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SOCIOLOGIA

Professor Guilherme Carvalhido
CULTURA

Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um

conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a
definição genérica formulada por Edward B. Tylor,
segundo a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui

o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os
costumes e todos os outros hábitos e capacidades
adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
CULTURA

A cultura deve ser entendida como um processo amplo
para em seguida partirmos para o estudo dos grupos
sociais que possuem uma cultura que os envolve.
CULTURA

Várias culturas distintas
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA

A sociologia é a parte das ciências humanas que
estuda o comportamento humano em função do
meio e os processos que interligam os indivíduos
em associações, grupos e instituições.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA

Como os indivíduos se interligam?
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Enquanto o indivíduo na sua singularidade é
estudado pela psicologia, a sociologia tem
uma base teórico-metodológica voltada para
o estudo dos fenômenos sociais, tentando
explicá-los e analisando os seres humanos
em suas relações de interdependência.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Logo, compreender as diferentes

sociedades e culturas é um dos objetivos da
sociologia.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Os resultados da pesquisa sociológica não são de

interesse apenas de sociólogos(as). Cobrindo todas
as áreas do convívio humano — desde as relações
na família até a organização das grandes empresas,

o papel da política na sociedade ou o comportamento
religioso —, a sociologia pode vir a interessar, em
diferentes graus de intensidade, a diversas outras

áreas do saber.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Os maiores interessados na produção e

sistematização do conhecimento sociológico
atualmente são o Estado, normalmente o

principal financiador da pesquisa desta
disciplina científica, e a sociedade civil
organizada (movimentos sociais por exemplo).
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Assim como toda ciência, a sociologia pretende

explicar a totalidade do seu universo de
pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja
objetivamente alcançável, é tarefa da sociologia
transformar as malhas da rede com a qual ela
capta a realidade social cada vez mais
estreitas.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Por essa razão, o conhecimento sociológico, através

dos seus conceitos, teorias e métodos, pode
constituir para as pessoas um excelente instrumento
de compreensão das situações com que se

defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas
relações sociais e, consequentemente, de si mesmas
como seres inevitavelmente sociais.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
A sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das

observações do que é repetitivo nas relações sociais
para daí formular generalizações teóricas; e também
se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência

sociológica (como, por exemplo, o surgimento do
capitalismo ou a gênese do Estado Moderno),
procurando explicá-los no seu significado e

importância singulares).
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
A sociologia surgiu como uma disciplina a partir de

fins do século XVIII, na forma de resposta acadêmica
para um desafio de modernidade: se o mundo está
ficando mais integrado, a experiência de pessoas do

mundo é crescentemente atomizada e dispersada.
Sociólogos não só esperavam entender o que unia
os grupos sociais, mas também desenvolver um

"antídoto" para a desintegração social.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Hoje os sociólogos pesquisam macroestruturas

inerentes à organização da sociedade, como raça ou
etnicidade, classe e gênero, além de instituições
como a família; processos sociais que representam

divergência, ou desarranjos, nestas
estruturas, inclusive crime e divórcio; e
microprocessos como relações interpessoais.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
A sociologia pesquisa também as estruturas de força e de

poder do Estado e de seus membros, e a forma como o
poder se estrutura através de microrrelações de forças.
Um dos aspectos que tem sido alvo dos estudos da
sociologia, e também da antropologia, é a forma como os
indivíduos constituintes da sociedade podem ser
manipulados para a manutenção da ordem social e do
monopólio da força física legitimada.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Sociólogos fazem uso frequente de técnicas
quantitativas de pesquisa social (como a estatística) para

descrever padrões generalizados nas relações sociais. Isto
ajuda a desenvolver modelos que possam entender
mudanças sociais e como os indivíduos responderão a

essas mudanças. Em alguns campos de estudo da
sociologia, as técnicas qualitativas — como entrevistas
dirigidas, discussões em grupo e métodos etnográficos —

permitem um melhor entendimento dos processos sociais
de acordo com o objetivo explicativo.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA
Os cursos de técnicas quantitativas/qualitativas servem,
normalmente, a objetivos explicativos distintos ou

dependem da natureza do objeto explicado por certa
pesquisa sociológica: o uso das técnicas quantitativas é
associado às pesquisas macrossociológicas; as

qualitativas, às pesquisas microssociológicas. Entretanto, o
uso de ambas as técnicas de coleta de dados pode ser
complementar, uma vez que os estudos microssociológicos

podem estar associados ou ajudarem no melhor
entendimento de problemas macrossociológicos.
DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA

Interações sociais e suas
consequências são interesses
comuns na sociologia
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

Os três autores que deram maior visibilidade à
Sociologia: Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim
.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
A sociologia é uma área de interesse muito
recente, mas foi a primeira ciência social

a se institucionalizar. Antes, portanto,
da ciência política e da antropologia.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Em que pese o termo Sociologie tenha sido criado

por Auguste Comte (em 1838), que esperava
unificar todos os estudos relativos ao homem —
inclusive a história, a psicologia e a economia —
Montesquieu também pode ser encarado como um
dos fundadores da sociologia — talvez como o
último pensador clássico ou o primeiro pensador
moderno.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

Comte

Montesquieu
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Em Comte, seu esquema sociológico era

tipicamente positivista, (corrente que teve grande
força no século XIX), e ele acreditava que toda a
vida humana tinha atravessado as mesmas fases
históricas distintas e que, se a pessoa pudesse
compreender este progresso, poderia prescrever

os "remédios" para os problemas de ordem social.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
As transformações econômicas, políticas e

culturais ocorridas no século XVIII, como as
Revoluções Industrial e Francesa, colocaram
em destaque mudanças significativas da vida
em sociedade com relação a suas formas
passadas, baseadas principalmente nas

tradições.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

Revolução
Industrial
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

Revolução
Francesa
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
A Sociologia surge no século XIX como
forma de entender essas mudanças e
explicá-las. No entanto, é necessário
frisar, de forma muito clara, que a
Sociologia é datada historicamente e que
o seu surgimento está vinculado à
consolidação do capitalismo moderno.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

Capitalismo
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Esta disciplina marca uma mudança na

maneira de se pensar a realidade social,
desvinculando-se das preocupações
especulativas e metafísicas e diferenciando-se
progressivamente enquanto forma racional e
sistemática de compreensão da mesma.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Assim é que a Revolução

Industrial significou, para o pensamento
social, algo mais do que a introdução da

máquina a vapor. Ela representou
a racionalização da produção da

materialidade da vida social.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

Racionalização
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
O triunfo da indústria capitalista foi pouco a
pouco concentrando as máquinas, as terras
e as ferramentas sob o controle de um
grupo social, convertendo grandes massas

camponesas em trabalhadores industriais.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Neste momento, se consolida a sociedade
capitalista, que divide de modo central a sociedade entre
burgueses (donos dos meios de produção) e proletários

(possuidores apenas de sua força de trabalho). Há
paralelamente um aumento do funcionalismo do Estado
que representa um aumento da burocratização de suas

funções e que está ligado majoritariamente aos estratos
médios da população.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
O desaparecimento dos proprietários rurais,
dos artesãos independentes, a imposição de

prolongadas horas de trabalho, etc., tiveram
um efeito traumático sobre milhões de seres
humanos ao modificar radicalmente suas
formas tradicionais de vida.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Não demorou para que as manifestações de

revolta dos trabalhadores se iniciassem.
Máquinas foram destruídas, atos de
sabotagem e exploração de algumas
oficinas, roubos e crimes, evoluindo para a
criação de associações livres, formação de
sindicatos e movimentos revolucionários.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Este fato é importante para o surgimento da Sociologia,
pois colocava a sociedade num plano de análise relevante,
como objeto que deveria ser investigado tanto por seus
novos problemas intrínsecos, como por seu novo
protagonismo político já que junto a estas transformações
de ordem econômica pôde-se perceber o papel ativo da
sociedade e seus diversos componentes na produção e

reprodução da vida social, o que se distingue da percepção
de que este papel seja privilégio de um Estado que se
sobrepõe ao seu povo.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
O surgimento da sociologia prende-se em parte
aos desenvolvimentos oriundos da Revolução
Industrial, pelas novas condições de
existência por ela criada. Mas uma outra

circunstância concorreria também para a sua
formação.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Trata-se das modificações que vinham
ocorrendo nas formas de pensamento,
originadas pelo Iluminismo. As transformações

econômicas, que se achavam em curso no
ocidente europeu desde o século XVI, não
poderiam deixar de provocar modificações na
forma de conhecer a natureza e a cultura.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
A Sociologia no mundo foi-se mostrando
presente em várias datas importantes
desde as grandes revoluções, desde lá
cada vez mais foi de fundamental
participação para a sociedade mundial e
também brasileira.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Desde o início, a Sociologia vem-se preocupando com
a sociedade no seu interior, isto diz respeito, por

exemplo, aos conflitos entre as classes sociais. Na
América Latina, por exemplo, a sociologia sofreu
influências americanas e europeias, na medida em

que as suas preocupações passam a ser o
subdesenvolvimento, ela vai sofrer influências das
teorias marxistas.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA

No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, a
Sociologia estava num estudo sobre a
formação da sociedade brasileira e
analisando temas como abolição da

escravatura, êxodos, e estudos sobre índios
e negros.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Nas décadas seguintes, de 1940 e 1950, a Sociologia

voltou-se para as classes trabalhistas, tais como
salários e jornadas de trabalho, e também comunidades
rurais. Na década de 1960, a sociologia se preocupou
com o processo de industrialização do país, nas
questões de reforma agrária e movimentos sociais na
cidade e no campo e, a partir de 1964, o trabalho dos
sociólogos se voltou para os problemas sociopolíticos
e econômicos originados pela tensão de se viver em

um país cuja forma de poder é o regime militar.
HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA
Na década de 1980, a Sociologia finalmente volta
a ser disciplina no ensino médio, e também
ocorreu a profissionalização da Sociologia. Além
da preocupação com a economia política e

mudanças sociais apropriadas com a instalação
da Nova República, volta-se também em relação
ao estudo da mulher, do trabalhador rural e
outros assuntos.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Ainda que a Sociologia tenha emergido

em grande parte da convicção
de Comte de que ela eventualmente

suprimiria todas as outras áreas
do conhecimento científico, hoje ela é

mais uma entre as ciências.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Atualmente, ela estuda organizações humanas,
instituições sociais e suas interações sociais,

aplicando normalmente o método comparativo. Esta
disciplina tem se concentrado particularmente em
organizações complexas de sociedades industriais

assim como nas redes transnacionais e globalizadas
que unificam ou associam fenômenos para além das
fronteiras nacionais.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Ao contrário das explicações filosóficas das
relações sociais, as explicações da Sociologia

não partem simplesmente da especulação de
gabinete, baseada, quando muito, na
observação causal de alguns fatos.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Muitos dos teóricos que almejavam conferir à Sociologia o
estatuto de ciência buscaram nas ciências naturais as
bases de sua metodologia já mais avançada e as

discussões epistemológicas já mais desenvolvidas. Dessa
forma, foram empregados métodos estatísticos, a
observação empírica e um ceticismo metodológico a fim

de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos"
recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a
grandes elucubrações.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Uma das primeiras e grandes preocupações
para com a Sociologia foi eliminar juízos de

valor feitos em seu nome. Diferentemente
da ética, que visa discernir entre bem e mal,

a ciência se presta à explicação e à
compreensão dos fenômenos, sejam

estes naturais ou sociais.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos
mesmos princípios gerais válidos para todos os

ramos de conhecimento científico, apesar das
peculiaridades não só dos fenômenos sociais
quando comparados com os fenômenos de
natureza, mas também, consequentemente, da
abordagem científica da sociedade.
A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE
Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam

sendo o foco de muitas discussões, ora tentando
aproximar as ciências, ora as afastando e, até
mesmo, negando às humanas tal estatuto com
base na inviabilidade de qualquer controle dos
dados tipicamente humanos, considerados — sob
esse ponto de vista — imprevisíveis e impassíveis
de uma análise objetiva.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Clássica no sentido de influenciar todo o

pensamento e os métodos dos sociólogos
posteriores.
Três principais sociólogos clássicos:
- Émile Durkheim;
- Karl Marx;
- Max Weber.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:

Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 —
Paris, 15 de novembro de 1917) é considerado um
dos pais da Sociologia tendo sido o fundador da
escola francesa, posterior a Marx, que combinava a
pesquisa empírica com a teoria sociológica. É
amplamente reconhecido como um dos melhores
teóricos do conceito da coesão social.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
Partindo da afirmação de que "os fatos sociais
devem ser tratados como coisas", forneceu uma
definição do normal e do patológico aplicada a
cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é
ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e

superior a ele, o que significa que a sociedade e a
consciência coletiva são entidades morais, antes
mesmo de terem uma existência tangível.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
Essa

preponderância

da

sociedade

sobre

o

indivíduo deve permitir a realização deste, desde
que consiga integrar-se a essa estrutura.
Para que reine certo consenso nessa sociedade,
deve-se

favorecer

o

aparecimento

uma solidariedade entre seus membros.

de
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau
de modernidade da sociedade, a norma moral
tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso
definir, numa sociedade moderna, regras de
cooperação e troca de serviços entre os que

participam do trabalho coletivo (preponderância
progressiva da solidariedade orgânica).
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Émile Durkheim:
A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus
seguidores. Suas principais obras são: Da divisão
do trabalho social (1893); Regras do método
sociológico (1895); O suicídio (1897); As formas
elementares de vida religiosa (1912). Fundou

também a revista L'Année Sociologique, que
afirmou a preeminência durkheimiana no mundo
inteiro.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:

Karl

Heinrich

Marx

(Tréveris,

5

de

maio de 1818 Londres, 14 de março de 1883) foi
um intelectual e revolucionário alemão, fundador
da

doutrina

comunista

moderna,

como economista, filósofo, historiador,
teórico político e jornalista.

que

atuou

sociólogo,
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:

As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia
e a política - conhecidas coletivamente como
marxismo - afirmam que as sociedades humanas
progridem através da luta de classes: um conflito
entre a classe burguesa que controla a produção e
um proletariado que fornece a mão de obra para a
produção.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Ele chamou o capitalismo de "a ditadura da
burguesia", acreditando que seja executada pelas
classes ricas para seu próprio benefício. Marx previu

que, assim como os sistemas socioeconômicos
anteriores, o capitalismo produziria tensões internas
que conduziriam à sua autodestruição e substituição
por um novo sistema: o socialismo.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Ele argumentou que uma sociedade socialista seria
governada pela classe trabalhadora a qual ele
chamou de "ditadura do proletariado", o "estado dos

trabalhadores" ou "democracia dos trabalhadores".
Marx acreditava que o socialismo viria a dar origem
a uma apátrida, uma sociedade sem classes
chamada de comunismo.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Junto com a crença na inevitabilidade do socialismo
e do comunismo, Marx lutou ativamente para a
implementação do primeiro, argumentando que os

teóricos

sociais

e

pessoas

economicamente

carentes devem realizar uma ação revolucionária
organizada para derrubar o capitalismo e trazer a
mudança socioeconômica.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
A teoria marxista é uma crítica radical das sociedades
capitalistas. Mas é uma crítica que não se limita a
teoria em si. Marx se posiciona contra qualquer
separação drástica entre teoria e prática, entre
pensamento e realidade, porque essas dimensões

são abstrações mentais (categorias analíticas) que,
no plano concreto, real, integram uma mesma
totalidade complexa.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
O

marxismo

constitui-se

como

a

concepção

materialista da História, longe de qualquer tipo

de

determinismo,

mas

compreendendo

a

predominância da materialidade sobre a ideia, sendo
esta possível somente com o desenvolvimento
daquela, e a compreensão das coisas em seu
movimento,

a dialética.

em

sua

inter-determinação,

que

é
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:

Portanto, não é possível entender os conceitos

marxistas como forças produtivas, capital, entre
outros, sem levar em conta o processo histórico,
pois não são conceitos abstratos e sim uma
abstração do real, tendo como pressuposto que o real
é movimento.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Ele compreende o trabalho como atividade fundante
da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade

da atividade humana, se desenvolve socialmente,
sendo o homem um ser social. Sendo os homens
seres sociais, a História, isto é, suas relações de
produção e suas relações sociais . fundam todo
processo de formação da humanidade.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Metodologia
Em

oposição

economistas

aos

filósofos

clássicos,

idealistas

Marx

e

propunha

aos
a

investigação do desenvolvimento histórico das
formas de produção e reprodução social, partindo
do concreto para o abstrato e do abstrato para o

concreto.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Crítica da religião
Para Marx a crítica da religião é o pressuposto de
toda crítica social, pois crê que as concepções
religiosas tendem a desresponsabilizar os homens
pelas consequências de seus atos.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Crítica da religião
Marx tornou-se reconhecido como crítico sagaz da
religião devido a sentença que profere em um escrito
intitulado Crítica da filosofia do direito de Hegel: “A
religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de
um mundo sem coração, assim como é o espírito de

uma situação carente de espírito. É o ópio do povo.”
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Crítica da religião
Marx

se

ocupou

muito

pouco

em

criticar

sistematicamente a atividade religiosa. Nesse quesito
ele basicamente seguiu as opiniões de Ludwig
Feuerbach, para quem a religião não expressa a
vontade de nenhum Deus ou outro ser metafísico: é

criada pela fabulação dos homens.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
Revolução
Em geral, Marx considerava que toda revolução é
necessariamente violenta. A necessidade de violência
se justifica porque o Estado tenderia sempre a

empregar a coerção para salvaguardar a manutenção
da ordem sobre a qual repousa seu poder político,
logo, a insurreição não tem outra possibilidade de se
realizar senão atuando também violentamente.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
A mais-valia
O conceito de Mais-valia foi empregado por Karl Marx
para explicar a obtenção dos lucros no sistema
capitalista. Para Marx o trabalho gera a riqueza,

portanto, a mais-valia seria o valor extra da
mercadoria, a diferença entre o que o empregado
produz e o que ele recebe.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Karl Marx:
A mais-valia
Os

operários

em

determinada

produção

produzem bens (ex: 100 carros num mês), se

dividirmos o valor dos carros pelo trabalho realizado
dos operários teremos o valor do trabalho de cada
operário. Entretanto os carros são vendidos por um
preço maior, esta diferença é o lucro do proprietário
da fábrica, a esta diferença Marx chama de valor

excedente ou maior, ou mais-valia.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Maximilian

Karl

Emil

Weber

(Erfurt,

21

de

Abril de 1864 — Munique, 14 de Junho de 1920) foi um

intelectual alemão, jurista, economista e considerado
um dos fundadores da Sociologia. Seu irmão foi o
também famoso sociólogo e economista Alfred Weber.
A esposa de Max Weber, Marianne Weber, biógrafa do
marido, foi uma das alunas pioneiras na universidade

alemã e integrava grupos feministas de seu tempo.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:

Grande parte de seu trabalho como pensador e
estudioso foi reservado para o chamado processo
de racionalização e desencantamento que provém da
sociedade moderna e capitalista. Mas seus estudos
também

economia.

deram

contribuição

importante

para

a
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:

Sua obra mais famosa é o ensaio A ética protestante
e o espírito do capitalismo, com o qual começou suas
reflexões sobre a sociologia da religião.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Weber argumentou que a religião era uma das
razões não-exclusivas do porque as culturas do

Ocidente e do Oriente se desenvolveram de
formas diversas, e salientou a importância de
algumas características específicas do protestantismo
ascético, que levou ao nascimento do capitalismo, a
burocracia e do estado racional e legal nos países

ocidentais.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Em outro trabalho importante, A política como

vocação, Weber definiu o Estado como "uma
entidade que reivindica o monopólio do uso
legítimo da força física", uma definição que se
tornou central no estudo da moderna ciência política
no Ocidente.
SOCIOLOGIA CLÁSSICA
Max Weber:
Weber mostra que o espírito do capitalismo não é

caracterizado pela busca desenfreada do prazer e
pela busca do dinheiro por si mesmo. O espírito do
capitalismo deve ser entendido como uma ética de
vida, uma orientação na qual o indivíduo vê a
dedicação ao trabalho e a busca metódica da
riqueza como um dever moral.
A QUESTÃO SOCIAL
Estratificação social:
É um conceito que envolve a "classificação das
pessoas em grupos com base em condições

socioeconômicas comuns... um conjunto relacional
das desigualdades com as dimensões econômica,
social, política e ideológica". Quando as diferenças
levam a um status de poder ou privilégio de alguns
grupos em detrimento de outros isso é chamado de

estratificação social.
A QUESTÃO SOCIAL
Estratificação social:
É um sistema pelo qual a sociedade classifica
categorias de pessoas em uma hierarquia. A

estratificação social é baseada em quatro princípios
básicos: (1) É uma característica da sociedade, e não
simplesmente um reflexo das diferenças individuais,
(2) A estratificação social continua de geração para
geração, (3) É universal, mas variável; (4) Envolve

não só a desigualdade, mas também crenças.
A QUESTÃO SOCIAL
Estratificação social:

Na cultura ocidental moderna, a estratificação é

amplamente organizada em três camadas
principais: classe alta, classe média e classe baixa.
Cada uma destas classes podem ser ainda
subdivididas em classes menores (por exemplo,
ocupação).
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:

O estatuto social ou status social é o "posto", a

honra ou o prestígio anexados a posição de alguém
na sociedade. Note que o status social é influenciado
pela posição social. Certos comportamentos
carregam estigmas que podem afetar negativamente
o status do indivíduo.
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:

O

status

é

atribuído

quando

independe

da

capacidade do indivíduo para sua obtenção; ele
recebe este status quando nasce (por exemplo, os
herdeiros de monarquias hereditárias).
O status é adquirido quando depende do esforço
pessoal para sua obtenção.
A QUESTÃO SOCIAL
Sistemas de status:
Nas sociedades modernas, a ocupação é geralmente
considerada como a principal dimensão do status,

mas, mesmo nas sociedades da atualidade, outras
filiações (tais como grupo étnico,religião, gênero,
trabalho voluntário, fã-clubes, passatempos etc.),
podem ter sua influência.
A QUESTÃO SOCIAL

Sistemas de status:
Um médico, por exemplo, possui um status social mais
alto do que um operário de fábrica, mas, em algumas

sociedades, um médico caucasiano católico possui
um

status

mais

elevado

do

que

o

de

um

médico afrodescendente praticante de alguma religião
minoritária.
A QUESTÃO SOCIAL

Sistemas de status:
Status é uma ideia-chave na estratificação social.
Inconsistência de status é uma situação na qual a

posição social do indivíduo tem influências tanto
positivas quanto negativas sobre seu status social.
A QUESTÃO SOCIAL

Sistemas de status:

Por exemplo, um professor tem uma imagem social
positiva (respeito, prestígio), a qual incrementa
seu status, mas recebe um baixo salário, o que,
simultaneamente, diminui seu status. Por outro lado,
um criminoso pode ter uma baixa posição social, mas

obter altos rendimentos.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
São três:

Formas de organização social:
A unidade fundamental para a sociologia é o grupo
social, um conjunto de pessoas que interagem
formando padrões, unidas em torno de interesses em
comum ou aglutinadas segundo a identidade que

tentam reproduzir.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Os grupos sociais se dividem em primários e
secundários.
Grupos primários são aqueles em que os indivíduos
possuem laços mais estreitos, mais próximos,
propiciando maior intimidade e coesão, dentro dos
quais os interesses comuns se estendem por longos

prazos e, por vezes, são substituídos pela afetividade.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:

Um bom exemplo de grupo primário é a família, onde
se um membro modificar seus interesses, nem por isto
deixa de pertencer ao grupo.
O interesse em comum que existe dentro da família
pode ser simplesmente o bem estar do outro, quer

seja consciente ou não.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:

Grupos secundários são formados por indivíduos com
interesses em comum que, depois de satisfeitos, dentro de
certo prazo, terminam com a dissolução do grupo.

Colegas de faculdade exemplificam perfeitamente um grupo
secundário, pois existe o interesse em comum de concluir o
curso, o que, uma vez realizado, dissolve o grupo, embora ele

possa se tornar um ou vários grupos primários.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Conforme os grupos crescem podem se tornar formais e
informais, ou seja, com regras e normas explicitas ou
implícitas.
Um grupo pode se tornar uma organização, um aglomerado de
pessoas unidas em torno de objetivos, formando uma
combinação de esforços individuais em prol de propósitos
coletivos.

Neste sentido, assim como os grupos, as organizações podem
ser voluntárias ou coercitivas.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Formas de organização social:
Grupos ou organizações voluntários são aqueles onde os
membros se reúnem espontaneamente.

Coercitivas são aqueles em que os membros são
forçados a se reunirem, a estarem juntos.
Diferente de uma organização, uma instituição pode ser
definida como um conjunto de pessoas que, não tendo
necessariamente objetivos coletivos, é unificado pelo
conjunto de tradições que segue.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Ao contrário do que poderíamos imaginar, nem
sempre os indivíduos controlam totalmente o

comportamento.
Para facilitar o convívio, a sociedade está organizada
segundo uma hierarquia, compondo uma estrutura
social.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Cada individuo, conforme suas inclinações pessoais e sua
formação social, tende a ocupar um lugar na estrutura,

exercendo um papel social especifico que fará com que
se comporte conforme as expectativas do grupo,
independente de sua vontade.
O comportamento das pessoas envolve o que se espera
delas ou aquilo que ela mesma imagina que é esperado,
determinando papéis sociais que conferem status.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Por exemplo, um diretor de uma empresa jamais irá usar
gírias em uma reunião de diretoria, pois considera que

não atenderá as expectativas do grupo e diminuirá seu
status.
Entretanto, quando alguém ocupa mais de uma posição
ou está presente em mais de uma estrutura,
desempenhando múltiplos papéis, podem surgir

conflitos de papéis.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
A esposa, por exemplo, sendo ao mesmo tempo mãe, devendo
desempenhar funções distintas, pode confundir papéis.
Tratando o marido como filho e criando uma tensão sexual com
o filho, a esposa pode deixar os outros membros da família
desorientados.

Quando a mãe parece ter mais status para o marido que a
esposa, a dita esposa pode tentar compor a expectativa que
pensa que o marido tem para com ela.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Resultado, a esposa passa a tratar o marido como
mãe, buscando o status que julga não ter como

esposa.
Assim, o fator que faz com que as pessoas confundam
papeis é o status, a busca pelo reconhecimento dentro
da estrutura social.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
Quando um papel é considerado pelo individuo como
estando abaixo do respeito e admiração almejado, o

individuo tende a transferir seus desejos de
reconhecimento para outra parte da estrutura ou outra
estrutura onde pensa que terá maior probabilidade de
sucesso.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Estrutura e papéis sociais:
De qualquer forma, os conflitos de papeis desarticulam
as relações e desestruturam os grupos sociais,

causando inúmeros problemas para o individuo e o
conjunto da coletividade.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Mobilidade social:
Mudança de posição de indivíduos ou grupos em
determinado sistema de estratificação.

Esse fenômeno não existiu em todas as sociedades
ao longo da história e naquelas em que ocorre varia
em intensidade, maior ou menor, de uma para outra.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Mobilidade social:

Mobilidade vertical: Ascensão ou a queda dos

indivíduos ou grupos na escala de hierarquia social,
levando a mudanças de suas posições de classe em
relação às que eram ocupadas anteriormente na
sociedade. O enriquecimento e o empobrecimento
exemplificam este tipo de mobilidade.
OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Mobilidade social:

Mobilidade horizontal: relaciona-se com as

mudanças de posição no interior da mesma classe dos
indivíduos e grupos. As mudanças de religião, de
posição política e de convicção filosófica ilustram essa
modalidade.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
A Teoria da Dependência (pré-1964):
Fernando Henrique Cardoso

O subdesenvolvimento é fruto das relações
internacionais. Essa conclusão é uma interpretação
histórica da realidade econômica latino-americana e
mundial. A saída do subdesenvolvimento passaria pelo
incremento acelerado de um processo de

industrialização com protecionismo, planejado e forte
influência do Estado (Celso Furtado).
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
A Teoria da Dependência (pré-1964):
Dependência: relação de subordinação entre as

partes componentes do sistema capitalista
(relações entre as chamadas economias centrais
(países desenvolvidos) e economias periféricas
(países subdesenvolvidos)). Os países de
economia dependente viveram, necessariamente, a

condição colonial e a experiência do
desenvolvimento industrial tardio.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
A Sociologia Brasileira após 1964:
A universidade foi desmembrada e muitos

professores foram cassado pelo Regime Militar,
levando à formação de Centros de Estudo em
várias áreas. Dalí aconteceu a profissionalização
das Ciências Sociais no Brasil, agregando cursos
de pós-graduação e o estabelecimento de técnicas

de pesquisa para a investigação sociológica.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no
contexto da Globalização neoliberal:

No fim dos anos 1970 e anos 1980, com o fim do
Regime Militar, a Sociologia brasileira se voltou
para o processo de redemocratização do país,
além das consequências dos ―anos de chumbo‖
na sociedade.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no

contexto da Globalização neoliberal:
No plano mundial, o advento da ampliação
produtiva e comercial do capitalismo monopolista,
bateu às portas do âmbito financeiro internacional,
dando início à chamada globalização da economia

mundial.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no

contexto da Globalização neoliberal:
No plano brasileiro, dois cenários:

- Estudos Macrossociológicos: procuram dar
explicações relativas ao conteúdo e à lógica do

processo político e social que o país vive.
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no

contexto da Globalização neoliberal:
No plano brasileiro, dois cenários:

- Estudos Microssociológicos: voltada para a
descrição de objetos delimitados de natureza

setorial.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:

Pobreza versus riqueza:
- Indicador fundamental da desigualdade social
origina-se na distribuição desigual dos frutos da
natureza e do trabalho.
- As reflexões sobre as origens e os fundamentos da

desigualdade surgiram no bojo do nascimento do
mundo moderno e foram postas em pauta pelos
primeiros pensadores burgueses:
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:

Pobreza versus riqueza:
- Thomas Hobbes (1588-1679): Contrato social – Os
indivíduos eram naturalmente iguais, gerando um

estado permanente de violência. Para evitar isso, foi
necessário que se estabelecesse um acordo (contrato
social), implicando a perda da liberdade individual,
vivendo a partir dalí num estado de submissão a um
monarca que controlaria a situação (o Estado).
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:

Pobreza versus riqueza:
- John Locke (1632-1704): Pacto social – Partiu de uma
necessidade de construir uma sociedade fundada na

política, na qual pactuariam homens livres e iguais. O
problema é que eles só seriam livres e iguais à medida
que tivessem propriedades a zelar, e os que não as
possuíssem nãoestariam aptos a celebrar o pacto,
sendo relegados à condição de desiguais.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:

Pobreza versus riqueza:
- Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): A liberdade só
teria sentido se fosse edificada na igualdade, que por

sua vez, deveria ser moralmente assentada e
legitimada por meio do concurso dos fundamentos
jurídicos. Logo, a coesão social rousseauniana declara
que todos ―os homens deveriam ser iguais perante a
lei.‖
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:

Pobreza versus riqueza:
- As formas pelas quais os teóricos do Estado burguês
moderno procuraram compreender, explicar e justificar

a desigualdade passaram pelos conceitos de contrato,
pacto, consentimento e pelo lema da liberdade,
igualdade e fraternidade, mas só a superaram no plano
jurídico, o que constituiu avanço histórico
incontestável.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:

Pobreza versus riqueza:
- As diferenças sociais, que são produto objetivo das
distinções materiais entre proprietários e não

proprietários, ricos e pobres, incluídos e excluídos,
continuam sendo construídas e escamoteadas, na
sociedade de classes contemporânea, ao sabor dos
interesses e necessidades dos grupos que nela detêm
o poder.
DESIGUALDADE SOCIAL
Origem e fundamento da desigualdade:

Pobreza versus riqueza:
- No início do século XXI, a pobreza continua sendo
tratada como consequência direta do fracasso

pessoal, da incompetência ou da falta de vontade e
garra dos indivíduos ou grupos, ao mesmo tempo que
os setores dominantes da sociedade persistem na
postura de não se sentirem responsáveis por sua
geração.
DESIGUALDADE SOCIAL
Relações sociais e desigualdade:

O avanço da percepção de que a desigualdade social
não era produto natural da condição humana, fato já

notado teoricamente por Rousseau, levou ao cerne da
questão: a desigualdade era resultante direta da lógica
das relações sociais.
MOVIMENTOS SOCIAIS
Conceito:

Os conceitos definidores de movimento social
referem-se à esfera das ações de grupos organizados

para a conquista de determinados fins estabelecidos
coletivamente, que partem de necessidades e visões
específicas de mundo e de sociedade e objetivam
mudar ou manter as relações sociais.
MOVIMENTOS SOCIAIS
Conceito:

Esses movimentos constituem parte integrante
fundamental das sociedades, e são sufocados nas que

são autoritárias e reconhecidos nas democráticas,
devendo ser vistos e analisados como fenômenos
internos aos constantes processos de mudança e
conservação dos sistemas e estruturas sociais.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Os processos de Comunicação de Masssa e a Sociedade
Contemporânea:

A comunicação e a informação constituem uma das

bases fundamentais de todos os contatos sociais.
Dada a profusão no século XX de meios para se
comunicar, comunicação e informação tornaram-se
imprescindíveis para a compreensão dos problemas
relativos às relações sociais.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Os processos de Comunicação de Masssa e a Sociedade
Contemporânea:

O conceito comunicação desenvolveu-se à proporção
que cresceu a diversidade dos meios de comunicação.

Quando nos comunicamos, utilizamos os meios que
criamos para transportar nossos sentidos de um ponto
para outro ou para vários pontos simultaneamente,
pressupondo que a comunicação não consegue
prescindir de seu agente.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Massificação:

Vivemos numa sociedade de massas!
Massa um conjunto de elementos no qual o número de
pessoas que expressam opinião é sempre muito menor

do que o das que recebem.
Nesse sentido, a massa seria constituída por uma
coleção abstrata de indivíduos que viveriam a receber

impressões e opiniões já formadas, antes construídas e
depois veiculadas pelos meios de comunicação de
massa.
A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO
Massificação:

A comunicação de massa deve ser caracterizada pela
forma como ela é definida por seus produtores e pelo
modo como ela é recebida pela sociedade.

Ela é uma forma de comunicação social voltada para
ampla faixa de público, que é anônimo, disperso e
heterogêneo. E para atingir esse público deve voltar-se

prioritariamente para a obtenção da chamada grande
audiência, pelo recurso à utilização de seus meios e
técnicas de difusão coletiva.

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Sociologia e definição

  • 2. CULTURA Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
  • 3. CULTURA A cultura deve ser entendida como um processo amplo para em seguida partirmos para o estudo dos grupos sociais que possuem uma cultura que os envolve.
  • 6. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA A sociologia é a parte das ciências humanas que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições.
  • 7. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Como os indivíduos se interligam?
  • 8. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Enquanto o indivíduo na sua singularidade é estudado pela psicologia, a sociologia tem uma base teórico-metodológica voltada para o estudo dos fenômenos sociais, tentando explicá-los e analisando os seres humanos em suas relações de interdependência.
  • 9. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Logo, compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.
  • 11. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas de sociólogos(as). Cobrindo todas as áreas do convívio humano — desde as relações na família até a organização das grandes empresas, o papel da política na sociedade ou o comportamento religioso —, a sociologia pode vir a interessar, em diferentes graus de intensidade, a diversas outras áreas do saber.
  • 12. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Os maiores interessados na produção e sistematização do conhecimento sociológico atualmente são o Estado, normalmente o principal financiador da pesquisa desta disciplina científica, e a sociedade civil organizada (movimentos sociais por exemplo).
  • 13. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Assim como toda ciência, a sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja objetivamente alcançável, é tarefa da sociologia transformar as malhas da rede com a qual ela capta a realidade social cada vez mais estreitas.
  • 14. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, consequentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.
  • 15. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA A sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas; e também se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência sociológica (como, por exemplo, o surgimento do capitalismo ou a gênese do Estado Moderno), procurando explicá-los no seu significado e importância singulares).
  • 16. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA A sociologia surgiu como uma disciplina a partir de fins do século XVIII, na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social.
  • 17. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Hoje os sociólogos pesquisam macroestruturas inerentes à organização da sociedade, como raça ou etnicidade, classe e gênero, além de instituições como a família; processos sociais que representam divergência, ou desarranjos, nestas estruturas, inclusive crime e divórcio; e microprocessos como relações interpessoais.
  • 18. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA A sociologia pesquisa também as estruturas de força e de poder do Estado e de seus membros, e a forma como o poder se estrutura através de microrrelações de forças. Um dos aspectos que tem sido alvo dos estudos da sociologia, e também da antropologia, é a forma como os indivíduos constituintes da sociedade podem ser manipulados para a manutenção da ordem social e do monopólio da força física legitimada.
  • 19. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Sociólogos fazem uso frequente de técnicas quantitativas de pesquisa social (como a estatística) para descrever padrões generalizados nas relações sociais. Isto ajuda a desenvolver modelos que possam entender mudanças sociais e como os indivíduos responderão a essas mudanças. Em alguns campos de estudo da sociologia, as técnicas qualitativas — como entrevistas dirigidas, discussões em grupo e métodos etnográficos — permitem um melhor entendimento dos processos sociais de acordo com o objetivo explicativo.
  • 20. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Os cursos de técnicas quantitativas/qualitativas servem, normalmente, a objetivos explicativos distintos ou dependem da natureza do objeto explicado por certa pesquisa sociológica: o uso das técnicas quantitativas é associado às pesquisas macrossociológicas; as qualitativas, às pesquisas microssociológicas. Entretanto, o uso de ambas as técnicas de coleta de dados pode ser complementar, uma vez que os estudos microssociológicos podem estar associados ou ajudarem no melhor entendimento de problemas macrossociológicos.
  • 21. DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA Interações sociais e suas consequências são interesses comuns na sociologia
  • 22. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Os três autores que deram maior visibilidade à Sociologia: Max Weber, Karl Marx e Émile Durkheim .
  • 23. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA A sociologia é uma área de interesse muito recente, mas foi a primeira ciência social a se institucionalizar. Antes, portanto, da ciência política e da antropologia.
  • 24. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Em que pese o termo Sociologie tenha sido criado por Auguste Comte (em 1838), que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a história, a psicologia e a economia — Montesquieu também pode ser encarado como um dos fundadores da sociologia — talvez como o último pensador clássico ou o primeiro pensador moderno.
  • 26. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Em Comte, seu esquema sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de ordem social.
  • 27. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no século XVIII, como as Revoluções Industrial e Francesa, colocaram em destaque mudanças significativas da vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições.
  • 30. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA A Sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno.
  • 32. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Esta disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social, desvinculando-se das preocupações especulativas e metafísicas e diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e sistemática de compreensão da mesma.
  • 33. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Assim é que a Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da materialidade da vida social.
  • 35. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA O triunfo da indústria capitalista foi pouco a pouco concentrando as máquinas, as terras e as ferramentas sob o controle de um grupo social, convertendo grandes massas camponesas em trabalhadores industriais.
  • 36. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Neste momento, se consolida a sociedade capitalista, que divide de modo central a sociedade entre burgueses (donos dos meios de produção) e proletários (possuidores apenas de sua força de trabalho). Há paralelamente um aumento do funcionalismo do Estado que representa um aumento da burocratização de suas funções e que está ligado majoritariamente aos estratos médios da população.
  • 37. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA O desaparecimento dos proprietários rurais, dos artesãos independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho, etc., tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas tradicionais de vida.
  • 38. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Não demorou para que as manifestações de revolta dos trabalhadores se iniciassem. Máquinas foram destruídas, atos de sabotagem e exploração de algumas oficinas, roubos e crimes, evoluindo para a criação de associações livres, formação de sindicatos e movimentos revolucionários.
  • 39. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Este fato é importante para o surgimento da Sociologia, pois colocava a sociedade num plano de análise relevante, como objeto que deveria ser investigado tanto por seus novos problemas intrínsecos, como por seu novo protagonismo político já que junto a estas transformações de ordem econômica pôde-se perceber o papel ativo da sociedade e seus diversos componentes na produção e reprodução da vida social, o que se distingue da percepção de que este papel seja privilégio de um Estado que se sobrepõe ao seu povo.
  • 40. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA O surgimento da sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos da Revolução Industrial, pelas novas condições de existência por ela criada. Mas uma outra circunstância concorreria também para a sua formação.
  • 41. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Trata-se das modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento, originadas pelo Iluminismo. As transformações econômicas, que se achavam em curso no ocidente europeu desde o século XVI, não poderiam deixar de provocar modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura.
  • 42. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA A Sociologia no mundo foi-se mostrando presente em várias datas importantes desde as grandes revoluções, desde lá cada vez mais foi de fundamental participação para a sociedade mundial e também brasileira.
  • 43. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Desde o início, a Sociologia vem-se preocupando com a sociedade no seu interior, isto diz respeito, por exemplo, aos conflitos entre as classes sociais. Na América Latina, por exemplo, a sociologia sofreu influências americanas e europeias, na medida em que as suas preocupações passam a ser o subdesenvolvimento, ela vai sofrer influências das teorias marxistas.
  • 44. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, a Sociologia estava num estudo sobre a formação da sociedade brasileira e analisando temas como abolição da escravatura, êxodos, e estudos sobre índios e negros.
  • 45. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Nas décadas seguintes, de 1940 e 1950, a Sociologia voltou-se para as classes trabalhistas, tais como salários e jornadas de trabalho, e também comunidades rurais. Na década de 1960, a sociologia se preocupou com o processo de industrialização do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no campo e, a partir de 1964, o trabalho dos sociólogos se voltou para os problemas sociopolíticos e econômicos originados pela tensão de se viver em um país cuja forma de poder é o regime militar.
  • 46. HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA Na década de 1980, a Sociologia finalmente volta a ser disciplina no ensino médio, e também ocorreu a profissionalização da Sociologia. Além da preocupação com a economia política e mudanças sociais apropriadas com a instalação da Nova República, volta-se também em relação ao estudo da mulher, do trabalhador rural e outros assuntos.
  • 47. A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE Ainda que a Sociologia tenha emergido em grande parte da convicção de Comte de que ela eventualmente suprimiria todas as outras áreas do conhecimento científico, hoje ela é mais uma entre as ciências.
  • 48. A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE Atualmente, ela estuda organizações humanas, instituições sociais e suas interações sociais, aplicando normalmente o método comparativo. Esta disciplina tem se concentrado particularmente em organizações complexas de sociedades industriais assim como nas redes transnacionais e globalizadas que unificam ou associam fenômenos para além das fronteiras nacionais.
  • 49. A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da Sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, na observação causal de alguns fatos.
  • 50. A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE Muitos dos teóricos que almejavam conferir à Sociologia o estatuto de ciência buscaram nas ciências naturais as bases de sua metodologia já mais avançada e as discussões epistemológicas já mais desenvolvidas. Dessa forma, foram empregados métodos estatísticos, a observação empírica e um ceticismo metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos" recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações.
  • 51. A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE Uma das primeiras e grandes preocupações para com a Sociologia foi eliminar juízos de valor feitos em seu nome. Diferentemente da ética, que visa discernir entre bem e mal, a ciência se presta à explicação e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais.
  • 52. A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades não só dos fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza, mas também, consequentemente, da abordagem científica da sociedade.
  • 53. A SOCIOLOGIA COMO CIÊNCIA DA SOCIEDADE Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar as ciências, ora as afastando e, até mesmo, negando às humanas tal estatuto com base na inviabilidade de qualquer controle dos dados tipicamente humanos, considerados — sob esse ponto de vista — imprevisíveis e impassíveis de uma análise objetiva.
  • 54. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Clássica no sentido de influenciar todo o pensamento e os métodos dos sociólogos posteriores. Três principais sociólogos clássicos: - Émile Durkheim; - Karl Marx; - Max Weber.
  • 55. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Émile Durkheim: Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917) é considerado um dos pais da Sociologia tendo sido o fundador da escola francesa, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É amplamente reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito da coesão social.
  • 56. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Émile Durkheim: Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível.
  • 57. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Émile Durkheim: Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento uma solidariedade entre seus membros. de
  • 58. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Émile Durkheim: Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica).
  • 59. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Émile Durkheim: A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus seguidores. Suas principais obras são: Da divisão do trabalho social (1893); Regras do método sociológico (1895); O suicídio (1897); As formas elementares de vida religiosa (1912). Fundou também a revista L'Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro.
  • 60. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista. que atuou sociólogo,
  • 61. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política - conhecidas coletivamente como marxismo - afirmam que as sociedades humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre a classe burguesa que controla a produção e um proletariado que fornece a mão de obra para a produção.
  • 62. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Ele chamou o capitalismo de "a ditadura da burguesia", acreditando que seja executada pelas classes ricas para seu próprio benefício. Marx previu que, assim como os sistemas socioeconômicos anteriores, o capitalismo produziria tensões internas que conduziriam à sua autodestruição e substituição por um novo sistema: o socialismo.
  • 63. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Ele argumentou que uma sociedade socialista seria governada pela classe trabalhadora a qual ele chamou de "ditadura do proletariado", o "estado dos trabalhadores" ou "democracia dos trabalhadores". Marx acreditava que o socialismo viria a dar origem a uma apátrida, uma sociedade sem classes chamada de comunismo.
  • 64. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Junto com a crença na inevitabilidade do socialismo e do comunismo, Marx lutou ativamente para a implementação do primeiro, argumentando que os teóricos sociais e pessoas economicamente carentes devem realizar uma ação revolucionária organizada para derrubar o capitalismo e trazer a mudança socioeconômica.
  • 65. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: A teoria marxista é uma crítica radical das sociedades capitalistas. Mas é uma crítica que não se limita a teoria em si. Marx se posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e prática, entre pensamento e realidade, porque essas dimensões são abstrações mentais (categorias analíticas) que, no plano concreto, real, integram uma mesma totalidade complexa.
  • 66. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: O marxismo constitui-se como a concepção materialista da História, longe de qualquer tipo de determinismo, mas compreendendo a predominância da materialidade sobre a ideia, sendo esta possível somente com o desenvolvimento daquela, e a compreensão das coisas em seu movimento, a dialética. em sua inter-determinação, que é
  • 67. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Portanto, não é possível entender os conceitos marxistas como forças produtivas, capital, entre outros, sem levar em conta o processo histórico, pois não são conceitos abstratos e sim uma abstração do real, tendo como pressuposto que o real é movimento.
  • 68. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Ele compreende o trabalho como atividade fundante da humanidade. E o trabalho, sendo a centralidade da atividade humana, se desenvolve socialmente, sendo o homem um ser social. Sendo os homens seres sociais, a História, isto é, suas relações de produção e suas relações sociais . fundam todo processo de formação da humanidade.
  • 69. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Metodologia Em oposição economistas aos filósofos clássicos, idealistas Marx e propunha aos a investigação do desenvolvimento histórico das formas de produção e reprodução social, partindo do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto.
  • 70. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Crítica da religião Para Marx a crítica da religião é o pressuposto de toda crítica social, pois crê que as concepções religiosas tendem a desresponsabilizar os homens pelas consequências de seus atos.
  • 71. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Crítica da religião Marx tornou-se reconhecido como crítico sagaz da religião devido a sentença que profere em um escrito intitulado Crítica da filosofia do direito de Hegel: “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, assim como é o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo.”
  • 72. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Crítica da religião Marx se ocupou muito pouco em criticar sistematicamente a atividade religiosa. Nesse quesito ele basicamente seguiu as opiniões de Ludwig Feuerbach, para quem a religião não expressa a vontade de nenhum Deus ou outro ser metafísico: é criada pela fabulação dos homens.
  • 73. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: Revolução Em geral, Marx considerava que toda revolução é necessariamente violenta. A necessidade de violência se justifica porque o Estado tenderia sempre a empregar a coerção para salvaguardar a manutenção da ordem sobre a qual repousa seu poder político, logo, a insurreição não tem outra possibilidade de se realizar senão atuando também violentamente.
  • 74. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: A mais-valia O conceito de Mais-valia foi empregado por Karl Marx para explicar a obtenção dos lucros no sistema capitalista. Para Marx o trabalho gera a riqueza, portanto, a mais-valia seria o valor extra da mercadoria, a diferença entre o que o empregado produz e o que ele recebe.
  • 75. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Karl Marx: A mais-valia Os operários em determinada produção produzem bens (ex: 100 carros num mês), se dividirmos o valor dos carros pelo trabalho realizado dos operários teremos o valor do trabalho de cada operário. Entretanto os carros são vendidos por um preço maior, esta diferença é o lucro do proprietário da fábrica, a esta diferença Marx chama de valor excedente ou maior, ou mais-valia.
  • 76. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Max Weber: Maximilian Karl Emil Weber (Erfurt, 21 de Abril de 1864 — Munique, 14 de Junho de 1920) foi um intelectual alemão, jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia. Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber. A esposa de Max Weber, Marianne Weber, biógrafa do marido, foi uma das alunas pioneiras na universidade alemã e integrava grupos feministas de seu tempo.
  • 77. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Max Weber: Grande parte de seu trabalho como pensador e estudioso foi reservado para o chamado processo de racionalização e desencantamento que provém da sociedade moderna e capitalista. Mas seus estudos também economia. deram contribuição importante para a
  • 78. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Max Weber: Sua obra mais famosa é o ensaio A ética protestante e o espírito do capitalismo, com o qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião.
  • 79. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Max Weber: Weber argumentou que a religião era uma das razões não-exclusivas do porque as culturas do Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a importância de algumas características específicas do protestantismo ascético, que levou ao nascimento do capitalismo, a burocracia e do estado racional e legal nos países ocidentais.
  • 80. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Max Weber: Em outro trabalho importante, A política como vocação, Weber definiu o Estado como "uma entidade que reivindica o monopólio do uso legítimo da força física", uma definição que se tornou central no estudo da moderna ciência política no Ocidente.
  • 81. SOCIOLOGIA CLÁSSICA Max Weber: Weber mostra que o espírito do capitalismo não é caracterizado pela busca desenfreada do prazer e pela busca do dinheiro por si mesmo. O espírito do capitalismo deve ser entendido como uma ética de vida, uma orientação na qual o indivíduo vê a dedicação ao trabalho e a busca metódica da riqueza como um dever moral.
  • 82. A QUESTÃO SOCIAL Estratificação social: É um conceito que envolve a "classificação das pessoas em grupos com base em condições socioeconômicas comuns... um conjunto relacional das desigualdades com as dimensões econômica, social, política e ideológica". Quando as diferenças levam a um status de poder ou privilégio de alguns grupos em detrimento de outros isso é chamado de estratificação social.
  • 83. A QUESTÃO SOCIAL Estratificação social: É um sistema pelo qual a sociedade classifica categorias de pessoas em uma hierarquia. A estratificação social é baseada em quatro princípios básicos: (1) É uma característica da sociedade, e não simplesmente um reflexo das diferenças individuais, (2) A estratificação social continua de geração para geração, (3) É universal, mas variável; (4) Envolve não só a desigualdade, mas também crenças.
  • 84. A QUESTÃO SOCIAL Estratificação social: Na cultura ocidental moderna, a estratificação é amplamente organizada em três camadas principais: classe alta, classe média e classe baixa. Cada uma destas classes podem ser ainda subdivididas em classes menores (por exemplo, ocupação).
  • 85. A QUESTÃO SOCIAL Sistemas de status: O estatuto social ou status social é o "posto", a honra ou o prestígio anexados a posição de alguém na sociedade. Note que o status social é influenciado pela posição social. Certos comportamentos carregam estigmas que podem afetar negativamente o status do indivíduo.
  • 86. A QUESTÃO SOCIAL Sistemas de status: O status é atribuído quando independe da capacidade do indivíduo para sua obtenção; ele recebe este status quando nasce (por exemplo, os herdeiros de monarquias hereditárias). O status é adquirido quando depende do esforço pessoal para sua obtenção.
  • 87. A QUESTÃO SOCIAL Sistemas de status: Nas sociedades modernas, a ocupação é geralmente considerada como a principal dimensão do status, mas, mesmo nas sociedades da atualidade, outras filiações (tais como grupo étnico,religião, gênero, trabalho voluntário, fã-clubes, passatempos etc.), podem ter sua influência.
  • 88. A QUESTÃO SOCIAL Sistemas de status: Um médico, por exemplo, possui um status social mais alto do que um operário de fábrica, mas, em algumas sociedades, um médico caucasiano católico possui um status mais elevado do que o de um médico afrodescendente praticante de alguma religião minoritária.
  • 89. A QUESTÃO SOCIAL Sistemas de status: Status é uma ideia-chave na estratificação social. Inconsistência de status é uma situação na qual a posição social do indivíduo tem influências tanto positivas quanto negativas sobre seu status social.
  • 90. A QUESTÃO SOCIAL Sistemas de status: Por exemplo, um professor tem uma imagem social positiva (respeito, prestígio), a qual incrementa seu status, mas recebe um baixo salário, o que, simultaneamente, diminui seu status. Por outro lado, um criminoso pode ter uma baixa posição social, mas obter altos rendimentos.
  • 91. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA São três: Formas de organização social: A unidade fundamental para a sociologia é o grupo social, um conjunto de pessoas que interagem formando padrões, unidas em torno de interesses em comum ou aglutinadas segundo a identidade que tentam reproduzir.
  • 92. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Formas de organização social: Os grupos sociais se dividem em primários e secundários. Grupos primários são aqueles em que os indivíduos possuem laços mais estreitos, mais próximos, propiciando maior intimidade e coesão, dentro dos quais os interesses comuns se estendem por longos prazos e, por vezes, são substituídos pela afetividade.
  • 93. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Formas de organização social: Um bom exemplo de grupo primário é a família, onde se um membro modificar seus interesses, nem por isto deixa de pertencer ao grupo. O interesse em comum que existe dentro da família pode ser simplesmente o bem estar do outro, quer seja consciente ou não.
  • 94. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Formas de organização social: Grupos secundários são formados por indivíduos com interesses em comum que, depois de satisfeitos, dentro de certo prazo, terminam com a dissolução do grupo. Colegas de faculdade exemplificam perfeitamente um grupo secundário, pois existe o interesse em comum de concluir o curso, o que, uma vez realizado, dissolve o grupo, embora ele possa se tornar um ou vários grupos primários.
  • 95. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Formas de organização social: Conforme os grupos crescem podem se tornar formais e informais, ou seja, com regras e normas explicitas ou implícitas. Um grupo pode se tornar uma organização, um aglomerado de pessoas unidas em torno de objetivos, formando uma combinação de esforços individuais em prol de propósitos coletivos. Neste sentido, assim como os grupos, as organizações podem ser voluntárias ou coercitivas.
  • 96. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Formas de organização social: Grupos ou organizações voluntários são aqueles onde os membros se reúnem espontaneamente. Coercitivas são aqueles em que os membros são forçados a se reunirem, a estarem juntos. Diferente de uma organização, uma instituição pode ser definida como um conjunto de pessoas que, não tendo necessariamente objetivos coletivos, é unificado pelo conjunto de tradições que segue.
  • 97. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Estrutura e papéis sociais: Ao contrário do que poderíamos imaginar, nem sempre os indivíduos controlam totalmente o comportamento. Para facilitar o convívio, a sociedade está organizada segundo uma hierarquia, compondo uma estrutura social.
  • 98. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Estrutura e papéis sociais: Cada individuo, conforme suas inclinações pessoais e sua formação social, tende a ocupar um lugar na estrutura, exercendo um papel social especifico que fará com que se comporte conforme as expectativas do grupo, independente de sua vontade. O comportamento das pessoas envolve o que se espera delas ou aquilo que ela mesma imagina que é esperado, determinando papéis sociais que conferem status.
  • 99. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Estrutura e papéis sociais: Por exemplo, um diretor de uma empresa jamais irá usar gírias em uma reunião de diretoria, pois considera que não atenderá as expectativas do grupo e diminuirá seu status. Entretanto, quando alguém ocupa mais de uma posição ou está presente em mais de uma estrutura, desempenhando múltiplos papéis, podem surgir conflitos de papéis.
  • 100. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Estrutura e papéis sociais: A esposa, por exemplo, sendo ao mesmo tempo mãe, devendo desempenhar funções distintas, pode confundir papéis. Tratando o marido como filho e criando uma tensão sexual com o filho, a esposa pode deixar os outros membros da família desorientados. Quando a mãe parece ter mais status para o marido que a esposa, a dita esposa pode tentar compor a expectativa que pensa que o marido tem para com ela.
  • 101. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Estrutura e papéis sociais: Resultado, a esposa passa a tratar o marido como mãe, buscando o status que julga não ter como esposa. Assim, o fator que faz com que as pessoas confundam papeis é o status, a busca pelo reconhecimento dentro da estrutura social.
  • 102. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Estrutura e papéis sociais: Quando um papel é considerado pelo individuo como estando abaixo do respeito e admiração almejado, o individuo tende a transferir seus desejos de reconhecimento para outra parte da estrutura ou outra estrutura onde pensa que terá maior probabilidade de sucesso.
  • 103. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Estrutura e papéis sociais: De qualquer forma, os conflitos de papeis desarticulam as relações e desestruturam os grupos sociais, causando inúmeros problemas para o individuo e o conjunto da coletividade.
  • 104. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Mobilidade social: Mudança de posição de indivíduos ou grupos em determinado sistema de estratificação. Esse fenômeno não existiu em todas as sociedades ao longo da história e naquelas em que ocorre varia em intensidade, maior ou menor, de uma para outra.
  • 105. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Mobilidade social: Mobilidade vertical: Ascensão ou a queda dos indivíduos ou grupos na escala de hierarquia social, levando a mudanças de suas posições de classe em relação às que eram ocupadas anteriormente na sociedade. O enriquecimento e o empobrecimento exemplificam este tipo de mobilidade.
  • 106. OS CONCEITOS BÁSICOS DE SOCIOLOGIA Mobilidade social: Mobilidade horizontal: relaciona-se com as mudanças de posição no interior da mesma classe dos indivíduos e grupos. As mudanças de religião, de posição política e de convicção filosófica ilustram essa modalidade.
  • 107. SOCIOLOGIA BRASILEIRA A Teoria da Dependência (pré-1964): Fernando Henrique Cardoso O subdesenvolvimento é fruto das relações internacionais. Essa conclusão é uma interpretação histórica da realidade econômica latino-americana e mundial. A saída do subdesenvolvimento passaria pelo incremento acelerado de um processo de industrialização com protecionismo, planejado e forte influência do Estado (Celso Furtado).
  • 108. SOCIOLOGIA BRASILEIRA A Teoria da Dependência (pré-1964): Dependência: relação de subordinação entre as partes componentes do sistema capitalista (relações entre as chamadas economias centrais (países desenvolvidos) e economias periféricas (países subdesenvolvidos)). Os países de economia dependente viveram, necessariamente, a condição colonial e a experiência do desenvolvimento industrial tardio.
  • 109. SOCIOLOGIA BRASILEIRA A Sociologia Brasileira após 1964: A universidade foi desmembrada e muitos professores foram cassado pelo Regime Militar, levando à formação de Centros de Estudo em várias áreas. Dalí aconteceu a profissionalização das Ciências Sociais no Brasil, agregando cursos de pós-graduação e o estabelecimento de técnicas de pesquisa para a investigação sociológica.
  • 110. SOCIOLOGIA BRASILEIRA Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no contexto da Globalização neoliberal: No fim dos anos 1970 e anos 1980, com o fim do Regime Militar, a Sociologia brasileira se voltou para o processo de redemocratização do país, além das consequências dos ―anos de chumbo‖ na sociedade.
  • 111. SOCIOLOGIA BRASILEIRA Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no contexto da Globalização neoliberal: No plano mundial, o advento da ampliação produtiva e comercial do capitalismo monopolista, bateu às portas do âmbito financeiro internacional, dando início à chamada globalização da economia mundial.
  • 112. SOCIOLOGIA BRASILEIRA Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no contexto da Globalização neoliberal: No plano brasileiro, dois cenários: - Estudos Macrossociológicos: procuram dar explicações relativas ao conteúdo e à lógica do processo político e social que o país vive.
  • 113. SOCIOLOGIA BRASILEIRA Sociologia e Sociedade: a inserção do Brasil no contexto da Globalização neoliberal: No plano brasileiro, dois cenários: - Estudos Microssociológicos: voltada para a descrição de objetos delimitados de natureza setorial.
  • 114. DESIGUALDADE SOCIAL Origem e fundamento da desigualdade: Pobreza versus riqueza: - Indicador fundamental da desigualdade social origina-se na distribuição desigual dos frutos da natureza e do trabalho. - As reflexões sobre as origens e os fundamentos da desigualdade surgiram no bojo do nascimento do mundo moderno e foram postas em pauta pelos primeiros pensadores burgueses:
  • 115. DESIGUALDADE SOCIAL Origem e fundamento da desigualdade: Pobreza versus riqueza: - Thomas Hobbes (1588-1679): Contrato social – Os indivíduos eram naturalmente iguais, gerando um estado permanente de violência. Para evitar isso, foi necessário que se estabelecesse um acordo (contrato social), implicando a perda da liberdade individual, vivendo a partir dalí num estado de submissão a um monarca que controlaria a situação (o Estado).
  • 116. DESIGUALDADE SOCIAL Origem e fundamento da desigualdade: Pobreza versus riqueza: - John Locke (1632-1704): Pacto social – Partiu de uma necessidade de construir uma sociedade fundada na política, na qual pactuariam homens livres e iguais. O problema é que eles só seriam livres e iguais à medida que tivessem propriedades a zelar, e os que não as possuíssem nãoestariam aptos a celebrar o pacto, sendo relegados à condição de desiguais.
  • 117. DESIGUALDADE SOCIAL Origem e fundamento da desigualdade: Pobreza versus riqueza: - Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): A liberdade só teria sentido se fosse edificada na igualdade, que por sua vez, deveria ser moralmente assentada e legitimada por meio do concurso dos fundamentos jurídicos. Logo, a coesão social rousseauniana declara que todos ―os homens deveriam ser iguais perante a lei.‖
  • 118. DESIGUALDADE SOCIAL Origem e fundamento da desigualdade: Pobreza versus riqueza: - As formas pelas quais os teóricos do Estado burguês moderno procuraram compreender, explicar e justificar a desigualdade passaram pelos conceitos de contrato, pacto, consentimento e pelo lema da liberdade, igualdade e fraternidade, mas só a superaram no plano jurídico, o que constituiu avanço histórico incontestável.
  • 119. DESIGUALDADE SOCIAL Origem e fundamento da desigualdade: Pobreza versus riqueza: - As diferenças sociais, que são produto objetivo das distinções materiais entre proprietários e não proprietários, ricos e pobres, incluídos e excluídos, continuam sendo construídas e escamoteadas, na sociedade de classes contemporânea, ao sabor dos interesses e necessidades dos grupos que nela detêm o poder.
  • 120. DESIGUALDADE SOCIAL Origem e fundamento da desigualdade: Pobreza versus riqueza: - No início do século XXI, a pobreza continua sendo tratada como consequência direta do fracasso pessoal, da incompetência ou da falta de vontade e garra dos indivíduos ou grupos, ao mesmo tempo que os setores dominantes da sociedade persistem na postura de não se sentirem responsáveis por sua geração.
  • 121. DESIGUALDADE SOCIAL Relações sociais e desigualdade: O avanço da percepção de que a desigualdade social não era produto natural da condição humana, fato já notado teoricamente por Rousseau, levou ao cerne da questão: a desigualdade era resultante direta da lógica das relações sociais.
  • 122. MOVIMENTOS SOCIAIS Conceito: Os conceitos definidores de movimento social referem-se à esfera das ações de grupos organizados para a conquista de determinados fins estabelecidos coletivamente, que partem de necessidades e visões específicas de mundo e de sociedade e objetivam mudar ou manter as relações sociais.
  • 123. MOVIMENTOS SOCIAIS Conceito: Esses movimentos constituem parte integrante fundamental das sociedades, e são sufocados nas que são autoritárias e reconhecidos nas democráticas, devendo ser vistos e analisados como fenômenos internos aos constantes processos de mudança e conservação dos sistemas e estruturas sociais.
  • 124. A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO Os processos de Comunicação de Masssa e a Sociedade Contemporânea: A comunicação e a informação constituem uma das bases fundamentais de todos os contatos sociais. Dada a profusão no século XX de meios para se comunicar, comunicação e informação tornaram-se imprescindíveis para a compreensão dos problemas relativos às relações sociais.
  • 125. A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO Os processos de Comunicação de Masssa e a Sociedade Contemporânea: O conceito comunicação desenvolveu-se à proporção que cresceu a diversidade dos meios de comunicação. Quando nos comunicamos, utilizamos os meios que criamos para transportar nossos sentidos de um ponto para outro ou para vários pontos simultaneamente, pressupondo que a comunicação não consegue prescindir de seu agente.
  • 126. A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO Massificação: Vivemos numa sociedade de massas! Massa um conjunto de elementos no qual o número de pessoas que expressam opinião é sempre muito menor do que o das que recebem. Nesse sentido, a massa seria constituída por uma coleção abstrata de indivíduos que viveriam a receber impressões e opiniões já formadas, antes construídas e depois veiculadas pelos meios de comunicação de massa.
  • 127. A SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMAÇÃO Massificação: A comunicação de massa deve ser caracterizada pela forma como ela é definida por seus produtores e pelo modo como ela é recebida pela sociedade. Ela é uma forma de comunicação social voltada para ampla faixa de público, que é anônimo, disperso e heterogêneo. E para atingir esse público deve voltar-se prioritariamente para a obtenção da chamada grande audiência, pelo recurso à utilização de seus meios e técnicas de difusão coletiva.