O documento discute a Sociologia da Educação no contexto histórico do surgimento da Sociologia como ciência no século XIX em resposta às Revoluções Industrial e Francesa. Apresenta os principais pensadores da área, incluindo Durkheim, Weber e Marx, e resume suas visões sobre a educação e seu papel na sociedade.
2. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO,
devemos pensar e compreender o
contexto histórico da Sociologia
como ciência. Esta surgiu no
século XIX, como uma resposta
intelectual para os problemas que
a sociedade estava apresentando.
Revolução Industrial: caráter
econômico e social. Revolução
3. Francesa: caráter político (a
burguesia enquanto classe social
toma o poder na França e
expande-se para todo o mundo,
internacionalizando-se). Tais
revoluções deram suporte para a
consolidação do modo de
produção capitalista, que tem
como característica básica a
4. posse privada e particular dos
modos de produção.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: A
Revolução Industrial consistiu em
um conjunto de mudanças
tecnológicas com profundo
impacto no processo produtivo em
nível econômico e social. Iniciada
na Inglaterra em meados do
5. século XVIII, expandiu-se pelo
mundo a partir do século XIX. A
era da agricultura foi superada, a
máquina foi superando o trabalho
humano, uma nova relação entre
capital e trabalho se impôs, novas
relações entre nações se
estabeleceram.
6. REVOLUÇÃO FRANCESA: A
Revolução é considerada como o
acontecimento que deu início à
idade contemporânea. Aboliu a
servidão e os direitos feudais e
proclamou os princípios universais
de “Liberdade, Igualdade e
Fraternidade" (Liberté, Egalité,
Fraternité), frase de autoria de
7. Jean-Jacques
RESULTADO DESTAS DUAS
REVOLUÇÕES
O aparecimento das classes sociais
é fruto do modo de produção
capitalista. Produção Bens Consumo
Competição Invenções Técnicas A
fonte de riquezas não é mais a terra,
e sim a propriedade de fábricas,
8. máquinas, bancos, isto é, a
propriedade dos meios de produção.
Os poucos proprietários dos meios
de produção se constituem na classe
empresarial (BURGUESIA),
enquanto a imensa maioria de
pessoas não proprietárias formam a
classe trabalhadora
(PROLETARIADO) que, para
sobreviver, troca sua capacidade de
trabalho por salário.
9. SOCIOLOGIA COMO
CIÊNCIA
¢ Èmile Durkheim – Sociologia
Positivista (teoria do consenso)
¢ Max Weber – Sociologia
Compreensiva
(interpretação/significado)
¢ Karl Marx – Sociologia
Revolucionária (teoria do conflito)
11. Desenvolve o Positivismo, que tinha
como principal pressuposto abandonar
qualquer vestígio de religiosidade e
emoção no âmbito do método científico.
Para Comte, o conhecimento era
positivo quando fundado na
observação, porém em observação
orientada por um método. Para isso, ele
definia dois tipos de observação: a
empírica e a positiva.
Empírica – era vista por Comte como
uma espécie de observação vulgar, em
que simplesmente se observavam os
fatos em si, sem se estabelecer relação
entre os demais fatos observados.
12. Positiva – precisava seguir algumas
regras, entre elas: selecionar,
desmembrar, relacionar, comparar,
medir e estabelecer similaridades,
estudar o todo, perceber as repetições
e, por fim, “estabelecer leis que
possibilitem a previsão de movimentos,
regularidade e comportamentos futuros
do fato estudado.” (MEKSENAS, 2002,
p.78)
Émile Durkheim
Durkheim tinha como objetivo principal descobrir
as leis de funcionamento da sociedade. “a
educação satisfaz, antes de tudo, as
13. necessidades sociais” e “toda educação
consiste num esforço contínuo para impor à
criança maneiras de ver, de sentir e de agir às
quais a criança não teria espontaneamente
chegado.” (PEREIRA, 1995, p.42 apud
ARANHA, 2001, p. 167). Foi o primeiro
sociólogo a colocar a escola como instituição de
fundamental importância na formação do
indivíduo. Durkheim foi um dos pioneiros na
inclusão da Sociologia no currículo acadêmico,
especificamente no curso de formação de
professores, no qual lecionava. Ao tratar das
relações entre o educador e a criança
submetida à sua influência, Durkheim (1967, p.
5354) defende que a criança fique “por condição
natural, em estado de passividade” e o
educador assume uma posição de
superioridade advinda da sua experiência, sua
14. cultura e da moral que ele encarna. Assim a
ação educativa é entendida como um trabalho
de autoridade. A autoridade é o meio essencial
da ação educativa. “A autoridade moral é a
qualidade essencial do educador”. Essa
concepção de educação e do papel do
professor influenciou as práticas pedagógicas
adotadas no Brasil ao longo da história da
educação e a atividade docente que nela se
realiza. Prática chamada de “bancária”, criticada
fortemente por Paulo Freire.
18. que abarcavam assuntos
múltiplos, da história
econômica à sociologia da
música, continuam a ser
extremamente influentes.
Em uma de suas obras
mais conhecidas, Weber
afirmou que havia um elo
entre a emergência do
20. 1- Despertar o carisma
(não constitui
propriamente uma
pedagogia, pois não se
aplica a pessoas comuns,
mas apenas àquelas
capazes de revelar
qualidades mágicas ou
dons heróicos: ascetismo
21. mágico antigo e dos heróis
guerreiros da Antiguidade
e do mundo medieval, que
eram educados para
adquirir uma “nova alma”,
renascer);
2 Preparar o aluno para
uma conduta de vida
(Weber chama de
22. pedagogia do cultivo, pois
procura formar um tipo de
homem que seja culto,
onde o ideal de cultura
depende da camada social
para a qual o indivíduo
está sendo preparado, e
que implica em prepará-lo
para certos tipos de
comportamento interior e
24. política e dos aparatos
próprios às grandes
corporações capitalistas
privadas, a educação
deixa paulatinamente de
ter como meta a qualidade
da posição do homem na
vida e torna-se cada vez
mais um preparo
especializado com o
25. objetivo de tornar o
indivíduo um perito.
Para Weber, além de
minimizar a formação
humanística de caráter
mais integral, a educação
racionalizada (pedagogia