SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
QUEIMA CONTROLADA
Departamento de Meio Ambiente
Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente - SEAMA
Esta Foto de Autor Desconhecido
está licenciado em CC BY-NC
O fogo e a agricultura
O fogo é uma técnica utilizada para eliminar restos de cultura e
de exploração florestal, renovar pastos e para eliminar pragas e
doenças na agropecuária. É uma técnica muito antiga, praticada pelos
índios e assumida desde então no Brasil. Apesar de não ser a técnica
mais adequada nos dias de hoje, por causar diversos danos como
empobrecimento do solo e desertificação, ainda é muito praticada.
Para que o fogo permaneça dentro da área definida para
queima e não saia do controle, causando incêndios florestais, deve ser
utilizado de forma planejada e direcionada, limitada apenas a área
previamente determinada e realizada conforme técnicas pré-
estabelecidas.
Sobre a queima controlada
Considera-se Queima Controlada o emprego do fogo como
fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais, e
para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites
físicos previamente definidos e realizado de forma planejada e
controlada.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
Para realizar queimada é preciso:
1) Conhecer as normas de segurança pessoal para que não haja
acidentes;
2) Pessoal habilitado e equipado;
3) Estudar os fatores do comportamento do fogo;
4) Realizar os aceiros para segurança da área.
No planejamento e execução da queima é
necessário considerar os seguintes passos:
1. Definição do objetivo da queima;
2. Avaliação preliminar da área;
3. Realização do plano de queima ;
4. Autorização para a queima ;
5. Preparação do terreno ;
6. Execução da queima e avaliação.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado
em CC BY-NC
1. Definição do objetivo da queimada
Primeiramente é necessário estabelecer claramente a razão da
aplicação do fogo, definir de forma precisa o efeito que se quer alcançar
tanto no interior da área como nos terrenos vizinhos.
Na agropecuária o fogo é utilizado para limpeza e rebrota de
pastagens e combate de pragas e doenças. Na prevenção de incêndios
florestais em propriedades rurais ou unidades de conservação, o fogo é
utilizado para ampliar a área de aceiro, eliminando-se combustível nos
limites das propriedades e evitando que possíveis incêndios nas área
vizinhas atinjam a propriedade.
2. Avaliação preliminar da área
Ao executar uma queimada, a mesma deverá ser conduzida de
forma que fique dentro da área que se deseja tratar, sem causar danos
ao patrimônio próprio e dos vizinhos.
Para tanto, é indispensável uma análise detalhada das
condições do terreno, especialmente no que se refere à sua topografia
(inclinação, fundo de vales etc.), características da vegetação
(quantidade, condição, distribuição) e os efeitos dos fatores
meteorológicos (intensidade e direção do vento predominante).
A preparação do terreno para execução da queima, as técnicas
de queima, controle e os recursos requeridos, tanto de pessoal como de
equipamentos, podem já ser definidos, uma vez que tenha sido
realizada a avaliação preliminar da área.
O comportamento do fogo em uma queima depende das
características da área: topografia do terreno, umidade, ventos,
temperatura atmosférica, quantidade e distribuição dos materiais
vegetais. Cada um destes fatores provocam efeitos específicos no fogo
e se eles foram avaliados de forma correta e previamente à execução
da queima, é possível ter uma margem alta de segurança e prever o que
vai acontecer durante o processo.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
3. Plano de queima
No plano devem constar, essencialmente, os seguintes
aspectos: descrição do terreno; prescrições; técnica de queima e
controle do desenvolvimento da queima; extinção e vigilância de
brasas; medidas de segurança; recursos necessários e orçamento, que
deverá ser apresentado na protocolização do requerimento de
queimada controlada.
A Comunicação de Queima Controlada é o documento firmado
pelo interessado no emprego do fogo, mediante o qual ele dá ciência
ao órgão competente que cumpriu os requisitos e as exigências
previstas no artigo anterior e requer a Autorização de Queima
Controlada.
4. A autorização para queima controlada poderá
ser solicitada nas seguintes situações :
▪ I – queima de palhada para viabilização de operações de colheita;
▪ II – eliminação de espécies prejudiciais à cultura dominante;
▪ III – eliminação de restos de cultura após a colheita;
▪ IV – eliminação de restos de exploração florestal dispostos em leira;
▪ V – controle fitossanitário para eliminação de pragas e doenças, mediante recomendação
técnica subscrita por profissional habilitado;
▪ VI – outras hipóteses de práticas agropastoris e florestais, mediante recomendação técnica
subscrita por profissional habilitado;
▪ VII – corta-fogo para prevenção a incêndios, em áreas de plantio agropastoril ou florestal;
▪ VIII – atividades vinculadas a pesquisa científica realizadas por instituição de pesquisa.
Importante!
Depois do requerimento de Queima Controlada, o órgão
competente do SISNAMA, no prazo máximo de quinze dias, expedirá a
autorização correspondente. Não expedida a autorização no prazo
estipulado neste artigo, fica o requerente autorizado a realizar a
queima, conforme comunicado, salvo se se tratar de área sujeita à
realização de vistoria prévia a que se refere o artigo seguinte.
5. Preparação do terreno
Uma vez obtidas as permissões (aprovação do plano), inicia-se a
preparação do terreno. O recomendável é iniciar a queima em um
horário com condições ambientais adequadas e seguras, ou seja, a
noite ou as primeiras horas do amanhecer. Nesse horário a temperatura
e umidade podem efetivamente regular o comportamento do fogo,
evitando propagações violentas ou altos níveis de liberação calórica.
Por outro lado, este critério constitui uma medida de segurança, no
sentido de facilitar o controle do fogo, no caso de que algum foco
ultrapasse a linha perimetral.
6. Execução da queimada
Na oportunidade marcada para a operação, nos momentos
prévios ao incêndio, é necessário: Revisar novamente os preparativos:
pessoal, equipamentos e organização das atividades; Avaliar as
condições meteorológicas e o grau de perigo do momento; Revisar a
disponibilidade efetiva de recursos de apoio para prevenir danos ante
qualquer eventualidade
Se for detectado qualquer problema que implique a insegurança
de controlar adequadamente a operação, como na variação da direção
e intensidade do vento e nos casos em que se apresentem situações
imprevistas, a queima deverá ser adiada até que o risco tenha sido
superado.
A vigilância das brasas até sua total extinção deverá ser
efetuada seguindo estritamente o programado. É importante que
nestes casos se estabeleça a quantidade suficiente de pessoal no
terreno, pelo tempo que seja necessário, a fim de evitar
reaparecimentos de focos que constituem uma das principais causas de
incêndio florestais.
7. Pessoas envolvidas
É conveniente dispor de antemão dos contatos de uma unidade
de combate a incêndios (brigada de incêndios florestais, corpo de
bombeiros), caso ocorra algum problema. Sobre a quantidade de
pessoas envolvidas na queima, caso não se saiba exatamente a
quantidade de pessoas requeridas para fazer uma queima segura, o
recomendável é aumentar a quantidade, como norma de segurança. A
organização do pessoal é outro aspecto importante.
A eficiência e segurança da tarefa aconselham que cada um dos
participantes deva cumprir uma função e posição no terreno
claramente estabelecidas. O papel do pessoal na queima é assegurar
que o fogo se desenvolva dentro dos limites definidos, por isso, a maior
parte das pessoas deve dedicar-se à vigilância na linha de controle e ao
sufocamento dos focos que a ultrapassarem.
Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021
Dispõe sobre a proibição de queimadas em âmbito do município de São
João do Arraial e dá outras providências.
Art. 1° Fica proibida a queima de resíduos sólidos, vegetação ou
qualquer outro material orgânico ou inorgânico, no âmbito do
perímetro do Município de São João do Arraial [...]
Paragrafo Único. A proibição de que trata esta lei se estende a todo tipo
de queimada, inclusive, aquelas decorrentes de extrações, limpeza de
terrenos, varrição de passeios ou de vias públicas na zona urbana do
município.
Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021
Art. 2°. Toda pessoa física ou jurídica que, de qualquer forma, praticar
ação lesiva ao meio ambiente através do fogo, ficará sujeita às
penalidades previstas nessa lei, não excluindo outras sanções
estabelecidas na legislação vigente.
[...]
I – em relação à queima de resíduos domiciliares:
a ) se praticada por particular em seu próprio terreno ou em alheio,
multa no valor de R$ 1.500,00;
b ) se praticada por particular em passeios ou vias públicas, multa no
valor de R$ 2.500,00;
Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021
II – em relação à queima de resíduos industriais ou comerciais:
a ) se praticada nos próprios terrenos dos respectivos estabelecimentos
industriais ou comerciais, multa no valor de R$ 3.500,00;
b ) se praticada em passeios ou vias públicas, multa no valor de R$ 4.500,00;
III – em relação a outras espécies de resíduos:
a ) se praticada por particular ou responsável legal em seu próprio terreno ou
em alheio, multa no valor de R$ 1.500,00;
b ) se praticada em passeios ou vias públicas, multa no valor de R$ 2.500,00;
Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021
Art. 3°. Qualquer pessoa poderá denunciar queimadas feitas em
desacordo com as normas dispostas nesta lei às autoridades
competentes.
Paragrafo Único. O denunciante, em assim desejando, não precisará se
identificar, bastando tão somente fornecer os elementos suficientes
para a identificação do infrator.
QUEIMA CONTROLADA.pptx

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Silagem (milho, sorgo, capim)
Silagem (milho, sorgo, capim)Silagem (milho, sorgo, capim)
Silagem (milho, sorgo, capim)Brenda Bueno
 
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestaisCoveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestaisTaís Leandro
 
Mecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidasMecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidasGeagra UFG
 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROMORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROGeagra UFG
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJAINTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJAGeagra UFG
 
Sorgo morfologia e fisiologia
Sorgo morfologia e fisiologiaSorgo morfologia e fisiologia
Sorgo morfologia e fisiologiaGeagra UFG
 
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02   propagação e implantação de plantas ornamentaisAula 02   propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentaisCETEP, FTC, FASA..
 
Plantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controlePlantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controleGeagra UFG
 
Agrotóxicos - Boas Práticas de Manuseio
Agrotóxicos - Boas Práticas de ManuseioAgrotóxicos - Boas Práticas de Manuseio
Agrotóxicos - Boas Práticas de ManuseioFonte Comunicação
 
Apostila Produçao de Leite Agroecologico
Apostila Produçao de Leite AgroecologicoApostila Produçao de Leite Agroecologico
Apostila Produçao de Leite AgroecologicoDaniel Mol
 
Uc 22 assistencia técnica e extensão rural
Uc 22  assistencia técnica e extensão ruralUc 22  assistencia técnica e extensão rural
Uc 22 assistencia técnica e extensão ruralItniaArajo
 
Cultivo de mandioca macaxeira
Cultivo de mandioca macaxeiraCultivo de mandioca macaxeira
Cultivo de mandioca macaxeiraJosimar Oliveira
 
Plantação de Eucaliptos em pequenas propriedades rurais
Plantação de Eucaliptos em pequenas propriedades ruraisPlantação de Eucaliptos em pequenas propriedades rurais
Plantação de Eucaliptos em pequenas propriedades ruraisFranciele_
 

Mais procurados (20)

Silagem (milho, sorgo, capim)
Silagem (milho, sorgo, capim)Silagem (milho, sorgo, capim)
Silagem (milho, sorgo, capim)
 
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestaisCoveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
Coveamento, plantio e replantio de povoamentos florestais
 
Agroecologia
AgroecologiaAgroecologia
Agroecologia
 
Doenças do milho
Doenças do milhoDoenças do milho
Doenças do milho
 
Mecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidasMecanismos de ação de herbicidas
Mecanismos de ação de herbicidas
 
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIROMORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO ALGODOEIRO
 
Engenharia Agronômica
Engenharia AgronômicaEngenharia Agronômica
Engenharia Agronômica
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJAINTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
INTRODUÇÃO À CULTURA DA SOJA
 
Sorgo morfologia e fisiologia
Sorgo morfologia e fisiologiaSorgo morfologia e fisiologia
Sorgo morfologia e fisiologia
 
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02   propagação e implantação de plantas ornamentaisAula 02   propagação e implantação de plantas ornamentais
Aula 02 propagação e implantação de plantas ornamentais
 
aulas de friticultura
aulas de friticulturaaulas de friticultura
aulas de friticultura
 
Plantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controlePlantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controle
 
Slide Bioma Pampa
Slide Bioma PampaSlide Bioma Pampa
Slide Bioma Pampa
 
Agrotóxicos - Boas Práticas de Manuseio
Agrotóxicos - Boas Práticas de ManuseioAgrotóxicos - Boas Práticas de Manuseio
Agrotóxicos - Boas Práticas de Manuseio
 
Apostila Produçao de Leite Agroecologico
Apostila Produçao de Leite AgroecologicoApostila Produçao de Leite Agroecologico
Apostila Produçao de Leite Agroecologico
 
Uc 22 assistencia técnica e extensão rural
Uc 22  assistencia técnica e extensão ruralUc 22  assistencia técnica e extensão rural
Uc 22 assistencia técnica e extensão rural
 
Cultivo de mandioca macaxeira
Cultivo de mandioca macaxeiraCultivo de mandioca macaxeira
Cultivo de mandioca macaxeira
 
Adubação cafeeiro )
Adubação cafeeiro     )Adubação cafeeiro     )
Adubação cafeeiro )
 
Manual construcao-rural
Manual construcao-ruralManual construcao-rural
Manual construcao-rural
 
Plantação de Eucaliptos em pequenas propriedades rurais
Plantação de Eucaliptos em pequenas propriedades ruraisPlantação de Eucaliptos em pequenas propriedades rurais
Plantação de Eucaliptos em pequenas propriedades rurais
 

Semelhante a QUEIMA CONTROLADA.pptx

Plano de-emergencia-contra-incendio
Plano de-emergencia-contra-incendioPlano de-emergencia-contra-incendio
Plano de-emergencia-contra-incendioPaulo H Bueno
 
Trab. brigada 1
Trab. brigada 1Trab. brigada 1
Trab. brigada 1bia139
 
NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...
NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...
NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...CharisTreinamentos
 
instrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdf
instrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdfinstrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdf
instrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdfDevanir Miranda
 
Nr 23 comentada
Nr 23 comentadaNr 23 comentada
Nr 23 comentadastoc3214
 
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendioNbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendioRomulo Fachiina
 
Brigada nr23 comentada
Brigada   nr23 comentadaBrigada   nr23 comentada
Brigada nr23 comentadaGliceu Grossi
 
Modulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdf
Modulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdfModulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdf
Modulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdfEduardoRobertodeCicc
 
Nbr 12693 sistemas de proteção por extintores de no-pw
Nbr 12693   sistemas de proteção por extintores de no-pwNbr 12693   sistemas de proteção por extintores de no-pw
Nbr 12693 sistemas de proteção por extintores de no-pwEng_edgard
 
Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02
Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02
Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02Ribeiro Xuxa
 
PAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA
PAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIAPAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA
PAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIAIZAIAS DE SOUZA AGUIAR
 
Org. e Trein. de Equipes de Combate
Org. e Trein. de Equipes de CombateOrg. e Trein. de Equipes de Combate
Org. e Trein. de Equipes de CombateCursosEADFox
 
Pci s7 consultoria
Pci s7 consultoriaPci s7 consultoria
Pci s7 consultoriaTst Souza
 
Modelo genérico plano_escape1
Modelo genérico plano_escape1Modelo genérico plano_escape1
Modelo genérico plano_escape1Ana
 
Cartilha de orientacao
Cartilha de orientacaoCartilha de orientacao
Cartilha de orientacaoPaulo Fiuza
 

Semelhante a QUEIMA CONTROLADA.pptx (20)

Plano de-emergencia-contra-incendio
Plano de-emergencia-contra-incendioPlano de-emergencia-contra-incendio
Plano de-emergencia-contra-incendio
 
Trab. brigada 1
Trab. brigada 1Trab. brigada 1
Trab. brigada 1
 
It 12 3_a
It 12 3_aIt 12 3_a
It 12 3_a
 
01 prevencao
01 prevencao01 prevencao
01 prevencao
 
NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...
NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...
NR_23_-_3__-_Teoria_basica_do_Incendio_Florestal-_Taticas_e_tecnicas_de_comba...
 
instrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdf
instrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdfinstrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdf
instrucao_tecnica_12_2a_edicao.pdf
 
Nr 23 comentada
Nr 23 comentadaNr 23 comentada
Nr 23 comentada
 
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendioNbr 12693   sistemas de protecao por extintores de incendio
Nbr 12693 sistemas de protecao por extintores de incendio
 
Abnt 14276
Abnt 14276Abnt 14276
Abnt 14276
 
Brigada nr23 comentada
Brigada   nr23 comentadaBrigada   nr23 comentada
Brigada nr23 comentada
 
Treinamento brigada de incêndio
Treinamento brigada de incêndioTreinamento brigada de incêndio
Treinamento brigada de incêndio
 
Modulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdf
Modulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdfModulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdf
Modulo 8 - Topico 12 - Proteção e combate a Incendios.pdf
 
Nbr 12693 sistemas de proteção por extintores de no-pw
Nbr 12693   sistemas de proteção por extintores de no-pwNbr 12693   sistemas de proteção por extintores de no-pw
Nbr 12693 sistemas de proteção por extintores de no-pw
 
Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02
Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02
Organobrigadaincndio 121218164758-phpapp02
 
PAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA
PAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIAPAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA
PAE - PLANO DE ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA
 
Org. e Trein. de Equipes de Combate
Org. e Trein. de Equipes de CombateOrg. e Trein. de Equipes de Combate
Org. e Trein. de Equipes de Combate
 
Pci s7 consultoria
Pci s7 consultoriaPci s7 consultoria
Pci s7 consultoria
 
Modelo genérico plano_escape1
Modelo genérico plano_escape1Modelo genérico plano_escape1
Modelo genérico plano_escape1
 
Instrucoes tecnicas-02
Instrucoes tecnicas-02Instrucoes tecnicas-02
Instrucoes tecnicas-02
 
Cartilha de orientacao
Cartilha de orientacaoCartilha de orientacao
Cartilha de orientacao
 

Último

Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 

Último (20)

Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 

QUEIMA CONTROLADA.pptx

  • 1. QUEIMA CONTROLADA Departamento de Meio Ambiente Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente - SEAMA Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC
  • 2. O fogo e a agricultura O fogo é uma técnica utilizada para eliminar restos de cultura e de exploração florestal, renovar pastos e para eliminar pragas e doenças na agropecuária. É uma técnica muito antiga, praticada pelos índios e assumida desde então no Brasil. Apesar de não ser a técnica mais adequada nos dias de hoje, por causar diversos danos como empobrecimento do solo e desertificação, ainda é muito praticada. Para que o fogo permaneça dentro da área definida para queima e não saia do controle, causando incêndios florestais, deve ser utilizado de forma planejada e direcionada, limitada apenas a área previamente determinada e realizada conforme técnicas pré- estabelecidas.
  • 3. Sobre a queima controlada Considera-se Queima Controlada o emprego do fogo como fator de produção e manejo em atividades agropastoris ou florestais, e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos e realizado de forma planejada e controlada. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
  • 4. Para realizar queimada é preciso: 1) Conhecer as normas de segurança pessoal para que não haja acidentes; 2) Pessoal habilitado e equipado; 3) Estudar os fatores do comportamento do fogo; 4) Realizar os aceiros para segurança da área.
  • 5. No planejamento e execução da queima é necessário considerar os seguintes passos: 1. Definição do objetivo da queima; 2. Avaliação preliminar da área; 3. Realização do plano de queima ; 4. Autorização para a queima ; 5. Preparação do terreno ; 6. Execução da queima e avaliação. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC
  • 6. 1. Definição do objetivo da queimada Primeiramente é necessário estabelecer claramente a razão da aplicação do fogo, definir de forma precisa o efeito que se quer alcançar tanto no interior da área como nos terrenos vizinhos. Na agropecuária o fogo é utilizado para limpeza e rebrota de pastagens e combate de pragas e doenças. Na prevenção de incêndios florestais em propriedades rurais ou unidades de conservação, o fogo é utilizado para ampliar a área de aceiro, eliminando-se combustível nos limites das propriedades e evitando que possíveis incêndios nas área vizinhas atinjam a propriedade.
  • 7. 2. Avaliação preliminar da área Ao executar uma queimada, a mesma deverá ser conduzida de forma que fique dentro da área que se deseja tratar, sem causar danos ao patrimônio próprio e dos vizinhos. Para tanto, é indispensável uma análise detalhada das condições do terreno, especialmente no que se refere à sua topografia (inclinação, fundo de vales etc.), características da vegetação (quantidade, condição, distribuição) e os efeitos dos fatores meteorológicos (intensidade e direção do vento predominante). A preparação do terreno para execução da queima, as técnicas de queima, controle e os recursos requeridos, tanto de pessoal como de equipamentos, podem já ser definidos, uma vez que tenha sido realizada a avaliação preliminar da área.
  • 8. O comportamento do fogo em uma queima depende das características da área: topografia do terreno, umidade, ventos, temperatura atmosférica, quantidade e distribuição dos materiais vegetais. Cada um destes fatores provocam efeitos específicos no fogo e se eles foram avaliados de forma correta e previamente à execução da queima, é possível ter uma margem alta de segurança e prever o que vai acontecer durante o processo.
  • 9. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY
  • 10. 3. Plano de queima No plano devem constar, essencialmente, os seguintes aspectos: descrição do terreno; prescrições; técnica de queima e controle do desenvolvimento da queima; extinção e vigilância de brasas; medidas de segurança; recursos necessários e orçamento, que deverá ser apresentado na protocolização do requerimento de queimada controlada. A Comunicação de Queima Controlada é o documento firmado pelo interessado no emprego do fogo, mediante o qual ele dá ciência ao órgão competente que cumpriu os requisitos e as exigências previstas no artigo anterior e requer a Autorização de Queima Controlada.
  • 11. 4. A autorização para queima controlada poderá ser solicitada nas seguintes situações : ▪ I – queima de palhada para viabilização de operações de colheita; ▪ II – eliminação de espécies prejudiciais à cultura dominante; ▪ III – eliminação de restos de cultura após a colheita; ▪ IV – eliminação de restos de exploração florestal dispostos em leira; ▪ V – controle fitossanitário para eliminação de pragas e doenças, mediante recomendação técnica subscrita por profissional habilitado; ▪ VI – outras hipóteses de práticas agropastoris e florestais, mediante recomendação técnica subscrita por profissional habilitado; ▪ VII – corta-fogo para prevenção a incêndios, em áreas de plantio agropastoril ou florestal; ▪ VIII – atividades vinculadas a pesquisa científica realizadas por instituição de pesquisa.
  • 12. Importante! Depois do requerimento de Queima Controlada, o órgão competente do SISNAMA, no prazo máximo de quinze dias, expedirá a autorização correspondente. Não expedida a autorização no prazo estipulado neste artigo, fica o requerente autorizado a realizar a queima, conforme comunicado, salvo se se tratar de área sujeita à realização de vistoria prévia a que se refere o artigo seguinte.
  • 13. 5. Preparação do terreno Uma vez obtidas as permissões (aprovação do plano), inicia-se a preparação do terreno. O recomendável é iniciar a queima em um horário com condições ambientais adequadas e seguras, ou seja, a noite ou as primeiras horas do amanhecer. Nesse horário a temperatura e umidade podem efetivamente regular o comportamento do fogo, evitando propagações violentas ou altos níveis de liberação calórica. Por outro lado, este critério constitui uma medida de segurança, no sentido de facilitar o controle do fogo, no caso de que algum foco ultrapasse a linha perimetral.
  • 14. 6. Execução da queimada Na oportunidade marcada para a operação, nos momentos prévios ao incêndio, é necessário: Revisar novamente os preparativos: pessoal, equipamentos e organização das atividades; Avaliar as condições meteorológicas e o grau de perigo do momento; Revisar a disponibilidade efetiva de recursos de apoio para prevenir danos ante qualquer eventualidade
  • 15. Se for detectado qualquer problema que implique a insegurança de controlar adequadamente a operação, como na variação da direção e intensidade do vento e nos casos em que se apresentem situações imprevistas, a queima deverá ser adiada até que o risco tenha sido superado. A vigilância das brasas até sua total extinção deverá ser efetuada seguindo estritamente o programado. É importante que nestes casos se estabeleça a quantidade suficiente de pessoal no terreno, pelo tempo que seja necessário, a fim de evitar reaparecimentos de focos que constituem uma das principais causas de incêndio florestais.
  • 16. 7. Pessoas envolvidas É conveniente dispor de antemão dos contatos de uma unidade de combate a incêndios (brigada de incêndios florestais, corpo de bombeiros), caso ocorra algum problema. Sobre a quantidade de pessoas envolvidas na queima, caso não se saiba exatamente a quantidade de pessoas requeridas para fazer uma queima segura, o recomendável é aumentar a quantidade, como norma de segurança. A organização do pessoal é outro aspecto importante. A eficiência e segurança da tarefa aconselham que cada um dos participantes deva cumprir uma função e posição no terreno claramente estabelecidas. O papel do pessoal na queima é assegurar que o fogo se desenvolva dentro dos limites definidos, por isso, a maior parte das pessoas deve dedicar-se à vigilância na linha de controle e ao sufocamento dos focos que a ultrapassarem.
  • 17. Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021 Dispõe sobre a proibição de queimadas em âmbito do município de São João do Arraial e dá outras providências. Art. 1° Fica proibida a queima de resíduos sólidos, vegetação ou qualquer outro material orgânico ou inorgânico, no âmbito do perímetro do Município de São João do Arraial [...] Paragrafo Único. A proibição de que trata esta lei se estende a todo tipo de queimada, inclusive, aquelas decorrentes de extrações, limpeza de terrenos, varrição de passeios ou de vias públicas na zona urbana do município.
  • 18. Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021 Art. 2°. Toda pessoa física ou jurídica que, de qualquer forma, praticar ação lesiva ao meio ambiente através do fogo, ficará sujeita às penalidades previstas nessa lei, não excluindo outras sanções estabelecidas na legislação vigente. [...] I – em relação à queima de resíduos domiciliares: a ) se praticada por particular em seu próprio terreno ou em alheio, multa no valor de R$ 1.500,00; b ) se praticada por particular em passeios ou vias públicas, multa no valor de R$ 2.500,00;
  • 19. Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021 II – em relação à queima de resíduos industriais ou comerciais: a ) se praticada nos próprios terrenos dos respectivos estabelecimentos industriais ou comerciais, multa no valor de R$ 3.500,00; b ) se praticada em passeios ou vias públicas, multa no valor de R$ 4.500,00; III – em relação a outras espécies de resíduos: a ) se praticada por particular ou responsável legal em seu próprio terreno ou em alheio, multa no valor de R$ 1.500,00; b ) se praticada em passeios ou vias públicas, multa no valor de R$ 2.500,00;
  • 20. Lei n° 280/2021, de 8 de abril de 2021 Art. 3°. Qualquer pessoa poderá denunciar queimadas feitas em desacordo com as normas dispostas nesta lei às autoridades competentes. Paragrafo Único. O denunciante, em assim desejando, não precisará se identificar, bastando tão somente fornecer os elementos suficientes para a identificação do infrator.