O documento descreve a descolonização da África e da Ásia após a Segunda Guerra Mundial, motivada por fatores externos como o enfraquecimento das potências europeias e a Guerra Fria, e fatores internos como o crescimento do nacionalismo e do anticolonialismo nas colônias. A independência política foi conquistada através de movimentos de resistência e lutas, embora tenha sido acompanhada por crises e problemas sociais herdados do período colonial.
2. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Condições que impulsionaram a luta
anticolonial
Fatores externos Fatores internos
Após a Segunda
Guerra, a Europa,
enfraquecida
economicamente, perdeu o
protagonismo global.
Consolidou-se o
sentimento nacional nas
colônias.
Os Estados
Unidos e a União
Soviética,
que emergiram como
superpotências, apoiaram
a descolonização
por enxergar uma
oportunidade de ampliar
suas áreas de influência.
As elites locais frustraram-
-se com a
marginalização em
empregos subalternos.
Percebeu-se a
desvantagem da colônia
em relação à metrópole
na exploração colonial.
Exigiam
postos
políticos.
Guerra Fria
A conquista de autonomia política pelos países na África e na Ásia foi
acompanhada de crises e problemas sociais herdados da época colonial.
3. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Contradições coloniais e anticolonialismo
A descolonização deve ser compreendida com base em uma série de fatores
cumulativos, relacionados não apenas à conjuntura internacional da Guerra
Fria, mas principalmente à dinâmica interna das colônias.
Primeira Guerra Mundial: as colônias forneceram soldados e mantimentos
aos Aliados, mas não receberam as contrapartidas prometidas pelos
colonizadores.
Período entreguerras: fortaleceu-se nas colônias o nacionalismo, que
se somou à frustração pelas promessas não cumpridas e pelo aumento
da exploração colonial por conta da crise de 1929. Resultado:
movimentos de independência.
4. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Resistência ao colonizador
Movimentos que antecederam a descolonização.
• África Setentrional: entre o final do século XIX e o começo do século XX,
ocorreram revoltas movidas por sentimentos nacionalistas e por ideias
religiosas no Sudão, no Egito e na Somália.
• Senegal: ocorreu a rebelião de Mamadou Lamine (1898-1901).
Islâmicos voltaram-se contra o domínio europeu.
• Índia: foi fundado, em 1885, o Partido do Congresso Indiano (PCI), que
lideraria o processo de independência no século XX.
• Ásia: com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, eclodiam
movimentos pela emancipação em países dominados pelos japoneses,
como a Indochina e a Coreia.
Durante a Guerra Fria, China, Vietnã e Coreia
opuseram-se ao capitalismo.
5. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Pan-africanismo e movimento da negritude
1900
Primeira
Conferência
Pan-Africana,
em Londres.
1919
Primeiro Congresso
Pan-Africano,
em Paris: defesa
da emancipação
gradual das colônias
e da ampliação
dos direitos
civis dos negros
estadunidenses e
conclamação dos
afrodescendentes
para imigrar para
a África.
1934
Fundação da revista
O Estudante Negro
e lançamento
do conceito de
negritude, em
Paris, por Léopold
Senghor, Aimé
Césaire e Léon
Damas, que
buscavam traduzir
os valores culturais
da África negra.
1945
V Congresso
Pan-Africano,
em Manchester:
repúdio ao sistema
colonial europeu
e propostas
concretas para
a independência
política dos países
africanos.
Movimento criticado por
ignorar o caráter multicultural
das sociedades africanas.
Aproximação entre
as elites africanas
e as massas
populares em prol
da emancipação.
6. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Processos de independência política na África
Pan-africanismo
Nacionalismo
Lutas por
emancipação
colonial.
Em algumas colônias, como
Gana, a transição ocorreu de
forma pacífica, conduzida pelas
elites locais; porém, em outras,
como a Argélia, a independência
foi conquistada por meio de
movimentos organizados que foram
reprimidos com violência pelos
colonizadores, desencadeando
guerras.
0°
EQUADOR
20° L
1936-1955
1956-1957
1958-1960
1961-1970
1971-1976
1977-1990
Territórios dependentes
Territórios não colonizados
Is. Canárias
I. Madeira
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
TUNÍSIA
ARGÉLIA
LÍBIA
EGITO
NÍGER
SUDÃO
MALI
CHADE
NIGÉRIA
ETIÓPIA
SOMÁLIA
ZAIRE
TANZÂNIA
MADAGASCAR
MAURÍCIO
NAMÍBIA
EUROPA
MARROCOS
BURKINA
FASSO DJIBUTI
CABINDA
CABO
VERDE MAURITÂNIA
SENEGAL
GÂMBIA
GUINÉ-BISSAU
GUINÉ
SERRA LEOA DO
LIBÉRIA MARFIM
COSTA
GANA
TOGO BENIN
REP.
CENTRO -AFRICANA
UGANDA QUÊNIA
CAMARÕES
GUINÉ
EQUATORIAL
SÃO TOMÉ
E PRÍNCIPE
GABÃO
RUANDA
BURUNDI
SEYCHELLES
COMORES
ANGOLA
ZÂMBIA
MALAWI
MOÇAMBIQUE
ZIMBÁBUE
BOTSUANA
SUAZILÂNDIA
ÁFRICA LESOTO
DO SUL
ÁSIA
SAARA
OCIDENTAL
Independência política na África
Fonte: DUBY
, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse,
2003. p. 219.
FERNANDO
JOSÉ
FERREIRA
710 km
7. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Gana
1957: Kwame Nkrumah proclamou a independência de Gana. Defendia a
unidade política e econômica da África contra as potências imperialistas.
Outros movimentos foram desencadeados nas colônias francesas e belgas.
Os novos países, em geral, alinharam-se ao bloco capitalista ou ao
socialista.
Os planos de fundação dos Estados Unidos da África não se concretizaram.
Argélia
Entre outubro e novembro de 1954, jovens da Frente de Libertação
Nacional (FLN) se levantaram contra a dominação francesa. Foram
reprimidos pelo governo francês, que reforçou seu exército na colônia.
Somaram-se oito anos de conflitos marcados por divisões entre argelinos e
franceses, com diferentes propósitos. Saldo de 1 milhão de argelinos
mortos e êxodo de cerca de 900 mil colonos.
1962: o Acordo de Evian estabeleceu um cessar-fogo e um referendo.
A maioria dos argelinos votou pela independência, e o país foi emancipado.
8. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Fim do Império Português na África
Em abril de 1974, a Revolução dos Cravos derrubou o regime de Salazar,
abrindo caminho para a independência das colônias portuguesas.
Guiné-Bissau
O Partido Africano
pela Independência da
Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), liderado por
Amílcar Cabral, iniciou
uma guerra contra
os colonizadores no
começo dos anos
1960. Em 1973, após o
assassinato de Cabral,
o PAIGC proclamou
a independência da
colônia.
Angola
Em 1961, três grupos lutaram
pela emancipação do país: o
Movimento pela Libertação de
Angola (MPLA), ligado ao bloco
soviético, a Frente Nacional
de Libertação de Angola
(FNLA), ligada aos Estados
Unidos, e a União Nacional pela
Independência Total de Angola
(Unita), ligada inicialmente à
China e depois à África do Sul.
Após a independência, o MPLA e
a Unita iniciaram uma sangrenta
guerra civil pelo controle do
país, que durou até 2002.
Moçambique
A Frente deLibertação de
Moçambique (Frelimo),
de orientação comunista,
liderou a luta armada a
partir de1964. Com a
conquista da independência
em 1974, teve início uma
guerra civil entre a Frelimo
ea Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo),
que durou até 1992, quando
os grupos assinaram um
acordo de paz.
9. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
1948
Descendentes de colonos
britânicos e holandeses,
conhecidos como africânderes,
estabeleceram o apartheid
(separação).
1984
Diante de uma revolta
popular, o governo
racista da África do Sul
decretou a lei marcial
contra os negros.
A comunidade
internacional e
a ONU reagiram
à medida, e a lei
marcial foi revogada.
1991
Foi
decretado
o fim do
apartheid.
1994
Nelson
Mandela
foi eleito
presidente da
África do Sul.
1950
O Congresso Nacional
Africano (CNA) reagiu
ao apartheid.
1962
Nelson Mandela, líder
do CNA, foi preso e
condenado à prisão
perpétua.
África do Sul e o regime do apartheid
Os não brancos (em sua maioria negros) foram impedidos de participar da vida
política, de possuir terras, e foram obrigados a viver separados dos brancos.
10. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Segundo dados divulgados pela ONU, em 2013 havia no Brasil cerca de 5.200
refugiados, de oitenta nacionalidades diferentes, reconhecidos pelo governo.
Fronteiras do continente africano
As potências imperialistas, ao realizar a partilha da África, ignoraram a
diversidade cultural, linguística, religiosa e geográfica do continente.
Grupos étnicos foram separados por fronteiras e grupos rivais passaram a
conviver em um mesmo território.
O grande número de regimes ditatoriais estabelecidos na África pós-
-independência esteve relacionado às disputas envolvendo atores locais,
antigas potências imperialistas e os protagonistas da Guerra Fria (Estados
Unidos e União Soviética), que estimularam conflitos no continente para
aumentar suas áreas de influência. Exemplo: genocídio em Ruanda.
As violentas guerras civis que se seguiram à independência de algumas
colônias geraram um fluxo migratório interno e externo, que teve efeitos
em muitos lugares do mundo. Nova diáspora africana.
11. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Ceuta (ESP)
Annaba
Tanger Melilla Constantina Susa
(ESP) Orã Batna
Casablanca
Fez Sfax
Safi Ghardaia Gabes El Beida
Marrakech
Bechar Misurata Bengasi Alexandria Port Said
El Giza Suez
El Aaiún
Sabha Asiut
Assuã
Fdérik Tamanrasset
Nouadhibou Atar
Porto Sudão
Tombouctou
Gao
Atbara
Kaédi Agadez Omdurman
Thiès
Kaolack Kayes
Maradi Zinder Abéché Kassala
Wad Medani Gondar
Kano El Obeid
Dese
Kindia
Bobo Dioulasso Nyala
Kankan Dire Dawa Berbera
Hargeisa
Bo Garoua Moundou Malakal
Ogbomosho Sarh
BuakéKumasi Ibadã Wau
Lagos
Buchanan
Porto
Harcourt Bambari
Douala
Bata Kisangani Mbale Merca
Kisumu
Nakuru
Porto Gentil L. Vitória
Bukavu Mwanza
Pointe-Noire Tanga Mombasa
Cabinda Matadi Kananga Kalemie
(Angola)
Mbuji-Mayi
Zanzibar
Lubumbashi
Lobito
Benguela
Huambo
Kitwe
Ndola
Lubango
Blantyre Nampula
Ondangua
Quelimane
Toamasin
a
Bulauaio Beira
Francistown
Walvis Bay Serowe
Fianarantsoa
Johanesburgo
Soweto
Durban
East London
Port Elizabeth
MAR
O
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
ÍNDICO
EQUADOR
0º
I. Socotra
(IEM)
I. Ascensão
(RUN)
I. Sta. Helena
(RUN)
Is. da Madeira
ESTR. DE
(POR)
NÍGER
ARGÉLIA
EGITO
CHADE
LÍBIA
SUDÃO
REPÚBLICA SUDÃO
CENTRO-AFRICANA DO SUL
QUÊNIA
REPÚBLICA
DEMOCRÁTICA
ANGOLA
E
MAURITÂNIA
GANA
O
CAMARÕES
MALI
DO CONGO BURUNDI
RUANDA
CABO
GUINÉ EQUATORIAL
TUNÍSIA
-BISSAU GUINÉ
GIBRALTAR
Rabat
VERDE Nuakchott
Praia SENEGAL
Dacar
GUINÉ- Bissau
Conacri
Freetown
SERRA LEOA
Monróvia
Banjul GÂMBIA Bamaco
BURKINA Niamei
EUROPA
Argel
Túnis
Trípoli
Cairo
ERITREIA
Asmara
Cartum
Ndjamena
Adis-Abeba
ETIÓPIA
DJIBUTI
Djibuti
FASSO
Uagadugu
COSTA DO
MARFIM
Yamoussoukro
Acra
NIGÉRIA
Abuja
Porto
Novo
Malabo Iaundê
Bangui
São Tomé Libreville
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE GABÃO CONGO
Brazzaville
Kinshasa
Mogadíscio
SEYCHELLES
Vitória
Juba
UGANDA
Campala
Kigali
Luanda
Bujumbura
Dodoma
TANZÂNIA
COMORES
Moroni
I. Mayotte
(FRA)
Lusaka
Lilongue
Harare
Antananarivo
MAURÍCIO
Port Louis
I. Reunião
(FRA)
Maseru
LESOTO
Nairóbi
Is. Canárias
(ESP)
El Aaiún
SAARA
OCIDENTAL
EGITO
(PAR
TEASIÁTICA)
ÁSIA
Bloemfontein
ÁFRICA
D O SUL
Cidade do Cabo
ZIMBÁBUE
NAMÍBIA
BOTSUANA
Windhoek Gaborone
Pretória Maputo
Mbabane SUAZILÂNDIA
0º 30º
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço
mundial. São Paulo: Moderna, 2010. p. 83.
0°
0°
TR
EQUADOR
WICH
MAR
Á r a b e
EUROPA
ÁSIA
OCEANO
ATLÂNTICO OCEANO
ÍNDICO
COMORES
SEYCHELLES
CABO
VERDE
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
Bérbere
Mouro
Bambara
Tuaregue Bedja
Tibu
Hauças
Fulbe
Fulbe
Mossi
Fulbe Hauças
Fon
Ioruba Hauças
Ibo
Ewe
Nuere
Galla
Achanti
Krou
Banda
Bedja
Fang Kikongo
Hutu
Tutsi
Suaíli
Kikuyu
Pigmeu
Pigmeu
Tonga
Khoisan
Bosquímano
Ovambo
Herero
Hotentote
Zulu
Africânder
Semita
Camita
Sudanês
Banto
Malaio-polinésia
Línguas europeias
(africânder, inglês,
francês, português etc.)
Línguas
Fronteiras do continente africano
África: fronteiras políticas África: línguas e etnias
ANDERSON
DE
ANDRADE
PIMENTEL
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço
mundial. São Paulo: Moderna, 2010. p. 81.
730 km
730 km
ANDERSON
DE
ANDRADE
PIMENTEL
12. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Independências na Ásia
Índia
Em meados do
século XIX, a
Índia tornou-
-se colônia
britânica. Com
a imposição
dos produtos
industrializados
britânicos, a
produção têxtil
indiana entrou
em colapso.
A revolta contra
a dominação
britânica levou
à formação
do Partido do
Congresso Indiano
(PCI), controlado
pela elite hindu.
Em 1906, foi
criada a Liga
Muçulmana, que
defendia a divisão
da Península
Indiana em dois
Estados: um
islâmico e outro
hindu.
Após a Primeira Guerra
Mundial, Mahatma
Gandhi emergiu
como referência
do movimento
anticolonial,
defendendo a
resistência não
violenta ao colonizador
(satyagraha): greves,
boicotes, jejuns,
não pagamento
de impostos e
substituição de tecidos
britânicos por indianos.
13. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Marcha do Sal e independência
1930: Marcha
do Sal.
Após a Segunda
Guerra Mundial, a
Grã-Bretanha se
enfraqueceu e a
Índia conquistou
a independência
(1947).
Configurou-se
uma divisão
político-
-religiosa após a
independência:
Índia, de
maioria hindu,
e Paquistão, de
maioria islâmica.
Desde então,
iniciaram-se disputas
entre Índia e Paquistão
pela região da
Caxemira (também
reivindicada pela
China).
14. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
Índia independente
Durante a Guerra Fria, a Índia aproximou-se da União Soviética, da qual
recebeu importantes investimentos.
A partir dos anos 1980, com a globalização, a Índia passou a receber
capitais de diversos países. Era mercado consumidor e fonte de mão
de obra barata e de reservas naturais.
A partir de então, o país obteve um crescimento acelerado. Formação
de cientistas e de mão de obra altamente especializada.
Apesar do desenvolvimento tecnológico, o país vive uma situação de
extrema desigualdade social, assim como de violência contras as mulheres
e as crianças.
• ATRT]cTT]cT, cTeT i]ÓRi^ d ^ eiT]c^ ST R^QPcT P TbbTci_^ ST
violência no país.
De acordo com dados divulgados pelo Escritório Nacional de
Registros de Crimes da Índia, em 2012, em cada intervalo de
21 minutos, uma mulher era estuprada no país.
15. Fim dos impérios coloniais na África e na Ásia
A Holanda, apoiada
por Estados Unidos e
Grã-Bretanha, tentou
restabelecer o controle
do território.
Independência da Indonésia
Atualmente, o país é a maior economia do Sudeste Asiático e uma das
maiores do mundo (décima, em 2014), e comporta a maior população
mundial de muçulmanos (mais de 200 milhões, a maioria sunita).
Na Indonésia, há também a presença das culturas hindu e chinesa.
No século XVII,
a Companhia
das Índias
Orientais
holandesa
estabeleceu
um núcleo
comercial na
Indonésia,
interessada na
negociação de
especiarias.
Em 1942, o Japão,
que já cobiçava os
recursos naturais
da região do
Pacífico desde sua
industrialização
no século XIX,
invadiu a Indonésia
e ocupou suas
refinarias de
petróleo.
Em 1945, com
a fragilidade
do Japão após
a explosão das
bombas atômicas
em Hiroshima e
Nagasaki, líderes
nacionalistas
proclamaram a
independência da
Indonésia.
Após quatro anos
de combates, a
Holanda reconheceu
a independência da
Indonésia.