SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
PARNASIANISMO
INTRODUÇÃO
O parnasianismo é uma escola literária
ou um movimento literário
essencialmente poético, contemporâneo
do Realismo-Naturalismo. Um estilo de
época que se desenvolveu na poesia a
partir de 1850, na França, com o objetivo
de retomar a cultura clássica.
Origem
França durante o
século XIX,
Brasil em 1882 - 1893
“FANFARRAS” -
Teófilo Dias
Objetivo
Poesias
perfeitas
Oposição
Romantismo e
Realismo
Característica
Essencialmente
poético.
“Realismo em
poesia”
I II III IV
I Sem enrolação,
próximo
Objetividade
Características
II Rebuscado, sentido fica
em segundo plano, arte
pela arte
Culto à forma
III Não aparece tanto o
“eu” como no
romantismo
Impessoalidade
IV Mostra o detalhe. Frio,
pouco sentimento
Descritivismo
Tríade Parnasiana
Olavo Bilac
- Reflexão da existencia
- Explicar o porquê da perfeição
- Nacionalismo (não exarcebado)
- Mitologia (todos buscam)
- Sensualismo (pouco)
Profissão de Fé
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto
relevo
Faz de uma flor.
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No
aconchego
Do claustro, na paciência e no
sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre,
e sua!
Satânia
Nua, de pé, solto o cabelo às costas,
Sorri. Na alcova perfumada e quente,
Profusamente a luz do meio-dia
Entra e se espalha palpitante e viva.
Vem lhe beijar a pequenina ponta
Do pequenino pé macio e branco.
Sobe... cinge-lhe a perna longamente;
Sobe... — e que volta sensual descreve
Para abranger todo o quadril! — prossegue.
Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura,
Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
Alberto de Oliveira
- Rigidez formal
- Precisão
- Pobreza temática
- Sem emoção
- Descritivismo
Vaso Grego
Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que o suspendia
Então, e, ora repleta ora esvasada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.
Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Raimundo Correia
- Natureza
- Melancolia
- Pessimismo
- Filosófico
- Moralidade
Anoitecer
Esbraseia o Ocidente na agonia
O sol... Aves em bandos destacados,
Por céus de oiro e de púrpura raiados
Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia...
A natureza apática esmaece…
Pouco a pouco, entre as árvores, a lua
Surge trêmula, trêmula... Anoitece.
As Pombas
Vai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
Das pombas vão-se dos pombais
Também dos corações onde abotoam
Os sonhos, um a um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais.
(ENEM) Abrimos o Brasil a todo o mundo: mas queremos que o Brasil seja Brasil!
Queremos conservar a nossa raça, a nossa história, e, principalmente, a nossa
língua, que é toda a nossa vida, o nosso sangue, a nossa alma, a nossa religião.
Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu engajamento na constituição da
identidade nacional e linguística, ressaltando a:
a) transformação da cultura brasileira.
b) religiosidade do povo brasileiro.
c) abertura do Brasil para a democracia.
d) importância comercial do Brasil.
e) autorreferência do povo como brasileiro.
(ENEM) Abrimos o Brasil a todo o mundo: mas queremos que o Brasil seja Brasil!
Queremos conservar a nossa raça, a nossa história, e, principalmente, a nossa
língua, que é toda a nossa vida, o nosso sangue, a nossa alma, a nossa religião.
Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu engajamento na constituição da
identidade nacional e linguística, ressaltando a:
a) transformação da cultura brasileira.
b) religiosidade do povo brasileiro.
c) abertura do Brasil para a democracia.
d) importância comercial do Brasil.
e) autorreferência do povo como brasileiro.
(ENEM)
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos
ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos
inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás pais nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
O discurso poético de Olavo Bilac ecoa
esse projeto, na medida em que:
a) a paisagem natural ganha contornos
surreais, como o projeto brasileiro de
grandeza.
b) a prosperidade individual, como a
exuberância da terra, independe de
políticas de governo.
c) os valores afetivos atribuídos à
família devem ser aplicados também aos
ícones nacionais.
d) a capacidade produtiva da terra
garante ao país a riqueza que se verifica
naquele momento.
e) a valorização do trabalhador passa a
integrar o conceito de bem-estar social
experimentado.
(ENEM)
Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos
ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos
inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…
Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!
Criança! não verás pais nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
O discurso poético de Olavo Bilac ecoa
esse projeto, na medida em que:
a) a paisagem natural ganha contornos
surreais, como o projeto brasileiro de
grandeza.
b) a prosperidade individual, como a
exuberância da terra, independe de
políticas de governo.
c) os valores afetivos atribuídos à
família devem ser aplicados também aos
ícones nacionais.
d) a capacidade produtiva da terra
garante ao país a riqueza que se verifica
naquele momento.
e) a valorização do trabalhador passa a
integrar o conceito de bem-estar social
experimentado.
O parnasianismo: estilo literário francês do século XIX

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a O parnasianismo: estilo literário francês do século XIX

Romantismo em-portugal-e-no-brasil
Romantismo em-portugal-e-no-brasilRomantismo em-portugal-e-no-brasil
Romantismo em-portugal-e-no-brasilJose Arnaldo Silva
 
PRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptx
PRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptxPRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptx
PRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptxPedroGonalves971738
 
Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1Dina Baptista
 
romantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdf
romantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdfromantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdf
romantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdfiagosouza61
 
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.pptliteratura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.pptkeilaoliveira69
 
Romantismo/Antologia Poética
Romantismo/Antologia PoéticaRomantismo/Antologia Poética
Romantismo/Antologia PoéticaVinicius Soco
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoQuezia Neves
 
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro Barbara Falcão
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Blog Estudo
 
pdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdf
pdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdfpdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdf
pdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdfMichaelMorais12
 
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃOSEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃOSérgio Pitaki
 
Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014Gustavo Cuin
 
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshasklliteratura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshasklLuisFernando652236
 

Semelhante a O parnasianismo: estilo literário francês do século XIX (20)

Romantismo em-portugal-e-no-brasil
Romantismo em-portugal-e-no-brasilRomantismo em-portugal-e-no-brasil
Romantismo em-portugal-e-no-brasil
 
PRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptx
PRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptxPRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptx
PRÉ MODERNISMO atualiazado 3 ANO.pptx
 
Dia mundial da poesia vf
Dia mundial da poesia vfDia mundial da poesia vf
Dia mundial da poesia vf
 
Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1Poesia do século XX - 1
Poesia do século XX - 1
 
romantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdf
romantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdfromantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdf
romantismonobrasil-1gerao-110216091849-phpapp02 (5).pdf
 
Romantismo contexto e poetas
Romantismo contexto e poetasRomantismo contexto e poetas
Romantismo contexto e poetas
 
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.pptliteratura-romantismo-no-brasil.ppt
literatura-romantismo-no-brasil.ppt
 
Romantismo/Antologia Poética
Romantismo/Antologia PoéticaRomantismo/Antologia Poética
Romantismo/Antologia Poética
 
Romantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geraçãoRomantismo no Brasil - 1ª geração
Romantismo no Brasil - 1ª geração
 
Romantismo
 Romantismo Romantismo
Romantismo
 
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
Romantismo - panorama mundial e Brasileiro
 
Poetas parnasianos e simbolistas
Poetas parnasianos e simbolistasPoetas parnasianos e simbolistas
Poetas parnasianos e simbolistas
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
 
Literatura Em Pcop Maria Jose
Literatura Em Pcop Maria JoseLiteratura Em Pcop Maria Jose
Literatura Em Pcop Maria Jose
 
Barroco
BarrocoBarroco
Barroco
 
pdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdf
pdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdfpdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdf
pdfcoffee.com_romantismo-slideppt-pdf-free.pdf
 
Antologia poética
Antologia poéticaAntologia poética
Antologia poética
 
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃOSEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
SEMANA DE ARTE MODERNA - UMA VISÃO
 
Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014Trovadorismo ao romantismo 2014
Trovadorismo ao romantismo 2014
 
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshasklliteratura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
literatura completa 123kdhshsgsgajhsgakjshbakjshaskl
 

Último

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 

Último (20)

11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 

O parnasianismo: estilo literário francês do século XIX

  • 2. INTRODUÇÃO O parnasianismo é uma escola literária ou um movimento literário essencialmente poético, contemporâneo do Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na França, com o objetivo de retomar a cultura clássica.
  • 3. Origem França durante o século XIX, Brasil em 1882 - 1893 “FANFARRAS” - Teófilo Dias Objetivo Poesias perfeitas Oposição Romantismo e Realismo Característica Essencialmente poético. “Realismo em poesia” I II III IV
  • 4. I Sem enrolação, próximo Objetividade Características II Rebuscado, sentido fica em segundo plano, arte pela arte Culto à forma III Não aparece tanto o “eu” como no romantismo Impessoalidade IV Mostra o detalhe. Frio, pouco sentimento Descritivismo
  • 6. Olavo Bilac - Reflexão da existencia - Explicar o porquê da perfeição - Nacionalismo (não exarcebado) - Mitologia (todos buscam) - Sensualismo (pouco)
  • 7. Profissão de Fé Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto relevo Faz de uma flor. Assim procedo. Minha pena Segue esta norma, Por te servir, Deusa serena, Serena Forma
  • 8. A um poeta Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
  • 9. Satânia Nua, de pé, solto o cabelo às costas, Sorri. Na alcova perfumada e quente, Profusamente a luz do meio-dia Entra e se espalha palpitante e viva. Vem lhe beijar a pequenina ponta Do pequenino pé macio e branco. Sobe... cinge-lhe a perna longamente; Sobe... — e que volta sensual descreve Para abranger todo o quadril! — prossegue. Lambe-lhe o ventre, abraça-lhe a cintura, Morde-lhe os bicos túmidos dos seios,
  • 10. Alberto de Oliveira - Rigidez formal - Precisão - Pobreza temática - Sem emoção - Descritivismo
  • 11. Vaso Grego Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que o suspendia Então, e, ora repleta ora esvasada, A taça amiga aos dedos seus tinia, Toda de roxas pétalas colmada.
  • 12. Vaso Chinês Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio.
  • 13. Raimundo Correia - Natureza - Melancolia - Pessimismo - Filosófico - Moralidade
  • 14. Anoitecer Esbraseia o Ocidente na agonia O sol... Aves em bandos destacados, Por céus de oiro e de púrpura raiados Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia... A natureza apática esmaece… Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula... Anoitece.
  • 15. As Pombas Vai-se a primeira pomba despertada… Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas Das pombas vão-se dos pombais Também dos corações onde abotoam Os sonhos, um a um, céleres voam, Como voam as pombas dos pombais No azul da adolescência as asas soltam, Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam, E eles aos corações não voltam mais.
  • 16. (ENEM) Abrimos o Brasil a todo o mundo: mas queremos que o Brasil seja Brasil! Queremos conservar a nossa raça, a nossa história, e, principalmente, a nossa língua, que é toda a nossa vida, o nosso sangue, a nossa alma, a nossa religião. Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu engajamento na constituição da identidade nacional e linguística, ressaltando a: a) transformação da cultura brasileira. b) religiosidade do povo brasileiro. c) abertura do Brasil para a democracia. d) importância comercial do Brasil. e) autorreferência do povo como brasileiro.
  • 17. (ENEM) Abrimos o Brasil a todo o mundo: mas queremos que o Brasil seja Brasil! Queremos conservar a nossa raça, a nossa história, e, principalmente, a nossa língua, que é toda a nossa vida, o nosso sangue, a nossa alma, a nossa religião. Nesse trecho, Olavo Bilac manifesta seu engajamento na constituição da identidade nacional e linguística, ressaltando a: a) transformação da cultura brasileira. b) religiosidade do povo brasileiro. c) abertura do Brasil para a democracia. d) importância comercial do Brasil. e) autorreferência do povo como brasileiro.
  • 18. (ENEM) Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! não verás nenhum país como este! Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos. Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos! Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! Vê que grande extensão de matas, onde impera, Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha… Quem com o seu suor a fecunda e umedece, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece! Criança! não verás pais nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que: a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza. b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo. c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais. d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento. e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.
  • 19. (ENEM) Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! não verás nenhum país como este! Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, É um seio de mãe a transbordar carinhos. Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos, Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos! Vê que luz, que calor, que multidão de insetos! Vê que grande extensão de matas, onde impera, Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha O pão que mata a fome, o teto que agasalha… Quem com o seu suor a fecunda e umedece, Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece! Criança! não verás pais nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que: a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza. b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo. c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais. d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento. e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.