3. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
PRÉ-MODERNISMO
Canção do Exilio (Gonçalves Dias)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
ROMANTISMO X MODERNISMO
Canto de regresso à pátria [Oswald de Andrade]
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo
4. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
CAPÍTULO 1 – O PRÉ-MODERNISMO – CONCORDÂNCIA VERBAL – O CONTO
• Duas primeiras décadas do século XX – momento de transição;
• De um lado, influências das correntes estéticas do século XIX (Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e o
Simbolismo);
• Por outro lado, reflorescimento do nacionalismo e a busca de uma língua brasileira;
• Produção situada entre 1900-1922;
• Não se caracterizou como um movimento literário, mas criou condições para a ruptura que viria posteriormente;
• Rica produção em verso e em prosa;
• Poesia – Augusto dos Anjos;
• Prosa – Euclides da Cunha; Monteiro Lobato; Lima Barreto.
PRÉ-MODERNISMO
5. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
O PRÉ-MODERNISMO
AUGUSTO DOS ANJOS
Acervo
Iconographia
Augusto dos Anjos
• 1912 – publicação de Eu – obra de poesia mais lida no Brasil;
• Originalidade chocante;
• Elementos simbolistas fundidos a elementos materialistas e científicos;
• Herança simbolista – visão cósmica e angústia moral; pessimismo
exacerbado (Schopenhauer);
• Visão materialista e científica da vida e do mundo;
• Eu lírico – busca o infinito na matéria; perspectiva pessimista de que
tudo caminha para a morte, para o mal e a para o nada;
• Tudo é matéria, não há lugar para a esperança;
• Linguagem – termos científicos misturados com um vocabulário
rebuscado;
• Formas poéticas convencionais.
6. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
AUGUSTO DOS ANJOS
HERANÇA SIMBOLISTA – ANGÚSTIA MORAL
Arthur Schopenhauer
O MORCEGO
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
“Vou mandar levantar outra parede...”
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!
7. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
AUGUSTO DOS ANJOS
VISÃO MATERIALISTA E CIENTÍFICA
VOZES DE UM TÚMULO
Morri! E a Terra — a mãe comum — o brilho
Destes meus olhos apagou!... Assim
Tântalo, aos reais convivas, num festim,
Serviu as carnes do seu próprio filho!
Por que para este cemitério vim?!
Por quê?! Antes da vida o angusto trilho
Palmilhasse, do que este que palmilho
E que me assombra, porque não tem fim!
No ardor do sonho que o fronema exalta
Construí de orgulho ênea pirâmide alta...
Hoje, porém, que se desmoronou
A pirâmide real do meu orgulho,
Hoje que apenas sou matéria e entulho
Tenho consciência de que nada sou!
8. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
AUGUSTO DOS ANJOS
TUDO CAMINHA PARA A MORTE
IDEALISMO
Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaira,
De Messalina e de Sardanapalo?!
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
9. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
AUGUSTO DOS ANJOS
LINGUAGEM – TERMOS CIENTÍFICOS E REBUSCADOS
PSICOLOGIA DE UM VENCIDO
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
10. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
AUGUSTO DOS ANJOS
FORMAS POÉTICAS CONVENCIONAIS.
SONETO
Agregado infeliz de sangue e cal,
Fruto rubro de carne agonizante,
Filho da grande força fecundante
De minha brônzea trama neuronial,
Que poder embriológico fatal
Destruiu, com a sinergia de um gigante,
Em tua morfogênese de infante
A minha morfogênese ancestral?!
Porção de minha plásmica substância,
Em que lugar irás passar a infância,
Tragicamente anônimo, a feder?...
Ah! Possas tu dormir feto esquecido,
Panteisticamente dissolvido
Na noumenalidade do NÃO SER!
MONÓLOGO DE UMA SOMBRA
“Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!
Pairando acima dos mundanos tetos,
Não conheço o acidente da Senectus
— Esta universitária sanguessuga
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!
11. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
LIMA BARRETO
BIOGRAFIA
- Nasc: 13/05/1881, Laranjeiras, Rio de Janeiro;
- Filho de um tipógrafo e de uma professora;
- Afilhado do Visconde de Ouro Preto;
Colégio Pedro II
Escola Politécnica - Engenharia
- O enlouquecimento do pai (1903);
Responsável pelo sustento dos 3 irmãos
Abandono do curso
- Ocupações:
Escriturário no Ministério da Guerra (1904)
Jornalista
- Morte: 01/11/ 1922
12. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
O PRÉ-MODERNISMO
• Um dos primeiros escritores a retratar as camadas mais humildes da
população;
• Romances – predominância de tipos comuns nos subúrbios;
• Contrapõe-se ao modelo convencional de escrita e linguagem;
• Obra não foi bem recebida pela crítica da época, pois sua linguagem era
considerada displicente;
• Visão ácida a respeito do Rio de Janeiro e das elites no poder;
• Um dos primeiros escritores negros a abordar o tema do preconceito
racial.
LIMA BARRETO
13. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
LIMA BARRETO
- Narra a história do major Quaresma, um patriota exagerado;
- A narrativa se passa nos primeiros anos após a Proclamação da República (1891-
1894): governo do marechal Floriano Peixoto;
- A ação ocorre no Rio de Janeiro.
Quaresma mora em uma casa no bairro de São Cristóvão.
Mais tarde, ele fica internado no hospício da Praia das Saudades.
Em seguida, vai morar no sítio do Sossego, “a duas horas do Rio”, em Curuzu.
- Enredo
O major Quaresma trabalha como subsecretário no Arsenal de Guerra;
Os costumes tupinambás (tupi-guarani como língua oficial);
O hospício
Agricultura nacional
Revolta da Armada
O fuzilamento
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
14. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
LIMA BARRETO
Dentre as características pré-modernistas presentes na obra, destacam-se as
seguintes:
- Nacionalismo e regionalismo.
- Denúncia social.
- Temas históricos e cotidianos.
- Linguagem coloquial.
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
15. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
Primeira parte - A lição de violão
Como de hábito, Policarpo Quaresma, mais conhecido por Major Quaresma, bateu em
casa às quatro e quinze da tarde. Havia mais de vinte anos que isso acontecia. Saindo do
Arsenal de Guerra, onde era subsecretário, bongava pelas confeitarias algumas frutas,
comprava um queijo, às vezes, e sempre o pão da padaria francesa.
Não gastava nesses passos nem mesmo uma hora, de forma que, às três e quarenta, por
aí assim, tomava o bonde, sem erro de um minuto, ia pisar a soleira da porta de sua casa,
numa rua afastada de São Januário, bem exatamente às quatro e quinze, como se fosse a
aparição de um astro, um eclipse, enfim um fenômeno matematicamente determinado,
previsto e predito.
A vizinhança já lhe conhecia os hábitos e tanto que, na casa do Capitão Cláudio, onde era
costume jantar-se aí pelas quatro e meia, logo que o viam passar, a dona gritava à
criada: “Alice, olha que são horas; o Major Quaresma já passou.”
E era assim todos os dias, há quase trinta anos. Vivendo em casa própria e tendo outros
rendimentos além do seu ordenado, o Major Quaresma podia levar um trem de vida
superior aos seus recursos burocráticos, gozando, por parte da vizinhança, da
consideração e respeito de homem abastado.”
AS TRÊS PARTES DA OBRA
16. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
Segunda parte - No “Sossego”
“Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranqüilo e satisfeito
de quem se julga bem com a sua sorte.
A casa erguia-se sobre um socalco, uma espécie de degrau, formando a subida para a
maior altura de uma pequena colina que lhe corria nos fundos. Em frente, por entre os
bambus da cerca, olhava uma planície a morrer nas montanhas que se viam ao longe; um
regato de águas paradas e sujas cortava-a paralelamente à testada da casa; mais
adiante, o trem passava vincando a planície com a fita clara de sua linha capinada; um
carreiro, com casas, de um e de outro lado, saía da esquerda e ia ter à estação,
atravessando o regato e serpeando pelo plaino. A habitação de Quaresma tinha assim
um amplo horizonte, olhando para o levante, a “noruega”, e era também risonha e
graciosa nos seus caiados. Edificada com a desoladora indigência arquitetônica das
nossas casas de campo, possuía, porém, vastas salas, amplos quartos, todos com janelas,
e uma varanda com uma colunata heterodoxa. Além desta principal, o sítio do “Sossego”,
como se chamava, tinha outras construções: a velha casa da farinha, que ainda tinha o
forno intacto e a roda desmontada, e uma estrebaria coberta de sapê.”
AS TRÊS PARTES DA OBRA
17. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA
Terceira parte - Patriotas
“Havia mais de uma hora que ele estava ali, num grande salão do palácio, vendo o
marechal, mas sem lhe poder falar. Quase não se encontravam dificuldades para se
chegar à sua presença, mas falar-lhe, a cousa não era tão fácil.
O palácio tinha um ar de intimidade, de quase relaxamento, representativo e eloqüente.
Não era raro ver-se pelos divãs, em outras salas, ajudantes-de-ordens, ordenanças,
contínuos, cochilando, meio deitados e desabotoados. Tudo nele era desleixo e moleza. Os
cantos dos tetos tinham teias de aranha; dos tapetes, quando pisados com mais força,
subia uma poeira de rua mal varrida. Quaresma não pudera vir logo, como anunciara no
telegrama. Fora preciso pôr em ordem os seus negócios, arranjar quem fizesse
companhia à irmã. Fizera Dona Adelaide mil objeções à sua partida; mostrara-lhe os
riscos da luta, da guerra, incompatíveis com a sua idade e superiores à sua força; ele,
porém, não se deixara abater, fizera pé firme, pois sentia, indispensável, necessário que
toda a sua vontade, que toda a sua inteligência, que tudo o que ele tinha de vida e
atividade fosse posto à disposição do governo, para então!... oh!”
AS TRÊS PARTES DO LIVRO
18. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
PRÉ-MODERNISMO
- Jose Bento Monteiro Lobato (1882-1948);
- Escritor, fazendeiro, jornalista, promotor, editor,
advogado e tradutor;
- Empreendedor entusiasta do livro, do Petróleo e do
ferro;
- Nacionalista;
- Crítico do modernismo;
- Preso pela ditadura de Vargas;
- Atualmente está envolto numa polêmica sobre racismo.
MONTEIRO LOBATO
19. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
PRÉ-MODERNISMO
18/04/1882
Nasce em Taubaté na chácara do Visconde (atualmente o Museu de Monteiro
Lobato), o primogênito de José Bento Marcondes Lobato e Olympia Monteiro
Lobato.
1893
J.B.M.L
Por causa das iniciais J.B.M.L. gravadas no castão de uma bengala do pai, muda
seu nome para José Bento.
1895
Curso Anexo
No final de 1895, Lobato vem a São Paulo fazer os exames para admissão no
Curso Anexo, preparatório para o ingresso na Faculdade de Direito. Reprovado
em português, retorna a Taubaté. Voltaria para estudar na capital em
dezembro do ano seguinte.
MONTEIRO LOBATO
20. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
PRÉ-MODERNISMO
1895
Curso Anexo
No final de 1895, Lobato vem a São Paulo fazer os exames para admissão no
Curso Anexo, preparatório para o ingresso na Faculdade de Direito. Reprovado
em português, retorna a Taubaté. Voltaria para estudar na capital em
dezembro do ano seguinte.
13/06/1898
Morre o pai de Lobato, José Bento Marcondes Lobato.
22/06/1899
Morre sua mãe, Olympia Monteiro Lobato.
MONTEIRO LOBATO
21. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
PR-E-MODERNISMO
26/01 a o2/03/1900
Realiza os exames para ingresso na Faculdade de Direito do Largo de São
Francisco e é aprovado. No curso de Direito divide-se entre suas principais
paixões: escrever e desenhar.
1904
Tentei arrancar de mim o carnegão da literatura
"Tentei arrancar de mim o carnegão da literatura. Impossível. Só consegui uma
coisa: adiar para depois dos 30 o meu aparecimento. Literatura é cachaça.
Vicia. A gente começa com um cálice e acaba pau d'água na cadeia".
M.L, São Paulo.
MONTEIRO LOBATO
22. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
MONTEIRO LOBATO
- Literatura em geral: realismo social, nacionalismo, crítica
sociopolítica;
- Ensaio: desenvolvimento socioeconômico-cultural;
- Livro infantil: literatura fantástica e elementos
folclóricos, históricos e científicos;
“As três formas de intervenção cultural assinalam um espírito
desassombrado, que pôs a mesma retidão e lucidez em tudo quanto
realizou” (MOISÉS, 2016, p. 497)
No entanto, a consagração de Monteiro Lobato acontece através da
Literatura Infantil.
OBRA LITERÁRIA
23. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
MONTEIRO LOBATO
Personagens:
Narizinho;
Pedrinho;
Emília;
Visconde de Sabugosa;
Dona Benta;
Tia Nastácia;
Saci;
Tio Barnabé;
Zé Carijó;
Rabicó.
SÍTIO DO PICAPAU AMARELO
24. PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO| Volume 3 – 1º Bimestre
MONTEIRO LOBATO
“Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou que
nem uma macaca de carvão pelo mastro de São Pedro acima”.
“Não vai escapar ninguém —nem Tia Nastácia, que tem a carne preta”.
(Caçadas de Pedrinho)
Outros termos racistas: “negra de estimação”, “Beiçuda”;
Cléo Monteiro Lobato (bisneta), decidiu relançar o clássico "A menina
do narizinho arrebitado", sem os trechos racistas da obra.
A influência do Naturalismo (Séc XIX).
A QUESTÃO DO RACISMO