2. Cristologia
• É o estudo sobre Cristo; é uma parte da teologia cristã
que estuda e define a natureza de Jesus, a doutrina da
pessoa e da obra de Jesus Cristo, com uma particular
atenção à relação com Deus, às origens, ao modo de
vida de Jesus de Nazaré, visto que estas origens e o
papel dentro da doutrina de salvação tem sido objeto de
estudo e discussão desde os primórdios do Cristianismo.
3. De acordo com a História
• A questão da natureza do Cristo foi debatida desde os primeiros séculos do Cristianismo, uma
vez que ainda é discutida em nossos dias.
• Foi a diferença de opinião sobre este ponto, que deu nascimento à maioria das seitas que
dividiram a Igreja há dezoito séculos, e é notável que todos os chefes dessas seitas foram bispos
ou membros do clero com diversos títulos.
• Por conseguinte, eram homens esclarecidos, a maioria escritores de talento, nutridos na ciência
teosófica, que não achavam concludentes as razões evocadas em favor do dogma da divindade
do Cristo; não obstante, então como hoje, as opiniões se formaram sobre abstrações, mais do
que sobre fatos, procurou-se, sobretudo, o que o dogma poderia ter de plausível ou de
irracional, e, geralmente, se negligenciou, de parte a parte, em fazer ressaltar os fatos que
poderiam lançar, sobre a questão, uma luz decisiva.
4. Algumas visões
• Vários grupos negam a absoluta divindade de Cristo. Os
testemunhas de jeová, por exemplo, negam que Jesus
seja Deus com d maiúsculo.
• Segundo eles, ele é um deus, um arcanjo muito elevado,
mas não é igual a Deus Pai. Os teólogos modernos
muitas vezes ensinam que Jesus era um grande homem,
um mestre maravilhoso e um grande profeta , mas não
Deus na verdade.
5. Mas onde encontrar esses fatos se isso não
for nos atos e nas palavras de Jesus?
• Jesus, nada tendo escrito, seus únicos historiadores
foram os apóstolos que, eles não mais, nada escreveram
quando vivos, não existe sobre a sua vida e a sua
doutrina, nenhum outro documento senão os
Evangelhos; portanto, é ali somente que é necessário
procurar a chave do problema..
6. Controvérsias...
• Acerca da natureza corpórea de Jesus, colocando em confronto as ideias de Kardec e as defendidas
por Jean-Baptiste Roustaing, seu contemporâneo, que defendia ter o Cristo um corpo diverso dos
demais, de natureza fluídica (docetismo), ponto este que fora refutado pelo próprio Kardec em um
artigo de 1866;
• Kardec menciona a questão, em A Gênese, reportando que não trataria do assunto naquele
momento: “Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, natureza cujo exame não entra no
quadro desta obra, considerando-o apenas um Espírito superior...”.
• Este exame da natureza do Cristo, de fato, só veio a público após sua morte, na obra que reúne
seus escritos publicados na ’’Revista Espírita’’ e outros inéditos – Obras Póstumas; ali, Kardec é
taxativo: as discussões sobre a natureza corpórea do Cristo foi causa dos principais cismas da Igreja
e refuta, no capítulo “Estudo sobre a natureza do Cristo”, todos os fundamentos da Igreja para o
dogma da divindade de Jesus, razão pela qual a crença na “trindade” não tem qualquer
embasamento, no Espiritismo.
7. O desaparecimento do corpo de
Jesus
• Após sua morte há sido objeto de inúmeros comentários. Atestam-no os quatro evangelistas,
baseados nas narrativas das mulheres que foram ao sepulcro no terceiro dia depois da crucificação
e lá não o encontraram. Viram alguns, nesse desaparecimento, um fato milagroso, atribuindo-o
outros a uma subtração clandestina.
• Segundo outra opinião, Jesus não teria tido um corpo carnal, mas apenas um corpo fluídico; não
teria sido, em toda a sua vida, mais do que uma aparição tangível; numa palavra: uma espécie de
agênere. Seu nascimento, sua morte e todos os atos materiais de sua vida teriam sido apenas
aparentes. Assim foi que, dizem, seu corpo, voltado ao estado fluídico, pode desaparecer do
sepulcro e com esse mesmo corpo é que ele se teria mostrado depois de sua morte.
• É fora de dúvida que semelhante fato não se pode considerar radicalmente impossível, dentro do
que hoje se sabe acerca das propriedades dos fluidos; mas, seria, pelo menos, inteiramente
excepcional e em formal oposição ao caráter dos agêneres. (Cap. XIV, nº 36.) Trata-se, pois, de
saber se tal hipótese é admissível, se os fatos a confirmam ou contradizem.
8. Mas Kardec continua ...
• A estada de Jesus na Terra apresenta dois períodos: o que precedeu e o
que se seguiu à sua morte.
• No primeiro, desde o momento da concepção até o nascimento, tudo
se passa, pelo que respeita à sua mãe, como nas condições ordinárias
da vida. Desde o seu nascimento até a sua morte, tudo, em seus atos,
na sua linguagem e nas diversas circunstâncias da sua vida, revela os
caracteres inequívocos da corporeidade.
• São acidentais os fenômenos de ordem psíquica que nele se produzem
e nada têm de anômalos, pois que se explicam pelas propriedades do
períspirito e se dão, em graus diferentes, noutros indivíduos. Depois de
sua morte, ao contrário, tudo nele revela o ser fluídico. É tão marcada a
diferença entre os dois estados, que não podem ser assimilados.
9. Obras Póstumas
• Depois de dezoito séculos de lutas e de disputas vãs, durante os quais se pôs completamente de
lado a parte mais essencial do ensino do Cristo, a única que poderia assegurar a paz da
Humanidade, se está ainda nessas discussões estéreis que não levaram senão a perturbações,
engendraram a incredulidade, e cujo objeto não satisfaz mais à razão.
• Há, hoje, uma tendência manifesta da opinião geral de retornar às idéias fundamentais da
primitiva Igreja, e à parte moral do ensinamento do Cristo, porque é a única que pode tornar os
homens melhores. Aquela é clara, positiva, e não pode dar lugar a nenhuma controvérsia. Se a
Igreja houvesse seguido este caminho desde o princípio, seria hoje onipotente em lugar de estar
em declínio; teria reunido a imensa maioria dos homens em lugar de estar despedaçada pelas
facções.
• Quando os homens caminharem sob essa bandeira, se estenderão mãos fraternas, em lugar de se
lançarem anátemas e maldições, por questões que, na maioria do tempo, não compreendem. Essa
tendência da opinião é o sinal de que chegou o momento para levar a questão para o seu
verdadeiro terreno.
10. Para o espiritismo....
• Jesus é o modelo de ser humano mais perfeito que Deus
ofereceu, para servir de guia. Neste sentido é que Allan
Kardec afirma que, "para o homem, Jesus constitui o
tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode
aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais
perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a
expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo
ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o
Espírito Divino o animava”.