SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Baixar para ler offline
1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.163
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) – sexta-feira, 08 de novembro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir. Paulo César Fiuza Lima – “Sobreviventes dos Andes”
Bloco 3 - Ir Paulo Roberto on Line – “A Maçonaria Odinista da Normandia”
Bloco 4 –Ir.’. Mário Jorge Neves – “o Rito das Old Charges”
Bloco 5 - IrWilliam Almeida de Carvalho – Quadro Histórico da Maçonaria no Rio de Janeiro - 1822
Bloco 6 - IrKennyo Ismail – Esclarecimentos sobre a relação entre Obediências Simbólicas
e outros Corpos
Bloco 7 -Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 08 de novembro de 2013, 312º dia do calendário gregoriano. Faltam 53 para acabar o ano.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
 1519 - Moctezuma encontra Hernán Cortés, a quem acreditava ser o deus Quetzalcoatl.
 1588 - Inundações nas Velas, ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores
 1793 - Primeira abertura do Louvre ao público como museu
 1799 - Fim mal sucedido da Conjuração Baiana: seus principais líderes - João de Deus
Nascimento, Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga, Lucas Dantas do Amorim Torres e Manoel
Faustino dos Santos Lira - são condenados e executados.
 1881 - Em Paris, ocorre o primeiro voô de um balão dirigível, Le Victoria, por Júlio César
Ribeiro de Sousa.
 1884 - José Maria Lisboa e Américo de Campos fundam o jornal "Diário Popular", em São Paulo.
 1887 - Emile Berliner patenteia o Gramofone (Gira-discos).
 1889 - Montana torna-se o 41º estado norte-americano.
 1895 - Descoberta dos Raios X por Röntgen
 1903 - Assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla que cria a Zona do canal do Panamá
 1920 - Legalização do aborto na União Soviética.
 1923 - "Putsch da Cervejaria", na Alemanha.
 1926 - Polícia fascista prende Gramsci
 1939 - Segunda Guerra Mundial - Primeiro atentado contra Hitler, matou oito pessoas e causou
ferimentos em outras 63.
 1942 - Segunda Guerra Mundial - Forças dos Estados Unidos e Reino Unido desembarcam no
norte da África
 1946 - Criação da cidade de Miranorte, município do estado do Tocantins.
 1960 - John Kennedy vence, por uma margem apertadíssima, Richard Nixon na eleição para
presidente dos Estados Unidos.
 1965 - Estabelecimento do Território Britânico do Oceano Índico.
 1971 - Led Zeppelin lança o álbum Led Zeppelin IV.
 1995 - O jornal britânico The Independent publica matéria elogiando o racionalismo crítico de
Ernest Gellner.
 1995 - A inauguração do Shopping Grande Rio.
 2003 - Publicação do jogo Mario Power Tennis.
 2004 - Lançamento do DVD do concerto Live Aid.
 2011 - Previsto a aproximação e passagem com a Terra do asteroide 2005 YU55 com 400 metros
e a 0,85 distância lunar – menos que os cerca de 384 mil quilômetros que separam a Terra da Lua,
considerado do mais próximo do nosso planeta até hoje.
 Dia do Aposentado
 Dia do Profissional do Consórcio
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
3
 Dia Mundial do Urbanismo
 Dia dos Profissionais das Técnicas Radiológicas
 Dia Feliz. - Comemorado em Diversos locais e países.
 Dia da Beata Isabel da Trindade, monja carmelita francesa.
 Dia de Gwynn Ap Nudd, lorde do País das Fadas, na Mitologia gaulesa.
 Aniversário do Município de Jaguaribe, no Ceará do Brasil.
 Feriado municipal da Padroeira Nossa Senhora do Patrocínio (Campo Belo do Sul/SC).
( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal
)
1828 Simon Bolivar proíbe todas as sociedades e fraternidades secretas na Colômbia, estabelecendo pena
de 200 pesos para quem ceder instalações para reunião e 100 pesos aos que lá se reunirem.
1904 O deputado SYVETON aparece, misteriosamente, morto em sua própria casa. Jean Bidegain, o
secretário do GO de França, responsável pelo roubo das fichas que causaram o famoso escândalo,
morre envenenado na mesma data.
1959 Faleceu repentinamente Frank Shermann Land, Dad Land, fundador da Ordem DeMolay.
1970 Fundação da Grande Loja do Estado do Espírito Santo
1986 1986 - GOMG - A Emenda Constitucional n° 1, de 8 de novembro de 1986, introduziu a eleição
direta do Grão-Mestrado pelo sufrágio universal, direto e secreto, dos Mestres Maçons da jurisdição do
GOMG .
fatos maçônicos do dia
4
SOBREVIVENTES DOS ANDES
Autor: Desconhecido
Tradução: Ir. Paulo César Fiuza Lima
pcfiuzalima@yahoo.com.br
São José/SC
Já ouvistes falar nos “Sobreviventes dos Andes”?
Das 45 pessoas que iam no avião que chocou-se com a montanha, 12 morreram no acidente
(entre elas, a mãe de Fernando Parrado; 5 morreram no dia seguinte e, depois de 8 dias
morreu Susana Parrado (irmã de Fernando) devido a suas lesões.
16 dias depois do acidente, uma avalancha tirou a vida de mais 8 e 2 jovens morreram em
meados de novembro por infecção de seus ferimentos.
Os demais completaram 72 dias na montanha, até que foram resgatados.
Que conferencista conseguiria lotar um auditório com cerca de 2.500 executivos e empresários,
muitos com suas mulheres e filhos, e falar durante uma hora e meia sem que ninguém
perdesse um detalhe sequer do tema apresentado?
Fernando Parrado, um dos sobreviventes da Tragédia dos Andes, decorridos 36 anos daquela
história que assombrou o mundo, conseguiu, há alguns meses, algo mais que isso: comover
um fórum de negócios e capacitação empresarial ao transmitir os eventos que permitiram viver
72 dias em plena Cordilheira, sem água nem comida.
Esta é a síntese da conferência que deu. Sua apresentação, um monólogo sem a chantagem
emocional de vídeos ou imagens da montanha, teve duas etapas bem diferentes.
Na primeira, narrou os momentos que o marcaram naquela odisseia a 4 mil metros de altura,
na qual perdeu boa parte de seus amigos, além de sua mãe e sua irmã.
Como é possível sobreviver onde não se sobrevive? Perguntou-se. Sobrevivemos porque
houve liderança, tomada de decisões e espírito de equipe, porque nos conhecíamos desde
muito antes, disse. E acionou um primeiro gatilho: Na vida, o fator sorte é fundamental.
Quando cheguei ao aeroporto de Montevidéu não havia assentos numerados no avião. A mim,
por casualidade, coube a fila 9, junto a meu melhor amigo.
Quando o avião chocou-se com a montanha, partiu-se em dois. Da fila 9 para trás não restou
nada. Os 29 sobreviventes do primeiro impacto viajavam na parte que sobrou. Deles, 24 não
sofreram um arranhão sequer.
Assim, os menos machucados começaram a ajudar os mais feridos, atuando como uma
verdadeira equipe. Administramos barras de chocolate e amendoim, de forma a que cada um
comesse um pequeno pedaço a cada hora.
Marcelo, capitão de nosso time e líder, assumiu sua posição para confortar-nos quando lhe
perguntávamos o que acontecia, por que não chegava o resgate.
Decidimos aguentar. Porém, dias depois, o líder desmoronou. O rádio trouxe a notícia de que
as buscas haviam sido suspensas. Como teriam reagido vocês? O líder se quebra, se deprime
e deixa de sê-lo.
Imaginem que eu tranque esta sala, sob uma temperatura de 14 graus abaixo de zero, sem
água e sem comida, esperando quem vai morrer primeiro.
2 - OPINIão
"Sobreviventes dos Andes” (Tradução: Ir. Paulo César Fiuza Lima )
5
Fez-se um silêncio estremecedor da primeira à última fila. Naquela hora dei-me conta de que
para o mundo, não importava o que se passava conosco. Amanhã o sol nascerá e a noite virá,
como sempre. Portanto, tivemos que tomar decisões.
Na noite do 12º ou 13º dia dirigimo-nos a um dos rapazes:
-- No que estás pensando?
-- No mesmo que vocês, respondeu. Temos que comer e as proteínas estão nos corpos.
Fizemos um pacto entre nós. Era a única opção. Enfrentávamos uma verdade crua e
desumana.
Desde a primeira fila, dezenas de crianças levadas por seus pais, escutavam boquiabertas.
Parrado apelou para conceitos típicos do mundo empresarial. Houve planificação, estratégia e
desenvolvimento. Cada um começou a fazer algo útil, que nos ajudaria a seguir vivos.
Fomos conhecendo nossa prisão de gelo. Até que me escolheram para a expedição final,
porque a montanha estava nos matando, nos debilitava; acabara-se a comida.
Aterrorizado, subi ao cume da montanha junto com Roberto Canessa. Esperávamos ver dali os
vales verdes do Chile mas só víamos montanhas e neve num raio de 360 graus. Nesta hora,
decidimos que morreríamos caminhando até encontrar algum lugar.
Então sobreveio o momento mais inesperado. Mas esperem... Esta não é a história que lhes
vim contar, avisou. E contou que a verdadeira história começou quando regressou a sua casa,
sem sua mãe, sem sua irmã, sem seus amigos de infância e encontrando seu pai já com uma
nova companheira.
Crise? De que crise me falam? Estresse? Que estresse? Estresse é estar morto a 4 mil metros
de altitude, sem água nem comida, enfatizou. Foi preciso passar por uma tragédia dessas para
dar-me conta da diferença entre o que é importante e o que não é.
Em geral, sinto-me diferente na percepção dos problemas do dia a dia. A gente complica as
coisas e eu voltei bastante mais simples.
Recordou um diálogo fundamental que teve com seu pai, que lhe disse:
-- Olha para frente, para adiante; vai atrás da moça que tu amas; tenha uma vida, trabalha. Eu
cometi o erro de não dizer tantas coisas à tua mãe, por estar tão ocupado; de não compartilhar
tantas festas com tua irmã. Não encontrei tempo de praticar mais com elas minhas
experiências; não dizer-lhes o quanto as amava.
E Parrado encerrou, determinado:
As empresas são importantes, o trabalho também, porém o verdadeiramente valioso está em
casa, depois do trabalho: a família.
Minha vida mudou, todavia, o mais valioso que perdi foi esse lugar que já não mais existia
quanto regressei. Nunca se esqueçam de que tem ao seu lado, porque não sabemos o que
acontecerá amanhã.
De pé, a plateia, emocionada, despediu-se dele com uma calorosa salva de palmas.
Conclusão:
NENHUM ÊXITO NA VIDA JUSTIFICA UM FRACASSO NA FAMÍLIA.
Se tens um cálido lugar, pensa igual a mim: Somos pessoas de sorte. Coube-se da fila número
9 para frente e, creia-me... a maioria viaja pela vida da 9 para trás...
-o0o
6
Este Bloco é produzido às sextas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto Pinto VM
da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) – Florianópolis
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
A Maçonaria Odinista da Normandia
A primeira maçonaria europeia, afirmam alguns estudiosos do assunto, parece
ter vindo dessa tradição viking, melhor se diga normando-viking. Isto porque a bordo
desses drakkars e snakkars vikings (carrancas a frente dos barcos vikings, exaltando
dragões e serpentes) havia um alto grau de fraternidade, perpetuando-se, depois, se é
certo o que nos informa a História e ao que sustenta M. Guinard: “Das tripulações dos
drakkars e snakkars saíram as Lojas Maçônicas dos construtores de catedrais
normandas. Henrique II (1165-1205), então bispo inglês de Bayeux, tem como o antigo
deão (é, com generalidade, o dignitário ou responsável máximo de um órgão colegial
da Igreja) de Salsbury, teria assim restabelecido através de uma carta a antiga
Confraria dos construtores de catedrais.”.
O avental maçônico, por exemplo!
É de forma triangular (abeta). Os tecidos das velas dos barcos vikings também
obedeciam a esse formato (parte triangular e, parte, quadrangular).
Um barco drakkar viking.
Daí o fato de uns tantos bispos arquitetos usarem nomes maçônicos contendo a raiz
geirr (triângulo de vela, no antigo norueguês). Assim, gervin = geir-vin, significando
Companheiro do triângulo, daí em diante.
Ora, esses bispos arquitetos, usando seus nomes maçônicos contendo a raiz geirr,
significando essas velas triangulares dos navios vikings, eram, por sua vez, iniciados e
sua genealogia vinha por certo dos tripulantes daqueles drakkars, pois, de resto, os
adeptos de tais lojas eram todos arquitetos e artesãos em atividade. Por conseguinte,
ao que afirma o escritor Jean-Michel Angebert, em uma de suas obras, somente a partir
do século XVI é que tais Lojas, antes operativas, passaram a ser especulativas; e
preservavam, em princípio:
3 - Paulo Roberto - " on line "
7
a) A defesa da integridade da língua norueguesa;
b) A conservação da teologia e da cosmogonia odínica e druídica;
c) O segredo da magia odínica.
A Magia Odínica
Os operantes-homens são os godis, porque as Lojas odínicas, diz-se ainda existirem,
sendo inclusive numerosas. E as mulheres, desde que virgens, são as druidesas-
haluísas.
Reúnem-se periodicamente em um recinto sagrado, que pode ser, por exemplo, uma
ilha, uma clareira, e, através de diferentes processos, e estes são secretos, procuram
captar as ondas odinianas sobre a faixa verde, graças à famosa tábua, melhor se diga,
tabuleta, de esmeralda talhado, radiações essas que se propagam através da
superfície do mundo afora, espalhando inúmeras partículas, senão os quanta
mikelianos, termo este que vem de Mikil, a virgem mãe, significando dizer, de resto,
uma eletricidade especial estática.
Essas partículas se propagam perto do solo, reagrupando-se, depois, em determinados
lugares, ali se concentrando, senão se dissolvendo em diferentes direções. Assim,
quando elas se concentram em um espaço restrito, acabam provocando tempestades,
um fenômeno, aliás, pertinente à natureza. E os godis, então, sabem como concentrar
essas ondas elétricas em um ponto previamente escolhido, provocando, afinal,
tempestades mágicas. Criavam, na verdade, um campo antigravitacional, mediante
umas tantas operações, permitindo, assim, às druidesas-haluínas se libertarem
parcialmente do peso que tinham.
Eis a levitação!
Quem eram os Druidas
A origem do termo druida se esconde sob um véu de mistérios. Dizem uns que essa
palavra é oriunda do celta tro-hid, significando pensador-vidente. Porém, para outros,
o termo significa sábio. Mas há uma terceira hipótese: o termo seria derivado do grego
drys e do gaulês drou, significando árvore, o que nos levaria logo a perguntar: que
árvore seria essa? O carvalho?
Bem, fiquemos por aí. O que nos interessa, no caso, é a sabedoria dos ruidas, e esta,
então, é Jean-Michel Angebert, que nos informa um tanto melhor. Diz ele que, ao longo
das aleias de Carnac (dólmenes, monumentos funerários, comumente recobertos por
um túmulo; formando às vezes aleias...), há cerca de três mil megalitos de diferentes
tamanhos testemunhando um passado imutável. Esse passado, então, chega à
Atlântida, graças, tão só, àquele formidável livro de pedra contendo sua escrita
cósmica.
Eis, pois, os celtas, povos desconhecidos, ignorados, tratados como bárbaros pelos
historiadores até os nossos dias, em pleno decorrer do século XXI, mas que fundaram,
não obstante, um vasto império, este que, por volta do ano 1000 a.C., se estendia da
Armórica à Transcaucásia; e que por fim pereceu aos pés de Júlio César, em Roma.
A cruz céltica é o mais alto símbolo do saber iniciático dos druidas, o resumo de sua
ciência perfeita, enfim. É um pentaclo e, como tal, age em correspondência com o
símbolo cósmico. Um emblema kymrico, aliás, construído sobre a relação sagrada dos
números, a fonte de inspiração de Pitágoras. A roda solar, a roda de luz, assim por
diante. É metafísica, esotérica, exotérica, e por certo motivou as cruzes rutena,
templária e gamada.
8
Jean-Michel Angebert explica, então, que, para que compreendamos o druidismo, seria
necessário recuar muito no tempo, até chegarmos à Atlântida. Acrescenta, por fim, o
fato da submersão dessa mesma Atlântida nas ondas do oceano há 12.000 anos
passados, salvando-se um ramo de sua civilização, que emigrou para o Egito, através
da Líbia, além de outro, que conheceu a Irlanda e a Bretanha. Daí porque, segundo ele,
o impressionante sítio de Carnac é o paredro (Mentor que indica, de modo sugestivo, o
caminho a seguir. Chefe principal...) ocidental dos Faraós, de modo que o ensinamento
druídico se constitui no reflexo da ciência esotérica dos atlantes. Aponta a escrita
Ogam como uma das transposições da escrita sagrada primordial, ligando as runas em
seu contexto histórico, até que por fim menciona a transmissão dos conhecimentos
esotéricos desse antigo povo em bases secretas, daí surgindo, para terminar sua
exposição, os conhecimentos por vias iniciáticas.
Eis, pois, as raízes da maçonaria!
Porque a maçonaria é iniciática, bem se vê. A própria Mme. Blavatsky nos diz que sim.
Basta consultar o seu livro As Origens do Ritual na Igreja e na Franco-Maçonaria, SP,
tradução de Dulce do Amaral, para que se saiba do fato de que, no âmbito iniciático, as
seitas, herméticas ou não, tiveram origem comum.
Senão, vejamos!
“Entre os druidas, a Águia foi símbolo da Divindade Suprema e uma parte desse
símbolo se ligava aos Querubins. Adotado pelos gnósticos pré-cristãos, pode-se vê-lo
aos pés do Tau no Egito, antes de ter sido posto no grau Rosacruz, aos pés da cruz
cristã. Além do mais, o pássaro do sol, a Águia, é essencialmente ligado a cada Deus
solar; é o símbolo de todo vidente que olha na luz astral e ali vê a sombra do passado,
do presente e do futuro, tão facilmente quanto a Águia contempla o sol.”
Diz ela, então, que a franco-maçonaria moderna e o ritual da Igreja descendem em
linha reta dos gnósticos iniciados neo-platônicos, bem como dos Hierofantes
(Hierofante é o termo usado para designar os sacerdotes da alta hierarquia dos
mistérios da Grécia e do Egito. É o sacerdote supremo, que pode ser chamado também
de Sumo Sacerdote) que renegaram os mistérios pagãos, cujos segredos perderam,
sendo conservados somente por aqueles que jamais aceitaram tal compromisso.
E está com razão!
Paganismo, Maçonaria, Teologia, eis a trindade histórica que governa o mundo sub-
rosa, pela concepção dos teosofistas. Se Mater Christi era ou é a mãe do Redentor dos
antigos maçons, que é o Sol; se entre os egípcios os hoi polloi (pessoas mais humildes)
pretendiam que o Menino, simbolizando a grande estrela central, Hórus, seria o Sol de
Osireth e Oseth, cujas almas, depois de sua morte, animaram o Sol e a Lua, até que Ísis
se tornou Astartê, na Fenícia, substituída, depois, pela Mater Dolorosa do povo cristão,
o que nos interessa é saber que a ligação da maçonaria com o Egito é um fato
incontestável, não se pode negar.
E o Egito é a fonte da Iniciação!
Não há, pois, à face do mundo nenhuma religião ou seita desvinculada da Iniciação,
quer a judaica, quer a católica, cujas raízes, bem se vê, estão presas a esse paganismo
dos séculos, espécie de tradição esquecida, mas que permaneceu viva e incontestável
no âmago individual de cada elemento da raça humana. Isto quer dizer, ipso facto, que
o grito formidável desse passado do homem até hoje se faz ouvir, como se fora os
clarins da Atlântida convocando a posteridade para o retorno espetacular à origem dos
tempos, pois nada disso foi olvidado, nós é que teimamos em esquecer, em vão, as
nossas lídimas tradições comuns.
Quando Clemente de Alexandria, no capítulo XV, do livro I, dos Stromatas (Stromata é o
terceiro trabalho na trilogia de Clemente de Alexandria sobre a vida) diz que Pitágoras
havia tomado, por empréstimo, sua doutrina aos druidas, os quais, pela expressão de
Polyhistor, eram os mais esclarecidos dos homens, aí está uma sólida referência ao
conteúdo desses ensinamentos druídicos chegados até nós, hoje, através das Tríades,
9
textos célticos copiados na Idade Média, louvados, tão só, numa tradição oral
ininterrupta.
As Tríades, por sua vez, têm íntima relação com o número três, respeitando-lhe a
simbologia, para, de resto, resumir-se de toda na doutrina dos pontífices celtas. Ora, a
simbólica dos algarismos é uma constante do esoterismo céltico, inclusive nos Versos
Dourados de Pitágoras. Assim, os números 1, 7 e 9 são tidos como sagrados. Um
exemplo disso é o número 3, quando se sabe que as Tríades são em número de 81, ou
seja, 9 x 9, o que nos mostra, sempre, o múltiplo de 3, enunciando três princípios
enumerados ao longo de nove vezes nove capítulos.
Se a mônada (Em muitos sistemas gnósticos, o Ser Supremo é conhecido como
Mônada, o Uno, o Absoluto) figura, para os druidas, a essência de Deus, a díada, que é
a sua faculdade criadora andrógina, é ao mesmo tempo masculina e feminina,
consubstanciada, depois, nessa estranha proposição bíblica, através do Gênesis:
“macho e fêmea os gerou”, referindo-se a criação de Adão, o primeiro homem.
Aliás, os druidas acreditavam na pluralidade dos mundos, aproximando-se, de resto, da
teoria contemporânea dos mundos paralelos, mostrando, assim, que foram eles os
detentores da astrologia tradicional, a dos magos da Caldeia, pois os caldeus foram os
seus parentes mais próximos. Referindo-se a cruz céltica, observa Marcel Moreau, em
La Tradition Celtique Dans L’Art Roman, que “a Lua era considerada como um satélite
da Terra, cuja massa, 9 x 9 = 81 vezes menor, era dada pelas relações das superfícies
dos círculos de Gwenwed e de Keygant.”.
Meras referências. Não é de nosso propósito estudar, por inteiro, a sabedoria druídica.
Citamo-la, porém, para que cada um descubra por si próprio onde foram plantadas,
realmente, as raízes da maçonaria, hoje combatida maliciosamente por alguns
elementos pouco esclarecidos, os quais não se deram ao trabalho de pesquisar,
sequer, a força e o alcance de sua histórica tradição. Uma tradição, aliás, que se perde
na noite dos tempos, mas que retorna agora, pujante e próspera, contando-nos o
porquê da sua nobreza milenar.
Por conseguinte, era necessário que fizéssemos essa incursão histórica rumo às raízes
legítimas da maçonaria, antes de nos aventurarmos pelas sendas que poderão ser
descortinadas, louvando-nos no respaldo que algumas obras sempre nos oferecem. É
que o vocábulo maçonaria, embora seja fruto do passado, como vimos, tem a sua
legítima substância calcada nos eventos humanos que ultrapassam a própria História,
perdendo-se, por fim, nos terrenos da Iniciação; e esta, porque antecedeu ao Dilúvio,
chega, não apenas ao Egito iniciático, mas, na verdade, o antecede, chegando a
Enoch, o Pai, digamos, dessa mesma Iniciação.
Quando abordamos a sua filosofia de vida, o seu credo, os seus ritos também, o leitor,
caso esteja atento aos nossos propósitos, verificará que o vocábulo maçonaria é dos
mais elásticos e universalistas, dispensando, por conseguinte, os comentários
superficiais dos não muito bem informados, daqueles que enxergam a maçonaria como
depositária de crenças descabidas, quando, ao contrário, essa mesma maçonaria da
qual estamos nos referindo agora outra não é senão uma escola de moral, de civismo e
de respeito às nossas tradições esquecidas, pois ela é, sem sombra de dúvidas, a mais
cavalheiresca de suas depositárias.
10
A partir de hoje o JB News apresenta sequencialmente uma série de três
trabalhos do escritor, pesquisador e médico de Lisboa, Irmão Mario Jorge
Neves. O desta edição refere-se ao primeiro rito conhecido
documentalmente que é o de Old Charges. Para este final de semana virão
os outros dois: “O Rito da Palavra de Maçon” e o “Rito da Perfeição”.
“O Rito das Old Charges”
Este rito é conhecido hoje através de um pouco mais de uma centena de textos denominados
OLD CHARGES e cuja redacção se estende por um período que vai de 1390 até aos anos que
se seguiram à compilação dos Antigos Deveres (A.D.) por James Anderson, sob a forma das
Constituições de 1723.
Existem alguns destes textos que são menos conhecidos:
–> Briscoe Pamphlet (1724, versão de A.D. seguida de uma critica das Constituições de 1723.*
–> Constituições de Cole, que incluem um pequeno número de versões de A.D., sendo mais de
metade delas datadas do Século XVIII.*
–> Outras são datadas do Século XVI, como o Dowland (cerca de 1550), Grand Lodge nº 1
(1583), e Landsdown nº 98 (segunda metade do secº XVI).*
Quanto aos mais conhecidos, existem aspectos que se torna útil abordar:
O Regius (1390)
Os A.D. foram desde o seu aparecimento em 1390, com o Regius, os textos da franco-
maçonaria inglesa que serviam numa loja de maçons operativos para receber, uma vez por
ano, um ou mais aprendizes no grau de companheiro.
4 - “ O Rito das Old Charges “
Ir Mário Jorge Neves
11
O conteúdo do Regius tem os seguintes elementos:
–> História geográfica do ofício de pedreiro.
–> Lista dos deveres profissionais, incluindo a descrição do juramento maçónico.
–> Martírio dos 4 santos coroados.
–> Dilúvio na época de Noé.
–> Suspensão da construção da Torre de Babel.
–> Elogio das 7 artes liberais.
–> Lista dos deveres morais próprios de todo o cristão.
A principal função de um A.D. era ser lido a um recipiendário no momento da sua admissão em
loja, antes deste jurar sobre o livro dos Deveres respeitar os diferentes deveres profissionais e
morais que lhe tinham sido lidos. Assim, esta função acabava por ser dupla: era, em primeiro
lugar, social (sancionar a entrada de um recipiendário nesta corporação profissional que é a
franco-maçonaria) e moral (obrigação de respeitar os deveres profissionais e morais que
regulavam esta corporação profissional).
Segundo os versículos 427/440, o recipiendário devia jurar “aos seus mestres e companheiros”,
o que mostra que o recipiendário não era nem mestre nem companheiro, mas um simples
aprendiz. Quanto ao conteúdo do juramento, consistia em o recipiendário mostrar-se “fiel e
seguro para com estas leis”.
Na franco-maçonaria operativa o rito de admissão na loja tinha lugar uma vez por ano. O
Regius não explicita as modalidades práticas deste juramento, que só surgem no Grand Lodge
nº 1, de 1583.
O rito de recepção em loja definido pelos A. D. retomava na sua forma o do rito monástico de
emissão de promessas, tal como o descreve Benoit de Nursie na sua Regra dos Monges. A
franco-maçonaria operativa inglesa tendo sido uma corporação profissional cristã, não tinha
nada de estranho que o rito de recepção em loja se compusesse da leitura do A. D. seguida de
um juramento de moralidade pelo recipiendário sobre o mesmo A.D. da loja do local. A
excepção a esta regra é o A.D. Colne nº1, datando de cerca de 1685, que estabelecia que o
recipiendário prestava o seu juramento sobre a própria Bíblia.
Pode parecer estranho que o Regius e todos os A.D. posteriores tenham integrado um elogio
das sete artes liberais. Ele refere que pela “alta graça de Deus no céu” Euclides fundou as sete
ciências e que o seu bom uso conduz ao céu. Com efeito, esta noção do bom uso das sete
artes liberais conduz directamente ao livro VII da República de Platão onde este falava de uma
utilização incorrecta destas artes e que só um uso filosófico, e não científico, das sete artes
liberais permitia ao contemplativo elevar-se das sombras da caverna (penúria, guerra,
homicídio, e diálogo pervertido) em direcção ao Sol, imagem da ideia do bem que é, por sua
vez, a causa moral daquilo que existe e a chave teórica que permite compreender o que são os
fenómenos.
Um outro aspecto importante bem presente é o apocalíptico, sob a forma de 3 exemplos de
efeitos destrutivos do mal moral: martírio dos 4 coroados, dilúvio da época de Noé e a
suspensão da construção da Torre de Babel. Há aqui também uma ligação com a República de
Platão onde o apocalíptico era representado pelas más acções punidas na caverna.
Esta visão apocalíptica do Regius tem de ser entendida dentro do seu contexto histórico, dado
12
que é necessário ter bem presente que na sua época a Inglaterra vivia também um período
apocalíptico face a três epidemias sucessivas de peste negra que tinham dizimado uma
elevada percentagem da população. É razoável pensar que estas epidemias contribuíram para
fazer sentir a necessidade de reorganizar o ofício de construtor sob a dupla forma de uma
corporação, assegurando o emprego, e de uma fraternidade, garantindo a entreajuda. Tudo
isso num contexto bem preciso de uma forma de consciência religiosa onde o flagelo da peste,
confrontando os indivíduos com a perspectiva próxima da sua morte, lembrava a urgência da
sua conversão moral ao “bem”.
No entanto, os efeitos destrutivos da peste não foram o único factor histórico a favorecer a
criação da franco-maçonaria, destinada a reorganizar o ofício de construtor: a Guerra dos Cem
Anos, contemporânea do aparecimento dos primeiros A.D., teve um papel muito importante.
Cooke (1410-1425)
No Cooke, a lista inicial das sete artes liberais não segue qualquer exemplo histórico ou
legendário de efeito destrutivo do mal moral. Ele limita-se a fornecer um exemplo de ciências e
artes que permitem trabalhar neste mundo com o fim de agradar a Deus e contribuir para o
conforto e o bem. Por outro lado, o Cooke não retoma a afirmação segundo a qual o uso
correcto (filosófico) das sete artes liberais conduz o seu praticante ao céu.
Dos 3 elementos apocalípticos do Regius, o Cooke só menciona o Dilúvio, e aborda os crimes
cometidos por Lemek, o pai dos 4 patronos dos ofícios, patronos estes que tinham feito as
inscrições das artes liberais nas 2 colunas antediluvianas, garantindo o seu carácter perene.
Afirma que entre as artes liberais 6 retiram a sua substância de uma sétima, que é a geometria,
o princípio comum, identificando-a com a maçonaria.
Existe também uma invocação do Egipto tendo por base o êxodo dos israelitas e a sua
instalação na terra prometida onde será construído, mais tarde, o Templo de Salomão, bem
como a referência de que a arte da arquitectura foi importada da Palestina pela França e desta
para a Inglaterra.
O redactor do Cooke fez cair no esquecimento o alcance iminentemente iniciático do Regius
.
Grand Lodge nº 1
Neste manuscrito a noção de medida é estendida à célebre tríade salomónica de “número,
peso e medida”. A primeira inovação total em relação ao Cooke é a menção ao filho do rei
Athelstan, denominado Edwin, que ordenou uma assembleia maçónica em York.
A segunda inovação foi a referência uma assembleia maçónica que se terá realizada em York
para “criar maçons”, o que constitui uma das primeiras referências explícitas ao rito dos A.D.
que se encontra, aliás, descrita com precisão neste texto como o acto no decurso do qual se
dava ao recipiendário os deveres (morais) e os usos (profissionais).
No decurso dessa assembleia maçónica de York os deveres e os usos, recolhidos de diversos
países e que estavam redigidos em francês, grego, inglês e em outras línguas, estavam
compilados sob a forma de um “livro sobre a maneira como o ofício foi fundado”, sendo este
livro lido “de cada vez que se fazia um maçon para lhe fazer prestar a sua obrigação”. Esta
precisão é extremamente importante, dado que atesta, sem nenhuma ambiguidade, que no rito
dos A.D. o juramento era prestado pelo recipiendário sobre o livro destes deveres e não sobre
a Bíblia.
Este documento mostra também que os deveres são confiados àqueles que são feitos maçons
no decurso da recepção em loja, contemplando apenas os companheiros e mestres, e não os
aprendizes. Conclui-se, logicamente, que os recipiendários que eram admitidos a serem feitos
13
maçons no decurso do rito de recepção em loja eram aprendizes prestes a passar a
companheiros e que neste contexto os maçons feitos franco-maçons eram de 2 tipos:
companheiros e mestres.
Neste rito, os aprendizes, não tendo ainda sido feitos maçons no sentido de serem admitidos
em loja, não eram, pois, franco-maçons no sentido ritualista deste termo. Nos A.D. a
aprendizagem não era um grau da maçonaria ritualista, a qual só compreendia companheiros e
mestres.
Deste modo, entende-se melhor o facto de que no documento “Edimbourg”, de 1696, o rito
escocês da “Palavra de Maçon ” chamava “aprendizes entrados” aos que eram admitidos no
rito e designava “cowans” aos que não tinham acedido a ele.
Os Regulamentos da Catedral de York, datados de 1370, mostram deveres análogos a estes
da Grand Lodge.
Wood (1610)
Esta versão dos A.D. apresenta um texto muito semelhante ao do manuscrito Grand Lodge.
Lechemere (2ª metade do sécº XVII)
Este texto de origem aparentemente inglesa menciona explicitamente a loja e transmite o texto
do juramento dos maçons sobre os seus deveres. Refere que o juramento deve ser prestado
com a mão sobre o livro dos deveres e que em seguida os seus preceitos devem ser lidos.
Entre os deveres estabelecidos, importa mencionar, a título de exemplo, os seguintes:
–> O primeiro é que devia ser fiel a Deus e à Santa Igreja e não sucumbir ao erro e à heresia,
assim como, serem homens dedicados ao rei, sem falsidade.
–> Sinceros no relacionamento com companheiros e mestres.
–> Guardar os segredos no seio da loja.
–> Nenhum mestre assumirá o trabalho de um senhor nem qualquer outro trabalho, excepto se
se sente capaz e bastante astuto para o executar de tal forma que o ofício não seja desonrado
e que o senhor possa estar bem e fielmente servido.
–> Nenhum mestre ou companheiro aceitará um aprendiz autorizado a ser seu aprendiz por um
período inferior a 7 anos.
–> Nenhum mestre ou companheiro é permitido ser feito maçon sem o consentimento dos seus
companheiros, pelo menos 5 ou 6, e estar fora de todas as exclusões, como ter nascido livre e
de boa família, e não escravo, e ser íntegro dos seus membros como um homem deve ser.
- - - - - - - - -
No contexto global destes documentos, existem 2 temas fundamentais: a história geográfica da
arquitectura, nomeadamente a questão do estilo gótico, e a filosofia platónica das artes liberais.
Se na Escócia a tradição anglicana dos A.D. foi progressivamente substituída, a partir de 1637,
pela tradição calvinista do Rito da “Palavra de Maçon” é porque os maçons presbiterianos
recusavam praticar um rito de recepção em loja que era anglicano e porque não construíam
catedrais nem usavam o estilo gótico.
Na Inglaterra, o facto da maioria dos franco-maçons se terem tornado especulativos levou-os
também a abandonar o rito dos A.D. e a adoptar o rito da “Palavra de Maçon”, tanto mais que o
estilo gótico tinha deixado de se empregar.
Os rituais da “Palavra de Maçon” não continham, salvo excepções, nenhuma referência às
14
artes liberais. Em 1760, surge em Londres uma menção às sete artes liberais num ritual da
“Palavra de Maçon” combinado com materiais dos A.D. : Os Três Toques Distintos.
Esta menção surge, no entanto, dissociada de toda a ligação apocalíptica. O Cooke foi o
primeiro a mencionar a antiga lenda dos 2 pilares antediluvianos. Estes pilares foram, muito
provavelmente, expressões derivadas de 2 estelas dos templos funerários das pirâmides,
figuras simbólicas dos 2 solstícios, de Verão e de Inverno, que resumiam já a Tradição. Estas 2
estelas egípcias estiveram na origem das estelas bíblicas presentes nos 2 santuários em honra
de Yavé, antes de inspirarem a forma das 2 colunas, Jachim e Boaz, situadas no Templo de
Salomão, colunas estas cujos nomes constituíram a partir de 1637 os 2 primeiros elementos do
rito da “Palavra de Maçon”.
Os 2 primeiros ritos da franco-maçonaria, o dos A.D. e o da “Palavra de Maçon”, um
originalmente católico, e depois anglicano, e o outro originalmente calvinista, propunham duas
espiritualidades distintas. O rito dos A.D. preconizava primitivamente uma espiritualidade
platónica principalmente baseada sobre o apocalipse, que estabelecia a ascensão ao céu pelo
uso filosófico das sete artes liberais orientado para a visão final da ideia superior do bem.
O rito da “Palavra de Maçon” preconizava, antes de mais, uma espiritualidade bíblica baseada
sobre uma teologia calvinista alegorizada pelo Templo de Salomão.
Notas finais
A abordagem destes documentos tão poucos conhecidos e tratados na bibliografia disponível,
permite verificar que as raízes daquilo que é hoje a moderna maçonaria, são muito anteriores a
1717 e que a evolução dos seus conteúdos se processou sob a natural influência de contextos
sociais, religiosos e profissionais.
A própria adopção do “livro” presente na cerimónia do juramento não era de carácter religioso,
mas assentava nas obrigações morais e profissionais que tinham de ser respeitadas, embora a
inspiração do seu conteúdo fosse cristã.
A questão dos graus sofreu evoluções e mostra que o título profissional não andava a par da
condição de franco-maçon.
Mário Jorge Neves
(Bibliografia
O rito das Old Charges (1390-1729)
Négrier, Patrick: Le Rite des Anciens Devoirs)
( Continua na próxima edição com
“O Rito da Palavra de Maçon” )
15
Quadro Histórico da Maçonaria
no Rio de Janeiro - 1822
Ir.´. William Almeida de Carvalho, M.´. M.´.
(Documento do arquivo, presenteado pelo
Ir.´. Kurt Proeber em forma de xerox do original
– mantida a graphia da epocha)
Repasse: Ir. Laurindon Gutierrez
(Londrina – PR)
(Extraido dos Annaes Maçonicos Fluminenses, Publicados em 1832)
* 1.ª Epoca *
Começou com o presente seculo a Maçonaria n’esta parte do novo mundo e posto que alguns
maçons anteriormente houvessem, iniciados em paizes estrangeiros, contudo, elles viviam
dispersos e não ousavam formar Loja, porque as suspeitosas autoridades os não poupariam a
desgostos n’esse tempo, nem o fanatismo do povo deixaria de execral-os si rastreasse os seus
trabalhos. Mas a civilisação foi aplainando todas estas difficuldades, até que no anno de 1800
cinco maçons d’esses dispersos formaram uma loja e começaram, com inviolável segredo a
iniciar pessoas que gozavam de credito, instruidas e bem morigeradas. Esta primeira loja, que
se chamou União, avultou logo em adeptos e como n’ella se encorporassem outros maçons
que já então principiavam a trabalhar, em memoria de concordarem todos em fazer um só
corpo para melhor se coadjuvarem, chamou-se desde logo Reunião.
Já os maçons fluminenses trabalhavam com alguma regularidade no antigo rito dos doze graos
quando, feita a paz de Amiens, entrou n’este porto a corveta de guerra franceza Hydre com
destino a ilha de Bourbon e porque Mr. Laurent e mais alguns officiaes eram maçons, pediram
visitar a Loja e, cheios de admiração á vista do zêlo com que debaixo de tantos perigos se
trabalhava, dera’n attestados do seu reconhecimento e acceitaram contentes a prancha que se
lhes offereceu para filiarem á Loja /Reunião/ no circulo do Oriente da /Ilha de França/, o que se
effectuou, recebendo-se d’ali, por intervenção do mesmo Mr. Laurent, a carta de
Reconhecimento e Filiação, os Estatutos e Reguladores que se costumam dar em taes casos.
Poucos mezes depois, em 1804, appareceu vindo de Lisbôa um Delegado do Grande Oriente
Luzitano com a Constituição e Regulamentos ali organisados, querendo, quasi por força, que a
elles se submettesse a Loja /Reunião/.
Este procedimento um pouco aspero, unido á consideração de que a Constituição e
Regulamentos, por muitos ponderosos motivos não convinham a maçons brazileiros, fez que
5- Quadro Histórico da Maçonaria no Rio de Janeiro – 1822
Ir. William Almeida de Carvalho
16
se tomasse a resolução de enviar a Lisboa um dos irmãos da Loja para representar contra a
imprudencia de tal Codigo e alcançar as modificações que se julgavam indispensaveis.
Entretanto, o Delegado do Grande Oriente Luzitano, sem estar por este accôrdo, cortou de todo
a communicação com os maçons fluminenses; fundou logo duas Lojas ¾ /Constança /e
/Philantropia ¾ /e lançou d’esta arte um pomo de discordia na familia maçonica, que muito
desgostou aos membros, por todos os titulos respeitaveis, da Loja Brazileira /Reunião/.
Partiu o emissário para Lisboa em Maio de 1804 e tocando á Bahia em sua viagem, ahi teve o
prazer de achar os maçons d’aquella cidade nos mesmos sentimentos que os do Rio. E porque
soubessem qual era a sua missão, prometteram esperar o resultado d’ella para se decidirem,
nunca abraçando o Codigo Maçonico Luzitano tal qual se lhes apresentava, porque tambem o
consideravam enfermo dos mesmos principios por onde se regia a Metropole para com o
Brazil, ainda sua colonia.
O Emissario nada pôde conseguir em Lisboa, porque a Grande Loja Luzitana parecia
persuadir-se de ter já maçonicamente colonisado o Rio de Janeiro pela imprudente installação
das duas Lojas em que só tinham vigor a sua Constituição e Regulamentos. Em Junho de 1805
o emissario deu contas em loja, do que se passara com o Grande Oriente Luzitano e foi em
consequencia d’isso determinado que se celebrasse a festa maçonica de S. João e desde esse
dia se suspendessem os trabalhos da Loja /Reunião/ até que melhor ensejo se offerecesse.
Esta prudente determinação serviu também de acautelar alguns desaguisados que já iam tendo
logar apezar mesmo de uma tal ou qual concordata, que as circumstancias do tempo obrigaram
a fazer. Suspenderam-se os trabalhos da Loja Fluminense /Reunião/, mas tambem não
puderam por muito tempo conservar-se as Lojas /Constança/ e/ Philantropia/, porque, entrando
no vice-reinado o Conde de Arcos, inimigo jurado da Maçonaria, e com recommendações da
Côrte para a perseguir, dissolveram-se os dous quadros e não houve por então mais trabalhos
maçonicos.
* 2.ª Epoca *
No tempo que decorreu de 1810 até 1821 algumas Lojas existiram, mas tão ephemeras, que
não merecem ser commemoradas.
Perseguidas pela policia, os seus membros mudando de logar a cada sessão e fazendo
pesados sacrificios para trabalharem algumas vezes fóra do perigo de ser lobrigados pelos
espiões do Governo, aborreciam-se de tantas fadigas, abafavam em quasi esquecimento o seu
zelo e recolhiam-se ás suas casas para gosarem de algum repouso. D’estas Lojas a que por
mais tempo persistiu, e de cujos trabalhos o Governo sabia por espiões que nas suas mesmas
columnas se assentavam, foi a que se intitulava /S. João de Bragança/, onde gente grada, mas
quasi toda da Côrte, se filiara. Este mesmo quadro, assim espiado e como que tolerado pelo
Governo, não pôde por muito tempo escapar ao assombrado genio do Ministro de Estado Villa-
Nova e foi bastante motivo para dissolver-se a barbara perseguição que em Lisboa fizera o
Marquez de Campo Maior aos maçons lusitanos, da qual foi desgraçada victima, além de
outros, o benemerito Gomes Freire. É notavel que os membros mais conspicuos da Loja /S.
João de Bragança/ se não contentassem de ceder ás bravatas de Villa Nova, despersando-se
com seus irmão n’esta época em que o primeiro movimento de Pernambuco em favor da
Liberdade Brazileira deu argumentos a Villa Nova para persuadir ao Rei D. João VI que
esmagasse os maçons como instrumentos de revoluções, sem se lembrar que elle mesmo Villa
Nova as promovia querendo por meio da força comprimir o espirito dos Brazileiros já
embebidos nos principios da Monarchia Constitucional representativa, que se tornara uma
necessidade como depois se viu. Esses membros de /S. João de Bragança/ correram mui
promptos ao Rei e a Villa Nova, em cuja presença humildes e como arrependidos abjuraram
erros que não existiam e fizeram entrega de insignias e talvez papeis. Que não fizera este
17
ministro fanatico de um Rei fraco contra o resto dos maçons, si n’esses papeis encontrasse
provas de sua injusta suspeita! Tanto é verdade que os prejuizos cedem alguma vez á razão,
mas sem por isso deixar a marcha de suas visões arbitrarias! Depois d’esta época e tomando
já a Liberdade um vôo mais amplo, Mendes Vianna, organisou a Loja /Commercio e Artes/,
fazendo entrar na sua fundação muitos membros da /Reunião/ que ainda se achavam
dispersos e saudosos da fraternal amisade que sempre reinara n’este primeiro quadro.
Sem nunca se terem filiado n’essas Lojas que desappareciam apenas se installavam,
prestaram-se contentes ao convite patriotico d’esse benemerito restaurador da Maçonaria
Fluminense.
A idéa da Independecia do Brazil agitava já fortemente os espiritos; irritados os Brazileiros
pelos imprudentes procedimentos do Congresso de Lisboa para com esta consideravel parte
da Monarchia que aquelle Congresso Constituinte parecia desprezar ou maltratar, a cada
disposição legislativa que envolvia desprezo ou sombra d’elle para com o Brazil, os corações
de seus filhos pulavam indignados e anciavam por desfazer-se em acclamações de
Independencia. Este fructo da nossa liberdade e civilisação já estava maduro, mas ninguem
ousava colhel-o, porque a força das armas e leis de sangue cahiriam sobre os que
isoladamente lhe lançassem mão. A Loja /Commercio e Artes/ estava florente e contava no seu
gremio homens de saber, de bons costumes e de encendrado patriotismo. Houve então quem
se lembrasse n’ella que devera a Maçonaria concorrer a dar uma regular direcção aos espiritos
na causa da Independência que, apezar de ser opinião geral, podia ainda assim não ter os
resultados felizes que teve, se lhe faltasse uma prudente direcção; o negocio não era facil com
a presença da tropa lusitana e commandada por officiaes fanaticamente afferrados á politica da
Metropole. Foi então que dous membros da antiga Loja /Reunião/, e dos seus fundadores,
emprehenderam com seus escriptos illuminar os povos; o /Reverbero Constitucional
Fluminense/ appareceu no dia 15 de Setembro de 1821 e sabe todo o Brazil os serviços que
este periodico prestou á causa da Independencia e da Monarchia Constitucional
Representativa que com enthusiasmo se jurara.
Como já fosse crescido o numero dos membros da Loja /Commercio e Artes/e todos os dias
n’ella se filiassem os que ainda dispersos prezavam as virtudes maçonicas, fez-se uma
Assembléia Geral e por votação se nomearam os membros que deviam formar a Grande Loja
do Oriente do Brazil, e foi então elevado ao cargo de Grão Mestre o então Ministro de Estado
José Bonifácio de Andrada. Quando se fez este acto, já o Governo sabia e de algum modo
protegia os trabalhos maçonicos e já a commissão da Loja encarregada de organisar a
Constituição Maçonica tinha apresentado á approvação geral grande parte dos seus trabalhos
pelos quaes se foram regulando os actos subsequentes a esta primeira nomeação e installação
do Grande Oriente do Brazil. Seguiu-se logo o dia de S.João d’esse anno de 1822 e em
solemne reunião sortearam-se os maçons que deviam povoar mais dous quadros em que se
dividiu a Loja /Commercio e Artes/, tomando esta o n. 1 em razão de sua antiguidade; formou-
se o n.2 que se intitulou /União e Tranquilidade/ e o n. 3 que foi chamado /Esperança de
Nitheroy/.
É publico o impulso que os maçons fluminenses então deram á causa e triumpho da
Independencia do Brazil, mas cumpre saber-se como a má fé começou a solapar as bases de
sua existencia, aproveitando até certo ponto os seus serviços e reservando para melhor
occasião o descarregar sobre elles os terriveis golpes da mais execravel perfidia Os membros
mais influentes do Governo e que tambem occupavam os primeiros cargos da Maçonaria, para
os quaes não havia segredo algum, foram como viboras aquecidos nos seios de seus amigos,
que bem depressa ferraram venenososos dentes nas suas entranhas. A ingratidão disfarçada,
desde que o Principe Regente se iniciou maçon na Loja /Commercio e Arte/ e foi pouco tempo
depois investido do cargo de Grão Mestre, facto este que sobremaneira irritou o primeiro
nomeado e que chamou a mais obstinada perseguição sobre o irmão que em bôa fé e com
18
vistas na maior prosperidade da Maçonaria e da Pátria, o propuzera; e tanto foi elle punido por
esse erro (que se não perdôa a si mesmo) que pouco depois acclamando em Loja a esse
ingrato Principe Imperador do Brazil, foi d’ahi a 60 dias, por sua mesma ordem, preso na
estrada de Minas, onde fôra acclamal-o, expatriado e mettido em processo como republicano.
Parece que o Principe assim obsequiado quiz dar uma satisfação ao ministro apeado do Grão
Mestrado, mas não cedendo deste cargo e sim descarregando a mais injusta perseguição
sobre aquelle irmão que em muito bôa fé se lembrava de o acclamar.
Os factos, que se foram rapidamente succedendo, provam indubitavelmente que apenas as
pessoas mais influentes do Governo conheceram que os intrepidos promotores da
Independencia Brazileira no Rio de Janeiro assentavam esta grande obra na liberdade
constitucional já plantada em quasi todos os corações, logo se conjuraram (talvez em virtude
de convenções secretas que então se não podia rastrear) para se desfazerem dos maçons
mais patrioticos e liberaes, quando já não fossem necessarios aos seus fins. O que se viu
depois faz crer que os perseguidores da Maçonaria estavam loucamente persuadidos de que
ao Brazil só bastava o Throno Imperial e que a Independecia desappareceria no momento em
que os absolutistas de Portugal destruissem a Representação Nacional e a Constituição que já
muito adiantada se achava; pelo menos, nenhum outro motivo explica o indigno procedimento
que se teve para com os maçons, cuja liberalidade e brasileirismo não se podem occultar. O
Governo fingia approvar as doutrinas constitucionaes que se emittiam aos povos pelo
/Reverbero/; e entretanto os seus primeiros membros animavam e até redigiam o /Regulador/,
que se publicou para contrastal-as e que por meio de portarias se recommendou ás
autoridades das provincias, como fôra revellado na Assembléia Constituinte.
O Governo estava ao facto dos bons serviços dos maçons e aprovava tudo quanto se fazia em
prol da Independencia e da acclamação do Imperador; e entretanto os seus principaes
membros creavam uma nova Ordem, que chamaram /Apostolado/, e para a qual recrutavam
d’entre os maçons os que julgavam mais aptos aos seus fins particulares, e tambem aquellas
pessoas que pareciam não muito firmes nos principios constitucionaes.
A noticia d’esta nova creação deu rebate nas Lojas Maçonicas e fez nascer suspeitas que
depois se realisaram.
Em vão representaram ellas que duas sociedades com diferentes Estatutos e Ritos produziriam
quando menos, um ciume que embaraçaria a causa em que todos se deviam empenhar bem
unidos; os autores do /Apostolado/, disfarçando sempre os seus negros planos e continuando a
abraçar em amisade fraternal os que já estavam marcados para a mais revoltante perseguição,
respondiam ás observações, que se lhes faziam que como os fins de uma e outra sociedade
eram bons e os mesmos, nenhum motivo havia para desconfianças offensivas da bôa fé. Os
maçons empenhavam-se em promover a acclamação do Imperador, não se forrando a fadigas
e a grandes despezas, enviando de seu seio pessoas de creditos ás principaes provincias para
que a acclamação em todas ellas se fizesse no dia 12 de Outubro, como em effeito se fez; e
note-se que todas essas pessoas partiram autorisadas e mesmo recommendadas pelo
Governo; entretanto, ainda bem não eram acabados os applausos d’esse acto, em que a
Maçonaria teve tão grande parte, e já a intriga rompia o manto da dissimulação em que se
envolvia no Cenaculo dos Apostolos da perfidia.
Os chefes do /Apostolado/ viram chegado o momento de rasgar a mascara, aterraram o povo
embuindo-o com inventadas descobertas de negras e horrorosas conspirações contra a forma
de Governo e contra a pessoa do Imperador, ha poucos dias acclamado por esses mesmos
que agora (30 de Outubro) se apontavam como traidores. Fizeram mais: compraram e puzeram
em campo gente desprezivel, a quem chamaram povo, para pediram, voz em grita, as cabeças
dos que mais haviam servido a esses tigres refalsados e para requererem com assignaturas,
19
colhidas em tabernas e cocheiras, a deportação e aspero castigo d’aquelles cujos nomes lhes
eram dados pelos Apostolos. Fizeram mais: mandaram ás provincias prender como réos de
alta traição os maçons enviados, como já se disse, algun dos quaes regressava contente do
bom desempenho de sua missão, e que apezar d’isso foi alojado na fortaleza de Santa Cruz e
d’ali embarcado dentro de poucos dias e com outros que já lá se achavam, e expulso para o
Havre, sem processo, sem subsidio e quasi que sem tempo para o arranjarem por seus
parentes e amigos. Fizeram mais: mandaram abrir devassa sobre o supposto crime de
conspiração, que só se dava na perfidia de tão indignos irmãos. N’essa devassa em que
apparecem as maiores monstruosidades forenses e em que a cada pagina respira o odio
sanguinario dos que n’ella influiram, foram pronunciados muitos d’aquelles maçons que mais
zelo mostraram pela Independencia do Brasil e acclamação do Imperador /Constitucional/,
como bem se provou na defeza que apresentaram e que corre impressa igualmente com os
mais notaveis depoimentos dos seus encarniçados inimigos e com as sentenças em que foram
declarados, não criminosos e sim benemeritos da Patria.
No dia 29 de Outubro de 1822, dia de eterna vergonha para o Governo do Brazil d’aquella
epoca, fecharam-se as Lojas e interromperam-se os trabalhos maçonicos pelos motivos
apontados e sendo já reconhecido o Grande Oriente do Brazil pelos de França, Inglaterra e
Estados Unidos, cujos Diplomas depois se receberam.
* 3.ª Epoca *
Quando o Imperador em fins do anno de 1823 se viu abalado em seu throno pela impolitica
dissolução da Assembléa Constituinte e, quasi violentado, offereceu aos povos o projecto de
Constituição que ainda d’essa vez atemperou a irritação das provincias desconfiadas por tão
indigno procedimento, lembrou-se então que, se a Maçonaria se empenhasse por elle, como
d’antes, o poderia segurar, recommendando aos povos o projecto de Constituição como iris de
paz e penhor do seu liberalismo.
Alguns Maçons foram para esse fim chamados á Quinta da Bôa Vista (onde o Imperador
armára uma loja em que trabalhava com os mais predilectos do seu gabinete) e sendo-lhes
feita a proposta de persuadirem aos povos a prompta acceitação do projecto offerecido e isto
com muitos protestos de amor a confraternidade Maçonica: apezar de já não estarem nem no
governo, nem no Brazil, os principaes comperseguidores de seus irmãos, todavia, esses
maçons convocados então tiveram bastante coragem para se negarem a uma commissão em
que se não devia perceber mais do que um novo laço armado á sua bôa fé. A perseguição foi
grande, e era recente, para não servir de lição importante aos que podiam ser ainda
maltratados em recompensa de taes serviços.
No período decorrido desde este anno até o de 1831 pouco se trabalhou em lojas fóra do
circulo do Grande Oriente Brasileiro, cujos trabalhos se achavam interrompidos. Alguns
quadros se formaram, é verdade, nacionaes e estrangeiros, mas não prosperaram, tanto por
lhes faltar o impulso de um centro maçonico, como porque eram sempre receiosos da
perseguição de quem aborrecia a luz e a verdade, e que mais assanhado pela justa repulsa
dos maçons, quando de novo os quizera interessar em seu particular serviço, de um para outro
momento cahiria sobre elles com os mesmo horrores de 1822.
Aproximava-se enfim o dia da Regeneração Brazileira, e alguns maçons, aproveitando-se das
disposições legislativas do Código Criminal, já mais doces a respeito de todas as sociedades,
juntaram-se e converteram-se em um Grande Oriente, cuidando que o antigo de todo se
extinguira, como si fosse possivel apagar-se o fogo maçonico nos corações bem formados em
que uma vez se accendêra! Os membros do primeiro reconhecido Grande Oriente Brasileiro,
vendo que os negocios da Patria, depois de 7 de abril, haviam tomado uma direcção mais
liberal e por isso mesmo mais propicia aos trabalhos maçonicos, reuniram-se novamente (no
20
mesmo mez e no mesmo dia 29 de Outubro, em que cheios de afflicções fecharam as portas
do seu templo) e, transportados de jubilo, as abriram agora re-installando-se os tres primeiros
quadros, dos quaes muitos membros e os principaes operarios ainda existiam, e
compareceram ao primeiro aviso. Para que nada faltasse à legalidade desde acto juntaram-se
em Grande Loja os primeiros officiaes da que fôra installada em 1822, e com elles o primeiro
Grão Mestre nomeado, com determinação de servirem só até fazerem-se as novas eleições,
concluida que fosse a Constituição do Grande Oriente Brazileiro; e no emtanto ficou regendo a
de França, por consentimento do povo maçonico, na parte que podia ser applicada ao Brazil.
Um dos primeiros cuidados do reinstallado Grande Oriente Brazileiro foi logo publicar um
manifesto aos maçons do Brasil e aos de todos os Orientes Estrangeiros, annunciando-lhes a
renovação dos seus interrompidos trabalhos. Tambem convidou fraternalmente os membros do
moderno Grande Oriente que no intervallo se havia installado (1829) a que se reunissem em
um só circulo maçonico, para maior prosperidade da Ordem e perfeita harmonia entre todos os
maçons brazileiros. É triste declarar que este convite foi rejeitado, prevalecendo sem dúvida um
injusto capricho ao bem geral da Maçonaria. Mas ainda assim mesmo os maçons de um e
outro Oriente têm sido assaz honrados para se conservarem divididos, sim, em differentes
lojas, mas unidos em bom espirito e até fraternisando-se em suas visitas de uns e outros
quadros.
Desde o acto de reinstallação do Grande Oriente Brazileiro os trabalhos maçonicos tomaram
um impulso extraordinario. Muitas lojas d’aqui e das provincias se têm reunido debaixo dos
seus auspicios. Muitos maçons dispersos têm vindo povoar as columnas de seus primeiros
quadros, e muitos profanos se têm iniciado.
A regularidade nos trabalhos, a magnificencia das ceremonias, tanto festivas, como funebres,
têm chegado a um ponto de perfeição que nunca aqui tiveram.
Sem se faltar á beneficencia para com os irmãos pobres, alguns dos quaes vivem com suas
familias sustentados pelos maçons de seus respectivos quadros; além de subsidios feitos a
estabelecimentos de caridade e de instrucção á mocidade indigente, um fundo se vae
accumulando na caixa economica, conforme o que cada um dos quadros em cada mez póde
forrar das suas mais urgentes despezas.
Um rico e magestoso templo, em que hoje trabalham as cinco lojas do circulo, estabelecidas na
cidade, foi inaugurado com rito proprio maçonico e já uma Constituição se organisou e discutiu,
que foi jurada no anniversario da reinstallação do Grande Oriente (29 de Outubro de 1832) e
que tambem era o da suspensão de seus trabalhos, como fica dito.
Já no Perü chegou a noticia dos progressos da Maçonaria Brazileira.
Um plenipotenciario do Grande Oriente do Brasil alli estabelecido apresentou-se solemnemente
pedindo o nosso reconhecimento e offerecendo o seu; a esta mensagem recebida com o
/interesse proprio de maçons/, que amam diffundir a luz das virtudes por todo o mundo, deu
principio a uma correspondencia que é gloriosa á Maçonaria em geral.
Falta ainda, e é preciso dizel-o, para complemento de tão excellente obra, que os dous
Orientes que ora trabalham, cada umsobre si, fazendo um sacrificio de seus caprichos sobre o
Altar da Maçonaria, se fundam em um só corpo responsavel e forte por suas luzes e virtudes.
Este pensamento não foi esquecido antes de se concluir a Constituição Maçonica que se
jurára, porque de novo se tentou o congraçamento dos Orientes separados, offerecendo-se-
artigos que não deveriam ser desprezados; mas nem assim a cadeia maçonica foi soldada,
como se póde ver de uma franca exposição que corre impressa.
21
Si taes divisões são sempre prejudiciaes a uma Ordem cuja essencia é união e
confraternidade, ellas se tornam tambem escandalosas em tempos em que a politica parece
dividir os espiritos.
Si as virtudes que a Maçonaria recommenda como qualidades necessarias aos que se
appellidam irmãos, filhos da luz e zeladores da verdade, são aptas para adoçar as paixões,
acostumar ao trabalho e molhorar os costumes, ellas muito melhor se praticam reunindo-se as
diversas lojas em uma só grande Familia e reguladas por uma só Constituição.
Si é em tempos de partidos perigosa qualquer divisão na sociedade, porque a intriga d’ella se
aproveita para seus fins, tambem é n’esse tempo que mais se devem ligar os maçons para
bem desempenharem os deveres de bom cidadão, velando em honra da Patria e confundindo
os seus inimigos por um procedimento digno dos que têm ilustrado esta tão antiga quanto
respeitavel Instituição.
Os maçons não se occupam de politica, é verdade, e bem punidos foram os de 1822 por se
terem esquecido d’essa maxima observada em todos os seculos da Maçonaria, mas, como se
não possa separar o caracter de bom maçon do de verdadeiro patriota, é preciso, para que se
evite qualquer dezar a estes estabelecimentos de beneficencia e philantropia, que todos se
liguem, se instruam e se auxiliaem até para que a intriga dos profanos se não introduza em
seus quadros, abusando da boa concordia dos irmãos e comprometendo as santas inteções
dos que só trabalham em prol da Humanidade e em glória do Supremo Architecto do Universo.
Não mencionamos n’este abreviado quadro histórico da Maçonaria a separação que fez do
Grande Oriente a Loja /Segredo/, da qual já duas tambem se originaram (/Imparcialidade /e
/Caridade/) para se reunirem ao verdadeiro centro porque é de esperar que cahindo na razão
os principaes autores d’esse pequeno schisma procurem ainda concorrer ao bem geral da
Ordem Maçonica, fechando os olhos a mal fundados caprichos em que só respira particular
interesse.
O mesmo, com pouca differença, se pôde dizer a Loja /Educação e Moral/, do rito escossez.
Os motivos que dirigiram o seu fundador deviam irritar aos que lobrigaram por entre as boas
intenções com que disfarçára uma desforra de queixa particular.
Mas as desavenças de irmãos acabam em abraços de reconciliação e talvez não esteja longe o
dia em que todos os maçons brazileiros se liguem em uma só cadeia indisssoluvel, sem que
alguns dos seus élos enfraqueça no exercicio d’aquellas virtudes que a Patria e a Maçonaria
reclamam em beneficio da Humanidade.” ____________
* Lista dos Maçons deportados, processados e perseguidos no anno de 1822, sendo Ministro
de Estado José Bonifácio de Andrada:
*/ /
/Luiz Pereira da Nobrega //¾ /Brigadeiro, Ministro da Guerra. Demitido logo depois da
Acclamação, foi preso com grande apparato, recolhido á Santa Cruz e deportado para o Havre.
/ /
/José Clemente Pereira //¾ /Desembargador, Juiz de Fóra e Presidente da Camara Municipal.
Demitiu-se nos dias da intriga e recolheu-se ao seu engenho; de lá mesmo foi arrancado preso,
recolhido s Santa Cruz e deportado para o Havre.
22
/ /
/Januario da Cunha Barbosa //¾ /Sacerdote e professor publico de philosophia. Tinha ido á
provincia de Minas Acclamar o Imperador, voltava d’alli concluido este serviço: em caminho e a
20 leguas da cidade de Outro Preto, foi preso por um official mandado da Côrte com essa
commissã; recolhido a Santa Cruz e dentro em poucos dias deportado para o Havre com os
dous antecedentes.
/ /
/Joaquim Gonçalves Ledo/ ¾ Conselheiro pela provincia do Rio de Janeiro.
Foi grandemente perseguido mas escapou-se por entre muitos perigos e asylou-se em Buenos
Ayres enquanto durou o Ministerio Andrada.
/ /
/João Mendes Vianna/ ¾ Capitão do Corpo de Engenheiros. Tinha sido enviado a Pernambuco,
onde muitos e bons serviços prestou á causa do Brazil e do Imperador. Foi alli perseguido por
ordem do Ministerio, preso, remetido ao Rio de Janeiro, onde por muitos mezes foi conservado
incommunicavel na fortaleza da Lage e em seu processo se procurou todo o meio de o perder.
/ /
/Antonio João Lessa/ ¾ Sacerdote e fazendeiro. Escapou a milhares de perseguições e
buscas, dormiu muitas vezes no matto desconfiado até de seus proprios escravos peitados
para o entregarem, refugiou-se em Buenos Ayres, d’onde voltou com Ledo, acabada a
perseguição ministerial.
/ /
/João Soares Lisboa/ ¾ Redactor do /Correio/. Sofreu muitos incommodos.
Fugio tambem para Buenos Ayres. (Os escriptores liberaes foram os mais perseguidos).
/ /Domingos Alves Branco Muniz Barreto.
João Fernandes Lopes.
Pedro José da Costa Barros.
Joaquim Valerio Tavares.
João da Rocha Pinto.
Thomas José Tinoco.
José Joaquim de Gouvêa.
Luiz Manoel Alves de Azevedo./
Todos estes maçons foram pronunciados na celebre devassa de que já se falou e corre
impressa
23
]
Esclarecimentos sobre a relação entre
Obediências Simbólicas e outros Corpos
Por Kennyo Ismail
Imagine que você é corintiano louco, e seu Grão-Mestre publica um ato declarando que sua
Obediência só reconhece o Palmeiras. Ou que você é flamenguista doente, e seu Grão-Mestre
determina que o time correto é o Vasco. Ou que é atleticano, e escuta em Loja a prancha da
Obediência solicitando que os membros torçam pelo Cruzeiro. O que você faz? Creio que você
diria ao Grão-Mestre o que ele deveria fazer com esse ato, o lugar certo dele guarda-lo, não é
mesmo? E isso por um motivo simples: a Obediência Maçônica Simbólica, seja Grande Loja ou
Grande Oriente, não é dona da sua vida.
Você, maçom, deve ser acima de tudo um homem livre. Você só deve satisfação à sua
Obediência no tocante aos graus simbólicos, ou seja, de Aprendiz, Companheiro e Mestre.
Uma Grande Loja ou Grande Oriente não tem autoridade alguma sobre qualquer assunto que
não seja esse. Qualquer coisa que seja fora dos graus simbólicos está fora da alçada da
Obediência. É assunto que não lhe diz respeito. Se sua Obediência quer emitir alguma opinião
a respeito de algo que não seja Maçonaria Simbólica, tudo bem. Afinal de contas, opinião é que
nem bunda, cada um tem a sua.
Apesar disso, no cenário maçônico brasileiro, volta e meia tem Obediência (leia-se: Grão-
Mestre) querendo dar pitaco onde não deve. E se ficasse só no pitaco até que dava pra engolir,
mas pitaco de cima para baixo acaba virando ato, tratado, decreto. Mas pior do que isso é a
subserviência de muitos maçons, que já se acostumaram a consultar seus Grão-Mestres sobre
assuntos que vão além dos Graus Simbólicos. Seja numa conversa sobre os Altos Graus do
Rito Escocês, sobre os Shriners ou até mesmo sobre DeMolay, não é raro escutar um maçom
perguntando a outro: “Mas o GOB reconhece?” ou “A Grande Loja permite?” ou “Qual a
determinação do Grão-Mestre a respeito? Como se a Obediência Simbólica regesse toda sua
vida maçônica e paramaçônica.
Tomando por exemplo os Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito: quem ingressa onde?
São os Mestres Maçons da Obediência que ingressam no Supremo Conselho ou são os
membros do Supremo Conselho que iniciam como Aprendizes na Obediência? A ordem é
clara! É uma via de mão única! É o Supremo Conselho que recebe membros da Obediência, e
6 – Esclarecimentos sobre a relação entre
Obediências Simbólicas e outros Corpos
Ir Kennyo Ismail
24
nunca o contrário! Em outras palavras, a Obediência é “indústria fornecedora” e o Supremo
Conselho é “mercado consumidor”. E quem julga qual marca tem boa procedência ou não é o
consumidor! Dessa forma, é o Supremo Conselho que define quem ele aceita ou não para
ingressar em seus Corpos. Um processo unilateral.
Algo similar ocorre com os Shriners. No caso do Brasil, o “Almas Shriners” tem como regra
definida que aceita os mestres maçons de Obediências reconhecidas pela Grande Loja do
Distrito de Columbia. Esse é o critério de “boa procedência” determinado. Alguém viu os
Shriners pedindo a benção ou alguma permissão para o GOB, para alguma Grande Loja ou
Grande Oriente Independente? Não. E nem vai. O mestre maçom que possuir os requisitos e
quiser ajudar as crianças enfermas, será muito bem vindo. Se você precisa pedir a benção de
alguém pra isso, o problema é seu.
O mesmo se aplica aos Altos Corpos de outros Ritos, às outras Ordens Maçônicas restritas a
mestres maçons, e mesmo às Ordens Paramaçônicas. Saiu da esfera dos graus simbólicos, da
sua vida cuida e manda você. Se não avilta os bons costumes, ninguém tem nada com isso.
Talvez você esteja se perguntando: “E esses tratados que existem entre Altos Corpos e
Obediências Simbólicas?”. Besteira inútil e desnecessária. Pense em um tratado em que, por
exemplo, o Supremo ABC se compromete em aceitar membros apenas da Obediência XYZ e,
em contrapartida, a Obediência XYZ se compromete a trabalhar apenas nos graus simbólicos e
reconhecer nos Altos Graus daquele rito apenas o Supremo ABC. Nessa hipótese, o que o
Supremo ABC ganha com esse tratado? Nada. A Obediência já é obrigada a trabalhar apenas
nos graus simbólicos ou deixa de ser regular e perde reconhecimentos. E a Obediência não
pode obrigar seus Mestres a ingressar nos Altos Graus, muito menos em um Supremo
específico. Bom, e a Obediência XYZ, o que ganha com esse tratado? Nada também, além de
alimentar o ego de um bairrismo provinciano barato e ultrapassado.
E quanto a regularidade e o reconhecimento? Taí uma questão importante e, por sinal, bem
simples. A regularidade maçônica se dá por regras claras e se um Alto Corpo de um Rito ou
uma Ordem é restrito a maçons regulares no simbolismo, é um indício de que essa instituição
respeita os mesmos critérios de regularidade. Já o reconhecimento não é dado pela
Obediência Simbólica e sim pelos pares. Obediência Simbólica reconhece Obediência
Simbólica. Supremos Conselhos reconhecem Supremos Conselhos. Por exemplo, o Supremo
Conselho do REAA no Brasil reconhecido pelos demais Supremos Conselhos do REAA
regulares no mundo é o Supremo Conselho do Grau 33 do REAA da Maçonaria para a
República Federativa do Brasil, com sede em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Isso
independente se o GOB, a Grande Loja do RJ ou o Grande Oriente Independente A ou B goste
ou não, reconheça ou não. Afinal, isso não é da conta deles.
E se você não gostou do que foi dito aqui, ou é um escravo cego ou está com o chicote na
mão. Dois tipos que deveriam estar bem longe das fileiras maçônicas
25
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
10/11 Arte Real Santamarense, nr. 83 Santo Amaro da Imperatriz
14/11 Obreiros da Liberdade, nr. 17 Xaxim
14/11 29 de Setembro nr.38 São Miguel do Oeste
17/11 14 de Julho nr. 3 Florianópolis
17/11 Rei David nr. 58 Florianópolis
17/11 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau
18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis
19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste
Lojas Aniversariantes do GOSC
Data Nome Oriente
11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí
15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
7 - destaques jb
Resenha Geral
26
Lojas Aniversariantes do GOB/SC
Data Nome Oriente
09.11.10 Regeneração Guabirubense – 4100 Guabiruba
12.11.99 União E Justiça – 3274 Chapecó
15.11.01 Verdes Mares – 3426 Camboriú
15.11.96 Verde Vale – 3838 Blumenau
19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José
LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA
CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES
Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia
08,11.13 20h00 Loja Léo Martins nr. 84 – GOSC Barreiros – São José Sessão Magna de Elevação
08.11.13 20h00 Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – GLSC Templo Bom Abrigo
Sessão Especial em Grau de
AM com a Loja “Unión Y
Progresso nr. 9 de
Encarnación – Paraguai.
Ordem do Dia:
1 – Palestra do Ir. Eleutério
Nicolau da Conceição com o
tema “Som, Luz e Percepção”
2 – Palestra do Ir. Valdez,
com o tema “juramento
Maçônico” – Programação do
Encontro Internacional de
Cultura Maçônica Brasil-
Paraguai
09.11.13 10h00 Loja Otávio Rosa nr. 3184 – GOB/SC
São Pedro de Alcântara
na Fazenda Paraíso da
Serra
Sessão Magna de Elevação
dos IirFábio Will, Djalma
Teodoro e Gabriel Gilberto de
Souza
09-11-13 16:00 Loja Herbert Jurk 2818 - GOB-SC
Templo da ABEPLA
– Associação Benef.
PARAÍSO DOS
LAGOS Rua Brasília
333, Centro, Rio dos
Cedros / SC
INICIAÇÃO: Handrei
Fellippe Stollmeier; Marcelo
Link Roncolatto; Marcelo
Muritiba Dias Ruas
09.11.13 16h00 Loja União e Trabalho de Iguaçú – Porto União Iniciação: Luis Samistraro
27
GOB/SC Turella e Patrick Tavares Zin.
09.11.13 17h00
Loja Obreiros da Terra Firme, 3827 –
Rito Emulação – GOB/SC
R. Bernardino Vaz,
177 – Estreito
Sessão Magna de Iniciação
09.11.13 17h00 Loja Gênesis nr. 1761 – GOB/SC
Templo GOB
Tubarão
Iniciação de Aldo Michels
Meurer; Henrique Lapa Lunardi e
Lindomar Saraiva
12.11.13 20h00
Sessão conjunta da Loja Cavaleiros da
Luz com as demais do Condomínio
Monte Verde (GLSC)
Condomínio Monte
Verde - Florianópolis
Sessão abrangendo todas as
Lojas do Segundo Distrito
(Condomínio Monte Verde e
Canasvieiras). Palestra:
"Moralidade do Poder
Público" a ser proferida pelo
Ir Durval da Silva Amorim
VM da Loja Solidariedade,
28.
14.11.13 20h00 Loja 14 de Julho nr. 3 (GLSC)
Condomínio Monte
Verde
Sessão Especial de
Aniversário
18.11.13 20:00
Loja Harmonia e Fidelidade 4129 -
GOB/SC
Itapema-SC (ao lado
Matriz Sto. Antônio)
Sagração Do Templo
25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 Condomínio Itacorubí
Palestra com o Dr. Ivan
Moritz sobre “A saúde do
homem maduro”
.
Convite
Agende-se para logo mais, participar da última sessão do Consistório "Xaver Arp
Drolshagen", deste ano. A sessão será realizada no Templo do Itacorubí às 20:00hs.
com a seguinte Ordem do Dia:
1) Eleição da Administração 2014/2015
2) Apresentação de trabalho do Grau 32
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal.
Acesse www.radiosintonia33.com.br
28
29
fechando a cortina

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Jb news informativo nr. 0305
Jb news   informativo nr. 0305Jb news   informativo nr. 0305
Jb news informativo nr. 0305JB News
 
Informativo Cristianismo Redivivo Setembro
Informativo Cristianismo Redivivo SetembroInformativo Cristianismo Redivivo Setembro
Informativo Cristianismo Redivivo Setembrocristianismoredivivo
 
Jb news informativo nr. 1233
Jb news   informativo nr. 1233Jb news   informativo nr. 1233
Jb news informativo nr. 1233JBNews
 
Jb news informativo nr. 1113
Jb news   informativo nr. 1113Jb news   informativo nr. 1113
Jb news informativo nr. 1113JBNews
 
Jb news informativo nr. 1236
Jb news   informativo nr. 1236Jb news   informativo nr. 1236
Jb news informativo nr. 1236JBNews
 
Jb news informativo nr. 1123
Jb news   informativo nr. 1123Jb news   informativo nr. 1123
Jb news informativo nr. 1123JBNews
 
Jb news informativo nr. 0109
Jb news   informativo nr. 0109Jb news   informativo nr. 0109
Jb news informativo nr. 0109JB News
 
Jb news informativo nr. 2228
Jb news   informativo nr. 2228Jb news   informativo nr. 2228
Jb news informativo nr. 2228JB News
 
Jb news informativo nr. 1.033
Jb news   informativo nr. 1.033Jb news   informativo nr. 1.033
Jb news informativo nr. 1.033Informativojbnews
 
CAÇADORES DE HISTÓRIAS
CAÇADORES DE HISTÓRIASCAÇADORES DE HISTÓRIAS
CAÇADORES DE HISTÓRIASUrano Andrade
 
Jb news informativo nr. 1227
Jb news   informativo nr. 1227Jb news   informativo nr. 1227
Jb news informativo nr. 1227JBNews
 
Jb news informativo nr. 0169
Jb news   informativo nr. 0169Jb news   informativo nr. 0169
Jb news informativo nr. 0169JB News
 
Igreja batista getsêmani boletim 262 2010c
Igreja batista getsêmani boletim 262 2010cIgreja batista getsêmani boletim 262 2010c
Igreja batista getsêmani boletim 262 2010cCrisostenes
 
Www an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwenc
Www an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwencWww an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwenc
Www an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwencmarcossage
 
Jb news informativo nr. 1154
Jb news   informativo nr. 1154Jb news   informativo nr. 1154
Jb news informativo nr. 1154JBNews
 

Mais procurados (15)

Jb news informativo nr. 0305
Jb news   informativo nr. 0305Jb news   informativo nr. 0305
Jb news informativo nr. 0305
 
Informativo Cristianismo Redivivo Setembro
Informativo Cristianismo Redivivo SetembroInformativo Cristianismo Redivivo Setembro
Informativo Cristianismo Redivivo Setembro
 
Jb news informativo nr. 1233
Jb news   informativo nr. 1233Jb news   informativo nr. 1233
Jb news informativo nr. 1233
 
Jb news informativo nr. 1113
Jb news   informativo nr. 1113Jb news   informativo nr. 1113
Jb news informativo nr. 1113
 
Jb news informativo nr. 1236
Jb news   informativo nr. 1236Jb news   informativo nr. 1236
Jb news informativo nr. 1236
 
Jb news informativo nr. 1123
Jb news   informativo nr. 1123Jb news   informativo nr. 1123
Jb news informativo nr. 1123
 
Jb news informativo nr. 0109
Jb news   informativo nr. 0109Jb news   informativo nr. 0109
Jb news informativo nr. 0109
 
Jb news informativo nr. 2228
Jb news   informativo nr. 2228Jb news   informativo nr. 2228
Jb news informativo nr. 2228
 
Jb news informativo nr. 1.033
Jb news   informativo nr. 1.033Jb news   informativo nr. 1.033
Jb news informativo nr. 1.033
 
CAÇADORES DE HISTÓRIAS
CAÇADORES DE HISTÓRIASCAÇADORES DE HISTÓRIAS
CAÇADORES DE HISTÓRIAS
 
Jb news informativo nr. 1227
Jb news   informativo nr. 1227Jb news   informativo nr. 1227
Jb news informativo nr. 1227
 
Jb news informativo nr. 0169
Jb news   informativo nr. 0169Jb news   informativo nr. 0169
Jb news informativo nr. 0169
 
Igreja batista getsêmani boletim 262 2010c
Igreja batista getsêmani boletim 262 2010cIgreja batista getsêmani boletim 262 2010c
Igreja batista getsêmani boletim 262 2010c
 
Www an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwenc
Www an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwencWww an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwenc
Www an-com-br 2007-mar_02_0ane-jsp_fspiwenc
 
Jb news informativo nr. 1154
Jb news   informativo nr. 1154Jb news   informativo nr. 1154
Jb news informativo nr. 1154
 

Semelhante a Sobreviventes dos Andes

Jb news informativo nr. 1195
Jb news   informativo nr. 1195Jb news   informativo nr. 1195
Jb news informativo nr. 1195JBNews
 
Jb news informativo nr. 1173
Jb news   informativo nr. 1173Jb news   informativo nr. 1173
Jb news informativo nr. 1173JBNews
 
Jb news informativo nr. 1184
Jb news   informativo nr. 1184Jb news   informativo nr. 1184
Jb news informativo nr. 1184JBNews
 
Jb news informativo nr. 0382
Jb news   informativo nr. 0382Jb news   informativo nr. 0382
Jb news informativo nr. 0382JB News
 
Jb news informativo nr. 1231
Jb news   informativo nr. 1231Jb news   informativo nr. 1231
Jb news informativo nr. 1231JBNews
 
Jb news informativo nr. 1237
Jb news   informativo nr. 1237Jb news   informativo nr. 1237
Jb news informativo nr. 1237JBNews
 
Jb news informativo nr. 0130
Jb news   informativo nr. 0130Jb news   informativo nr. 0130
Jb news informativo nr. 0130JB News
 
Jb news informativo nr. 1226
Jb news   informativo nr. 1226Jb news   informativo nr. 1226
Jb news informativo nr. 1226JBNews
 
Jb news informativo nr. 1193
Jb news   informativo nr. 1193Jb news   informativo nr. 1193
Jb news informativo nr. 1193JBNews
 
Jb news informativo nr. 1107
Jb news   informativo nr. 1107Jb news   informativo nr. 1107
Jb news informativo nr. 1107JBNews
 
Jb news informativo nr. 1232
Jb news   informativo nr. 1232Jb news   informativo nr. 1232
Jb news informativo nr. 1232JBNews
 
Jb news informativo nr. 1.032
Jb news   informativo nr. 1.032Jb news   informativo nr. 1.032
Jb news informativo nr. 1.032Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1.032
Jb news   informativo nr. 1.032Jb news   informativo nr. 1.032
Jb news informativo nr. 1.032Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 1186
Jb news   informativo nr. 1186Jb news   informativo nr. 1186
Jb news informativo nr. 1186JBNews
 
Jb news informativo nr. 2259
Jb news   informativo nr. 2259Jb news   informativo nr. 2259
Jb news informativo nr. 2259JB News
 
Jb news informativo nr. 0072
Jb news   informativo nr. 0072Jb news   informativo nr. 0072
Jb news informativo nr. 0072JB News
 
Jb news informativo nr. 1.019
Jb news   informativo nr. 1.019Jb news   informativo nr. 1.019
Jb news informativo nr. 1.019Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 0131
Jb news   informativo nr. 0131Jb news   informativo nr. 0131
Jb news informativo nr. 0131JB News
 
Jb news informativo nr. 1.002
Jb news   informativo nr. 1.002Jb news   informativo nr. 1.002
Jb news informativo nr. 1.002Informativojbnews
 
Jb news informativo nr. 0160
Jb news   informativo nr. 0160Jb news   informativo nr. 0160
Jb news informativo nr. 0160JB News
 

Semelhante a Sobreviventes dos Andes (20)

Jb news informativo nr. 1195
Jb news   informativo nr. 1195Jb news   informativo nr. 1195
Jb news informativo nr. 1195
 
Jb news informativo nr. 1173
Jb news   informativo nr. 1173Jb news   informativo nr. 1173
Jb news informativo nr. 1173
 
Jb news informativo nr. 1184
Jb news   informativo nr. 1184Jb news   informativo nr. 1184
Jb news informativo nr. 1184
 
Jb news informativo nr. 0382
Jb news   informativo nr. 0382Jb news   informativo nr. 0382
Jb news informativo nr. 0382
 
Jb news informativo nr. 1231
Jb news   informativo nr. 1231Jb news   informativo nr. 1231
Jb news informativo nr. 1231
 
Jb news informativo nr. 1237
Jb news   informativo nr. 1237Jb news   informativo nr. 1237
Jb news informativo nr. 1237
 
Jb news informativo nr. 0130
Jb news   informativo nr. 0130Jb news   informativo nr. 0130
Jb news informativo nr. 0130
 
Jb news informativo nr. 1226
Jb news   informativo nr. 1226Jb news   informativo nr. 1226
Jb news informativo nr. 1226
 
Jb news informativo nr. 1193
Jb news   informativo nr. 1193Jb news   informativo nr. 1193
Jb news informativo nr. 1193
 
Jb news informativo nr. 1107
Jb news   informativo nr. 1107Jb news   informativo nr. 1107
Jb news informativo nr. 1107
 
Jb news informativo nr. 1232
Jb news   informativo nr. 1232Jb news   informativo nr. 1232
Jb news informativo nr. 1232
 
Jb news informativo nr. 1.032
Jb news   informativo nr. 1.032Jb news   informativo nr. 1.032
Jb news informativo nr. 1.032
 
Jb news informativo nr. 1.032
Jb news   informativo nr. 1.032Jb news   informativo nr. 1.032
Jb news informativo nr. 1.032
 
Jb news informativo nr. 1186
Jb news   informativo nr. 1186Jb news   informativo nr. 1186
Jb news informativo nr. 1186
 
Jb news informativo nr. 2259
Jb news   informativo nr. 2259Jb news   informativo nr. 2259
Jb news informativo nr. 2259
 
Jb news informativo nr. 0072
Jb news   informativo nr. 0072Jb news   informativo nr. 0072
Jb news informativo nr. 0072
 
Jb news informativo nr. 1.019
Jb news   informativo nr. 1.019Jb news   informativo nr. 1.019
Jb news informativo nr. 1.019
 
Jb news informativo nr. 0131
Jb news   informativo nr. 0131Jb news   informativo nr. 0131
Jb news informativo nr. 0131
 
Jb news informativo nr. 1.002
Jb news   informativo nr. 1.002Jb news   informativo nr. 1.002
Jb news informativo nr. 1.002
 
Jb news informativo nr. 0160
Jb news   informativo nr. 0160Jb news   informativo nr. 0160
Jb news informativo nr. 0160
 

Mais de JBNews

Jb news informativo nr. 1247
Jb news   informativo nr. 1247Jb news   informativo nr. 1247
Jb news informativo nr. 1247JBNews
 
Jb news informativo nr. 1246
Jb news   informativo nr. 1246Jb news   informativo nr. 1246
Jb news informativo nr. 1246JBNews
 
Jb news informativo nr. 1245
Jb news   informativo nr. 1245Jb news   informativo nr. 1245
Jb news informativo nr. 1245JBNews
 
Jb news informativo nr. 1244
Jb news   informativo nr. 1244Jb news   informativo nr. 1244
Jb news informativo nr. 1244JBNews
 
Jb news informativo nr. 1243
Jb news   informativo nr. 1243Jb news   informativo nr. 1243
Jb news informativo nr. 1243JBNews
 
Jb news informativo nr. 1242
Jb news   informativo nr. 1242Jb news   informativo nr. 1242
Jb news informativo nr. 1242JBNews
 
Jb news informativo nr. 1241
Jb news   informativo nr. 1241Jb news   informativo nr. 1241
Jb news informativo nr. 1241JBNews
 
Jb news informativo nr. 1239
Jb news   informativo nr. 1239Jb news   informativo nr. 1239
Jb news informativo nr. 1239JBNews
 
Jb news informativo nr. 1235
Jb news   informativo nr. 1235Jb news   informativo nr. 1235
Jb news informativo nr. 1235JBNews
 
Jb news informativo nr. 1234
Jb news   informativo nr. 1234Jb news   informativo nr. 1234
Jb news informativo nr. 1234JBNews
 
Jb news informativo nr. 1230
Jb news   informativo nr. 1230Jb news   informativo nr. 1230
Jb news informativo nr. 1230JBNews
 
Jb news informativo nr. 1229
Jb news   informativo nr. 1229Jb news   informativo nr. 1229
Jb news informativo nr. 1229JBNews
 
Jb news informativo nr. 1228
Jb news   informativo nr. 1228Jb news   informativo nr. 1228
Jb news informativo nr. 1228JBNews
 
Jb news informativo nr. 1225
Jb news   informativo nr. 1225Jb news   informativo nr. 1225
Jb news informativo nr. 1225JBNews
 
Jb news informativo nr. 1224
Jb news   informativo nr. 1224Jb news   informativo nr. 1224
Jb news informativo nr. 1224JBNews
 
Jb news informativo nr. 1219
Jb news   informativo nr. 1219Jb news   informativo nr. 1219
Jb news informativo nr. 1219JBNews
 
Jb news informativo nr. 1217
Jb news   informativo nr. 1217Jb news   informativo nr. 1217
Jb news informativo nr. 1217JBNews
 
Jb news informativo nr. 1216
Jb news   informativo nr. 1216Jb news   informativo nr. 1216
Jb news informativo nr. 1216JBNews
 
Jb news informativo nr. 1200
Jb news   informativo nr. 1200Jb news   informativo nr. 1200
Jb news informativo nr. 1200JBNews
 

Mais de JBNews (19)

Jb news informativo nr. 1247
Jb news   informativo nr. 1247Jb news   informativo nr. 1247
Jb news informativo nr. 1247
 
Jb news informativo nr. 1246
Jb news   informativo nr. 1246Jb news   informativo nr. 1246
Jb news informativo nr. 1246
 
Jb news informativo nr. 1245
Jb news   informativo nr. 1245Jb news   informativo nr. 1245
Jb news informativo nr. 1245
 
Jb news informativo nr. 1244
Jb news   informativo nr. 1244Jb news   informativo nr. 1244
Jb news informativo nr. 1244
 
Jb news informativo nr. 1243
Jb news   informativo nr. 1243Jb news   informativo nr. 1243
Jb news informativo nr. 1243
 
Jb news informativo nr. 1242
Jb news   informativo nr. 1242Jb news   informativo nr. 1242
Jb news informativo nr. 1242
 
Jb news informativo nr. 1241
Jb news   informativo nr. 1241Jb news   informativo nr. 1241
Jb news informativo nr. 1241
 
Jb news informativo nr. 1239
Jb news   informativo nr. 1239Jb news   informativo nr. 1239
Jb news informativo nr. 1239
 
Jb news informativo nr. 1235
Jb news   informativo nr. 1235Jb news   informativo nr. 1235
Jb news informativo nr. 1235
 
Jb news informativo nr. 1234
Jb news   informativo nr. 1234Jb news   informativo nr. 1234
Jb news informativo nr. 1234
 
Jb news informativo nr. 1230
Jb news   informativo nr. 1230Jb news   informativo nr. 1230
Jb news informativo nr. 1230
 
Jb news informativo nr. 1229
Jb news   informativo nr. 1229Jb news   informativo nr. 1229
Jb news informativo nr. 1229
 
Jb news informativo nr. 1228
Jb news   informativo nr. 1228Jb news   informativo nr. 1228
Jb news informativo nr. 1228
 
Jb news informativo nr. 1225
Jb news   informativo nr. 1225Jb news   informativo nr. 1225
Jb news informativo nr. 1225
 
Jb news informativo nr. 1224
Jb news   informativo nr. 1224Jb news   informativo nr. 1224
Jb news informativo nr. 1224
 
Jb news informativo nr. 1219
Jb news   informativo nr. 1219Jb news   informativo nr. 1219
Jb news informativo nr. 1219
 
Jb news informativo nr. 1217
Jb news   informativo nr. 1217Jb news   informativo nr. 1217
Jb news informativo nr. 1217
 
Jb news informativo nr. 1216
Jb news   informativo nr. 1216Jb news   informativo nr. 1216
Jb news informativo nr. 1216
 
Jb news informativo nr. 1200
Jb news   informativo nr. 1200Jb news   informativo nr. 1200
Jb news informativo nr. 1200
 

Sobreviventes dos Andes

  • 1. 1 JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.163 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) – sexta-feira, 08 de novembro de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Ir. Paulo César Fiuza Lima – “Sobreviventes dos Andes” Bloco 3 - Ir Paulo Roberto on Line – “A Maçonaria Odinista da Normandia” Bloco 4 –Ir.’. Mário Jorge Neves – “o Rito das Old Charges” Bloco 5 - IrWilliam Almeida de Carvalho – Quadro Histórico da Maçonaria no Rio de Janeiro - 1822 Bloco 6 - IrKennyo Ismail – Esclarecimentos sobre a relação entre Obediências Simbólicas e outros Corpos Bloco 7 -Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 08 de novembro de 2013, 312º dia do calendário gregoriano. Faltam 53 para acabar o ano. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2. 2  1519 - Moctezuma encontra Hernán Cortés, a quem acreditava ser o deus Quetzalcoatl.  1588 - Inundações nas Velas, ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores  1793 - Primeira abertura do Louvre ao público como museu  1799 - Fim mal sucedido da Conjuração Baiana: seus principais líderes - João de Deus Nascimento, Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga, Lucas Dantas do Amorim Torres e Manoel Faustino dos Santos Lira - são condenados e executados.  1881 - Em Paris, ocorre o primeiro voô de um balão dirigível, Le Victoria, por Júlio César Ribeiro de Sousa.  1884 - José Maria Lisboa e Américo de Campos fundam o jornal "Diário Popular", em São Paulo.  1887 - Emile Berliner patenteia o Gramofone (Gira-discos).  1889 - Montana torna-se o 41º estado norte-americano.  1895 - Descoberta dos Raios X por Röntgen  1903 - Assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla que cria a Zona do canal do Panamá  1920 - Legalização do aborto na União Soviética.  1923 - "Putsch da Cervejaria", na Alemanha.  1926 - Polícia fascista prende Gramsci  1939 - Segunda Guerra Mundial - Primeiro atentado contra Hitler, matou oito pessoas e causou ferimentos em outras 63.  1942 - Segunda Guerra Mundial - Forças dos Estados Unidos e Reino Unido desembarcam no norte da África  1946 - Criação da cidade de Miranorte, município do estado do Tocantins.  1960 - John Kennedy vence, por uma margem apertadíssima, Richard Nixon na eleição para presidente dos Estados Unidos.  1965 - Estabelecimento do Território Britânico do Oceano Índico.  1971 - Led Zeppelin lança o álbum Led Zeppelin IV.  1995 - O jornal britânico The Independent publica matéria elogiando o racionalismo crítico de Ernest Gellner.  1995 - A inauguração do Shopping Grande Rio.  2003 - Publicação do jogo Mario Power Tennis.  2004 - Lançamento do DVD do concerto Live Aid.  2011 - Previsto a aproximação e passagem com a Terra do asteroide 2005 YU55 com 400 metros e a 0,85 distância lunar – menos que os cerca de 384 mil quilômetros que separam a Terra da Lua, considerado do mais próximo do nosso planeta até hoje.  Dia do Aposentado  Dia do Profissional do Consórcio 1 - almanaque Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas. feriados e eventos cíclicos
  • 3. 3  Dia Mundial do Urbanismo  Dia dos Profissionais das Técnicas Radiológicas  Dia Feliz. - Comemorado em Diversos locais e países.  Dia da Beata Isabel da Trindade, monja carmelita francesa.  Dia de Gwynn Ap Nudd, lorde do País das Fadas, na Mitologia gaulesa.  Aniversário do Município de Jaguaribe, no Ceará do Brasil.  Feriado municipal da Padroeira Nossa Senhora do Patrocínio (Campo Belo do Sul/SC). ( Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 17ª edição e arquivo pessoal ) 1828 Simon Bolivar proíbe todas as sociedades e fraternidades secretas na Colômbia, estabelecendo pena de 200 pesos para quem ceder instalações para reunião e 100 pesos aos que lá se reunirem. 1904 O deputado SYVETON aparece, misteriosamente, morto em sua própria casa. Jean Bidegain, o secretário do GO de França, responsável pelo roubo das fichas que causaram o famoso escândalo, morre envenenado na mesma data. 1959 Faleceu repentinamente Frank Shermann Land, Dad Land, fundador da Ordem DeMolay. 1970 Fundação da Grande Loja do Estado do Espírito Santo 1986 1986 - GOMG - A Emenda Constitucional n° 1, de 8 de novembro de 1986, introduziu a eleição direta do Grão-Mestrado pelo sufrágio universal, direto e secreto, dos Mestres Maçons da jurisdição do GOMG . fatos maçônicos do dia
  • 4. 4 SOBREVIVENTES DOS ANDES Autor: Desconhecido Tradução: Ir. Paulo César Fiuza Lima pcfiuzalima@yahoo.com.br São José/SC Já ouvistes falar nos “Sobreviventes dos Andes”? Das 45 pessoas que iam no avião que chocou-se com a montanha, 12 morreram no acidente (entre elas, a mãe de Fernando Parrado; 5 morreram no dia seguinte e, depois de 8 dias morreu Susana Parrado (irmã de Fernando) devido a suas lesões. 16 dias depois do acidente, uma avalancha tirou a vida de mais 8 e 2 jovens morreram em meados de novembro por infecção de seus ferimentos. Os demais completaram 72 dias na montanha, até que foram resgatados. Que conferencista conseguiria lotar um auditório com cerca de 2.500 executivos e empresários, muitos com suas mulheres e filhos, e falar durante uma hora e meia sem que ninguém perdesse um detalhe sequer do tema apresentado? Fernando Parrado, um dos sobreviventes da Tragédia dos Andes, decorridos 36 anos daquela história que assombrou o mundo, conseguiu, há alguns meses, algo mais que isso: comover um fórum de negócios e capacitação empresarial ao transmitir os eventos que permitiram viver 72 dias em plena Cordilheira, sem água nem comida. Esta é a síntese da conferência que deu. Sua apresentação, um monólogo sem a chantagem emocional de vídeos ou imagens da montanha, teve duas etapas bem diferentes. Na primeira, narrou os momentos que o marcaram naquela odisseia a 4 mil metros de altura, na qual perdeu boa parte de seus amigos, além de sua mãe e sua irmã. Como é possível sobreviver onde não se sobrevive? Perguntou-se. Sobrevivemos porque houve liderança, tomada de decisões e espírito de equipe, porque nos conhecíamos desde muito antes, disse. E acionou um primeiro gatilho: Na vida, o fator sorte é fundamental. Quando cheguei ao aeroporto de Montevidéu não havia assentos numerados no avião. A mim, por casualidade, coube a fila 9, junto a meu melhor amigo. Quando o avião chocou-se com a montanha, partiu-se em dois. Da fila 9 para trás não restou nada. Os 29 sobreviventes do primeiro impacto viajavam na parte que sobrou. Deles, 24 não sofreram um arranhão sequer. Assim, os menos machucados começaram a ajudar os mais feridos, atuando como uma verdadeira equipe. Administramos barras de chocolate e amendoim, de forma a que cada um comesse um pequeno pedaço a cada hora. Marcelo, capitão de nosso time e líder, assumiu sua posição para confortar-nos quando lhe perguntávamos o que acontecia, por que não chegava o resgate. Decidimos aguentar. Porém, dias depois, o líder desmoronou. O rádio trouxe a notícia de que as buscas haviam sido suspensas. Como teriam reagido vocês? O líder se quebra, se deprime e deixa de sê-lo. Imaginem que eu tranque esta sala, sob uma temperatura de 14 graus abaixo de zero, sem água e sem comida, esperando quem vai morrer primeiro. 2 - OPINIão "Sobreviventes dos Andes” (Tradução: Ir. Paulo César Fiuza Lima )
  • 5. 5 Fez-se um silêncio estremecedor da primeira à última fila. Naquela hora dei-me conta de que para o mundo, não importava o que se passava conosco. Amanhã o sol nascerá e a noite virá, como sempre. Portanto, tivemos que tomar decisões. Na noite do 12º ou 13º dia dirigimo-nos a um dos rapazes: -- No que estás pensando? -- No mesmo que vocês, respondeu. Temos que comer e as proteínas estão nos corpos. Fizemos um pacto entre nós. Era a única opção. Enfrentávamos uma verdade crua e desumana. Desde a primeira fila, dezenas de crianças levadas por seus pais, escutavam boquiabertas. Parrado apelou para conceitos típicos do mundo empresarial. Houve planificação, estratégia e desenvolvimento. Cada um começou a fazer algo útil, que nos ajudaria a seguir vivos. Fomos conhecendo nossa prisão de gelo. Até que me escolheram para a expedição final, porque a montanha estava nos matando, nos debilitava; acabara-se a comida. Aterrorizado, subi ao cume da montanha junto com Roberto Canessa. Esperávamos ver dali os vales verdes do Chile mas só víamos montanhas e neve num raio de 360 graus. Nesta hora, decidimos que morreríamos caminhando até encontrar algum lugar. Então sobreveio o momento mais inesperado. Mas esperem... Esta não é a história que lhes vim contar, avisou. E contou que a verdadeira história começou quando regressou a sua casa, sem sua mãe, sem sua irmã, sem seus amigos de infância e encontrando seu pai já com uma nova companheira. Crise? De que crise me falam? Estresse? Que estresse? Estresse é estar morto a 4 mil metros de altitude, sem água nem comida, enfatizou. Foi preciso passar por uma tragédia dessas para dar-me conta da diferença entre o que é importante e o que não é. Em geral, sinto-me diferente na percepção dos problemas do dia a dia. A gente complica as coisas e eu voltei bastante mais simples. Recordou um diálogo fundamental que teve com seu pai, que lhe disse: -- Olha para frente, para adiante; vai atrás da moça que tu amas; tenha uma vida, trabalha. Eu cometi o erro de não dizer tantas coisas à tua mãe, por estar tão ocupado; de não compartilhar tantas festas com tua irmã. Não encontrei tempo de praticar mais com elas minhas experiências; não dizer-lhes o quanto as amava. E Parrado encerrou, determinado: As empresas são importantes, o trabalho também, porém o verdadeiramente valioso está em casa, depois do trabalho: a família. Minha vida mudou, todavia, o mais valioso que perdi foi esse lugar que já não mais existia quanto regressei. Nunca se esqueçam de que tem ao seu lado, porque não sabemos o que acontecerá amanhã. De pé, a plateia, emocionada, despediu-se dele com uma calorosa salva de palmas. Conclusão: NENHUM ÊXITO NA VIDA JUSTIFICA UM FRACASSO NA FAMÍLIA. Se tens um cálido lugar, pensa igual a mim: Somos pessoas de sorte. Coube-se da fila número 9 para frente e, creia-me... a maioria viaja pela vida da 9 para trás... -o0o
  • 6. 6 Este Bloco é produzido às sextas-feiras pelo Ir. Paulo Roberto Pinto VM da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) – Florianópolis Contato: prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto A Maçonaria Odinista da Normandia A primeira maçonaria europeia, afirmam alguns estudiosos do assunto, parece ter vindo dessa tradição viking, melhor se diga normando-viking. Isto porque a bordo desses drakkars e snakkars vikings (carrancas a frente dos barcos vikings, exaltando dragões e serpentes) havia um alto grau de fraternidade, perpetuando-se, depois, se é certo o que nos informa a História e ao que sustenta M. Guinard: “Das tripulações dos drakkars e snakkars saíram as Lojas Maçônicas dos construtores de catedrais normandas. Henrique II (1165-1205), então bispo inglês de Bayeux, tem como o antigo deão (é, com generalidade, o dignitário ou responsável máximo de um órgão colegial da Igreja) de Salsbury, teria assim restabelecido através de uma carta a antiga Confraria dos construtores de catedrais.”. O avental maçônico, por exemplo! É de forma triangular (abeta). Os tecidos das velas dos barcos vikings também obedeciam a esse formato (parte triangular e, parte, quadrangular). Um barco drakkar viking. Daí o fato de uns tantos bispos arquitetos usarem nomes maçônicos contendo a raiz geirr (triângulo de vela, no antigo norueguês). Assim, gervin = geir-vin, significando Companheiro do triângulo, daí em diante. Ora, esses bispos arquitetos, usando seus nomes maçônicos contendo a raiz geirr, significando essas velas triangulares dos navios vikings, eram, por sua vez, iniciados e sua genealogia vinha por certo dos tripulantes daqueles drakkars, pois, de resto, os adeptos de tais lojas eram todos arquitetos e artesãos em atividade. Por conseguinte, ao que afirma o escritor Jean-Michel Angebert, em uma de suas obras, somente a partir do século XVI é que tais Lojas, antes operativas, passaram a ser especulativas; e preservavam, em princípio: 3 - Paulo Roberto - " on line "
  • 7. 7 a) A defesa da integridade da língua norueguesa; b) A conservação da teologia e da cosmogonia odínica e druídica; c) O segredo da magia odínica. A Magia Odínica Os operantes-homens são os godis, porque as Lojas odínicas, diz-se ainda existirem, sendo inclusive numerosas. E as mulheres, desde que virgens, são as druidesas- haluísas. Reúnem-se periodicamente em um recinto sagrado, que pode ser, por exemplo, uma ilha, uma clareira, e, através de diferentes processos, e estes são secretos, procuram captar as ondas odinianas sobre a faixa verde, graças à famosa tábua, melhor se diga, tabuleta, de esmeralda talhado, radiações essas que se propagam através da superfície do mundo afora, espalhando inúmeras partículas, senão os quanta mikelianos, termo este que vem de Mikil, a virgem mãe, significando dizer, de resto, uma eletricidade especial estática. Essas partículas se propagam perto do solo, reagrupando-se, depois, em determinados lugares, ali se concentrando, senão se dissolvendo em diferentes direções. Assim, quando elas se concentram em um espaço restrito, acabam provocando tempestades, um fenômeno, aliás, pertinente à natureza. E os godis, então, sabem como concentrar essas ondas elétricas em um ponto previamente escolhido, provocando, afinal, tempestades mágicas. Criavam, na verdade, um campo antigravitacional, mediante umas tantas operações, permitindo, assim, às druidesas-haluínas se libertarem parcialmente do peso que tinham. Eis a levitação! Quem eram os Druidas A origem do termo druida se esconde sob um véu de mistérios. Dizem uns que essa palavra é oriunda do celta tro-hid, significando pensador-vidente. Porém, para outros, o termo significa sábio. Mas há uma terceira hipótese: o termo seria derivado do grego drys e do gaulês drou, significando árvore, o que nos levaria logo a perguntar: que árvore seria essa? O carvalho? Bem, fiquemos por aí. O que nos interessa, no caso, é a sabedoria dos ruidas, e esta, então, é Jean-Michel Angebert, que nos informa um tanto melhor. Diz ele que, ao longo das aleias de Carnac (dólmenes, monumentos funerários, comumente recobertos por um túmulo; formando às vezes aleias...), há cerca de três mil megalitos de diferentes tamanhos testemunhando um passado imutável. Esse passado, então, chega à Atlântida, graças, tão só, àquele formidável livro de pedra contendo sua escrita cósmica. Eis, pois, os celtas, povos desconhecidos, ignorados, tratados como bárbaros pelos historiadores até os nossos dias, em pleno decorrer do século XXI, mas que fundaram, não obstante, um vasto império, este que, por volta do ano 1000 a.C., se estendia da Armórica à Transcaucásia; e que por fim pereceu aos pés de Júlio César, em Roma. A cruz céltica é o mais alto símbolo do saber iniciático dos druidas, o resumo de sua ciência perfeita, enfim. É um pentaclo e, como tal, age em correspondência com o símbolo cósmico. Um emblema kymrico, aliás, construído sobre a relação sagrada dos números, a fonte de inspiração de Pitágoras. A roda solar, a roda de luz, assim por diante. É metafísica, esotérica, exotérica, e por certo motivou as cruzes rutena, templária e gamada.
  • 8. 8 Jean-Michel Angebert explica, então, que, para que compreendamos o druidismo, seria necessário recuar muito no tempo, até chegarmos à Atlântida. Acrescenta, por fim, o fato da submersão dessa mesma Atlântida nas ondas do oceano há 12.000 anos passados, salvando-se um ramo de sua civilização, que emigrou para o Egito, através da Líbia, além de outro, que conheceu a Irlanda e a Bretanha. Daí porque, segundo ele, o impressionante sítio de Carnac é o paredro (Mentor que indica, de modo sugestivo, o caminho a seguir. Chefe principal...) ocidental dos Faraós, de modo que o ensinamento druídico se constitui no reflexo da ciência esotérica dos atlantes. Aponta a escrita Ogam como uma das transposições da escrita sagrada primordial, ligando as runas em seu contexto histórico, até que por fim menciona a transmissão dos conhecimentos esotéricos desse antigo povo em bases secretas, daí surgindo, para terminar sua exposição, os conhecimentos por vias iniciáticas. Eis, pois, as raízes da maçonaria! Porque a maçonaria é iniciática, bem se vê. A própria Mme. Blavatsky nos diz que sim. Basta consultar o seu livro As Origens do Ritual na Igreja e na Franco-Maçonaria, SP, tradução de Dulce do Amaral, para que se saiba do fato de que, no âmbito iniciático, as seitas, herméticas ou não, tiveram origem comum. Senão, vejamos! “Entre os druidas, a Águia foi símbolo da Divindade Suprema e uma parte desse símbolo se ligava aos Querubins. Adotado pelos gnósticos pré-cristãos, pode-se vê-lo aos pés do Tau no Egito, antes de ter sido posto no grau Rosacruz, aos pés da cruz cristã. Além do mais, o pássaro do sol, a Águia, é essencialmente ligado a cada Deus solar; é o símbolo de todo vidente que olha na luz astral e ali vê a sombra do passado, do presente e do futuro, tão facilmente quanto a Águia contempla o sol.” Diz ela, então, que a franco-maçonaria moderna e o ritual da Igreja descendem em linha reta dos gnósticos iniciados neo-platônicos, bem como dos Hierofantes (Hierofante é o termo usado para designar os sacerdotes da alta hierarquia dos mistérios da Grécia e do Egito. É o sacerdote supremo, que pode ser chamado também de Sumo Sacerdote) que renegaram os mistérios pagãos, cujos segredos perderam, sendo conservados somente por aqueles que jamais aceitaram tal compromisso. E está com razão! Paganismo, Maçonaria, Teologia, eis a trindade histórica que governa o mundo sub- rosa, pela concepção dos teosofistas. Se Mater Christi era ou é a mãe do Redentor dos antigos maçons, que é o Sol; se entre os egípcios os hoi polloi (pessoas mais humildes) pretendiam que o Menino, simbolizando a grande estrela central, Hórus, seria o Sol de Osireth e Oseth, cujas almas, depois de sua morte, animaram o Sol e a Lua, até que Ísis se tornou Astartê, na Fenícia, substituída, depois, pela Mater Dolorosa do povo cristão, o que nos interessa é saber que a ligação da maçonaria com o Egito é um fato incontestável, não se pode negar. E o Egito é a fonte da Iniciação! Não há, pois, à face do mundo nenhuma religião ou seita desvinculada da Iniciação, quer a judaica, quer a católica, cujas raízes, bem se vê, estão presas a esse paganismo dos séculos, espécie de tradição esquecida, mas que permaneceu viva e incontestável no âmago individual de cada elemento da raça humana. Isto quer dizer, ipso facto, que o grito formidável desse passado do homem até hoje se faz ouvir, como se fora os clarins da Atlântida convocando a posteridade para o retorno espetacular à origem dos tempos, pois nada disso foi olvidado, nós é que teimamos em esquecer, em vão, as nossas lídimas tradições comuns. Quando Clemente de Alexandria, no capítulo XV, do livro I, dos Stromatas (Stromata é o terceiro trabalho na trilogia de Clemente de Alexandria sobre a vida) diz que Pitágoras havia tomado, por empréstimo, sua doutrina aos druidas, os quais, pela expressão de Polyhistor, eram os mais esclarecidos dos homens, aí está uma sólida referência ao conteúdo desses ensinamentos druídicos chegados até nós, hoje, através das Tríades,
  • 9. 9 textos célticos copiados na Idade Média, louvados, tão só, numa tradição oral ininterrupta. As Tríades, por sua vez, têm íntima relação com o número três, respeitando-lhe a simbologia, para, de resto, resumir-se de toda na doutrina dos pontífices celtas. Ora, a simbólica dos algarismos é uma constante do esoterismo céltico, inclusive nos Versos Dourados de Pitágoras. Assim, os números 1, 7 e 9 são tidos como sagrados. Um exemplo disso é o número 3, quando se sabe que as Tríades são em número de 81, ou seja, 9 x 9, o que nos mostra, sempre, o múltiplo de 3, enunciando três princípios enumerados ao longo de nove vezes nove capítulos. Se a mônada (Em muitos sistemas gnósticos, o Ser Supremo é conhecido como Mônada, o Uno, o Absoluto) figura, para os druidas, a essência de Deus, a díada, que é a sua faculdade criadora andrógina, é ao mesmo tempo masculina e feminina, consubstanciada, depois, nessa estranha proposição bíblica, através do Gênesis: “macho e fêmea os gerou”, referindo-se a criação de Adão, o primeiro homem. Aliás, os druidas acreditavam na pluralidade dos mundos, aproximando-se, de resto, da teoria contemporânea dos mundos paralelos, mostrando, assim, que foram eles os detentores da astrologia tradicional, a dos magos da Caldeia, pois os caldeus foram os seus parentes mais próximos. Referindo-se a cruz céltica, observa Marcel Moreau, em La Tradition Celtique Dans L’Art Roman, que “a Lua era considerada como um satélite da Terra, cuja massa, 9 x 9 = 81 vezes menor, era dada pelas relações das superfícies dos círculos de Gwenwed e de Keygant.”. Meras referências. Não é de nosso propósito estudar, por inteiro, a sabedoria druídica. Citamo-la, porém, para que cada um descubra por si próprio onde foram plantadas, realmente, as raízes da maçonaria, hoje combatida maliciosamente por alguns elementos pouco esclarecidos, os quais não se deram ao trabalho de pesquisar, sequer, a força e o alcance de sua histórica tradição. Uma tradição, aliás, que se perde na noite dos tempos, mas que retorna agora, pujante e próspera, contando-nos o porquê da sua nobreza milenar. Por conseguinte, era necessário que fizéssemos essa incursão histórica rumo às raízes legítimas da maçonaria, antes de nos aventurarmos pelas sendas que poderão ser descortinadas, louvando-nos no respaldo que algumas obras sempre nos oferecem. É que o vocábulo maçonaria, embora seja fruto do passado, como vimos, tem a sua legítima substância calcada nos eventos humanos que ultrapassam a própria História, perdendo-se, por fim, nos terrenos da Iniciação; e esta, porque antecedeu ao Dilúvio, chega, não apenas ao Egito iniciático, mas, na verdade, o antecede, chegando a Enoch, o Pai, digamos, dessa mesma Iniciação. Quando abordamos a sua filosofia de vida, o seu credo, os seus ritos também, o leitor, caso esteja atento aos nossos propósitos, verificará que o vocábulo maçonaria é dos mais elásticos e universalistas, dispensando, por conseguinte, os comentários superficiais dos não muito bem informados, daqueles que enxergam a maçonaria como depositária de crenças descabidas, quando, ao contrário, essa mesma maçonaria da qual estamos nos referindo agora outra não é senão uma escola de moral, de civismo e de respeito às nossas tradições esquecidas, pois ela é, sem sombra de dúvidas, a mais cavalheiresca de suas depositárias.
  • 10. 10 A partir de hoje o JB News apresenta sequencialmente uma série de três trabalhos do escritor, pesquisador e médico de Lisboa, Irmão Mario Jorge Neves. O desta edição refere-se ao primeiro rito conhecido documentalmente que é o de Old Charges. Para este final de semana virão os outros dois: “O Rito da Palavra de Maçon” e o “Rito da Perfeição”. “O Rito das Old Charges” Este rito é conhecido hoje através de um pouco mais de uma centena de textos denominados OLD CHARGES e cuja redacção se estende por um período que vai de 1390 até aos anos que se seguiram à compilação dos Antigos Deveres (A.D.) por James Anderson, sob a forma das Constituições de 1723. Existem alguns destes textos que são menos conhecidos: –> Briscoe Pamphlet (1724, versão de A.D. seguida de uma critica das Constituições de 1723.* –> Constituições de Cole, que incluem um pequeno número de versões de A.D., sendo mais de metade delas datadas do Século XVIII.* –> Outras são datadas do Século XVI, como o Dowland (cerca de 1550), Grand Lodge nº 1 (1583), e Landsdown nº 98 (segunda metade do secº XVI).* Quanto aos mais conhecidos, existem aspectos que se torna útil abordar: O Regius (1390) Os A.D. foram desde o seu aparecimento em 1390, com o Regius, os textos da franco- maçonaria inglesa que serviam numa loja de maçons operativos para receber, uma vez por ano, um ou mais aprendizes no grau de companheiro. 4 - “ O Rito das Old Charges “ Ir Mário Jorge Neves
  • 11. 11 O conteúdo do Regius tem os seguintes elementos: –> História geográfica do ofício de pedreiro. –> Lista dos deveres profissionais, incluindo a descrição do juramento maçónico. –> Martírio dos 4 santos coroados. –> Dilúvio na época de Noé. –> Suspensão da construção da Torre de Babel. –> Elogio das 7 artes liberais. –> Lista dos deveres morais próprios de todo o cristão. A principal função de um A.D. era ser lido a um recipiendário no momento da sua admissão em loja, antes deste jurar sobre o livro dos Deveres respeitar os diferentes deveres profissionais e morais que lhe tinham sido lidos. Assim, esta função acabava por ser dupla: era, em primeiro lugar, social (sancionar a entrada de um recipiendário nesta corporação profissional que é a franco-maçonaria) e moral (obrigação de respeitar os deveres profissionais e morais que regulavam esta corporação profissional). Segundo os versículos 427/440, o recipiendário devia jurar “aos seus mestres e companheiros”, o que mostra que o recipiendário não era nem mestre nem companheiro, mas um simples aprendiz. Quanto ao conteúdo do juramento, consistia em o recipiendário mostrar-se “fiel e seguro para com estas leis”. Na franco-maçonaria operativa o rito de admissão na loja tinha lugar uma vez por ano. O Regius não explicita as modalidades práticas deste juramento, que só surgem no Grand Lodge nº 1, de 1583. O rito de recepção em loja definido pelos A. D. retomava na sua forma o do rito monástico de emissão de promessas, tal como o descreve Benoit de Nursie na sua Regra dos Monges. A franco-maçonaria operativa inglesa tendo sido uma corporação profissional cristã, não tinha nada de estranho que o rito de recepção em loja se compusesse da leitura do A. D. seguida de um juramento de moralidade pelo recipiendário sobre o mesmo A.D. da loja do local. A excepção a esta regra é o A.D. Colne nº1, datando de cerca de 1685, que estabelecia que o recipiendário prestava o seu juramento sobre a própria Bíblia. Pode parecer estranho que o Regius e todos os A.D. posteriores tenham integrado um elogio das sete artes liberais. Ele refere que pela “alta graça de Deus no céu” Euclides fundou as sete ciências e que o seu bom uso conduz ao céu. Com efeito, esta noção do bom uso das sete artes liberais conduz directamente ao livro VII da República de Platão onde este falava de uma utilização incorrecta destas artes e que só um uso filosófico, e não científico, das sete artes liberais permitia ao contemplativo elevar-se das sombras da caverna (penúria, guerra, homicídio, e diálogo pervertido) em direcção ao Sol, imagem da ideia do bem que é, por sua vez, a causa moral daquilo que existe e a chave teórica que permite compreender o que são os fenómenos. Um outro aspecto importante bem presente é o apocalíptico, sob a forma de 3 exemplos de efeitos destrutivos do mal moral: martírio dos 4 coroados, dilúvio da época de Noé e a suspensão da construção da Torre de Babel. Há aqui também uma ligação com a República de Platão onde o apocalíptico era representado pelas más acções punidas na caverna. Esta visão apocalíptica do Regius tem de ser entendida dentro do seu contexto histórico, dado
  • 12. 12 que é necessário ter bem presente que na sua época a Inglaterra vivia também um período apocalíptico face a três epidemias sucessivas de peste negra que tinham dizimado uma elevada percentagem da população. É razoável pensar que estas epidemias contribuíram para fazer sentir a necessidade de reorganizar o ofício de construtor sob a dupla forma de uma corporação, assegurando o emprego, e de uma fraternidade, garantindo a entreajuda. Tudo isso num contexto bem preciso de uma forma de consciência religiosa onde o flagelo da peste, confrontando os indivíduos com a perspectiva próxima da sua morte, lembrava a urgência da sua conversão moral ao “bem”. No entanto, os efeitos destrutivos da peste não foram o único factor histórico a favorecer a criação da franco-maçonaria, destinada a reorganizar o ofício de construtor: a Guerra dos Cem Anos, contemporânea do aparecimento dos primeiros A.D., teve um papel muito importante. Cooke (1410-1425) No Cooke, a lista inicial das sete artes liberais não segue qualquer exemplo histórico ou legendário de efeito destrutivo do mal moral. Ele limita-se a fornecer um exemplo de ciências e artes que permitem trabalhar neste mundo com o fim de agradar a Deus e contribuir para o conforto e o bem. Por outro lado, o Cooke não retoma a afirmação segundo a qual o uso correcto (filosófico) das sete artes liberais conduz o seu praticante ao céu. Dos 3 elementos apocalípticos do Regius, o Cooke só menciona o Dilúvio, e aborda os crimes cometidos por Lemek, o pai dos 4 patronos dos ofícios, patronos estes que tinham feito as inscrições das artes liberais nas 2 colunas antediluvianas, garantindo o seu carácter perene. Afirma que entre as artes liberais 6 retiram a sua substância de uma sétima, que é a geometria, o princípio comum, identificando-a com a maçonaria. Existe também uma invocação do Egipto tendo por base o êxodo dos israelitas e a sua instalação na terra prometida onde será construído, mais tarde, o Templo de Salomão, bem como a referência de que a arte da arquitectura foi importada da Palestina pela França e desta para a Inglaterra. O redactor do Cooke fez cair no esquecimento o alcance iminentemente iniciático do Regius . Grand Lodge nº 1 Neste manuscrito a noção de medida é estendida à célebre tríade salomónica de “número, peso e medida”. A primeira inovação total em relação ao Cooke é a menção ao filho do rei Athelstan, denominado Edwin, que ordenou uma assembleia maçónica em York. A segunda inovação foi a referência uma assembleia maçónica que se terá realizada em York para “criar maçons”, o que constitui uma das primeiras referências explícitas ao rito dos A.D. que se encontra, aliás, descrita com precisão neste texto como o acto no decurso do qual se dava ao recipiendário os deveres (morais) e os usos (profissionais). No decurso dessa assembleia maçónica de York os deveres e os usos, recolhidos de diversos países e que estavam redigidos em francês, grego, inglês e em outras línguas, estavam compilados sob a forma de um “livro sobre a maneira como o ofício foi fundado”, sendo este livro lido “de cada vez que se fazia um maçon para lhe fazer prestar a sua obrigação”. Esta precisão é extremamente importante, dado que atesta, sem nenhuma ambiguidade, que no rito dos A.D. o juramento era prestado pelo recipiendário sobre o livro destes deveres e não sobre a Bíblia. Este documento mostra também que os deveres são confiados àqueles que são feitos maçons no decurso da recepção em loja, contemplando apenas os companheiros e mestres, e não os aprendizes. Conclui-se, logicamente, que os recipiendários que eram admitidos a serem feitos
  • 13. 13 maçons no decurso do rito de recepção em loja eram aprendizes prestes a passar a companheiros e que neste contexto os maçons feitos franco-maçons eram de 2 tipos: companheiros e mestres. Neste rito, os aprendizes, não tendo ainda sido feitos maçons no sentido de serem admitidos em loja, não eram, pois, franco-maçons no sentido ritualista deste termo. Nos A.D. a aprendizagem não era um grau da maçonaria ritualista, a qual só compreendia companheiros e mestres. Deste modo, entende-se melhor o facto de que no documento “Edimbourg”, de 1696, o rito escocês da “Palavra de Maçon ” chamava “aprendizes entrados” aos que eram admitidos no rito e designava “cowans” aos que não tinham acedido a ele. Os Regulamentos da Catedral de York, datados de 1370, mostram deveres análogos a estes da Grand Lodge. Wood (1610) Esta versão dos A.D. apresenta um texto muito semelhante ao do manuscrito Grand Lodge. Lechemere (2ª metade do sécº XVII) Este texto de origem aparentemente inglesa menciona explicitamente a loja e transmite o texto do juramento dos maçons sobre os seus deveres. Refere que o juramento deve ser prestado com a mão sobre o livro dos deveres e que em seguida os seus preceitos devem ser lidos. Entre os deveres estabelecidos, importa mencionar, a título de exemplo, os seguintes: –> O primeiro é que devia ser fiel a Deus e à Santa Igreja e não sucumbir ao erro e à heresia, assim como, serem homens dedicados ao rei, sem falsidade. –> Sinceros no relacionamento com companheiros e mestres. –> Guardar os segredos no seio da loja. –> Nenhum mestre assumirá o trabalho de um senhor nem qualquer outro trabalho, excepto se se sente capaz e bastante astuto para o executar de tal forma que o ofício não seja desonrado e que o senhor possa estar bem e fielmente servido. –> Nenhum mestre ou companheiro aceitará um aprendiz autorizado a ser seu aprendiz por um período inferior a 7 anos. –> Nenhum mestre ou companheiro é permitido ser feito maçon sem o consentimento dos seus companheiros, pelo menos 5 ou 6, e estar fora de todas as exclusões, como ter nascido livre e de boa família, e não escravo, e ser íntegro dos seus membros como um homem deve ser. - - - - - - - - - No contexto global destes documentos, existem 2 temas fundamentais: a história geográfica da arquitectura, nomeadamente a questão do estilo gótico, e a filosofia platónica das artes liberais. Se na Escócia a tradição anglicana dos A.D. foi progressivamente substituída, a partir de 1637, pela tradição calvinista do Rito da “Palavra de Maçon” é porque os maçons presbiterianos recusavam praticar um rito de recepção em loja que era anglicano e porque não construíam catedrais nem usavam o estilo gótico. Na Inglaterra, o facto da maioria dos franco-maçons se terem tornado especulativos levou-os também a abandonar o rito dos A.D. e a adoptar o rito da “Palavra de Maçon”, tanto mais que o estilo gótico tinha deixado de se empregar. Os rituais da “Palavra de Maçon” não continham, salvo excepções, nenhuma referência às
  • 14. 14 artes liberais. Em 1760, surge em Londres uma menção às sete artes liberais num ritual da “Palavra de Maçon” combinado com materiais dos A.D. : Os Três Toques Distintos. Esta menção surge, no entanto, dissociada de toda a ligação apocalíptica. O Cooke foi o primeiro a mencionar a antiga lenda dos 2 pilares antediluvianos. Estes pilares foram, muito provavelmente, expressões derivadas de 2 estelas dos templos funerários das pirâmides, figuras simbólicas dos 2 solstícios, de Verão e de Inverno, que resumiam já a Tradição. Estas 2 estelas egípcias estiveram na origem das estelas bíblicas presentes nos 2 santuários em honra de Yavé, antes de inspirarem a forma das 2 colunas, Jachim e Boaz, situadas no Templo de Salomão, colunas estas cujos nomes constituíram a partir de 1637 os 2 primeiros elementos do rito da “Palavra de Maçon”. Os 2 primeiros ritos da franco-maçonaria, o dos A.D. e o da “Palavra de Maçon”, um originalmente católico, e depois anglicano, e o outro originalmente calvinista, propunham duas espiritualidades distintas. O rito dos A.D. preconizava primitivamente uma espiritualidade platónica principalmente baseada sobre o apocalipse, que estabelecia a ascensão ao céu pelo uso filosófico das sete artes liberais orientado para a visão final da ideia superior do bem. O rito da “Palavra de Maçon” preconizava, antes de mais, uma espiritualidade bíblica baseada sobre uma teologia calvinista alegorizada pelo Templo de Salomão. Notas finais A abordagem destes documentos tão poucos conhecidos e tratados na bibliografia disponível, permite verificar que as raízes daquilo que é hoje a moderna maçonaria, são muito anteriores a 1717 e que a evolução dos seus conteúdos se processou sob a natural influência de contextos sociais, religiosos e profissionais. A própria adopção do “livro” presente na cerimónia do juramento não era de carácter religioso, mas assentava nas obrigações morais e profissionais que tinham de ser respeitadas, embora a inspiração do seu conteúdo fosse cristã. A questão dos graus sofreu evoluções e mostra que o título profissional não andava a par da condição de franco-maçon. Mário Jorge Neves (Bibliografia O rito das Old Charges (1390-1729) Négrier, Patrick: Le Rite des Anciens Devoirs) ( Continua na próxima edição com “O Rito da Palavra de Maçon” )
  • 15. 15 Quadro Histórico da Maçonaria no Rio de Janeiro - 1822 Ir.´. William Almeida de Carvalho, M.´. M.´. (Documento do arquivo, presenteado pelo Ir.´. Kurt Proeber em forma de xerox do original – mantida a graphia da epocha) Repasse: Ir. Laurindon Gutierrez (Londrina – PR) (Extraido dos Annaes Maçonicos Fluminenses, Publicados em 1832) * 1.ª Epoca * Começou com o presente seculo a Maçonaria n’esta parte do novo mundo e posto que alguns maçons anteriormente houvessem, iniciados em paizes estrangeiros, contudo, elles viviam dispersos e não ousavam formar Loja, porque as suspeitosas autoridades os não poupariam a desgostos n’esse tempo, nem o fanatismo do povo deixaria de execral-os si rastreasse os seus trabalhos. Mas a civilisação foi aplainando todas estas difficuldades, até que no anno de 1800 cinco maçons d’esses dispersos formaram uma loja e começaram, com inviolável segredo a iniciar pessoas que gozavam de credito, instruidas e bem morigeradas. Esta primeira loja, que se chamou União, avultou logo em adeptos e como n’ella se encorporassem outros maçons que já então principiavam a trabalhar, em memoria de concordarem todos em fazer um só corpo para melhor se coadjuvarem, chamou-se desde logo Reunião. Já os maçons fluminenses trabalhavam com alguma regularidade no antigo rito dos doze graos quando, feita a paz de Amiens, entrou n’este porto a corveta de guerra franceza Hydre com destino a ilha de Bourbon e porque Mr. Laurent e mais alguns officiaes eram maçons, pediram visitar a Loja e, cheios de admiração á vista do zêlo com que debaixo de tantos perigos se trabalhava, dera’n attestados do seu reconhecimento e acceitaram contentes a prancha que se lhes offereceu para filiarem á Loja /Reunião/ no circulo do Oriente da /Ilha de França/, o que se effectuou, recebendo-se d’ali, por intervenção do mesmo Mr. Laurent, a carta de Reconhecimento e Filiação, os Estatutos e Reguladores que se costumam dar em taes casos. Poucos mezes depois, em 1804, appareceu vindo de Lisbôa um Delegado do Grande Oriente Luzitano com a Constituição e Regulamentos ali organisados, querendo, quasi por força, que a elles se submettesse a Loja /Reunião/. Este procedimento um pouco aspero, unido á consideração de que a Constituição e Regulamentos, por muitos ponderosos motivos não convinham a maçons brazileiros, fez que 5- Quadro Histórico da Maçonaria no Rio de Janeiro – 1822 Ir. William Almeida de Carvalho
  • 16. 16 se tomasse a resolução de enviar a Lisboa um dos irmãos da Loja para representar contra a imprudencia de tal Codigo e alcançar as modificações que se julgavam indispensaveis. Entretanto, o Delegado do Grande Oriente Luzitano, sem estar por este accôrdo, cortou de todo a communicação com os maçons fluminenses; fundou logo duas Lojas ¾ /Constança /e /Philantropia ¾ /e lançou d’esta arte um pomo de discordia na familia maçonica, que muito desgostou aos membros, por todos os titulos respeitaveis, da Loja Brazileira /Reunião/. Partiu o emissário para Lisboa em Maio de 1804 e tocando á Bahia em sua viagem, ahi teve o prazer de achar os maçons d’aquella cidade nos mesmos sentimentos que os do Rio. E porque soubessem qual era a sua missão, prometteram esperar o resultado d’ella para se decidirem, nunca abraçando o Codigo Maçonico Luzitano tal qual se lhes apresentava, porque tambem o consideravam enfermo dos mesmos principios por onde se regia a Metropole para com o Brazil, ainda sua colonia. O Emissario nada pôde conseguir em Lisboa, porque a Grande Loja Luzitana parecia persuadir-se de ter já maçonicamente colonisado o Rio de Janeiro pela imprudente installação das duas Lojas em que só tinham vigor a sua Constituição e Regulamentos. Em Junho de 1805 o emissario deu contas em loja, do que se passara com o Grande Oriente Luzitano e foi em consequencia d’isso determinado que se celebrasse a festa maçonica de S. João e desde esse dia se suspendessem os trabalhos da Loja /Reunião/ até que melhor ensejo se offerecesse. Esta prudente determinação serviu também de acautelar alguns desaguisados que já iam tendo logar apezar mesmo de uma tal ou qual concordata, que as circumstancias do tempo obrigaram a fazer. Suspenderam-se os trabalhos da Loja Fluminense /Reunião/, mas tambem não puderam por muito tempo conservar-se as Lojas /Constança/ e/ Philantropia/, porque, entrando no vice-reinado o Conde de Arcos, inimigo jurado da Maçonaria, e com recommendações da Côrte para a perseguir, dissolveram-se os dous quadros e não houve por então mais trabalhos maçonicos. * 2.ª Epoca * No tempo que decorreu de 1810 até 1821 algumas Lojas existiram, mas tão ephemeras, que não merecem ser commemoradas. Perseguidas pela policia, os seus membros mudando de logar a cada sessão e fazendo pesados sacrificios para trabalharem algumas vezes fóra do perigo de ser lobrigados pelos espiões do Governo, aborreciam-se de tantas fadigas, abafavam em quasi esquecimento o seu zelo e recolhiam-se ás suas casas para gosarem de algum repouso. D’estas Lojas a que por mais tempo persistiu, e de cujos trabalhos o Governo sabia por espiões que nas suas mesmas columnas se assentavam, foi a que se intitulava /S. João de Bragança/, onde gente grada, mas quasi toda da Côrte, se filiara. Este mesmo quadro, assim espiado e como que tolerado pelo Governo, não pôde por muito tempo escapar ao assombrado genio do Ministro de Estado Villa- Nova e foi bastante motivo para dissolver-se a barbara perseguição que em Lisboa fizera o Marquez de Campo Maior aos maçons lusitanos, da qual foi desgraçada victima, além de outros, o benemerito Gomes Freire. É notavel que os membros mais conspicuos da Loja /S. João de Bragança/ se não contentassem de ceder ás bravatas de Villa Nova, despersando-se com seus irmão n’esta época em que o primeiro movimento de Pernambuco em favor da Liberdade Brazileira deu argumentos a Villa Nova para persuadir ao Rei D. João VI que esmagasse os maçons como instrumentos de revoluções, sem se lembrar que elle mesmo Villa Nova as promovia querendo por meio da força comprimir o espirito dos Brazileiros já embebidos nos principios da Monarchia Constitucional representativa, que se tornara uma necessidade como depois se viu. Esses membros de /S. João de Bragança/ correram mui promptos ao Rei e a Villa Nova, em cuja presença humildes e como arrependidos abjuraram erros que não existiam e fizeram entrega de insignias e talvez papeis. Que não fizera este
  • 17. 17 ministro fanatico de um Rei fraco contra o resto dos maçons, si n’esses papeis encontrasse provas de sua injusta suspeita! Tanto é verdade que os prejuizos cedem alguma vez á razão, mas sem por isso deixar a marcha de suas visões arbitrarias! Depois d’esta época e tomando já a Liberdade um vôo mais amplo, Mendes Vianna, organisou a Loja /Commercio e Artes/, fazendo entrar na sua fundação muitos membros da /Reunião/ que ainda se achavam dispersos e saudosos da fraternal amisade que sempre reinara n’este primeiro quadro. Sem nunca se terem filiado n’essas Lojas que desappareciam apenas se installavam, prestaram-se contentes ao convite patriotico d’esse benemerito restaurador da Maçonaria Fluminense. A idéa da Independecia do Brazil agitava já fortemente os espiritos; irritados os Brazileiros pelos imprudentes procedimentos do Congresso de Lisboa para com esta consideravel parte da Monarchia que aquelle Congresso Constituinte parecia desprezar ou maltratar, a cada disposição legislativa que envolvia desprezo ou sombra d’elle para com o Brazil, os corações de seus filhos pulavam indignados e anciavam por desfazer-se em acclamações de Independencia. Este fructo da nossa liberdade e civilisação já estava maduro, mas ninguem ousava colhel-o, porque a força das armas e leis de sangue cahiriam sobre os que isoladamente lhe lançassem mão. A Loja /Commercio e Artes/ estava florente e contava no seu gremio homens de saber, de bons costumes e de encendrado patriotismo. Houve então quem se lembrasse n’ella que devera a Maçonaria concorrer a dar uma regular direcção aos espiritos na causa da Independência que, apezar de ser opinião geral, podia ainda assim não ter os resultados felizes que teve, se lhe faltasse uma prudente direcção; o negocio não era facil com a presença da tropa lusitana e commandada por officiaes fanaticamente afferrados á politica da Metropole. Foi então que dous membros da antiga Loja /Reunião/, e dos seus fundadores, emprehenderam com seus escriptos illuminar os povos; o /Reverbero Constitucional Fluminense/ appareceu no dia 15 de Setembro de 1821 e sabe todo o Brazil os serviços que este periodico prestou á causa da Independencia e da Monarchia Constitucional Representativa que com enthusiasmo se jurara. Como já fosse crescido o numero dos membros da Loja /Commercio e Artes/e todos os dias n’ella se filiassem os que ainda dispersos prezavam as virtudes maçonicas, fez-se uma Assembléia Geral e por votação se nomearam os membros que deviam formar a Grande Loja do Oriente do Brazil, e foi então elevado ao cargo de Grão Mestre o então Ministro de Estado José Bonifácio de Andrada. Quando se fez este acto, já o Governo sabia e de algum modo protegia os trabalhos maçonicos e já a commissão da Loja encarregada de organisar a Constituição Maçonica tinha apresentado á approvação geral grande parte dos seus trabalhos pelos quaes se foram regulando os actos subsequentes a esta primeira nomeação e installação do Grande Oriente do Brazil. Seguiu-se logo o dia de S.João d’esse anno de 1822 e em solemne reunião sortearam-se os maçons que deviam povoar mais dous quadros em que se dividiu a Loja /Commercio e Artes/, tomando esta o n. 1 em razão de sua antiguidade; formou- se o n.2 que se intitulou /União e Tranquilidade/ e o n. 3 que foi chamado /Esperança de Nitheroy/. É publico o impulso que os maçons fluminenses então deram á causa e triumpho da Independencia do Brazil, mas cumpre saber-se como a má fé começou a solapar as bases de sua existencia, aproveitando até certo ponto os seus serviços e reservando para melhor occasião o descarregar sobre elles os terriveis golpes da mais execravel perfidia Os membros mais influentes do Governo e que tambem occupavam os primeiros cargos da Maçonaria, para os quaes não havia segredo algum, foram como viboras aquecidos nos seios de seus amigos, que bem depressa ferraram venenososos dentes nas suas entranhas. A ingratidão disfarçada, desde que o Principe Regente se iniciou maçon na Loja /Commercio e Arte/ e foi pouco tempo depois investido do cargo de Grão Mestre, facto este que sobremaneira irritou o primeiro nomeado e que chamou a mais obstinada perseguição sobre o irmão que em bôa fé e com
  • 18. 18 vistas na maior prosperidade da Maçonaria e da Pátria, o propuzera; e tanto foi elle punido por esse erro (que se não perdôa a si mesmo) que pouco depois acclamando em Loja a esse ingrato Principe Imperador do Brazil, foi d’ahi a 60 dias, por sua mesma ordem, preso na estrada de Minas, onde fôra acclamal-o, expatriado e mettido em processo como republicano. Parece que o Principe assim obsequiado quiz dar uma satisfação ao ministro apeado do Grão Mestrado, mas não cedendo deste cargo e sim descarregando a mais injusta perseguição sobre aquelle irmão que em muito bôa fé se lembrava de o acclamar. Os factos, que se foram rapidamente succedendo, provam indubitavelmente que apenas as pessoas mais influentes do Governo conheceram que os intrepidos promotores da Independencia Brazileira no Rio de Janeiro assentavam esta grande obra na liberdade constitucional já plantada em quasi todos os corações, logo se conjuraram (talvez em virtude de convenções secretas que então se não podia rastrear) para se desfazerem dos maçons mais patrioticos e liberaes, quando já não fossem necessarios aos seus fins. O que se viu depois faz crer que os perseguidores da Maçonaria estavam loucamente persuadidos de que ao Brazil só bastava o Throno Imperial e que a Independecia desappareceria no momento em que os absolutistas de Portugal destruissem a Representação Nacional e a Constituição que já muito adiantada se achava; pelo menos, nenhum outro motivo explica o indigno procedimento que se teve para com os maçons, cuja liberalidade e brasileirismo não se podem occultar. O Governo fingia approvar as doutrinas constitucionaes que se emittiam aos povos pelo /Reverbero/; e entretanto os seus primeiros membros animavam e até redigiam o /Regulador/, que se publicou para contrastal-as e que por meio de portarias se recommendou ás autoridades das provincias, como fôra revellado na Assembléia Constituinte. O Governo estava ao facto dos bons serviços dos maçons e aprovava tudo quanto se fazia em prol da Independencia e da acclamação do Imperador; e entretanto os seus principaes membros creavam uma nova Ordem, que chamaram /Apostolado/, e para a qual recrutavam d’entre os maçons os que julgavam mais aptos aos seus fins particulares, e tambem aquellas pessoas que pareciam não muito firmes nos principios constitucionaes. A noticia d’esta nova creação deu rebate nas Lojas Maçonicas e fez nascer suspeitas que depois se realisaram. Em vão representaram ellas que duas sociedades com diferentes Estatutos e Ritos produziriam quando menos, um ciume que embaraçaria a causa em que todos se deviam empenhar bem unidos; os autores do /Apostolado/, disfarçando sempre os seus negros planos e continuando a abraçar em amisade fraternal os que já estavam marcados para a mais revoltante perseguição, respondiam ás observações, que se lhes faziam que como os fins de uma e outra sociedade eram bons e os mesmos, nenhum motivo havia para desconfianças offensivas da bôa fé. Os maçons empenhavam-se em promover a acclamação do Imperador, não se forrando a fadigas e a grandes despezas, enviando de seu seio pessoas de creditos ás principaes provincias para que a acclamação em todas ellas se fizesse no dia 12 de Outubro, como em effeito se fez; e note-se que todas essas pessoas partiram autorisadas e mesmo recommendadas pelo Governo; entretanto, ainda bem não eram acabados os applausos d’esse acto, em que a Maçonaria teve tão grande parte, e já a intriga rompia o manto da dissimulação em que se envolvia no Cenaculo dos Apostolos da perfidia. Os chefes do /Apostolado/ viram chegado o momento de rasgar a mascara, aterraram o povo embuindo-o com inventadas descobertas de negras e horrorosas conspirações contra a forma de Governo e contra a pessoa do Imperador, ha poucos dias acclamado por esses mesmos que agora (30 de Outubro) se apontavam como traidores. Fizeram mais: compraram e puzeram em campo gente desprezivel, a quem chamaram povo, para pediram, voz em grita, as cabeças dos que mais haviam servido a esses tigres refalsados e para requererem com assignaturas,
  • 19. 19 colhidas em tabernas e cocheiras, a deportação e aspero castigo d’aquelles cujos nomes lhes eram dados pelos Apostolos. Fizeram mais: mandaram ás provincias prender como réos de alta traição os maçons enviados, como já se disse, algun dos quaes regressava contente do bom desempenho de sua missão, e que apezar d’isso foi alojado na fortaleza de Santa Cruz e d’ali embarcado dentro de poucos dias e com outros que já lá se achavam, e expulso para o Havre, sem processo, sem subsidio e quasi que sem tempo para o arranjarem por seus parentes e amigos. Fizeram mais: mandaram abrir devassa sobre o supposto crime de conspiração, que só se dava na perfidia de tão indignos irmãos. N’essa devassa em que apparecem as maiores monstruosidades forenses e em que a cada pagina respira o odio sanguinario dos que n’ella influiram, foram pronunciados muitos d’aquelles maçons que mais zelo mostraram pela Independencia do Brasil e acclamação do Imperador /Constitucional/, como bem se provou na defeza que apresentaram e que corre impressa igualmente com os mais notaveis depoimentos dos seus encarniçados inimigos e com as sentenças em que foram declarados, não criminosos e sim benemeritos da Patria. No dia 29 de Outubro de 1822, dia de eterna vergonha para o Governo do Brazil d’aquella epoca, fecharam-se as Lojas e interromperam-se os trabalhos maçonicos pelos motivos apontados e sendo já reconhecido o Grande Oriente do Brazil pelos de França, Inglaterra e Estados Unidos, cujos Diplomas depois se receberam. * 3.ª Epoca * Quando o Imperador em fins do anno de 1823 se viu abalado em seu throno pela impolitica dissolução da Assembléa Constituinte e, quasi violentado, offereceu aos povos o projecto de Constituição que ainda d’essa vez atemperou a irritação das provincias desconfiadas por tão indigno procedimento, lembrou-se então que, se a Maçonaria se empenhasse por elle, como d’antes, o poderia segurar, recommendando aos povos o projecto de Constituição como iris de paz e penhor do seu liberalismo. Alguns Maçons foram para esse fim chamados á Quinta da Bôa Vista (onde o Imperador armára uma loja em que trabalhava com os mais predilectos do seu gabinete) e sendo-lhes feita a proposta de persuadirem aos povos a prompta acceitação do projecto offerecido e isto com muitos protestos de amor a confraternidade Maçonica: apezar de já não estarem nem no governo, nem no Brazil, os principaes comperseguidores de seus irmãos, todavia, esses maçons convocados então tiveram bastante coragem para se negarem a uma commissão em que se não devia perceber mais do que um novo laço armado á sua bôa fé. A perseguição foi grande, e era recente, para não servir de lição importante aos que podiam ser ainda maltratados em recompensa de taes serviços. No período decorrido desde este anno até o de 1831 pouco se trabalhou em lojas fóra do circulo do Grande Oriente Brasileiro, cujos trabalhos se achavam interrompidos. Alguns quadros se formaram, é verdade, nacionaes e estrangeiros, mas não prosperaram, tanto por lhes faltar o impulso de um centro maçonico, como porque eram sempre receiosos da perseguição de quem aborrecia a luz e a verdade, e que mais assanhado pela justa repulsa dos maçons, quando de novo os quizera interessar em seu particular serviço, de um para outro momento cahiria sobre elles com os mesmo horrores de 1822. Aproximava-se enfim o dia da Regeneração Brazileira, e alguns maçons, aproveitando-se das disposições legislativas do Código Criminal, já mais doces a respeito de todas as sociedades, juntaram-se e converteram-se em um Grande Oriente, cuidando que o antigo de todo se extinguira, como si fosse possivel apagar-se o fogo maçonico nos corações bem formados em que uma vez se accendêra! Os membros do primeiro reconhecido Grande Oriente Brasileiro, vendo que os negocios da Patria, depois de 7 de abril, haviam tomado uma direcção mais liberal e por isso mesmo mais propicia aos trabalhos maçonicos, reuniram-se novamente (no
  • 20. 20 mesmo mez e no mesmo dia 29 de Outubro, em que cheios de afflicções fecharam as portas do seu templo) e, transportados de jubilo, as abriram agora re-installando-se os tres primeiros quadros, dos quaes muitos membros e os principaes operarios ainda existiam, e compareceram ao primeiro aviso. Para que nada faltasse à legalidade desde acto juntaram-se em Grande Loja os primeiros officiaes da que fôra installada em 1822, e com elles o primeiro Grão Mestre nomeado, com determinação de servirem só até fazerem-se as novas eleições, concluida que fosse a Constituição do Grande Oriente Brazileiro; e no emtanto ficou regendo a de França, por consentimento do povo maçonico, na parte que podia ser applicada ao Brazil. Um dos primeiros cuidados do reinstallado Grande Oriente Brazileiro foi logo publicar um manifesto aos maçons do Brasil e aos de todos os Orientes Estrangeiros, annunciando-lhes a renovação dos seus interrompidos trabalhos. Tambem convidou fraternalmente os membros do moderno Grande Oriente que no intervallo se havia installado (1829) a que se reunissem em um só circulo maçonico, para maior prosperidade da Ordem e perfeita harmonia entre todos os maçons brazileiros. É triste declarar que este convite foi rejeitado, prevalecendo sem dúvida um injusto capricho ao bem geral da Maçonaria. Mas ainda assim mesmo os maçons de um e outro Oriente têm sido assaz honrados para se conservarem divididos, sim, em differentes lojas, mas unidos em bom espirito e até fraternisando-se em suas visitas de uns e outros quadros. Desde o acto de reinstallação do Grande Oriente Brazileiro os trabalhos maçonicos tomaram um impulso extraordinario. Muitas lojas d’aqui e das provincias se têm reunido debaixo dos seus auspicios. Muitos maçons dispersos têm vindo povoar as columnas de seus primeiros quadros, e muitos profanos se têm iniciado. A regularidade nos trabalhos, a magnificencia das ceremonias, tanto festivas, como funebres, têm chegado a um ponto de perfeição que nunca aqui tiveram. Sem se faltar á beneficencia para com os irmãos pobres, alguns dos quaes vivem com suas familias sustentados pelos maçons de seus respectivos quadros; além de subsidios feitos a estabelecimentos de caridade e de instrucção á mocidade indigente, um fundo se vae accumulando na caixa economica, conforme o que cada um dos quadros em cada mez póde forrar das suas mais urgentes despezas. Um rico e magestoso templo, em que hoje trabalham as cinco lojas do circulo, estabelecidas na cidade, foi inaugurado com rito proprio maçonico e já uma Constituição se organisou e discutiu, que foi jurada no anniversario da reinstallação do Grande Oriente (29 de Outubro de 1832) e que tambem era o da suspensão de seus trabalhos, como fica dito. Já no Perü chegou a noticia dos progressos da Maçonaria Brazileira. Um plenipotenciario do Grande Oriente do Brasil alli estabelecido apresentou-se solemnemente pedindo o nosso reconhecimento e offerecendo o seu; a esta mensagem recebida com o /interesse proprio de maçons/, que amam diffundir a luz das virtudes por todo o mundo, deu principio a uma correspondencia que é gloriosa á Maçonaria em geral. Falta ainda, e é preciso dizel-o, para complemento de tão excellente obra, que os dous Orientes que ora trabalham, cada umsobre si, fazendo um sacrificio de seus caprichos sobre o Altar da Maçonaria, se fundam em um só corpo responsavel e forte por suas luzes e virtudes. Este pensamento não foi esquecido antes de se concluir a Constituição Maçonica que se jurára, porque de novo se tentou o congraçamento dos Orientes separados, offerecendo-se- artigos que não deveriam ser desprezados; mas nem assim a cadeia maçonica foi soldada, como se póde ver de uma franca exposição que corre impressa.
  • 21. 21 Si taes divisões são sempre prejudiciaes a uma Ordem cuja essencia é união e confraternidade, ellas se tornam tambem escandalosas em tempos em que a politica parece dividir os espiritos. Si as virtudes que a Maçonaria recommenda como qualidades necessarias aos que se appellidam irmãos, filhos da luz e zeladores da verdade, são aptas para adoçar as paixões, acostumar ao trabalho e molhorar os costumes, ellas muito melhor se praticam reunindo-se as diversas lojas em uma só grande Familia e reguladas por uma só Constituição. Si é em tempos de partidos perigosa qualquer divisão na sociedade, porque a intriga d’ella se aproveita para seus fins, tambem é n’esse tempo que mais se devem ligar os maçons para bem desempenharem os deveres de bom cidadão, velando em honra da Patria e confundindo os seus inimigos por um procedimento digno dos que têm ilustrado esta tão antiga quanto respeitavel Instituição. Os maçons não se occupam de politica, é verdade, e bem punidos foram os de 1822 por se terem esquecido d’essa maxima observada em todos os seculos da Maçonaria, mas, como se não possa separar o caracter de bom maçon do de verdadeiro patriota, é preciso, para que se evite qualquer dezar a estes estabelecimentos de beneficencia e philantropia, que todos se liguem, se instruam e se auxiliaem até para que a intriga dos profanos se não introduza em seus quadros, abusando da boa concordia dos irmãos e comprometendo as santas inteções dos que só trabalham em prol da Humanidade e em glória do Supremo Architecto do Universo. Não mencionamos n’este abreviado quadro histórico da Maçonaria a separação que fez do Grande Oriente a Loja /Segredo/, da qual já duas tambem se originaram (/Imparcialidade /e /Caridade/) para se reunirem ao verdadeiro centro porque é de esperar que cahindo na razão os principaes autores d’esse pequeno schisma procurem ainda concorrer ao bem geral da Ordem Maçonica, fechando os olhos a mal fundados caprichos em que só respira particular interesse. O mesmo, com pouca differença, se pôde dizer a Loja /Educação e Moral/, do rito escossez. Os motivos que dirigiram o seu fundador deviam irritar aos que lobrigaram por entre as boas intenções com que disfarçára uma desforra de queixa particular. Mas as desavenças de irmãos acabam em abraços de reconciliação e talvez não esteja longe o dia em que todos os maçons brazileiros se liguem em uma só cadeia indisssoluvel, sem que alguns dos seus élos enfraqueça no exercicio d’aquellas virtudes que a Patria e a Maçonaria reclamam em beneficio da Humanidade.” ____________ * Lista dos Maçons deportados, processados e perseguidos no anno de 1822, sendo Ministro de Estado José Bonifácio de Andrada: */ / /Luiz Pereira da Nobrega //¾ /Brigadeiro, Ministro da Guerra. Demitido logo depois da Acclamação, foi preso com grande apparato, recolhido á Santa Cruz e deportado para o Havre. / / /José Clemente Pereira //¾ /Desembargador, Juiz de Fóra e Presidente da Camara Municipal. Demitiu-se nos dias da intriga e recolheu-se ao seu engenho; de lá mesmo foi arrancado preso, recolhido s Santa Cruz e deportado para o Havre.
  • 22. 22 / / /Januario da Cunha Barbosa //¾ /Sacerdote e professor publico de philosophia. Tinha ido á provincia de Minas Acclamar o Imperador, voltava d’alli concluido este serviço: em caminho e a 20 leguas da cidade de Outro Preto, foi preso por um official mandado da Côrte com essa commissã; recolhido a Santa Cruz e dentro em poucos dias deportado para o Havre com os dous antecedentes. / / /Joaquim Gonçalves Ledo/ ¾ Conselheiro pela provincia do Rio de Janeiro. Foi grandemente perseguido mas escapou-se por entre muitos perigos e asylou-se em Buenos Ayres enquanto durou o Ministerio Andrada. / / /João Mendes Vianna/ ¾ Capitão do Corpo de Engenheiros. Tinha sido enviado a Pernambuco, onde muitos e bons serviços prestou á causa do Brazil e do Imperador. Foi alli perseguido por ordem do Ministerio, preso, remetido ao Rio de Janeiro, onde por muitos mezes foi conservado incommunicavel na fortaleza da Lage e em seu processo se procurou todo o meio de o perder. / / /Antonio João Lessa/ ¾ Sacerdote e fazendeiro. Escapou a milhares de perseguições e buscas, dormiu muitas vezes no matto desconfiado até de seus proprios escravos peitados para o entregarem, refugiou-se em Buenos Ayres, d’onde voltou com Ledo, acabada a perseguição ministerial. / / /João Soares Lisboa/ ¾ Redactor do /Correio/. Sofreu muitos incommodos. Fugio tambem para Buenos Ayres. (Os escriptores liberaes foram os mais perseguidos). / /Domingos Alves Branco Muniz Barreto. João Fernandes Lopes. Pedro José da Costa Barros. Joaquim Valerio Tavares. João da Rocha Pinto. Thomas José Tinoco. José Joaquim de Gouvêa. Luiz Manoel Alves de Azevedo./ Todos estes maçons foram pronunciados na celebre devassa de que já se falou e corre impressa
  • 23. 23 ] Esclarecimentos sobre a relação entre Obediências Simbólicas e outros Corpos Por Kennyo Ismail Imagine que você é corintiano louco, e seu Grão-Mestre publica um ato declarando que sua Obediência só reconhece o Palmeiras. Ou que você é flamenguista doente, e seu Grão-Mestre determina que o time correto é o Vasco. Ou que é atleticano, e escuta em Loja a prancha da Obediência solicitando que os membros torçam pelo Cruzeiro. O que você faz? Creio que você diria ao Grão-Mestre o que ele deveria fazer com esse ato, o lugar certo dele guarda-lo, não é mesmo? E isso por um motivo simples: a Obediência Maçônica Simbólica, seja Grande Loja ou Grande Oriente, não é dona da sua vida. Você, maçom, deve ser acima de tudo um homem livre. Você só deve satisfação à sua Obediência no tocante aos graus simbólicos, ou seja, de Aprendiz, Companheiro e Mestre. Uma Grande Loja ou Grande Oriente não tem autoridade alguma sobre qualquer assunto que não seja esse. Qualquer coisa que seja fora dos graus simbólicos está fora da alçada da Obediência. É assunto que não lhe diz respeito. Se sua Obediência quer emitir alguma opinião a respeito de algo que não seja Maçonaria Simbólica, tudo bem. Afinal de contas, opinião é que nem bunda, cada um tem a sua. Apesar disso, no cenário maçônico brasileiro, volta e meia tem Obediência (leia-se: Grão- Mestre) querendo dar pitaco onde não deve. E se ficasse só no pitaco até que dava pra engolir, mas pitaco de cima para baixo acaba virando ato, tratado, decreto. Mas pior do que isso é a subserviência de muitos maçons, que já se acostumaram a consultar seus Grão-Mestres sobre assuntos que vão além dos Graus Simbólicos. Seja numa conversa sobre os Altos Graus do Rito Escocês, sobre os Shriners ou até mesmo sobre DeMolay, não é raro escutar um maçom perguntando a outro: “Mas o GOB reconhece?” ou “A Grande Loja permite?” ou “Qual a determinação do Grão-Mestre a respeito? Como se a Obediência Simbólica regesse toda sua vida maçônica e paramaçônica. Tomando por exemplo os Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito: quem ingressa onde? São os Mestres Maçons da Obediência que ingressam no Supremo Conselho ou são os membros do Supremo Conselho que iniciam como Aprendizes na Obediência? A ordem é clara! É uma via de mão única! É o Supremo Conselho que recebe membros da Obediência, e 6 – Esclarecimentos sobre a relação entre Obediências Simbólicas e outros Corpos Ir Kennyo Ismail
  • 24. 24 nunca o contrário! Em outras palavras, a Obediência é “indústria fornecedora” e o Supremo Conselho é “mercado consumidor”. E quem julga qual marca tem boa procedência ou não é o consumidor! Dessa forma, é o Supremo Conselho que define quem ele aceita ou não para ingressar em seus Corpos. Um processo unilateral. Algo similar ocorre com os Shriners. No caso do Brasil, o “Almas Shriners” tem como regra definida que aceita os mestres maçons de Obediências reconhecidas pela Grande Loja do Distrito de Columbia. Esse é o critério de “boa procedência” determinado. Alguém viu os Shriners pedindo a benção ou alguma permissão para o GOB, para alguma Grande Loja ou Grande Oriente Independente? Não. E nem vai. O mestre maçom que possuir os requisitos e quiser ajudar as crianças enfermas, será muito bem vindo. Se você precisa pedir a benção de alguém pra isso, o problema é seu. O mesmo se aplica aos Altos Corpos de outros Ritos, às outras Ordens Maçônicas restritas a mestres maçons, e mesmo às Ordens Paramaçônicas. Saiu da esfera dos graus simbólicos, da sua vida cuida e manda você. Se não avilta os bons costumes, ninguém tem nada com isso. Talvez você esteja se perguntando: “E esses tratados que existem entre Altos Corpos e Obediências Simbólicas?”. Besteira inútil e desnecessária. Pense em um tratado em que, por exemplo, o Supremo ABC se compromete em aceitar membros apenas da Obediência XYZ e, em contrapartida, a Obediência XYZ se compromete a trabalhar apenas nos graus simbólicos e reconhecer nos Altos Graus daquele rito apenas o Supremo ABC. Nessa hipótese, o que o Supremo ABC ganha com esse tratado? Nada. A Obediência já é obrigada a trabalhar apenas nos graus simbólicos ou deixa de ser regular e perde reconhecimentos. E a Obediência não pode obrigar seus Mestres a ingressar nos Altos Graus, muito menos em um Supremo específico. Bom, e a Obediência XYZ, o que ganha com esse tratado? Nada também, além de alimentar o ego de um bairrismo provinciano barato e ultrapassado. E quanto a regularidade e o reconhecimento? Taí uma questão importante e, por sinal, bem simples. A regularidade maçônica se dá por regras claras e se um Alto Corpo de um Rito ou uma Ordem é restrito a maçons regulares no simbolismo, é um indício de que essa instituição respeita os mesmos critérios de regularidade. Já o reconhecimento não é dado pela Obediência Simbólica e sim pelos pares. Obediência Simbólica reconhece Obediência Simbólica. Supremos Conselhos reconhecem Supremos Conselhos. Por exemplo, o Supremo Conselho do REAA no Brasil reconhecido pelos demais Supremos Conselhos do REAA regulares no mundo é o Supremo Conselho do Grau 33 do REAA da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, com sede em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Isso independente se o GOB, a Grande Loja do RJ ou o Grande Oriente Independente A ou B goste ou não, reconheça ou não. Afinal, isso não é da conta deles. E se você não gostou do que foi dito aqui, ou é um escravo cego ou está com o chicote na mão. Dois tipos que deveriam estar bem longe das fileiras maçônicas
  • 25. 25 Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 10/11 Arte Real Santamarense, nr. 83 Santo Amaro da Imperatriz 14/11 Obreiros da Liberdade, nr. 17 Xaxim 14/11 29 de Setembro nr.38 São Miguel do Oeste 17/11 14 de Julho nr. 3 Florianópolis 17/11 Rei David nr. 58 Florianópolis 17/11 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau 18/11 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19/11 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19/11 Manoel Gomnes nr. 24 Florianópolis 19/11 Fraternidade Lourenciana nr. 86 São Lourenço do Oeste Lojas Aniversariantes do GOSC Data Nome Oriente 11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí 15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 7 - destaques jb Resenha Geral
  • 26. 26 Lojas Aniversariantes do GOB/SC Data Nome Oriente 09.11.10 Regeneração Guabirubense – 4100 Guabiruba 12.11.99 União E Justiça – 3274 Chapecó 15.11.01 Verdes Mares – 3426 Camboriú 15.11.96 Verde Vale – 3838 Blumenau 19.11.80 União Brasileira – 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça – 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho – 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade – 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos – 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.l1.06 Obreiros da Terra Firme – 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo – 4177 São José LOJAS SIMBÓLICAS – SANTA CATARINA CALENDÁRIO DE ordens do dia – EVENTOS – CONVITES Data Hora Loja Endereço Evento – Ordem do Dia 08,11.13 20h00 Loja Léo Martins nr. 84 – GOSC Barreiros – São José Sessão Magna de Elevação 08.11.13 20h00 Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – GLSC Templo Bom Abrigo Sessão Especial em Grau de AM com a Loja “Unión Y Progresso nr. 9 de Encarnación – Paraguai. Ordem do Dia: 1 – Palestra do Ir. Eleutério Nicolau da Conceição com o tema “Som, Luz e Percepção” 2 – Palestra do Ir. Valdez, com o tema “juramento Maçônico” – Programação do Encontro Internacional de Cultura Maçônica Brasil- Paraguai 09.11.13 10h00 Loja Otávio Rosa nr. 3184 – GOB/SC São Pedro de Alcântara na Fazenda Paraíso da Serra Sessão Magna de Elevação dos IirFábio Will, Djalma Teodoro e Gabriel Gilberto de Souza 09-11-13 16:00 Loja Herbert Jurk 2818 - GOB-SC Templo da ABEPLA – Associação Benef. PARAÍSO DOS LAGOS Rua Brasília 333, Centro, Rio dos Cedros / SC INICIAÇÃO: Handrei Fellippe Stollmeier; Marcelo Link Roncolatto; Marcelo Muritiba Dias Ruas 09.11.13 16h00 Loja União e Trabalho de Iguaçú – Porto União Iniciação: Luis Samistraro
  • 27. 27 GOB/SC Turella e Patrick Tavares Zin. 09.11.13 17h00 Loja Obreiros da Terra Firme, 3827 – Rito Emulação – GOB/SC R. Bernardino Vaz, 177 – Estreito Sessão Magna de Iniciação 09.11.13 17h00 Loja Gênesis nr. 1761 – GOB/SC Templo GOB Tubarão Iniciação de Aldo Michels Meurer; Henrique Lapa Lunardi e Lindomar Saraiva 12.11.13 20h00 Sessão conjunta da Loja Cavaleiros da Luz com as demais do Condomínio Monte Verde (GLSC) Condomínio Monte Verde - Florianópolis Sessão abrangendo todas as Lojas do Segundo Distrito (Condomínio Monte Verde e Canasvieiras). Palestra: "Moralidade do Poder Público" a ser proferida pelo Ir Durval da Silva Amorim VM da Loja Solidariedade, 28. 14.11.13 20h00 Loja 14 de Julho nr. 3 (GLSC) Condomínio Monte Verde Sessão Especial de Aniversário 18.11.13 20:00 Loja Harmonia e Fidelidade 4129 - GOB/SC Itapema-SC (ao lado Matriz Sto. Antônio) Sagração Do Templo 25.11.13 20h00 Loja Pedreiros da Liberdade nr. 75 Condomínio Itacorubí Palestra com o Dr. Ivan Moritz sobre “A saúde do homem maduro” . Convite Agende-se para logo mais, participar da última sessão do Consistório "Xaver Arp Drolshagen", deste ano. A sessão será realizada no Templo do Itacorubí às 20:00hs. com a seguinte Ordem do Dia: 1) Eleição da Administração 2014/2015 2) Apresentação de trabalho do Grau 32 Rádio Sintonia 33 e JB News. Música, Cultura e Informação 24 horas/dia, o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal. Acesse www.radiosintonia33.com.br
  • 28. 28