMA Nº 307, 5 de julho de 2002 - resíduos da cons- trução civil; • Resolução CONAMA Nº 358, de 29 de abril de 2005 - tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. 5 . D E S T I N A Ç Ã O F I N A L D E R E S Í D U O S E S P E C Í F I C O S O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - PGIRSU é um documento que aponta e descreve as ações relativas ao tratamento a ser dado aos resíduos sólidos urbanos, contemplando a geração, segregação, acondicionamento, coleta (convencional e/ou seletiva), transporte, tratamen- to e disposição final e proteção à saúde pública. Ao se elaborar um PGIRSU, deve-se conceber o modelo de gerenciamen- to apropriado para o município, levando-se em conta que a quantidade e a qua- lidade do resíduo gerada em uma dada localidade decorre do tamanho da po- pulação e de suas características socioeconômicas e culturais, bem como do grau de urbanização e dos hábitos de consumo. A participação das autoridades municipais é peça fundamental no gerenciamento integrado do resíduo, respon- sabilizando pela implementação e articulação das ações definidas no PGIRSU. 6 . P L A N O D E G E R E N C I A M E N T O I N T E G R A D O D E R E S Í D U O S S Ó L I D O S U R B A N O S A Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio/92, preconiza que se deve minimizar o lixo por meio dos 3R: REDUZIR - gerar menos lixo, evitando o desperdício, REUTILIZAR - prolongar a vida dos materiais e RECICLAR -produzir um novo produto a partir do velho, ou seja, retornar os resíduos à cadeia produtiva. O Brasil deverá, brevemen- te, ganhar uma Política Nacional de Resíduos Sólidos, segundo Projeto de Lei - PL elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente. Esse projeto prevê o gerenciamento e a destinação final para resíduos sólidos no Brasil, pri- orizando a política dos 3R. COLETA SELETIVA: é o processo pelo qual os resíduos sólidos são re- colhidos separadamente, a princípio em dois tipos: o orgânico (resíduo úmi- do/compostável) e o inorgânico (resíduo seco/reciclável). A coleta seletiva pressupõe que os materiais sejam separados nos lu- gares onde o lixo é gerado - residências, escritórios, escolas, associações, in- dústrias e igrejas -, devendo preferencialmente, ser enfardados e transporta- dos aos destinatários para comercialização. RESÍDUOS ORGÂNICOS - ÚMIDO - compreendem restos de alimen- tos, cascas e caroços de frutas, ramos e folhas de poda de árvores e resídu- os de jardinagem, basicamente. RESÍDUOS INORGÂNICOS - SECO - são aqueles que podem ser en- caminhados a reuso ou reciclagem para retorno ao processo produtivo. RESÍDUOS NÃO-RECICLÁVEIS - REJEITOS - não devem ser mistu- rados ao material da coleta seletiva e devem ser encaminhados ao aterro sanitário. Um programa de coleta seletiva deve contemplar a participação dos catadores, comunidade e da administração pública, esta incenti- vando a formação de associações, dotando-as de uma infra-estrutu- ra, mínima que seja. Mesmo com a segregação na fonte, a existência de um centro de tria- gem, onde os recicláveis são separados por tipo, é de grande importância para o abastecimento do mercado de materiais recicláveis e como suporte para a indústria recicladora. 7 . C O L E T A S E L E T I V A
  • 17. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 33 feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O32 Os Resíduos provenientes das unidades de prestação de Serviços de Saú- de - RSS são aqueles gerados em qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal; os originados em centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde; medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados, os provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal e os procedentes de barreiras sanitárias, dentre outros classificados. O Sistema de Tratamento de RSS é o “conjunto de unidades, processos e procedimentos que alteram as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover a sua descaracterização, visando à minimização do risco à saúde pública, à preservação da qualidade do meio ambi- ente, à segurança e à saúde do trabalhador”. Os municípios mineiros que possuem aterro sanitário licenciado pelo COPAM, podem fazer a codisposição dos resíduos de serviços de saúde classificados como Grupo A (com risco biológico, pós tratamento), Grupo B (no estado sólido e sem peri- culosidade) e Grupo D (comuns), de acordo com a Resolução CONAMA N.º 358, de 29-4-2005, juntamente com os resíduos comuns, desde que atendam ao disposto na referida Resolução. Outra opção é encaminhar esses resíduos a um local devidamen- te licenciado para seu tratamento específico (ex: tratamento térmico por incineração). O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS é um documento baseado nos princípios da não-geração e na minimização de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos serviços mencio- nados no art. 1º desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração, se- gregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, trata- mento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Cabe aos órgãos ambientais competentes dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a fixação de critérios para determinar quais serviços serão ob- jeto de licenciamento ambiental. A FEAM, atendendo às exigências da Resolução CONAMA N.º 358, de 29-4-2005, elaborou a Deliberação Normativa COPAM 97/2006 para Resíduos de Unidades de Servi- ço de Saúde, que estabelece diretrizes para adequação das unidades geradoras de resídu- os de serviços de saúde no Estado de Minas Gerais em função dos empreendimentos de aterramento em licenciamento e dos prazos estabelecidos pela Resolução CONAMA. 8. RESÍDUOS SÓLIDOS DAS UNIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Berma - parte superior das plataformas de lixo que fica exposta, tendo como objetivo aumentar a estabilidade do aterro e facilitar sua manutenção e monitoramento. Chorume - líquido de cor escura, odor desagradável e muito poluente, resul- tante da decomposição de substâncias contidas nos resíduos sólidos. Erosões - desgastes sofridos pelo solo devido a ações externas (vento, águas, etc.). Jazida de Empréstimo - local onde se coleta o material utilizado no recobri- mento diário, na cobertura final e na impermeabilização da base do aterro. Jusante - local abaixo de um determinado ponto, num corpo d’água. Maciço - área de disposição dos resíduos já aterrados. Monitoramento do aterro sanitário - acompanhamento da evolução do aterro sa- nitário para avaliação de sua operação e sua influência sobre o meio ambiente. Montante - local acima de um determinado ponto, num corpo d’água. Percolado - líquido que passou por um meio poroso. No caso de aterros de lixo, as águas de infiltração, ao percolarem no meio, carreiam consigo os pro- dutos da decomposição orgânica ou disponíveis, podendo vir a contaminar as águas subterrâneas de menor profundidade, que são, geralmente, explotadas com uso de poços rasos por populações pobres que vivem na periferia dos grandes centros urbanos. Piezômetro - instrumento para medição do nível de líquido e pressão de ga- ses no interior do maciço de lixo. Platôs - partes planas superiores da última camada da plataforma. Recalques - adensamentos da plataforma do maciço. Sopé do talude - base da rampa. Taludes - superfícies inclinadas formadas em aterros ou cortes. Vazão - volume de líquido escoado numa unidade de tempo. Vetores - animais transmissores de doenças (ratos, baratas, moscas, etc.). 9 . G L O S S Á R I O
  • 18. feam - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE O R I E N T A Ç Õ E S B Á S I C A S P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O34 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR.- 10.004. Resíduos sólidos: classificação. Rio de Janeiro, 1987. ______. NBR 10005: lixiviação de resíduos. Rio de Janeiro, 1987. ______. NBR 10006: solubilização de resíduos. Rio de Janeiro, 1987. ______. NBR 10007: amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 10157: aterros de resíduos perigosos - critérios para projeto, contribuição e operação - procedimentos. Rio de Janeiro, 1987. ______. NBR 13895: construção de poços de monitoramento e amostragem - procedimento. Rio de Janeiro, 1997. ______. NBR 13896: Aterros de resíduos não-perigosos - Critérios para proje- to, implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997. ______. NBR 8419: apresentação de projetos de aterros sanitários de resídu- os sólidos urbanos: procedimento. Rio de Janeiro, 1992. BENVENUTO, Clóvis. Fundamentos, conhecimentos e pressupostos para manejo e projeto de aterros de resíduos. São Paulo - SP, 2004 (Apostila do Curso de Es- pecialização ministrado na Fundação Estadual do Meio Ambiente - julho de 2004). CARVALHO, André, Luciano de. Efeitos da recirculação do percolado sobre a qualidade do efluente de lixo doméstico de diferentes idades. 2005, 115 p. Dissertação (Doutorado em Recursos Hídricos e Ambientais) - Departamento de Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2005. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS - IPT; COMPROMISSO EM- PRESARIAL PARA RECICLAGEM - CEMPRE. Lixo Municipal. Manual de Ge- renciamento Integrado. 2ª edição. 370 p. São Paulo. 2000. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Manual de Saneamen- to e Proteção Ambiental para os Municípios. Volumes II e V. Belo Horizonte - MG: Feam, 2002. SCHALCH, Valdir et al. Gestão e Tecnologias de Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos. São Carlos - SP: DHS-EESC/USP, 2002 (Apostila do Curso Aterros Sanitários: Projeto, Construção, Operação e Gerenciamento, In: Se- mana ABES de Meio Ambiente em Belém. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS