O documento discute o nacionalismo africano e asiático, o neocolonialismo europeu no continente africano e asiático, e as razões e movimentos que levaram à independência desses territórios, como o pan-africanismo e a negritude. Também aborda processos específicos de independência como os de países como Índia, Paquistão, Congo, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e a luta contra o apartheid na África do Sul.
1. NACIONALISMOS AFRICANO E
ASIÁTICO
Instituição: Colégio Estadual de Ensino Médio Professor Ulisses Cabral
Professor (a) orientador (a): Cristine Fortes Lia
Professor (a) regente: Sônia Maria Defaveri Ciotta
Professor (a) estagiário (a): Jackson Frigotto
Disciplina: História
Turma: 91
2. O NEOCOLONIALISMO
EUROPEU
Desde o século XIX os europeus se apossaram de vastas porções de territórios na Ásia e na África;
Com a derrota dos impérios centrais na Primeira Guerra Mundial (Alemanha, Áustria-Hungria e
Império Otomano) as posses de seus territórios passaram para países como Reino Unido, França
e seus aliados na Europa e na Ásia.
6. Durante a Conferência de Berlin em (1844-1885),
países como Itália, França, Grã-Bretanha,
Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Alemanha,
Império Otomano, Portugal, Bélgica, Holanda,
Suécia, Rússia e Império Austro- Húngaro
participaram de negociações e mediações para a
partilha do continente africano;
Os objetivos desses países eram assegurar o
fornecimento de recursos e matérias-primas para
suas indústrias, além de garantir mercados
consumidores fixos para seus produtos;
Ilustração da Conferência de Berlin pela revista alemã
“Illustrierte Zeitung”, 1884.
9. RAZÕES DA INDEPENDÊNCIA
NA ÁSIA E ÁFRICA
1- A luta dos próprios africanos e dos asiáticos pela independência dos povos
africanos;
2- O enfraquecimento das potências colonialistas europeias divido às perdas
sofridas na Segunda Guerra Mundial;
3- A força de movimentos como o pan-africanismo e a negritude;
10. PAN-AFRICANISMO
Movimento político ideológico surgido na América Central no início do século XX;
Tinha a intenção de libertar os negros da pobreza e da opressão;
Marcus Garvey, por exemplo – propôs o retorno dos negros à África por conta da opressão e
discriminação que sofriam na América e na Europa.
Intelectual jamaicano Marcus
Garvey, 1940.
11. NEGRITUDE
Movimento político – literário nascido no final dos anos 1930 e contribuiu para as ideias em prol das
independências africanas;
Léopold Senghor (primeiro presidente do Senegal) e Aime Césaire, ambos escritores e poetas foram
grandes nomes desse movimento;
Os membros do movimento defendiam a valorização das culturas
Aime Césaire, intelectual
francês nascido na Ilha
de Martinica
Léopold Senghor
12. PRÉSENCE AFRICAINE
Foi uma revista fundada em paris pelo filósofo senegalês Alioune Diop;
Teve o papel de difundir a história africana da Negritude de do Pan-aficanismo na Europa
Alioune Diop
Capa da edição
edição de 1947 da
revista
13. ÍNDIA E PAQUISTÃO
Mahatma Gandhi, líder do
movimento da resistência pacífica
pela independência da índia. O país
acabou dividido em dois (índia e
Paquistão em 1947.
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16. A INDEPENDÊNCIA DO
CONGO
À esquerda, o Rei Belga
Leopoldo II. Durante seu
reinado, estima-se que
cerca de 10 milhões de
congoleses morreram
devido à violência dos
colonizadores belgas.
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18. Patrice Lumumba - o principal líder do
movimento de independência do Congo,
(Movimento Nacional Congolês) governou
seu pais já independente de 1960 a 1961.
21. Desde os anos 1930, seu governo já
reprimia por meio policial e militar
manifestações por independência na
África portuguesa. Quando os
movimentos de africanos de
libertação pegaram em armas contra
Portugal, Salazar respondeu com a
força militar, período hoje conhecido
por Guerra do Ultramar (1961 –
1974).
Antônio de Oliveira Salazar,
foi o governante autoritário de
Portugal de 1932 a 1968.
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24. Agostinho Neto (à esquerda)
e Mario Pinto de Andrade (à
direita), foram estudantes
fundadores do Centro de
Estudos Africanos em
Lisboa, em 1952.
Posteriormente seriam
lideranças durante o
processo de independência
de Angola.
Agostinho Neto lideraria o
MPLA (Movimento Popular
para a Libertação de
Angola)
25. À esquerda, Samora Machel, líder da
FRELIMO (Frente para a Libertação
de Moçambique), principal liderança
responsável pela independência
daquele país e futuro governante.
À direita, Amílcar Cabral, líder e
fundador do PAIGC (Partido Africano
para a Independência da Guiné e de
Cabo Verde).
26. A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS
Em 1974, os gastos com a Guerra do
Ultramar já somavam 40% dos
gastos do governo, além de ocasionar
a morte de milhares de jovens
portugueses que lutaram na guerra.
Em 1974, liderada por jovens oficiais
do Exército Português e com grande
apoio popular, eclodiu a Revolução
dos Cravos, um movimento pacífico
de greves e protestos regrados a
discursos canções e cravos que
culminou na queda do regime de
Salazar após 42 anos de duração.
Marcelo Caetano, então
presidente de Portugal e
continuador do regime
salazarista.
29. A LUTA CONTRA O
APARTHEID
A partir de 1948, a minoria branca na África do Sul
oficializou o apartheid: regime segregacionista que
obrigava os negros (maioria) a morar e a frequentar
locais separados dos brancos. A população negra também
era proibida de possuírem terras em 87% do território
sul-africano.
Como reação, formou-se o CNA (Congresso Nacional
Africano) que tinha Nelson Mandela como um de seus
líderes. O CNA, promoveu manifestações contra o apartheid,
que causaram a prisão de seus líderes (Mandela incluso).
30.
31. O Massacre de Soweto
Em junho de 1976, estudante negros que
protestavam contra o regime, foram
duramente reprimidos pela polícia sul-
africana. Os dados dão conta de que 170
crianças negras presentes na manifestação
foram mortas, o que gerou comoção
internacional.
Mitos países começaram a impor sanções
econômicas à África do Sul. O governo sul-
africano não resistiu à presão e anulou as
leis racistas em 1990. O CNA foi legalizado
e Nelson Mandela foi libertado da prisão
junto de seus companheiros de militância.
32. Nelson Mandela descendia de uma
tribo sul-africana denominada
Thembu e foi militante do CNA. Foi
preso, condenado e depois libertado
após o fim do apartheid, chegando à
presidência do país em 1994
durante a primeira eleição com a
participação de negros na história
da África do Sul.
Durante seu governo (1994 – 1999),
aprovou, com o apoio do parlamento,
a Lei de Direitos sobre a Terra.
Assim, as famílias negras que
tiveram suas terras confiscadas
pelos brancos, foram finalmente
restituídas de suas posses.