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Monitoramento e
controle da
broca-do-rizoma-da-bananeira
pelo uso de armadilhas
atrativas de pseudocaule
Figura 1. Adulto de C. sordidus.
Foto:MarileneFancelli
Foto:JoséMaurícioSimõesBento
Broca-do-rizoma
O ataque de pragas é um dos fatores responsáveis pela baixa
produtividade dos bananais brasileiros. Dentre elas, a broca-do-rizoma ou
moleque da bananeira, Cosmopolites sordidus (Coleoptera:
Curculionidae) é a mais prejudicial à cultura, requerendo, da parte dos
produtores, a adoção de medidas que visem à sua redução populacional e
ao seu controle.
Cosmopolites sordidus
O Inseto
O adulto é um besouro de cor preta (Figura 1), que apresenta hábitos
noturnos, sendo encontrado em ambientes úmidos e sombreados. As
larvas (Figura 2) não têm pernas e desenvolvem-se no rizoma fazendo
galerias que debilitam as plantas (Figura 3).
Figura 2. Larva de C. sordidus.
Figura 3. Galerias causadas pelas larvas
de C. sordidus em rizoma de bananeira.
Foto:MarileneFancelli
ARMADILHAS PARA MONITORAMENTO
Figura 4. Armadilha
tipo queijo.
O monitoramento populacional e a aferição dos danos causados são
práticas fundamentais para a correta tomada de decisão em um sistema de
manejo de pragas. O monitoramento da broca-da-rizoma é feito pela
utilização de armadilhas atrativas, feitas de pedaços de pseudocaule de
bananeiras que produziram cachos.
Existem diversos tipos de armadilhas, muitas delas adaptadas para
melhor eficiência em determinados locais. As mais comuns são as do tipo
“queijo” e “telha”.
Armadilha tipo “queijo”
A armadilha ou isca “queijo” é confeccionada rebaixando-se o
pseudocaule de planta colhida a uma altura de 40 a 60 cm do solo, e
efetuando-se um novo corte no sentido longitudinal, a cerca de 15 cm da
base. Esse corte deve ser de preferência parcial, para evitar o
tombamento da parte superior da armadilha (Figura 4).
Foto:MarileneFancelli
Armadilha tipo “telha”
Aarmadilha tipo “telha” é cada metade de um pedaço de pseudocaule, de
aproximadamente 60 cm de comprimento, partido ao meio no sentido
longitudinal (Figura 5). Dessa forma, cada pedaço de pseudocaule
fornece duas armadilhas, as quais devem ser distribuídas com a face
cortada em contato com o solo, na base da planta.
Para monitoramento da praga, recomenda-se distribuir mensalmente 20
armadilhas/ha. O número de insetos capturados em cada armadilha deve
ser contabilizado para possibilitar a obtenção do número médio de
adultos da broca-do-rizoma/ha.
telha
Figura 5. Armadilha
tipo telha.
Foto:AnaLúciaBorges
O nível de controle é de 5 insetos/armadilha, ou seja, quando a média de
adultos na área for igual ou superior a 5, deve-se realizar medida de controle
da praga. Para controle, é recomendado o uso de 50 a 100 armadilhas/ha,
sendo distribuídas durante todo o ano, a depender da infestação do bananal.
As coletas dos insetos devem ser feitas manualmente (Figura 6), no mínimo,
uma vez por semana, e, após destruídos, quando não forem utilizados
produtos químicos ou biológicos para seu controle. A renovação das
armadilhas deve ser feita quinzenalmente. A utilização de iscas “queijo” e
“telha”, ao mesmo tempo e na mesma área, produz efeito mais rápido no
Figura 6. Coleta de adultos da broca-do-rizoma
da bananeira em armadilha tipo “queijo”.
Foto: Juliana Silva Queiroz
Controle
CONTROLE
controle da praga. Do ponto de vista
prático, pode-se adotar a seguinte
recomendação: utiliza-se a base da
planta colhida para confeccionar
“queijos” e emprega-se o resto do
pseudocaule para confecção de “telhas”.
A eficiência da captura é maior com o
aumento da densidade das iscas e da
frequência de coleta, porém, o custo da
operação, associado à disponibilidade
de mão de obra, deve ser considerado.
Todas as armadilhas não tratadas com
produtos químicos ou biológicos devem
ser destruídas após os quinze dias da
confecção das mesmas para evitar a
multiplicação da praga.
Responsáveis
Marilene Fancelli (pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura)
Antonio Lindemberg Martins Mesquita (pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical)
Juliana Silva Queiroz (aluna de mestrado profissional em Defesa Agropecuária da UFRB)
CGPE12527Embrapa Mandioca e Fruticultura
Rua Embrapa - s/n°, Caixa Postal 007, 44380-000, Cruz das Almas, BA
Fone: (75) 3312-8048 Fax: (75) 3312-8097
www.embrapa.br/mandioca-e-fruticultura/
Fevereiro de 2016. Disponibilizado On-line.
Realização
Informações
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  • 1. Monitoramento e controle da broca-do-rizoma-da-bananeira pelo uso de armadilhas atrativas de pseudocaule
  • 2. Figura 1. Adulto de C. sordidus. Foto:MarileneFancelli Foto:JoséMaurícioSimõesBento Broca-do-rizoma O ataque de pragas é um dos fatores responsáveis pela baixa produtividade dos bananais brasileiros. Dentre elas, a broca-do-rizoma ou moleque da bananeira, Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae) é a mais prejudicial à cultura, requerendo, da parte dos produtores, a adoção de medidas que visem à sua redução populacional e ao seu controle. Cosmopolites sordidus O Inseto O adulto é um besouro de cor preta (Figura 1), que apresenta hábitos noturnos, sendo encontrado em ambientes úmidos e sombreados. As larvas (Figura 2) não têm pernas e desenvolvem-se no rizoma fazendo galerias que debilitam as plantas (Figura 3). Figura 2. Larva de C. sordidus. Figura 3. Galerias causadas pelas larvas de C. sordidus em rizoma de bananeira. Foto:MarileneFancelli
  • 3. ARMADILHAS PARA MONITORAMENTO Figura 4. Armadilha tipo queijo. O monitoramento populacional e a aferição dos danos causados são práticas fundamentais para a correta tomada de decisão em um sistema de manejo de pragas. O monitoramento da broca-da-rizoma é feito pela utilização de armadilhas atrativas, feitas de pedaços de pseudocaule de bananeiras que produziram cachos. Existem diversos tipos de armadilhas, muitas delas adaptadas para melhor eficiência em determinados locais. As mais comuns são as do tipo “queijo” e “telha”. Armadilha tipo “queijo” A armadilha ou isca “queijo” é confeccionada rebaixando-se o pseudocaule de planta colhida a uma altura de 40 a 60 cm do solo, e efetuando-se um novo corte no sentido longitudinal, a cerca de 15 cm da base. Esse corte deve ser de preferência parcial, para evitar o tombamento da parte superior da armadilha (Figura 4). Foto:MarileneFancelli
  • 4. Armadilha tipo “telha” Aarmadilha tipo “telha” é cada metade de um pedaço de pseudocaule, de aproximadamente 60 cm de comprimento, partido ao meio no sentido longitudinal (Figura 5). Dessa forma, cada pedaço de pseudocaule fornece duas armadilhas, as quais devem ser distribuídas com a face cortada em contato com o solo, na base da planta. Para monitoramento da praga, recomenda-se distribuir mensalmente 20 armadilhas/ha. O número de insetos capturados em cada armadilha deve ser contabilizado para possibilitar a obtenção do número médio de adultos da broca-do-rizoma/ha. telha Figura 5. Armadilha tipo telha. Foto:AnaLúciaBorges
  • 5. O nível de controle é de 5 insetos/armadilha, ou seja, quando a média de adultos na área for igual ou superior a 5, deve-se realizar medida de controle da praga. Para controle, é recomendado o uso de 50 a 100 armadilhas/ha, sendo distribuídas durante todo o ano, a depender da infestação do bananal. As coletas dos insetos devem ser feitas manualmente (Figura 6), no mínimo, uma vez por semana, e, após destruídos, quando não forem utilizados produtos químicos ou biológicos para seu controle. A renovação das armadilhas deve ser feita quinzenalmente. A utilização de iscas “queijo” e “telha”, ao mesmo tempo e na mesma área, produz efeito mais rápido no Figura 6. Coleta de adultos da broca-do-rizoma da bananeira em armadilha tipo “queijo”. Foto: Juliana Silva Queiroz Controle CONTROLE controle da praga. Do ponto de vista prático, pode-se adotar a seguinte recomendação: utiliza-se a base da planta colhida para confeccionar “queijos” e emprega-se o resto do pseudocaule para confecção de “telhas”. A eficiência da captura é maior com o aumento da densidade das iscas e da frequência de coleta, porém, o custo da operação, associado à disponibilidade de mão de obra, deve ser considerado. Todas as armadilhas não tratadas com produtos químicos ou biológicos devem ser destruídas após os quinze dias da confecção das mesmas para evitar a multiplicação da praga.
  • 6. Responsáveis Marilene Fancelli (pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura) Antonio Lindemberg Martins Mesquita (pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical) Juliana Silva Queiroz (aluna de mestrado profissional em Defesa Agropecuária da UFRB) CGPE12527Embrapa Mandioca e Fruticultura Rua Embrapa - s/n°, Caixa Postal 007, 44380-000, Cruz das Almas, BA Fone: (75) 3312-8048 Fax: (75) 3312-8097 www.embrapa.br/mandioca-e-fruticultura/ Fevereiro de 2016. Disponibilizado On-line. Realização Informações www.embrapa.br www.embrapa.br/fale-conosco/sac