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Diário da Manhã POLÍTICA & JUSTIÇA GOIÂNIA, QUINTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2012 11 
MEIO AMBIENTE 
“Quanto custa um TAC” 
Vereadores avocam decreto legislativo para barrar construção em APP. Diretor 
da Brookfield diz que não tem mais “interesse empresarial” no terreno 
Os vereadores Santana Go-mes 
(PSD) e Geovani An-tônio 
(PSDB) estiveram, 
na tarde de ontem, na área do Go-iânia 
II onde a Brookfield Incor-porações 
tem projeto de construir 
nove prédios residenciais. O terre-no 
fica em uma área de preserva-ção 
permanente e estava com as 
obras paralisadas por uma limi-nar 
da Justiça até que a empresa 
conseguiu liberar os serviços me-diante 
assinatura de um Termo 
de Ajustamento de Conduta assi-nado 
com o Ministério Público. 
“A pergunta que devemos fa-zer 
inevitavelmente é quanto é 
possível pagar para conseguir 
assinar um acordo com o Minis-tério 
Público e com a prefeitura 
para degradar o meio ambiente. 
Quanto custa um Termo de 
Ajustamento de Conduta para 
poder construir em uma área de 
preservação permanente”, fri-sou 
Santana Gomes. Para o ve-reador, 
a liberação da obra pelo 
MP e pela prefeitura atenta 
“contra todos os princípios de 
moralidade e de sustentabilida-de 
que se pretende para uma ci-dade 
como Goiânia”. 
Santana ressaltou que o Mi-nistério 
Público precisa “manter 
a coerência de seus membros”, 
pois há promotores combativos 
que lutam para preservar o meio 
ambiente, já outros “abrem a 
guarda” para grandes conglome-rados 
empresariais com “muito 
dinheiro” para convencer autori-dades 
a permitir a degradação de 
ecossistemas importantes. 
“A promotora Marta Moriya 
esteve no local acompanhada 
um grupo de cientistas, que 
atestaram a impossibilidade de 
construir no local. Ela viu as 
nascentes, a vegetação nativa, as 
lagoas e o crime ambiental que 
a Brookfield já havia feito com 
os aterros e as drenagens. Essa 
promotora foi a mentora da 
ação cautelar que barrou a 
construção. Curiosamente, de-pois 
dela o procedimento foi pa-ra 
outro promotor, que por cer-to 
nunca foi ao local fazer uma 
vistoria, nunca viu que se trata 
de uma área de preservação 
permanente, nunca viu as lago-as 
com suas nascentes e permi-tiu 
a destruição de tudo com um 
simples acordo feito às escondi-das”, 
comentou o vereador. 
LAUDO ATESTOU 
DESTRUIÇÃO 
Santana se referiu a um Rela-tório 
Técnico realizado por pro-fessores- 
doutores do Instituto 
de Estudos Sócio-Ambientais 
da Universidade Federal de Go-iás. 
O estudo, coordenado pela 
professora Celene Monteiro, foi 
feito após visita técnica do gru-po, 
no dia 30 de março de 2011, 
ao canteiro de obras onde a 
Brookfield queria construir o 
Condomínio Reale. 
O grupo estava acompanhado 
de outros técnicos e da promoto-ra 
Marta Moriya Loyola, titular da 
promotoria de Defesa do Meio 
Ambiente. “Essa promotora real-mente 
atua em defesa do meio 
ambiente e não de seu aniquila-mento”, 
frisou o vereador. 
O relatório esclarece que o 
condomínio estava sendo 
construído em “área aterrada 
de planície de inundação do Ri-beirão 
João Leite, tendo sido 
necessária a construção de mu-ro 
de arrimo e rede de drena-gem 
tubular e canal a céu aber-to 
para escoamento da água 
acumulada nos meandros 
abandonadas do Ribeirão João 
Leite”. O grupo de cientistas 
constatou que havia sido feito 
um grande serviço de aterra-mento 
da planície de inunda-ção, 
que se estende das imedia-ções 
da Avenida Pedro Paulo de 
Souza até a área inundada. 
Moradores da região lembram 
que foram colocados mais de 
2.000 caminhões de terra e entu-lhos 
de construção nas nascen-tes. 
“Haviam milhares de peixes 
na lagoa. Quando ela secava, os 
macacos vinham da mata próxi-ma 
comer esses peixes que fica-vam 
no barro. Tudo foi destruí-do”, 
lamenta o executivo de segu-ros 
Rauph Santana. 
CASSAÇÃO DE 
ALVARÁ 
O vereador Geovani Antô-nio 
(PSDB) criticou também a 
Prefeitura de Goiânia por per-mitir 
no TAC que a construto-ra 
possa retomar as obras. 
“Está patente que se trata de 
uma área de preservação per-manente. 
Onde está a coerên-cia 
do prefeito Paulo Garcia, 
que quer fazer de Goiânia 
uma cidade sustentável e per-mite 
que agressões ao meio 
ambiente sejam chancelados 
por sua administração?”. 
Para Geovani, o decreto legis-lativo 
que tramita na Câmara 
Municipal para revogar o alvará 
de construção do Condomínio 
Reale será avocado para ser apre-ciado 
pela Casa o mais rápido 
possível. “Não bastasse esse TAC 
ter sido assinado sem anuência 
da Câmara Municipal, em total 
desrespeito do Executivo aos ve-readores, 
nosso compromisso é 
com o respeito ao meio ambien-te 
e com a qualidade de vida para 
os goianienses. Vamos avocar es-se 
projeto e revogar qualquer li-beração 
dessa obra.” 
O vereador tucano lembra que 
o vice-prefeito eleito de Goiânia, 
o ainda vereador Agenor Mariano 
(PMDB), assinou o requerimento 
do Decreto Legislativo para cas-sar 
o alvará. “Vamos cobrar coe-rência 
do vereador Agenor Mari-ano. 
Vamos conferir se ele tem 
compromisso com uma cidade 
sustentável ou se seu discurso co-mo 
vereador era um e como vice-prefeito 
irá mudar e permitir que 
o meio ambiente seja agredido 
de maneira tão vergonhosa.” 
ABANDONO DE 
PROJETO 
O engenheiro Fernando 
Maia, diretor-executivo da Bro-okfield 
Incorporações, procura-do 
pela reportagem, disse que a 
assinatura do TAC foi para ces-sar 
a ação cautelar que havia 
contra a empresa e seu empre-endimento. 
Ele ressaltou que 
“abandonou o interesse empre-sarial” 
pelo projeto de constru-ção 
das torres às mar-gens 
do Ribeirão 
João Leite. 
“Por hora, 
não vamos 
prosseguir com esse projeto. O 
Brasil é grande e vamos constru-ir 
em outra cidade. Pode ser que 
daqui a cinco anos possa-mos 
até retomar es-se 
projeto, mas 
agora não nos 
interessa mais.” 
Fernando Maia estudará a 
possibilidade de corrigir as des-truições 
que seus operários já fi-zeram, 
como o aterro de mais 
de 2.000 caminhões de terras 
sobre as nascentes, o muro de 
arrimo e os drenos na área de 
preservação permanente. 
Hélmiton 
Prateado 
Da editoria de 
Política & Justiça 
FOTOS:RENAN ACCIOLY 
Lago em área de preservação ambiental onde nove torres serão construídas 
Santana Gomes e Geovani Antônio no local, no Goiânia II, ontem 
Rauph Santana, 
executivo de vendas e 
morador do local, 
lamenta destruição de 
nascentes na região
Diário da Manhã POLÍTICA & JUSTIÇA GOIÂNIA, QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2012 13 
Governador entrega obras 
e anuncia novas ações 
Em giro pelo interior do Estado, Marconi resgata compromissos e inaugura obras em vários municípios 
Eos compromissos não pa-ram. 
Cada vez mais, o go-vernador 
Marconi Perillo 
entrega obras e projetos a Goiás. 
Um a um. Nesta quarta-feira, 
12, a população goiana recebeu 
a quarta rodovia reconstruída e 
inaugurada, no espaço de uma 
semana. Com mais esta inaugu-ração, 
foram reconstruídos, de 
2011 até hoje, 1.700 quilômetros 
de rodovias pelo Estado, dentro 
do programa Rodovida Recons-trução, 
tocado pela Agência Go-iana 
de Transportes e Obras – 
Agetop. Esse quantitativo com-põe 
parte do primeiro grupo do 
programa lançado pelo gover-nador 
no ano passado e que de-ve 
reconstruir, até o final deste 
ano, 2.081 quilômetros. Para 
completar a primeira etapa, se-rão 
inaugurados, nos próximos 
dias, mais treze trechos de rodo-vias 
reconstruídas. Até o final de 
2013, a previsão é de que 4.200 
quilômetros serão recuperados 
por meio desse programa que é 
o maior de reconstrução rodovi-ária 
de todo o País. 
Durante inauguração do tre-cho 
da G0-225, Marconi falou 
que tem estudado realizar um 
grande sonho da região que é a 
pavimentação asfáltica de Co-rumbá 
a Alexânia. Adiantou que 
as 80 casas construídas em par-ceria 
com a prefeitura serão en-tregues 
no final do ano. Em se-guida, 
fez mais um anúncio à 
população: “O prefeito me pe-diu 
R$ 300 mil para aquisição de 
móveis e equipamentos para o 
hospital Nossa Senhora da Pe-nha. 
Eu falei agora com o secre-tário 
da Saúde e ele disse que 
daqui a alguns dias vai liberar o 
dinheiro”, disse, sob aplausos. 
O governador disse ainda que 
o governo aguarda a finalização 
de empréstimo com o BNDES 
para a conclusão de mais trinta 
estradas, além das que serão re-construídas 
pelo Rodovida. Em 
discurso, disse também que os 
R$ 2,173 bilhões autorizados na 
última terça-feira, 11, pelo minis-tro 
da Fazenda, Guido Mantega, 
como aumento da capacidade de 
endividamento, para que Goiás 
possa fazer novos empréstimos, 
somados aos recursos que já ha-viam 
sido aprovados, totalizam 
R$ 4,6 bilhões, que serão investi-dos 
em infraestrutura no Estado. 
Hoje, o governador Marconi 
segue com intensa agenda no in-terior 
do Estado. Às 10 horas, inau-gura 
30 casas do Setor Juventino 
de Oliveira, benefícios do Progra-ma 
“Cheque Moradia Constru-ção”, 
em Avelinópolis. Em segui-da, 
inaugura também a pavimen-tação 
asfáltica da GO-154, trecho 
Avelinópolis/Araçu, e, em Araçu, o 
contorno da cidade, ambas as 
obras previstas e concluídas pelo 
“Rodovida Construção”. 
Inauguração da GO 225 
– Trecho 
Corumbá/Pirenópolis 
O trecho da G0-225, que 
liga Corumbá de Goiás a Pi-renópolis, 
possui 19 quilô-metros 
de extensão e foi en-tregue 
pelo governador, 
acompanhado pelos secre-tários 
Vilmar Rocha (Chefe 
da Casa Civil), e Danilo de 
Freitas (Infraestrutura), o 
prefeito de Corumbá, Emílio 
de Paiva, e autoridades loca-is. 
Todos os trechos recons-truídos 
até o momento têm 
CBOQ, um pavimento espe-cial, 
e também recebem si-nalização 
vertical, horizon-tal, 
e noturna. 
Trecho reconstruído com 
a técnica de micro revesti-mento, 
material betumino-so, 
para garantir a trafegabi-lidade 
do trecho, aumentará 
em 10 anos a vida útil da ro-dovia. 
O local recebeu sinali-zação 
vertical e horizontal, 
inclusive tachas refletivas 
para maior segurança no trá-fego 
noturno. 
Inauguração da Escola 
Século XXI – Goianira 
Inauguração das novas 
instalações do Colégio Esta-dual 
José Silva Oliveira, em 
Goianira, a 32 quilômetros 
da Capital. A construção foi 
por meio de convênio com a 
Agência Goiana de Trans-portes 
e Obras Públicas 
(Agetop) e custou cerca de 
R$ 2,9 milhões aos cofres do 
Tesouro Estadual. Os alunos 
já estão estudando no novo 
prédio. A unidade educacio-nal 
foi construída no “Pa-drão 
Século XXI” e, além das 
salas de aula, tem outros es-paços 
totalmente novos, co-mo 
laboratórios, biblioteca, 
quadra coberta, vestiário, re-feitório 
e sanitários. 
A unidade trabalhará com 
35 turmas, formadas para 
contemplar cerca de 1.200 
alunos de Goianira e de mu-nicípios 
vizinhos. Ainda este 
ano outras unidades educa-cionais 
serão inauguradas 
no interior do Estado. 
Vistoria às obras da GO 070 
e do Rodovida Urbano – 
Goiânia/Inhumas 
Vistoria dos serviços de im-plantação 
da iluminação da GO- 
070, em Inhumas. A Agetop está 
instalando aproximadamente 
mil postes para iluminação da 
GO-070, no trecho que vai de 
Goiânia a Inhumas. Segundo o 
governador Marconi Perillo, o 
objetivo é dar maior visibilidade 
noturna à rodovia, reforçar e me-lhorar 
a segurança. “Além disso, 
temos uma proposta urbanística 
com a utilização de postes e lu-minárias 
de alto rendimento e 
durabilidade, o que gera econo-mia 
de energia”, afirmou. 
Após a vistoria da rodovia, o 
governador se deslocou até Inhu-mas 
onde também fiscalizou as 
obras de reconstrução de vias ur-banas 
do programa Rodovida Ur-bano 
no município. “Nós esta-mos 
recapeando 13 milhões de 
metros quadrados de vias urba-nas 
em todo o Estado”. Marconi 
afirmou que sua intenção é trans-formar 
a rodovia em uma aveni-da, 
bem iluminada, segura e bem 
arborizada. “A minha ideia é que, 
daqui a alguns anos, a GO-070 se-ja 
um espetáculo entre as rodovi-as 
goianas, que ela seja a melhor 
e mais bonita rodovia de Goiás”. 
O prefeito de Inhumas, Abe-lardo 
Vaz Filho, agradeceu ao 
governador pela iniciativa. “Go-vernador 
Marconi Perillo, nós fi-camos 
muito honrados com a 
sua presença em nossa cidade 
porque o senhor é um homem 
que não só promete, mas cum-pre 
suas promessas”. 
FOTOS: LAILSON DAMASIO 
LAILSON DAMASIO 
FOTOS: DIVULGAÇÃO 
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Diário da Manhã POLÍTICA & JUSTIÇA GOIÂNIA, SÁBADO, 1º DE SETEMBRO DE 2012 11 
As causas da 
descrença do povo 
Danyla 
Martins 
Da editoria de 
POLÍTICA & JUSTIÇA 
ODiário da Manhã foi 
às ruas de Goiânia pa-ra 
saber da população 
por que os eleitores estão 
descrentes com as eleições 
municipais de 2012. É nítido, 
entre as respostas, que o ce-nário 
político e a qualificação 
dos candidatos para as elei-ções 
tem levado ao desinte-resse 
e apatia dos cidadãos. 
No conceito da população, 
por meio da desmoralização 
da política, escolher um can-didato 
para depositar a confi-ança 
do voto tem se transfor-mado 
em uma obrigação pe-sada, 
desagradável e irrele-vante, 
isso porque o eleitor 
está saturado de um processo 
sem credibilidade. 
“A promessa é muita e nada está sendo 
feito. Na hora do voto é uma coisa, 
depois outra.” 
Adriano Reis, 
comerciante 40 anos 
“Acho que o julgamento do mensalão 
repercutiu negativamente e a CPI do 
Cachoeira também.” 
Mário Rodrigues, 
servidor público 38 anos 
“Por causa da picaretagem dos políticos. É 
difícil ser representado pelo o que vemos 
na política. Irei votar, mas decepcionado” 
Edmar José de Castro, 
comerciário 50 anos 
“ Tem vários fatores, o pessoal está 
desiludido e tem o fator Cachoeira.” 
Jovair Nunes, 
candidato a vereador (PSOL) 51 anos 
“Acho que em tudo na realidade, com esses 
problemas de política. Não dá para confiar 
em ninguém, não há nenhuma novidade.” 
Domingos Ribeiro de Queiroz, 
marceneiro 56 anos 
“Porque político é tudo corrupto e 
ninguém acredita em ninguém.” 
Karen Carvalho, 
secretária 30 anos 
“Por causa da corrupção, só a corrupção 
já é o suficiente.” 
Natália Novais, 
vendedora 18 anos 
“Acho que devido à corrupção, mas 
mesmo desanimado acredito que ainda 
pode melhorar.” 
Cristiano Melo, 
representante comercial 34 anos 
“Corrupção. Não tem jeito, ainda mais 
com essa fase que estamos passando.” 
Juliano Batista Ribeiro, 
moto taxista 32 anos 
“Porque só promete e não faz.” 
José Humberto , 
piloto 28 anos 
“Devido ao desrespeito com o eleitor.” 
Wesley Nunes de Souza, 
vendedor 20 anos 
“Insegurança. Em quem poderia passar 
confiança, não passa o que gostaríamos 
de ver.” 
Maria Gomes Sampaio, 
vendedora 29 anos 
“Só tem político corrupto, a política já 
vive em um sistema corrupto de não 
pensar na população.” 
Daniele Aquino, 
estudante universitária 20 anos 
“Porque os políticos não prestam, cada 
um é mais vagabundo que o outro.” 
Piedade Alves, 
comerciante 50 anos 
“Todo mundo está cansado dessa 
palhaçada, ninguém acredita mais.” 
Kênia Alves, 
comerciante 33 anos 
“Acredito que o pessoal está prometendo 
muito e não fazendo. Tem como 
amenizar os problemas e organizar.” 
Luana Machado, 
gerente de loja 23 anos 
“Porque é corrupção e depois do Demóstenes 
ficou pior e era em quem tínhamos 
confiança. Não irei votar em ninguém.” 
Nina Moreira de Jesus, 
proprietária de loja 23 anos 
“Nas últimas 2 eleições só se vê catástrofe na 
política, só se fala em roubo, mensalão e 
não há nenhum ponto positivo.” 
Edlena Maria Silva, 
comerciante 49 anos 
“Acredito que pelo tanto de promessa e 
não cumprir. Um é pior que o outro.” 
Dayane Cristina Lima dos Santos, 
vendedora 19 anos 
“Todos os políticos estão sendo iguais, não 
se vê resultado.” 
Márcia Luana Pereira da Silva, 
vendedora 16 anos 
“O povo não acredita em mais ninguém, 
promessas falsas.” 
José Pereira da Silva, 
aposentado 70 anos 
“Simplesmente porque só tem político 
corrupto.” 
Paulo José da Silva, 
ambulante 42 anos 
“Só tem corrupto na política. Acho que só 
a corrupção é o pior.” 
José Maurício de Oliveira, 
pedreiro 38 anos 
“Devido à corrupção. Nos jornais só 
passam o caso Cachoeira e mensalão. Eles 
vêm até o eleitor apenas nesta época.” 
Lorena Pereira da Silva, 
vendedora 26 anos 
“Promessas de candidatos são canseira. 
Talvez até tenha candidato bom, mas a 
gente nem sabe.” 
Patrícia Moreira dos Santos, 
vendedora 37 anos 
“Hoje a maioria dos políticos estão 
sempre roubando e isso desanima a 
população.” 
Leandro de Morais Barbosa, 
operador de telemarketing 24 anos 
“Corrupção. Roubalheira. Falta de 
transparência nas campanhas e valores.” 
Samuel Meireles, 
técnico em informática 24 anos 
“A falta de opção de escolha, não há 
escolha confiante.” 
Caio César Coutinho, 
estudante 20 anos 
Os políticos não estão correspondendo à 
expectativa de ninguém.” 
Danielly Domingos Marques, 
vendedora 18 anos 
“Decepção. Tristeza e angústia. Está 
muito feia a política. Vou até votar em 
branco.” 
Eliana Santana, 
vendedora 30 anos 
“Porque esse povo é tudo mentiroso, só 
promessa.” 
Gislaine de Assis Ramos, 
vendedora 25 anos 
“Ninguém acredita em político. Nunca 
votei em eleição.” 
Junyo Motta, 
cantor 32 anos 
“A promessa é muita e nada está sendo 
feito. Na hora do voto é uma coisa, depois 
outra.” 
Maria José Moura Silva, 
atendente 40 anos 
“Devido à tanta corrupção, esse é o maior 
motivo. Há muita promessa.” 
Eliene Nunes da Costa, 
promotora de eventos 31 anos 
“A má atuação, o descaso com a 
população. Cadê os políticos?” 
Arienia Araújo Nunes, 
psicóloga 41 anos 
“Talvez a corrupção, mas tem alguns 
eleitores que nem estão desanimados.” 
Débora Cecília Bontempo, 
operadora de caixa 22 anos 
“Por causa da cachorrada da política no 
País. Estão acabando com a minha 
democracia.” 
Maria Aparecida Pereira, 
publicitária 48 anos 
“Só tem roubo, os maiores bandidos estão 
na política.” 
Iron Oliveira, 
auxiliar administrativo 19 anos 
“Não gosto de política. Nem sei.” 
Luciene Barbosa, 
promotora de vendas 18 anos 
“A bagunça que está na política, ninguém 
acredita mais, mas deve ter gente boa 
para trabalhar por aí.” 
João Batista, 
vendedor 42 anos 
“Com certeza por causa da falta de 
caráter e compromisso. O povo precisa 
de ajuda.” 
Tânia Alves, 
autônoma 27 anos 
“Nenhum dos políticos prestam. Hoje só 
prometem e fazer, na verdade, nada.” 
Luana Bruna de Lima, 
vendedora 17 anos 
“È complicado, porque promete as coisas 
e nem faz e nessa época de eleições que há 
promessas e a gente não vê o que entra.” 
Sara Araújo, 
cantora 30 anos 
“Não dá pra confiar e eles mentem 
demais.” 
Genocleber Santos Silva, 
assistente técnico 27 anos 
“Acabou a confiança, isso já não existe 
mais.” 
Robéria Freitas, 
vendedora 30 anos 
“Falta de preocupação com o povo, a 
corrupção. Fala-se tanto em assistência e 
não se vê nada disso.” 
Gabriela Aguiar Costa, 
estudante 19 anos 
FOTOS: ANSELMO JARBAS
12 GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2012 POLÍTICA & JUSTIÇA Diário da Manhã 
Evento presta homenagem aos 78 anos 
da Associação Goiana de Imprensa 
Instalação da Comissão Especial de Defesa do Jornalista e palestra sobre Lei de 
Imprensa são realizadas em solenidade no Diário da Manhã 
Acontece hoje no auditório 
do Diário da Manhã, às 
10 horas da manhã, even-to 
em homenagem aos 78 anos 
da Associação Goiana de Im-prensa 
(AGI). O evento contará 
com a instalação da Comissão 
Especial de Defesa do Jornalista, 
com onze membros, e palestra 
sobre a Legislação de Imprensa 
com o deputado federal Vilmar 
Rocha do Partido Social Demo-crata 
(PSD), relator do projeto. 
Este será o segundo evento em 
homenagem a AGI. O primeiro, 
ocorrido em 5 de setembro, foi 
realizado pela Câmara Municipal 
de Goiânia, com proposta do pre-sidente 
da Casa, Iram Saraiva. 
Segundo o jornalista, empre-sário 
e atual presidente da AGI, 
Valterli Guedes, principal objeti-vo 
da associação é a defesa de li-berdades 
públicas, que surgiu 
com a luta pelos direitos indivi-duais. 
A comissão tem uma atri-buição 
importante nessa obten-ção. 
“O Brasil evoluiu, quanto à 
conquista da democracia, mas 
ainda existem resquícios per-ceptíveis, 
e o papel da AGI é de-fender 
a sociedade quanto a is-so”, 
afirma Valterli. 
O presidente assegurou ainda 
a importância do avanço repre-sentado 
pela Constituição de 
1988 e a necessidade de lutar pa-ra 
que esta venha ser vivenciada 
no dia a dia pela sociedade. 
Valterli Guedes, apontou o 
recente assassinato do radialista 
Valério Luiz ocorrido há pouco 
mais de dois meses. O caso, até 
hoje não esclarecido, foi um cri-me 
brutal relacionado a opinião 
na área do esporte. O presidente 
afirmou que esta será a primeira 
tarefa a ser executada pela Co-missão 
Especial de Defesa do 
Jornalista. “Vamos acompanhar 
as investigações que resultaram 
nesse episódio a propósito da 
prisão dos culpados”, afirmou. 
O jornalista Mané de Oliveira, 
pai de Valério Luiz, é um dos 
convidados a participar da co-missão. 
Tomarão posse ainda 
no cargo os integrantes: Arman-do 
Acioly, Eurico Barbosa, Jor-devá 
Rosa, Jorge Braga, Lucia 
Vânia, Oloares Ferreira, Renato 
Dias, Rosenval Ferreira, Ulisses 
Aesse e Welington Carlos. 
Além da instalação da comis-são, 
será realizada palestra sobre 
A Legislação de Imprensa com o 
deputado federal e secretário-chefe 
da Casa Civil do governo de 
Goiás, Vilmar Rocha (PSD). O de-putado 
foi relator do projeto que 
tramita no Congresso Federal há 
mais de 10 anos, cuja proposta 
agrada jornalistas e empresas, 
mas não foi votado. Valterli Gue-des 
defende a aprovação do pro-jeto 
de Lei, para preservar a liber-dade 
de expressão de imprensa e 
que o jornalista caso se sinta 
ofendido, tenha o direito de re-correr. 
Segundo ele, o Brasil é um 
dos poucos países que não dis-põe 
de tal regulamentação. 
IMPRENSA EM GOIÁS 
O primeiro jornal de Goiás foi 
editado pela primeira vez em 05 
de março de 1930 em Pirenópo-lis, 
com o nome Matutina Meia-pontense. 
Quem adquiriu o par-que 
tipográfico foi o comenda-dor 
Joaquim Alves de Oliveira. 
Depois vieram outros jornais ca-racterizados 
como audaciosos, 
que promoviam debates e ti-nham 
finalidade política, como 
o 5 de Março. 
A AGI foi fundada no dia 10 de 
setembro de 1934 na antiga capi-tal 
do estado, para reunir jornalis-tas 
e correspondentes de outros 
Estados, com importância para 
toda cultura de Goiás, além de 
grande influência política. Segun-do 
o presidente atual Valterli 
Guedes, as associações dos ou-tros 
Estados também foram cria-das 
nessa mesma época, uma fa-se 
nova e de conquistas demo-cráticas, 
como o voto feminino. 
O primeiro presidente e fun-dador 
da AGI foi o jornalista, es-critor 
e político Albatênio Caiado 
Godoy, que exerceu o cargo até 
1941. Quem o sucedeu foi Joa-quim 
Câmara, fundador do jor-nal 
O Popular. Após este, vários 
outros nomes assinaram a ata, 
como Zoroastro Artiaga, Jaime 
Câmara, Batista Custódio e o pro-fessor 
Venerando de Freitas Bor-ges, 
primeiro prefeito de Goiânia. 
Valterli destaca a influência 
que os jornalistas sempre tiveram 
em Goiás na época em que o Es-tado 
ainda era pequeno politica-mente. 
Ele menciona ainda, Leo-poldo 
Bulhões, político impor-tante 
durante muito tempo e Mi-nistro 
da Fazenda em dois gover-nos, 
e o jornalista Alfredo Nasser, 
nomeado Ministro da Justiça em 
1961. “A AGI pretende ressaltar os 
valores e mostrar grandes escrito-res 
que temos em Goiás.” 
A entidade tem como objetivo 
ainda, de acordo com o presiden-te, 
realizar reuniões frequentes 
para combater as dificuldades 
que vêm enfrentando, adquirir 
uma sede melhor, levar a AGI pa-ra 
cidades do interior e criar nú-cleos 
nas cidades com represen-tantes, 
ampliar quadros de associa-dos 
e reimplantar a biblioteca. 
Milena 
Porto 
Da editoria de 
Política & Justiça 
ANDRE SADDI 
Valterli Guedes, atual presidente da Associação Goiana de Imprensa (AGI), em entrevista no jornal Diário da Manhã 
Editor do DM presidiu entidade na década de 1960 
Editor do DM presidiu enti-dade 
na década de 1960. O jor-nalista 
Walter Menezes, ex-pre-sidente 
da Associação Goiana 
de Imprensa (AGI) e hoje um 
dos militantes mais ativos, re-corda 
bons tempos nos 78 anos 
de existência da entidade. Con-forme 
o jornalista, o editor-geral 
do Diário da Manhã, Batista 
Custódio, foi o presidente da 
AGI em 1966. Um episódio em 
específico demonstrou a coe-rência 
da entidade. “Era plena 
ditadura e a Ordem dos Advoga-dos 
do Brasil (OAB), de Goiás, 
realizaria uma conferência com 
a participação de Dom Hélder 
Câmara, líder da igreja católica 
indicado quatro vezes ao Prê-mio 
Nobel da Paz.” 
Menezes recorda, entretanto, 
que a OAB recebeu uma repenti-na 
ligação do governo Federal, do 
sistema de segurança nacional. 
“Avisaram: não era para fazer a tal 
palestra não. E a OAB amofinou, 
se acovardou. Dom Fernando, en-tão, 
ligou para a AGI e conversou 
com Batista Custódio, que abriu 
as portas da sede para realizar a 
recepção ao religioso”. 
Conforme Menezes, o editor 
do DMmostrou coragem no epi-sódio 
e levou a comitiva do religi-oso 
para a sede da AGI, localiza-da 
na Avenida Goiás, esquina 
com a Rua 4. “Mas ele foi preso, 
já conhecia todos aqueles basti-dores. 
Por isso costumo dizer 
que a AGI foi sempre uma insti-tuição 
altiva, que honrou a pro-fissão 
de jornalista.” 
CURSO 
Outra vitória da instituição, ga-rante 
Menezes, foi a criação do 
curso de Jornalismo na Universi-dade 
Federal de Goiás (UFG). 
“Lembro que ao lado de José Osó-rio 
Naves, jornalista, levamos ao 
reitor Colemar Natal e Silva a ideia 
do curso. Sugerimos e ele atendeu 
de pronto. Ocorre que veio o golpe 
militar. E mesmo assim o reitor da 
‘revolução’, Jerônimo Geraldo de 
Queiroz, abraçou a ideia.” 
Para Menezes, a UFG for-mou, 
daí por diante, grandes 
jornalistas. “É um exemplo de 
qualidade no Brasil. Temos 
grandes jornalistas nacionais e 
internacionais que saíram da 
UFG”, recorda, com orgulho. 
O ex-presidente da AGI presta 
homenagem também a Albatênio 
Caiado de Godoi, que foi jornalista 
na cidade de Goiás. “Ele foi um dos 
auxiliares de Pedro Ludovico e se 
mostrou contra os próprios ‘Caia-dos’. 
A AGI foi um sonho, uma ins-piração 
do Albatênio, que tornou-se 
realidade”. Albatênio também 
foi um dos primeiros presidentes 
da OAB em Goiás, na virada das 
décadas de 1930 para 1940. 
Ex-presidentes da AGI Fundadores da AGI 
TRF rejeita denúncia a Valério 
FOLHAPRESS, DE BRASÍLIA 
O Tribunal Regional Fede-ral 
da 1ª Região (Brasília) rejei-tou 
por unanimidade ontem 
uma denúncia contra o em-presário 
Marcos Valério e a 
mulher dele, a empresária Re-nilda 
Santiago, pelo crime de la-vagem 
de dinheiro. 
O Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras (Coaf) 
detectou transferência de vários 
milhões de reais entre as contas 
bancárias de Renilda e de uma 
empresa do casal. 
-Albatênio Caiado de Godoy (1934- 
1941) 
-Joaquim Câmara Filho (1941- 
1943) 
-Maximiano de Mata Teixeira 
(1943-1945) 
-Aparício Xavier da Silva (1945- 
1947) 
-Hélio de Araújo Lobo (1948- 
1951) 
-Geraldo de Araújo Vale (1951- 
53; 55-57; 61-63) 
-Oscar Sabino Júnior 
(1953-55; 59-61) 
-Elieser José Pena (1957-58) 
-Wagner Tavares de Góis (1963-1965) 
-Walter Menezes (1965-1967) 
-Batista Custódio dos Santos 
(1967-1969) 
-Lourival Batista Pereira (1971- 
1973) 
-Willian da Silva Guimarães (1973- 
1975) 
-Henrique Ferreira Duarte (1975- 
1977) 
-Alírio Afonso de Oliveira (1969-71; 
77-79; 79-81) 
-Lorimá Dionísio Gualberto (1982- 
85) 
-Jales Rodrigues Naves (1985-88; 88- 
90) 
-Antônio Ramos Lessa (1991- 
1994) 
-Waldemar Gomes de Melo 
(1994-1997) 
-Walter Menezes (1998-2007) 
-Valterli Leite Guedes 
(2010-2013) 
-Albatênio Caiado de Godoy (Presidente) 
-Vasco dos Reis Gonçalves (Vice-presidente) 
-Venerando de Freitas Borges 
(Secretário) 
-Agnelo Arlington Fleury 
(Tesoureiro) 
-Alfredo Nasser (Orador) 
-Zoroastro Artiaga (Corresp. de Jornais) 
-Jaime Câmara (Comissão de estatuto) 
-Abdala Samahaí (Comissão de 
estatuto) 
-Benjamin da Luz Viera (Comissão 
de estatuto) 
-Goiáz do Couto (Comissão de estatuto) 
-Waid Mendes da Costa 
(Correspondente) 
-Claro Augusto de Godoy (Redator da 
Voz do Povo) 
-Inácio Xavier da Silva 
(Correspondente de jornais) 
-Octávio Artiaga 
(Correspondente de jornais) 
Joaquim Barbosa condena 
nove por lavagem de dinheiro 
FOLHAPRESS, DE BRASÍLIA 
O relator do julgamento 
do mensalão no Supremo 
Tribunal Federal, Joaquim 
Barbosa, votou hoje pela 
condenação de nove réus por 
lavagem de dinheiro e fez a 
menção mais direta até agora 
de um ministro à atuação de 
José Dirceu (PT-SP) no caso. 
Em seu voto que apontou 
um esquema de ocultação 
de saques do dinheiro usa-do 
no mensalão, Barbosa 
disse que o empresário Mar-cos 
Valério de Souza funcio-nou 
como “intermediário” 
de interesses da dona do 
Banco Rural, Kátia Rabello, 
junto a Dirceu, então minis-tro 
da Casa Civil. 
A acusação contra o ex-ministro 
será analisada mais 
adiante. Segundo Barbosa, 
encontros entre Kátia e Dir-ceu 
ocorreram “no contexto” 
das operações de lavagem. 
“Embora Kátia Rabello e José 
Dirceu não admitam ter tra-tado 
do esquema de lavagem 
de dinheiro, é imprescindível 
atentar para o contexto em 
que tais reuniões se deram. 
Não se trata de um fato isola-do, 
ou seja, meras reuniões 
entre dirigentes de um ban-co 
e o então chefe da Casa 
Civil, mas num mesmo contex-to 
em que as operações foram 
levadas a efeito.” 
O relator pediu hoje a conde-nação 
de Valério, de seus sócios 
Cristiano Paz e Ramon Holler-bach, 
de seu advogado Rogério 
Tolentino e de duas funcioná-rias 
do grupo, Simone Reis e 
Geiza Dias; e da sócia do Banco 
Rural Kátia Rabello, do ex-vice-presidente 
José Roberto Salga-do 
e de Vinícius Samarane. 
Ele votou pela absolvição da ex-executiva 
Ayanna Tenório, já que 
ela fora absolvida por nove votos a 
um, na semana passada, da acusa-ção 
de gestão fraudulenta. 
Segundo o relator, o esquema 
de lavagem de dinheiro passou 
por três etapas. Primeiro houve 
uma fraude nos registros contá-beis 
das empresas de Valério. 
Depois veio a simulação de 
R$ 29 milhões de empréstimos 
bancários das empresas de Va-lério 
junto ao Rural. As dívidas 
eram roladas indefinidamente, 
sem pagamento. 
Por fim o dinheiro era saca-do 
na boca do caixa de modo a 
enganar o Banco Central e o 
Coaf, órgão de inteligência fi-nanceira 
do governo. 
Pela legislação, os bancos 
deveriam comunicar ao BC e 
ao Coaf todos os saques iguais 
ou superiores a R$ 100 mil.
Diário da Manhã www.dm.com.br GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2012 13 
MUNDO 
EDITOR: MARCELO TAVARES / brasilmundo@dm.com.br / (62) 3267 1179 
uLaurence Pope, o novo encarregado de 
negócios norte-americanos na Líbia, chegou 
ao país para assumir temporariamente o 
controle da embaixada em Trípoli, após atque 
ao consulado americano em Benghazi. 
u A região autônoma da Catalunha pediu 
ontem mais 410 milhões de euros em ajuda 
do governo central da Espanha. Com isso, o 
total solicitado pela administração regional 
avançou para 5,433 bilhões de euros. 
uA Rússia é o único país capaz de parar o 
programa nuclear do Irã sem o uso da força 
ou de sanções econômicas esmagadoras, 
disse o líder do Parlamento de Israel, Reuven 
Rivlin, durante visita a Moscou. 
Mudanças climáticas aumentam 
a camada de gelo na Antártida 
Área atingiu 19,45 milhões de km². Já no Polo Norte, recentemente foi registrada a maior perda da calota polar 
AGÊNCIA ESTADO, DE WASHINGTON 
Acamada de gelo da An-tártida 
está aumentando 
e em setembro alcançou 
o recorde de 19,45 milhões de 
quilômetros quadrados, afir-mam 
cientistas. Já o Ártico, no 
Polo Norte, recentemente regis-trou 
a maior perda de gelo da 
história conhecida. 
Os céticos do aquecimento 
global aproveitaram o crescimen-to 
do gelo antártico para dizer 
que o clima do mundo não está 
mudando. Mas muitos cientistas 
dizem que os críticos estão inter-pretando 
mal os resultados. 
"Um mundo em aqueci-mento 
pode ter consequên-cias 
complexas e às vezes sur-preendentes", 
disse Ted Mak-sym, 
que nesta semana está 
em uma expedição pelos ma-res 
da Antártida. Ele trabalha 
para o Instituto Oceanográfico 
Woods Hole em Massachu-setts. 
Outros especialistas con-cordam 
que o panorama car-rega 
as marcas das mudanças 
climáticas causadas pelo ho-mem. 
Ted Scambos, do Cen-tro 
Nacional de Dados de Ne-ve 
e Gelo do Colorado, acres-centa: 
"Não é intuitivo, mas a 
Antártida também faz parte 
do aquecimento". 
O degelo no Ártico pode 
afetar a população do hemis-fério 
Norte, causando proble-mas 
como maiores riscos de 
fenômenos climáticos extre-mos 
e mudanças nas corren-tes 
marítimas. Já as peculiari-dades 
climáticas da Antártida 
não têm grande efeito na civi-lização. 
As informações são 
da Associated Press. 
EFE 
Rússia pede explicações 
após interceptação de voo 
Avião sírio foi forçado a pousar pela Força Aérea turca 
AGÊNCIA ESTADO, DE ISTAMBUL 
Oincidente envolvendo o 
avião sírio interceptado 
pela Força Aérea da 
Turquia aumentou ainda mais 
a tensão diplomática na região. 
Ontem, o presidente Vladimir 
Putin adiou uma visita que faria 
à Turquia, mas não deixou claro 
qual é o motivo da postergação. 
A data do encontro foi mu-dada 
para 3 de dezembro, re-latou 
uma fonte do gabinete 
do primeiro-ministro turco, 
mas o porta-voz de Putin disse 
que a data "é apenas uma das 
possibilidade em análise para 
a visita à Turquia". 
A Rússia é um dos principa-is 
aliados do governo do presi-dente 
Bashar Assad, mas essa 
posição até agora não havia 
provocado nenhum problema 
com a Turquia. 
A aeronave interceptada se-guia 
para a Síria, procedente de 
Moscou, e foi forçada a pousar 
na quarta-feira. A imprensa tur-ca 
noticiou que o avião trans-portava 
aparatos de comunica-ção 
militar, como rádios, ante-nas 
e "e equipamentos suspei-tos 
de serem partes de mísseis". 
A Síria acusou Ancara de 
"comportamento hostil e re-preensivo" 
e afirmou que o ca-so 
é "mais um sinal das políti-cas 
hostis do governo de Erdo-gan, 
que abriga rebeldes e 
bombardeia o território sírio", 
afirmou o Ministério de Rela-ções 
Exteriores do país, refe-rindo- 
se ao primeiro-ministro 
turco, Recep Tayyip Erdogan. 
O avião da Syrian Arab Air-lines 
levava 37 pessoas e con-tinuou 
a viagem para Damas-co 
após algumas horas, mas 
sem a carga. O ministro de In-formações 
da Síria acusou 
a Turquia de "pirataria aé-rea". 
Já o chefe da compa-nhia 
dona do avião afirmou 
que autoridades turcas 
"agrediram a tripulação”. 
A Rússia exigiu explica-ções 
sobre o incidente e o 
porta-voz do Ministério das 
Relações Exteriores, Ale-xander 
Lukashevich, disse 
que o país preocupa-se que 
"a vida e a segurança dos 
passageiros, entre eles 17 
cidadãos russos, tenham si-do 
colocadas em perigo". 
A hostilidade entre Sí-ria 
e Turquia vem au-mentando 
nos últimos 
dias, com trocas de dis-paros 
de artilharia e mor-teiros 
na fronteira entre 
as duas. As informações 
são da Dow Jones e da 
Associated Press. 
Ativista adolescente baleada no 
Paquistão ainda não está fora de perigo 
AGÊNCIA ESTADO, DE PAQUISTÃO 
A ativista adolescente Malala 
Yousafzai, de 14 anos, baleada pelo 
Taleban no Paquistão, não está fo-ra 
de perigo e será transferida para 
a cidade de Rawalpindi, disseram 
autoridades ontem. Um dos médi-cos, 
Mumtaz Khan, afirmou mais 
cedo que a condição dela ainda é 
preocupante e que por enquanto 
está internada em um hospital mi-litar 
em Peshawar. 
"Seu estado de saúde não está 
fora de perigo apesar de melho-ras", 
afirmou Masood Kausar, go-vernador 
da província de Khyber 
Pakhtunkhwa. Preparações estão 
sendo feitas para enviá-la para o 
exterior, mas uma fonte entre os 
militares disse que ela ainda está 
mal demais para poder viajar. 
O ataque a Malala foi ampla-mente 
condenado no exterior e no 
Malala Yousafzai, 14 anos, foi baleada pelo Taleban, no Paquistão 
Paquistão por círculos esclareci-dos. 
A ativista estava em um ôni-bus 
com outras alunas que volta-vam 
da escola quando foi atacada 
na cidade de Mingora, Paquistão, 
na terça-feira. No ano passado 
Malala foi nomeada para o Prêmio 
Internacional da Paz Infantil, por 
seu respeitado trabalho de promo-ção 
da escolaridade entre meninas 
– algo que o Taleban repudia. O 
grupo fundamentalista prometeu 
matá-la. As informações são da 
Dow Jones e Associated Press. 
Avião interceptado na 
pista do aeroporto de 
Ancara, Turquia. Governo 
da Síria acusa a Turquia 
de “comportamento 
hostil e repreensivo” 
BURHAN OZBILICI 
DIVULGAÇÃO
14 GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2012 www.dm.com.br Diário da Manhã 
ECONOMIA 
EDITORA: GRACCIELLA BARROS / economia.dm@gmail.com / (62) 3267-1051 
SÃO PAULO 0,427 2,039 2,634 R$ 115,6 7,25% 
DOW JONES q-0,04% p+0,34% p+0,33% NASDAQ LONDRES TÓQUIO 
Pesquisa realizada pelo Pro-con 
Goiás aponta grande 
diferença de preços em um 
mesmo produto 
Segundo o Serviço de Pro-teção 
ao Consumidor de Goi-ás 
(Procon), neste Dia das Cri-anças, 
os pais que não pesqui-saram 
podem pagar até 197% 
a mais no preço de um mes-mo 
produto nas lojas de Goiâ-nia. 
Os técnicos do órgão visi-taram, 
entre os dias 3 e 8 de 
outubro, dez estabelecimen-tos 
da cidade, desde lojas es-pecializadas 
e alguns super-mercados, 
onde também há 
variedade de brinquedos. 
Foram pesquisados 88 tipos 
diferentes, como videogames, 
laptops infantis, DVDs, bici-cletas, 
quebra-cabeças, jogos 
de tabuleiros, bonecas, carros 
de controle remoto, e diversos 
tipos diferentes de brinque-dos, 
levando em consideração 
produtos idênticos (mesma 
marca e modelo). 
A maior variação, de 
197,03%, foi encontrada no jo-go 
Cara a Cara da Estrela, cujo 
menor preço foi de R$ 26,90 e o 
maior R$ 79,90. Em seguida, 
veio o boneco Power Ranger 
Samurai Bull Megazord, com 
variação de 161,39%. O menor 
preço encontrado para esse 
produto foi de R$ 89,90 e o 
maior, R$ 234,99. 
O Super Banco Imobiliário da 
Estrela oscilou entre R$ 119,99 e 
R$ 199,90, variação de 66,60%. O 
carro de controle remoto “Bat-man 
com 7 funções” da marca 
Candide teve menor preço de R$ 
119,90 e o maior de R$ 189,99, o 
que equivale a uma diferença de 
preço de 58,46%. 
Foi apurada uma variação 
de 50,03% do DVD “A Galinha 
Pintadinha 3”, podendo ser en-contrado 
ao preço de R$ 19,99 
até R$ 29,99. Já o videogame 
Nintendo Wii White com con-trole 
com Motion Plua – “Nin-tendo”, 
variou 22,88%, sendo o 
menor preço R$ 699,00 e o mai-or 
chegando a R$ 859,00. 
VENDAS 
O gerente da loja Ri Happy 
do Flamboyant Shopping Cen-ter, 
Adilson Frasnelli, conta que 
muitos dos consumidores que 
foram à loja não fizeram uma 
pesquisa de preço antes. “Mui-tos 
trazem seus filhos para es-colher, 
então não ficam procu-rando 
muito entre uma loja e 
outra, a barganha é feita com as 
próprias crianças”. 
Segundo o gerente, o maior 
movimento aconteceu ontem, 
véspera do Dia das Crianças, mas 
a expectativa para hoje é maior 
ainda. “O nosso principal concor-rente 
não abre no feriado, espera-mos 
por muito movimento.” 
O gerente conta ainda que os 
brinquedos que mais fizeram su-cesso 
na loja nesse Dia das Crian-ças 
foram máquinas de costura, 
beyblades, brinquedos temáticos 
da novela Carrossel, além do 
DVD da Galinha Pintadinha e 
Lego Ninjago, que tiveram o esto-que 
esgotado. 
ÚLTIMA HORA 
De acordo com Adilson, to-dos 
os anos há uma forte inci-dência 
de pais que deixam para 
comprar o presente no último 
dia. Este é o caso de Cecília Bri-to, 
fotógrafa, que tem três filhos. 
Ela conta que ainda não com-prou 
os presentes de seus filhos, 
e que está consciente que pode-rá 
pagar mais caro, já que não 
fez uma pesquisa de preços. 
Segundo Cecília, o filho de 14 
anos ainda está querendo saber se 
tem direito a um presente este 
ano, a filha de 10 quer uma bici-cleta 
e o filho mais novo, de quatro 
anos, quer um carrinho. “Os meus 
filhos já fizeram a lista deles, mas 
ainda não tive tempo de ir até a lo-ja 
e não vou conseguir comparar 
os preços, vou correr no shopping 
para comprar” afirma. 
O Procon forneceu também 
orientações aos pais na hora de 
comprar o presente para as cri-anças. 
Os pais que ainda não 
compraram podem utilizar as 
dicas abaixo. 
uO ministro da Fazenda, Guido Mantega, 
afirmou que os países que formam o Grupo 
Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do 
Sul) estão sendo afetados pela 
desaceleração da economia mundial. 
uAs ações preferenciais da Telebras 
dispararam ontem, fechando com alta de 
28,59%, após avanço de 52% no pregão de 
quarta-feira (10). Na máxima do dia, os 
papéis chegaram a 49,72%. 
uNa comparação com agosto do ano 
passado, as vendas do varejo tiveram alta de 
10,1% em relação a este ano. As vendas do 
varejo restrito acumulam altas de 9,0% no 
ano e de 7,8% em 12 meses. 
BOLSAS 
p+1,21% 
BOVESPA 
58.456 59.161,72 
POUPANÇA DÓLAR EURO OURO SELIC INFLAÇÃO 
q-0,14% q-0,08% p+0,92% 
Índice da Bolsa de Valores de São Paulo 
nos últimos dias (em pontos) 
Em mais um dia de forte 
volatilidade no mercado, Ibovespa 
registrou 2ª sessão seguida de baixa 
Rendimento previsto 
para hoje 
Cotação acompanhou piora do cenário externo 
em meio a temores sobre economia global 
Cotação do euro 
comercial para compra 
Negociação do ouro na 
BM&F, ontem 
Taxa básica de juros 
brasileira 
IPCA calculado pelo IBGE Principais bolsas europeias caíram em dia de poucos negócios. Alguns dados econômicos apontavam para 
início difícil da temporada de resultados corporativos do terceiro trimestre nos Estados Unidos 
4/10 5/10 8/10 9/10 11/10 
setembro 0,57% 
agosto 0,41% 
julho 0,37% 
junho 0,43% 
maio 0,08% 
abril 0,36% p+0,12% 
10/outubro.............2,039 
9/outubro 2,035 
8/outubro 2,027 
5/outubro 2,029 
4/outubro 2,018 
Brincar está mais caro este ano 
Segundo pesquisa realizada pelo Procon-GO, preço de brinquedos pode variar em até 197% em Goiânia 
DICAS DO PROCON 
Antes de sair de casa – é importante 
que o consumidor já tenha uma no-ção 
de que presente pretende com-prar 
e quanto poderá gastar na 
compra do produto. Isso ajuda a 
economizar, evitando gastos desne-cessários, 
fazendo, inclusive, uma 
pesquisa de preços em pelo menos 
três estabelecimentos. No entanto, 
o gosto, idade e limitações da crian-ça 
devem ser levados em considera-ção. 
Quanto ao gosto da criança, 
saiba dialogar, pois nem sempre os 
produtos “da moda” é que são os 
preferidos das crianças, são os mais 
adequados. 
O que observar no brinquedo – 
todo brinquedo deve ter um selo 
de segurança fornecido pelo IQB 
– Instituto de Qualidade do Brin-quedo, 
juntamente com o selo do 
Inmetro, o que indica que o pro-duto 
foi fabricado e comercializa-do 
de acordo com as normas téc-nicas, 
verificando, ainda, a que 
faixa etária da criança o brinque-do 
é destinado. 
Teste do produto sempre que possí-vel 
– peça ao vendedor para abrir a 
embalagem, certificando que o pro-duto 
não está danificado. Solicitan-do, 
ainda, para fazer um teste com 
o mesmo, diminuindo assim a possi-bilidade 
de frustrar a criança com 
um produto com vício e dor de ca-beça 
futura, com assistência técnica. 
Evite compras em camelôs – os pre-ços 
de brinquedos comercializados 
em mercados populares de forma 
informal e vendedores ambulantes, 
apesar de serem mais baratos, po-dem 
trazer problemas ao consumi-dor. 
Não há garantia de estarem de 
acordo com as normas técnicas de 
segurança, colocando em risco a sa-úde 
e a segurança da criança, além, 
é claro, de não fornecer a nota fis-cal, 
documento indispensável para 
instruir uma reclamação nos órgãos 
de defesa do consumidor. 
Possibilidade de troca – Caso o 
produto não apresente nenhum 
vício (defeito), não há obrigação 
por parte do lojista de efetuar a 
Mariele Aguiar, 24, e o marido Fabiano Escobar, 30, levaram a 
pequena Manuela, 1 ano, para comprar presente nesse feriado 
Mesmo no carro de bebê, Gabriel Cardoso, 10 meses, brincou com 
os pais Sidinei Cardoso, Sara Cristina, na loja de brinquedos 
troca. No entanto, informe-se 
junto ao vendedor se a criança 
que for presenteada com um brin-quedo 
já possuir o mesmo, se po-derá 
efetuar a troca, mesmo que 
por produtos diferentes, e em que 
condições. Caso seja acordada es-sa 
opção, peça pra que seja feito 
por escrito e o prazo preestabele-cido 
para a troca. 
Produtos importados – Os brin-quedos 
importados seguem as 
mesmas regras dos nacionais, 
portanto, não estão livres da apli-cação 
do Código de Defesa do 
Consumidor. O manual deve tra-zer 
em português e, em lingua-gem 
clara e precisa, todas as in-formações 
sobre o produto, tais 
como as peças, regras de monta-gem, 
modo de usar, etc. Identifi-que 
também o nome e CNPJ do 
fabricante ou importador. 
Gastos com brinquedos devem superar 
R$ 6 bi neste ano,diz Ibope 
FOLHAPRESS 
O Ibope avalia, na véspera 
do Dia das Crianças, que o con-sumo 
com brinquedos em 
2012 deve movimentar R$ 6,02 
bilhões, um aumento de 14% 
em relação ao ano passado. 
De acordo com o instituto, 
o maior potencial de consu-mo 
é da classe B, que corres-ponde 
a 24,45% dos domicíli-os 
e deve responder por qua-se 
metade dos gastos com 
brinquedos (46,50%). 
A menor parte será das clas-ses 
D e E, que têm quase a mes-ma 
quantidade de domicílios 
da classe B (20,58%) e respon-derão 
por 5,85% do consumo. 
Já a classe A, que tem o me-nor 
número de domicílios, 
correspondendo a 2,6% do to-tal, 
terá um consumo cinco 
vezes superior ao de sua parti-cipação 
demográfica, respon-dendo 
por 13% dos gastos. 
FOTOS: PATRICIA NEVES 
Nicolas , 3, Nicole, 11, e Isabella, 1, fizeram questão de 
acompanhar os pais Wanderson Braz eTalyta Nascimento. 
Hector Daniel e Lilian Mayumi preferiram deixar que seus filhos 
Victor Francisco, 4, Gabriela Hirata, 5,. escolhessem o presente 
Orlando Conrado Neto (dir) logo preferiu jogos de estratégia como alternativa 
Tiago Gonzaga levou Erasmo Barros para ajudar o pequeno Carlos Eduardo, 11, na decisão
Mundo novo 
6 TV DIÁRIO DA MANHÃ 
GOIÂNIA, DOMINGO, 2 DE SETEMBRO DE 2012 
Thierry Figueira se prepara para voltar ao ar 
com personagem cômico, em Balacobaco 
Luana Borges 
POPTEVÊ 
Levar o personagem para a cama é 
uma expressão que se aplica per-feitamente 
a Thierry Figueira. 
Sempre que está interpretando algum 
papel, o ator se envolve completamen-te 
e não consegue se desligar. Nem na 
hora de dormir. Quando conciliou tra-balhos 
na televisão e no teatro, inclusi-ve, 
não sabia em que personagem pen-sar. 
Na época de ‘Bela, A Feia’, fiz a pe-ça 
‘A Marca do Zorro’ ao mesmo tempo 
e foi de matar do coração. Na hora de 
dormir, pensava: 'Amanhã vou acordar 
e vou fazer o quê?', recorda, aos risos. 
Por isso que, nesse momento, toda a 
sua energia está voltada exclusivamen-te 
para seu próximo personagem na te-vê, 
o Patrick de Balacobaco, novela de 
Gisele Joras que substitui Máscaras a 
partir de outubro. "Estou abdicando da 
minha vida porque agora existo em 
função do Patrick. Entro de cabeça pa-ra 
dar vida a esse personagem, enten-der 
da onde veio, o que é, o que pre-tende", 
ressalta. 
Na trama, Patrick é um aspirante a 
ator que, enquanto sonha com a fama, 
sobrevive como pode. Logo no primei-ro 
capítulo, se veste de frango para fa-zer 
propaganda da lanchonete da no-vela. 
Seu grande amigo é Breno, inter-pretado 
por Leo Rosa. Os dois são gays 
e moram juntos, mas a princípio a rela-ção 
é apenas de amizade. "Ele é minha 
bicha confidente, sabe assim?", entre-ga, 
bem-humorado. O personagem faz 
parte do núcleo cômico do folhetim e 
por isso Thierry também vai contrace-nar 
bastante com Bárbara Borges, An-dré 
Matos, Simone Spoladore e Rodri-go 
Phavanello, entre outros. "Fico feliz 
de poder, depois de um trabalho pesa-do 
que foi o Ziba em ‘Rei Davi’, voltar a 
fazer comédia", comemora. 
Como ainda está muito no início, 
Thierry não sabe ao certo que perfil Pa-trick 
vai ter: se será um gay espalhafato-so 
ou mais contido, por exemplo. "É um 
trabalho de composição mais delicado. 
Estamos vendo com a direção que ca-minho 
seguir", explica ele, que já fez lei-turas 
com os atores do núcleo do qual 
faz parte. Agora está mais concentrado 
nas leituras com Leo Rosa para encon-trar 
o tom da dupla em cena. Além dis-so, 
conta com o auxílio da preparadora 
de elenco Rose Gonçalves. Com ela, faz 
um trabalho voltado para articulação e 
de como se portar em cena. "Tenho 
muita energia, gesticulo muito. Tento 
fazer uma coisa mais contida porque, se 
tiver de colocar algo, é mais fácil do que 
fazendo exagerado", conta. 
O texto de Gisele Joras é outro aliado 
de Thierry nesse processo de composi-ção. 
O ator, que já integrou o elenco de 
outra novela da autora – Bela, A Feia –, 
encontra facilidade de compreender o 
papel através das cenas que recebe. "O 
texto leva para um caminho natural, já 
diz mais ou menos a personalidade do 
personagem", garante. "Acho que vai 
ser um início um pouco mais devagar, 
mas depois vai engrenar e vamos ter 
um Patrick bem elaborado", completa 
ele, que teve de mudar o visual. Além 
de cortar os cabelos, Thierry tirou a 
barba e fez a sobrancelha. "A caracteri-zação 
é importantíssima. Já tive opor-tunidade 
de fazer um gay em 'Malha-ção', 
mas foi uma participação. Agora, é 
um trabalho de um ano", diferencia. 
Acostumado a fazer personagens 
com perfil de galã, Thierry encontrou 
na Record um espaço para mostrar sua 
versatilidade cênica, coisa que explora 
bastante no teatro. Em Bela, A Feia, in-terpretou 
um vilão. Em Rei Davi, se 
transformou fisicamente – em cena, 
aparecia caolho e cabeludo – para viver 
o traiçoeiro Ziba. E agora está prestes a 
entrar no ar como um gay engraçado. 
"O Patrick não é um personagem da 
trama principal, mas me faz ter uma 
composição mais elaborada como 
ator", analisa ele, que não hesita ao 
eleger o papel mais marcante da car-reira. 
"O Pedro de Cara e Coroa foi o 
que me abriu todas as portas", afirma. 
DIÁRIO DA MANHÃ 
GOIÂNIA, DOMINGO, 2 DE SETEMBRO DE 2012 TV 11 
Emanuelle Araújo fala sobre a intensa 
preparação para viver a Teodora 
da microsérie Gabriela 
Luana Borges 
POPTEVÊ 
Um personagem pode possibilitar ao seu intérprete passar 
por novas experiências. E isso é o que mais instiga Emanu-elle 
Araújo na profissão de atriz. Para viver a Teodora, uma 
das moças do Bataclã de Gabriela, ela passou por uma intensa pre-paração. 
Fez aulas de danças da época, como maxixe, charleston e 
tango. Tudo porque as prostitutas da trama são performáticas e fa-zem 
apresentações diárias. "Não é só o fato de elas subirem para o 
quarto com os clientes. Tem toda uma exposição de dança quan-do 
elas se apresentam. Então, para isso a gente teve essa prepara-ção 
corporal", justifica. 
Além disso, Emanuelle contou com o preparador de elenco 
Sérgio Penna. Por indicação dele, conheceu alguns prostíbulos. 
Muito mais do que observar o jeito como as garotas de programa 
lidavam com os clientes, Emanuelle analisou os conflitos internos 
delas. "Como a Teodora tem esse mundo interior muito inquieto 
e doído, fiquei conversando com algumas delas para entender o 
universo de cada uma. Isso foi bem especial para mim", ressalta. 
Personagem da semana PEDRO PAULO FIGUEIREDO/CZN 
P – A Teodora não existe no livro Gabriela, Cravo e Canela, no qual é 
baseada a novela. Mesmo assim, a leitura da obra de Jorge Amado 
ajuda de alguma forma o seu trabalho? 
R – Ajuda muito. A Teodora realmente não existe no livro, é 
uma personagem escrita por Walcyr Carrasco. Só que, mesmo 
assim, ela pertence a Jorge Amado por todas as características fe-mininas 
dela, pela forma como se posiciona. É encantador vi-venciar 
esse universo amadiano que faz tão parte de mim, essa 
coisa da Bahia. Além disso, fazendo uma prostituta dos anos 20, 
que tem uma força dentro desse contexto de repressão feminina e 
dentro do quanto era difícil para essas meninas se posicionarem 
de alguma forma. Isso dá uma complexidade que é sedutora pa-ra 
qualquer ator. 
P – Essa não é a primeira vez que você vive uma prostituta. Em 2008, 
interpretou a Manu, em A Favorita. Aproveitou alguma coisa daquela 
época para esta personagem? 
R – Nada. Porque a Manu era totalmente diferente. Primeiro 
que a prostituição para ela era uma coisa totalmente casual, na-tural. 
Ela tinha um coisa muito contemporânea, de ser uma pros-tituta 
de luxo. Não era uma prostituta que estava confinada em 
um cabaré. O que acontece com essas meninas do cabaré dos anos 
20 é que elas, além de terem a prostituição como profissão, ainda 
estão absolutamente enclausuradas. Quase não saem às ruas por-que, 
quando saem, são vistas com maus olhos. Nesse universo não 
existe apenas a venda do corpo. Há toda uma repressão, uma con-denação 
àquela profissão, àquele comportamento e àquele tipo de 
vida. Fora isso, a Teodora não é nem um pouco leve. A Manu ti-nha 
uma certa leveza até no jeito de tocar a vida. 
P – Como você lida com a sensualidade das cenas em Gabriela? 
R – Quando eu entendo que isso é da personagem, vou fun- 
PRIIMEIIRA MÃO 
HUMOR 
CONTAGIANTE 
do. Acho que a gente tem de investir nas intenções 
da personagem. Seja tristeza, dor, sensualidade, 
sexualidade. Eu me entrego mesmo, gosto disso. 
Isso é o que mais me seduz em atuar: me entregar 
ao que aquele papel está pedindo, descobrir coisas 
que nunca vivi na minha vida e de repente ter de 
procurar fora porque não tenho esse repertório. 
Ou às vezes até tenho em mim e nunca usei. Para 
mim, usar a sedução é que nem usar a raiva, a 
tristeza ou a alegria. 
P – Você também é cantora e concilia bem com o 
trabalho de atriz. Acredita que uma carreira contri-bua 
para a outra? 
R – Acho que ajuda sim. Eu vejo música em tudo, por 
exemplo. Estudo meus personagens ouvindo música. E 
acho que talvez o fato de eu ter essa vivência de atriz, do 
palco e do teatro ajude na minha presença cênica quan-do 
eu canto. Mas mesmo ajudando, eu tenho cada lugar 
no seu lugar. Quando estou gravando a novela, estou to-talmente. 
Giro um botão e concentro onde eu estou. 
FOTOS: LUIZA DANTAS/CZN
JORGE RODRIGUES JORGE/CZN 
EM FOCO 
Despertar da primavera 
Giovanna Lancellotti busca 
reconhecimento profissional 
através da Lindinalva de Gabriela 
GOIÂNIA, DOMINGO, 16 DE SETEMBRO DE 2012 9 TV 
8 TV DIÁRIO DA MANHÃ 
Ana Paula Hinz 
POPTEVÊ 
Um papel dramático com cenas 
de nudez poderia assustar uma 
atriz iniciante. No caso de Gio-vanna 
Lancellotti, o entusiasmo 
venceu o medo. Ao receber o convite do di-retor 
Mauro Mendonça Filho para encar-nar 
a sofrida Lindinalva, de Gabriela, da 
Globo, ela aceitou na hora. Depois, come-çou 
a administrar o sentimento de insegu-rança 
que veio acompanhado à oportuni-dade. 
"É um trabalho muito intenso e eu ti-ve 
receio de não conseguir passar a emo-ção 
necessária. Só relaxei quando comecei 
a ver uma repercussão positiva", confessa. 
Na trama, Lindinalva é uma moça in-gênua 
de Ilhéus, na Bahia da década de 
1920, que, após a morte dos pais, perde a 
virgindade com o noivo, o cafajeste Berto, 
vivido por Rodrigo Andrade. Quando o ra-paz 
decide abandoná-la, Lindinalva é re-jeitada 
pela população local e, sem ter co-mo 
se sustentar, acaba se tornando uma 
das "quengas" do cabaré Bataclã. Para pi-orar 
a situação, ela se apaixona pelo irmão 
do ex-noivo, Juvenal, encarnado por Mar-co 
Pigossi. Ao descobrir que os dois pre-tendem 
fugir juntos, Berto arma uma em-boscada 
e Lindinalva é espancada até 
quase a morte. Achando que Juvenal con-cordou 
com seu assassinato, agora ela o 
ignora. "É um papel que tem muitas ce-nas 
fortes, mas a mais difícil de fazer foi a 
do primeiro programa dela. É uma situa-ção 
triste, com muita emoção", conta. 
Para entender a realidade e o grau de 
complexidade exigido pela personagem, 
Giovanna assistiu a filmes de época – co-mo 
L´Apollonide, de Bertrand Bonello – e 
teve aulas de história, expressão corporal e 
prosódia com o resto do elenco. Ainda ho-je, 
ela frequenta aulas semanais com o 
preparador Sérgio Penna. "O mais difícil é 
manter a essência da Lindinalva. Ela passa 
por muitas fases e fica mais forte com o 
tempo. Mas continua sendo a mesma". 
Ao contrário da maioria dos persona-gens 
do "remake", que são inspirados no 
livro Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge 
Amado, Lindinalva é originalmente de 
outra obra do autor baiano, Jubiabá. A 
personagem tem uma trajetória pareci-da 
com a do "remake", mas engravida 
logo que os pais morrem e acaba vi-rando 
prostituta para sustentar o fi-lho. 
"Li os dois livros. A história dela 
é uma mistura e traz também ele-mentos 
novos", avalia. 
O papel no folhetim de 
Walcyr Carrasco é apenas o 
segundo de Giovanna na te-vê. 
Antes, ela interpretou a 
doce Cecília de Insensato 
Coração, de 2011. O rápi-do 
crescimento da car-reira 
é uma surpresa 
para a própria atriz de 
19 anos, que começou a 
estudar interpretação 
profissionalmente aos 15 
e estreou na Globo dois 
anos depois. "Tudo foi 
muito rápido. E eu tive mui-ta 
sorte de fazer essas duas 
personagens. Sou apaixona-da 
por elas", brinca. 
Assim como Lindinalva, Ce-cília 
também foi agredida e teve 
inúmeros conflitos amorosos. Por 
causa do perfil romântico e sofre-dor 
de ambos os papéis, Giovanna 
teve medo de que o segundo lembras-se 
o primeiro. "A Lindinalva foi uma 
prova de fogo. Foi a minha chance de 
mostrar que eu realmente sei atuar. E que 
não sou uma atriz de um personagem só", 
valoriza. Para seu alívio, a repercussão em 
Gabriela seguiu um caminho totalmente 
diferente. Por causa das cenas de nudez e 
sexo, a atriz começou a ouvir comentários 
mais ousados na rua e pela internet e até 
recebeu alguns convites para posar para 
uma revista masculina – o que não preten-de 
fazer por enquanto. "A Cecília e a pri-meira 
fase da Lindinalva têm em comum 
um ar inocente, bem de menina. A segun-da 
fase em Gabriela fez o público enxergar 
mais o meu lado mulher", analisa.
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Construção em APP gera debate sobre meio ambiente em Goiânia

  • 1. Diário da Manhã POLÍTICA & JUSTIÇA GOIÂNIA, QUINTA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2012 11 MEIO AMBIENTE “Quanto custa um TAC” Vereadores avocam decreto legislativo para barrar construção em APP. Diretor da Brookfield diz que não tem mais “interesse empresarial” no terreno Os vereadores Santana Go-mes (PSD) e Geovani An-tônio (PSDB) estiveram, na tarde de ontem, na área do Go-iânia II onde a Brookfield Incor-porações tem projeto de construir nove prédios residenciais. O terre-no fica em uma área de preserva-ção permanente e estava com as obras paralisadas por uma limi-nar da Justiça até que a empresa conseguiu liberar os serviços me-diante assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta assi-nado com o Ministério Público. “A pergunta que devemos fa-zer inevitavelmente é quanto é possível pagar para conseguir assinar um acordo com o Minis-tério Público e com a prefeitura para degradar o meio ambiente. Quanto custa um Termo de Ajustamento de Conduta para poder construir em uma área de preservação permanente”, fri-sou Santana Gomes. Para o ve-reador, a liberação da obra pelo MP e pela prefeitura atenta “contra todos os princípios de moralidade e de sustentabilida-de que se pretende para uma ci-dade como Goiânia”. Santana ressaltou que o Mi-nistério Público precisa “manter a coerência de seus membros”, pois há promotores combativos que lutam para preservar o meio ambiente, já outros “abrem a guarda” para grandes conglome-rados empresariais com “muito dinheiro” para convencer autori-dades a permitir a degradação de ecossistemas importantes. “A promotora Marta Moriya esteve no local acompanhada um grupo de cientistas, que atestaram a impossibilidade de construir no local. Ela viu as nascentes, a vegetação nativa, as lagoas e o crime ambiental que a Brookfield já havia feito com os aterros e as drenagens. Essa promotora foi a mentora da ação cautelar que barrou a construção. Curiosamente, de-pois dela o procedimento foi pa-ra outro promotor, que por cer-to nunca foi ao local fazer uma vistoria, nunca viu que se trata de uma área de preservação permanente, nunca viu as lago-as com suas nascentes e permi-tiu a destruição de tudo com um simples acordo feito às escondi-das”, comentou o vereador. LAUDO ATESTOU DESTRUIÇÃO Santana se referiu a um Rela-tório Técnico realizado por pro-fessores- doutores do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Go-iás. O estudo, coordenado pela professora Celene Monteiro, foi feito após visita técnica do gru-po, no dia 30 de março de 2011, ao canteiro de obras onde a Brookfield queria construir o Condomínio Reale. O grupo estava acompanhado de outros técnicos e da promoto-ra Marta Moriya Loyola, titular da promotoria de Defesa do Meio Ambiente. “Essa promotora real-mente atua em defesa do meio ambiente e não de seu aniquila-mento”, frisou o vereador. O relatório esclarece que o condomínio estava sendo construído em “área aterrada de planície de inundação do Ri-beirão João Leite, tendo sido necessária a construção de mu-ro de arrimo e rede de drena-gem tubular e canal a céu aber-to para escoamento da água acumulada nos meandros abandonadas do Ribeirão João Leite”. O grupo de cientistas constatou que havia sido feito um grande serviço de aterra-mento da planície de inunda-ção, que se estende das imedia-ções da Avenida Pedro Paulo de Souza até a área inundada. Moradores da região lembram que foram colocados mais de 2.000 caminhões de terra e entu-lhos de construção nas nascen-tes. “Haviam milhares de peixes na lagoa. Quando ela secava, os macacos vinham da mata próxi-ma comer esses peixes que fica-vam no barro. Tudo foi destruí-do”, lamenta o executivo de segu-ros Rauph Santana. CASSAÇÃO DE ALVARÁ O vereador Geovani Antô-nio (PSDB) criticou também a Prefeitura de Goiânia por per-mitir no TAC que a construto-ra possa retomar as obras. “Está patente que se trata de uma área de preservação per-manente. Onde está a coerên-cia do prefeito Paulo Garcia, que quer fazer de Goiânia uma cidade sustentável e per-mite que agressões ao meio ambiente sejam chancelados por sua administração?”. Para Geovani, o decreto legis-lativo que tramita na Câmara Municipal para revogar o alvará de construção do Condomínio Reale será avocado para ser apre-ciado pela Casa o mais rápido possível. “Não bastasse esse TAC ter sido assinado sem anuência da Câmara Municipal, em total desrespeito do Executivo aos ve-readores, nosso compromisso é com o respeito ao meio ambien-te e com a qualidade de vida para os goianienses. Vamos avocar es-se projeto e revogar qualquer li-beração dessa obra.” O vereador tucano lembra que o vice-prefeito eleito de Goiânia, o ainda vereador Agenor Mariano (PMDB), assinou o requerimento do Decreto Legislativo para cas-sar o alvará. “Vamos cobrar coe-rência do vereador Agenor Mari-ano. Vamos conferir se ele tem compromisso com uma cidade sustentável ou se seu discurso co-mo vereador era um e como vice-prefeito irá mudar e permitir que o meio ambiente seja agredido de maneira tão vergonhosa.” ABANDONO DE PROJETO O engenheiro Fernando Maia, diretor-executivo da Bro-okfield Incorporações, procura-do pela reportagem, disse que a assinatura do TAC foi para ces-sar a ação cautelar que havia contra a empresa e seu empre-endimento. Ele ressaltou que “abandonou o interesse empre-sarial” pelo projeto de constru-ção das torres às mar-gens do Ribeirão João Leite. “Por hora, não vamos prosseguir com esse projeto. O Brasil é grande e vamos constru-ir em outra cidade. Pode ser que daqui a cinco anos possa-mos até retomar es-se projeto, mas agora não nos interessa mais.” Fernando Maia estudará a possibilidade de corrigir as des-truições que seus operários já fi-zeram, como o aterro de mais de 2.000 caminhões de terras sobre as nascentes, o muro de arrimo e os drenos na área de preservação permanente. Hélmiton Prateado Da editoria de Política & Justiça FOTOS:RENAN ACCIOLY Lago em área de preservação ambiental onde nove torres serão construídas Santana Gomes e Geovani Antônio no local, no Goiânia II, ontem Rauph Santana, executivo de vendas e morador do local, lamenta destruição de nascentes na região
  • 2. Diário da Manhã POLÍTICA & JUSTIÇA GOIÂNIA, QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2012 13 Governador entrega obras e anuncia novas ações Em giro pelo interior do Estado, Marconi resgata compromissos e inaugura obras em vários municípios Eos compromissos não pa-ram. Cada vez mais, o go-vernador Marconi Perillo entrega obras e projetos a Goiás. Um a um. Nesta quarta-feira, 12, a população goiana recebeu a quarta rodovia reconstruída e inaugurada, no espaço de uma semana. Com mais esta inaugu-ração, foram reconstruídos, de 2011 até hoje, 1.700 quilômetros de rodovias pelo Estado, dentro do programa Rodovida Recons-trução, tocado pela Agência Go-iana de Transportes e Obras – Agetop. Esse quantitativo com-põe parte do primeiro grupo do programa lançado pelo gover-nador no ano passado e que de-ve reconstruir, até o final deste ano, 2.081 quilômetros. Para completar a primeira etapa, se-rão inaugurados, nos próximos dias, mais treze trechos de rodo-vias reconstruídas. Até o final de 2013, a previsão é de que 4.200 quilômetros serão recuperados por meio desse programa que é o maior de reconstrução rodovi-ária de todo o País. Durante inauguração do tre-cho da G0-225, Marconi falou que tem estudado realizar um grande sonho da região que é a pavimentação asfáltica de Co-rumbá a Alexânia. Adiantou que as 80 casas construídas em par-ceria com a prefeitura serão en-tregues no final do ano. Em se-guida, fez mais um anúncio à população: “O prefeito me pe-diu R$ 300 mil para aquisição de móveis e equipamentos para o hospital Nossa Senhora da Pe-nha. Eu falei agora com o secre-tário da Saúde e ele disse que daqui a alguns dias vai liberar o dinheiro”, disse, sob aplausos. O governador disse ainda que o governo aguarda a finalização de empréstimo com o BNDES para a conclusão de mais trinta estradas, além das que serão re-construídas pelo Rodovida. Em discurso, disse também que os R$ 2,173 bilhões autorizados na última terça-feira, 11, pelo minis-tro da Fazenda, Guido Mantega, como aumento da capacidade de endividamento, para que Goiás possa fazer novos empréstimos, somados aos recursos que já ha-viam sido aprovados, totalizam R$ 4,6 bilhões, que serão investi-dos em infraestrutura no Estado. Hoje, o governador Marconi segue com intensa agenda no in-terior do Estado. Às 10 horas, inau-gura 30 casas do Setor Juventino de Oliveira, benefícios do Progra-ma “Cheque Moradia Constru-ção”, em Avelinópolis. Em segui-da, inaugura também a pavimen-tação asfáltica da GO-154, trecho Avelinópolis/Araçu, e, em Araçu, o contorno da cidade, ambas as obras previstas e concluídas pelo “Rodovida Construção”. Inauguração da GO 225 – Trecho Corumbá/Pirenópolis O trecho da G0-225, que liga Corumbá de Goiás a Pi-renópolis, possui 19 quilô-metros de extensão e foi en-tregue pelo governador, acompanhado pelos secre-tários Vilmar Rocha (Chefe da Casa Civil), e Danilo de Freitas (Infraestrutura), o prefeito de Corumbá, Emílio de Paiva, e autoridades loca-is. Todos os trechos recons-truídos até o momento têm CBOQ, um pavimento espe-cial, e também recebem si-nalização vertical, horizon-tal, e noturna. Trecho reconstruído com a técnica de micro revesti-mento, material betumino-so, para garantir a trafegabi-lidade do trecho, aumentará em 10 anos a vida útil da ro-dovia. O local recebeu sinali-zação vertical e horizontal, inclusive tachas refletivas para maior segurança no trá-fego noturno. Inauguração da Escola Século XXI – Goianira Inauguração das novas instalações do Colégio Esta-dual José Silva Oliveira, em Goianira, a 32 quilômetros da Capital. A construção foi por meio de convênio com a Agência Goiana de Trans-portes e Obras Públicas (Agetop) e custou cerca de R$ 2,9 milhões aos cofres do Tesouro Estadual. Os alunos já estão estudando no novo prédio. A unidade educacio-nal foi construída no “Pa-drão Século XXI” e, além das salas de aula, tem outros es-paços totalmente novos, co-mo laboratórios, biblioteca, quadra coberta, vestiário, re-feitório e sanitários. A unidade trabalhará com 35 turmas, formadas para contemplar cerca de 1.200 alunos de Goianira e de mu-nicípios vizinhos. Ainda este ano outras unidades educa-cionais serão inauguradas no interior do Estado. Vistoria às obras da GO 070 e do Rodovida Urbano – Goiânia/Inhumas Vistoria dos serviços de im-plantação da iluminação da GO- 070, em Inhumas. A Agetop está instalando aproximadamente mil postes para iluminação da GO-070, no trecho que vai de Goiânia a Inhumas. Segundo o governador Marconi Perillo, o objetivo é dar maior visibilidade noturna à rodovia, reforçar e me-lhorar a segurança. “Além disso, temos uma proposta urbanística com a utilização de postes e lu-minárias de alto rendimento e durabilidade, o que gera econo-mia de energia”, afirmou. Após a vistoria da rodovia, o governador se deslocou até Inhu-mas onde também fiscalizou as obras de reconstrução de vias ur-banas do programa Rodovida Ur-bano no município. “Nós esta-mos recapeando 13 milhões de metros quadrados de vias urba-nas em todo o Estado”. Marconi afirmou que sua intenção é trans-formar a rodovia em uma aveni-da, bem iluminada, segura e bem arborizada. “A minha ideia é que, daqui a alguns anos, a GO-070 se-ja um espetáculo entre as rodovi-as goianas, que ela seja a melhor e mais bonita rodovia de Goiás”. O prefeito de Inhumas, Abe-lardo Vaz Filho, agradeceu ao governador pela iniciativa. “Go-vernador Marconi Perillo, nós fi-camos muito honrados com a sua presença em nossa cidade porque o senhor é um homem que não só promete, mas cum-pre suas promessas”. FOTOS: LAILSON DAMASIO LAILSON DAMASIO FOTOS: DIVULGAÇÃO FOTOS: DIVULGAÇÃO
  • 3. Diário da Manhã POLÍTICA & JUSTIÇA GOIÂNIA, SÁBADO, 1º DE SETEMBRO DE 2012 11 As causas da descrença do povo Danyla Martins Da editoria de POLÍTICA & JUSTIÇA ODiário da Manhã foi às ruas de Goiânia pa-ra saber da população por que os eleitores estão descrentes com as eleições municipais de 2012. É nítido, entre as respostas, que o ce-nário político e a qualificação dos candidatos para as elei-ções tem levado ao desinte-resse e apatia dos cidadãos. No conceito da população, por meio da desmoralização da política, escolher um can-didato para depositar a confi-ança do voto tem se transfor-mado em uma obrigação pe-sada, desagradável e irrele-vante, isso porque o eleitor está saturado de um processo sem credibilidade. “A promessa é muita e nada está sendo feito. Na hora do voto é uma coisa, depois outra.” Adriano Reis, comerciante 40 anos “Acho que o julgamento do mensalão repercutiu negativamente e a CPI do Cachoeira também.” Mário Rodrigues, servidor público 38 anos “Por causa da picaretagem dos políticos. É difícil ser representado pelo o que vemos na política. Irei votar, mas decepcionado” Edmar José de Castro, comerciário 50 anos “ Tem vários fatores, o pessoal está desiludido e tem o fator Cachoeira.” Jovair Nunes, candidato a vereador (PSOL) 51 anos “Acho que em tudo na realidade, com esses problemas de política. Não dá para confiar em ninguém, não há nenhuma novidade.” Domingos Ribeiro de Queiroz, marceneiro 56 anos “Porque político é tudo corrupto e ninguém acredita em ninguém.” Karen Carvalho, secretária 30 anos “Por causa da corrupção, só a corrupção já é o suficiente.” Natália Novais, vendedora 18 anos “Acho que devido à corrupção, mas mesmo desanimado acredito que ainda pode melhorar.” Cristiano Melo, representante comercial 34 anos “Corrupção. Não tem jeito, ainda mais com essa fase que estamos passando.” Juliano Batista Ribeiro, moto taxista 32 anos “Porque só promete e não faz.” José Humberto , piloto 28 anos “Devido ao desrespeito com o eleitor.” Wesley Nunes de Souza, vendedor 20 anos “Insegurança. Em quem poderia passar confiança, não passa o que gostaríamos de ver.” Maria Gomes Sampaio, vendedora 29 anos “Só tem político corrupto, a política já vive em um sistema corrupto de não pensar na população.” Daniele Aquino, estudante universitária 20 anos “Porque os políticos não prestam, cada um é mais vagabundo que o outro.” Piedade Alves, comerciante 50 anos “Todo mundo está cansado dessa palhaçada, ninguém acredita mais.” Kênia Alves, comerciante 33 anos “Acredito que o pessoal está prometendo muito e não fazendo. Tem como amenizar os problemas e organizar.” Luana Machado, gerente de loja 23 anos “Porque é corrupção e depois do Demóstenes ficou pior e era em quem tínhamos confiança. Não irei votar em ninguém.” Nina Moreira de Jesus, proprietária de loja 23 anos “Nas últimas 2 eleições só se vê catástrofe na política, só se fala em roubo, mensalão e não há nenhum ponto positivo.” Edlena Maria Silva, comerciante 49 anos “Acredito que pelo tanto de promessa e não cumprir. Um é pior que o outro.” Dayane Cristina Lima dos Santos, vendedora 19 anos “Todos os políticos estão sendo iguais, não se vê resultado.” Márcia Luana Pereira da Silva, vendedora 16 anos “O povo não acredita em mais ninguém, promessas falsas.” José Pereira da Silva, aposentado 70 anos “Simplesmente porque só tem político corrupto.” Paulo José da Silva, ambulante 42 anos “Só tem corrupto na política. Acho que só a corrupção é o pior.” José Maurício de Oliveira, pedreiro 38 anos “Devido à corrupção. Nos jornais só passam o caso Cachoeira e mensalão. Eles vêm até o eleitor apenas nesta época.” Lorena Pereira da Silva, vendedora 26 anos “Promessas de candidatos são canseira. Talvez até tenha candidato bom, mas a gente nem sabe.” Patrícia Moreira dos Santos, vendedora 37 anos “Hoje a maioria dos políticos estão sempre roubando e isso desanima a população.” Leandro de Morais Barbosa, operador de telemarketing 24 anos “Corrupção. Roubalheira. Falta de transparência nas campanhas e valores.” Samuel Meireles, técnico em informática 24 anos “A falta de opção de escolha, não há escolha confiante.” Caio César Coutinho, estudante 20 anos Os políticos não estão correspondendo à expectativa de ninguém.” Danielly Domingos Marques, vendedora 18 anos “Decepção. Tristeza e angústia. Está muito feia a política. Vou até votar em branco.” Eliana Santana, vendedora 30 anos “Porque esse povo é tudo mentiroso, só promessa.” Gislaine de Assis Ramos, vendedora 25 anos “Ninguém acredita em político. Nunca votei em eleição.” Junyo Motta, cantor 32 anos “A promessa é muita e nada está sendo feito. Na hora do voto é uma coisa, depois outra.” Maria José Moura Silva, atendente 40 anos “Devido à tanta corrupção, esse é o maior motivo. Há muita promessa.” Eliene Nunes da Costa, promotora de eventos 31 anos “A má atuação, o descaso com a população. Cadê os políticos?” Arienia Araújo Nunes, psicóloga 41 anos “Talvez a corrupção, mas tem alguns eleitores que nem estão desanimados.” Débora Cecília Bontempo, operadora de caixa 22 anos “Por causa da cachorrada da política no País. Estão acabando com a minha democracia.” Maria Aparecida Pereira, publicitária 48 anos “Só tem roubo, os maiores bandidos estão na política.” Iron Oliveira, auxiliar administrativo 19 anos “Não gosto de política. Nem sei.” Luciene Barbosa, promotora de vendas 18 anos “A bagunça que está na política, ninguém acredita mais, mas deve ter gente boa para trabalhar por aí.” João Batista, vendedor 42 anos “Com certeza por causa da falta de caráter e compromisso. O povo precisa de ajuda.” Tânia Alves, autônoma 27 anos “Nenhum dos políticos prestam. Hoje só prometem e fazer, na verdade, nada.” Luana Bruna de Lima, vendedora 17 anos “È complicado, porque promete as coisas e nem faz e nessa época de eleições que há promessas e a gente não vê o que entra.” Sara Araújo, cantora 30 anos “Não dá pra confiar e eles mentem demais.” Genocleber Santos Silva, assistente técnico 27 anos “Acabou a confiança, isso já não existe mais.” Robéria Freitas, vendedora 30 anos “Falta de preocupação com o povo, a corrupção. Fala-se tanto em assistência e não se vê nada disso.” Gabriela Aguiar Costa, estudante 19 anos FOTOS: ANSELMO JARBAS
  • 4. 12 GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2012 POLÍTICA & JUSTIÇA Diário da Manhã Evento presta homenagem aos 78 anos da Associação Goiana de Imprensa Instalação da Comissão Especial de Defesa do Jornalista e palestra sobre Lei de Imprensa são realizadas em solenidade no Diário da Manhã Acontece hoje no auditório do Diário da Manhã, às 10 horas da manhã, even-to em homenagem aos 78 anos da Associação Goiana de Im-prensa (AGI). O evento contará com a instalação da Comissão Especial de Defesa do Jornalista, com onze membros, e palestra sobre a Legislação de Imprensa com o deputado federal Vilmar Rocha do Partido Social Demo-crata (PSD), relator do projeto. Este será o segundo evento em homenagem a AGI. O primeiro, ocorrido em 5 de setembro, foi realizado pela Câmara Municipal de Goiânia, com proposta do pre-sidente da Casa, Iram Saraiva. Segundo o jornalista, empre-sário e atual presidente da AGI, Valterli Guedes, principal objeti-vo da associação é a defesa de li-berdades públicas, que surgiu com a luta pelos direitos indivi-duais. A comissão tem uma atri-buição importante nessa obten-ção. “O Brasil evoluiu, quanto à conquista da democracia, mas ainda existem resquícios per-ceptíveis, e o papel da AGI é de-fender a sociedade quanto a is-so”, afirma Valterli. O presidente assegurou ainda a importância do avanço repre-sentado pela Constituição de 1988 e a necessidade de lutar pa-ra que esta venha ser vivenciada no dia a dia pela sociedade. Valterli Guedes, apontou o recente assassinato do radialista Valério Luiz ocorrido há pouco mais de dois meses. O caso, até hoje não esclarecido, foi um cri-me brutal relacionado a opinião na área do esporte. O presidente afirmou que esta será a primeira tarefa a ser executada pela Co-missão Especial de Defesa do Jornalista. “Vamos acompanhar as investigações que resultaram nesse episódio a propósito da prisão dos culpados”, afirmou. O jornalista Mané de Oliveira, pai de Valério Luiz, é um dos convidados a participar da co-missão. Tomarão posse ainda no cargo os integrantes: Arman-do Acioly, Eurico Barbosa, Jor-devá Rosa, Jorge Braga, Lucia Vânia, Oloares Ferreira, Renato Dias, Rosenval Ferreira, Ulisses Aesse e Welington Carlos. Além da instalação da comis-são, será realizada palestra sobre A Legislação de Imprensa com o deputado federal e secretário-chefe da Casa Civil do governo de Goiás, Vilmar Rocha (PSD). O de-putado foi relator do projeto que tramita no Congresso Federal há mais de 10 anos, cuja proposta agrada jornalistas e empresas, mas não foi votado. Valterli Gue-des defende a aprovação do pro-jeto de Lei, para preservar a liber-dade de expressão de imprensa e que o jornalista caso se sinta ofendido, tenha o direito de re-correr. Segundo ele, o Brasil é um dos poucos países que não dis-põe de tal regulamentação. IMPRENSA EM GOIÁS O primeiro jornal de Goiás foi editado pela primeira vez em 05 de março de 1930 em Pirenópo-lis, com o nome Matutina Meia-pontense. Quem adquiriu o par-que tipográfico foi o comenda-dor Joaquim Alves de Oliveira. Depois vieram outros jornais ca-racterizados como audaciosos, que promoviam debates e ti-nham finalidade política, como o 5 de Março. A AGI foi fundada no dia 10 de setembro de 1934 na antiga capi-tal do estado, para reunir jornalis-tas e correspondentes de outros Estados, com importância para toda cultura de Goiás, além de grande influência política. Segun-do o presidente atual Valterli Guedes, as associações dos ou-tros Estados também foram cria-das nessa mesma época, uma fa-se nova e de conquistas demo-cráticas, como o voto feminino. O primeiro presidente e fun-dador da AGI foi o jornalista, es-critor e político Albatênio Caiado Godoy, que exerceu o cargo até 1941. Quem o sucedeu foi Joa-quim Câmara, fundador do jor-nal O Popular. Após este, vários outros nomes assinaram a ata, como Zoroastro Artiaga, Jaime Câmara, Batista Custódio e o pro-fessor Venerando de Freitas Bor-ges, primeiro prefeito de Goiânia. Valterli destaca a influência que os jornalistas sempre tiveram em Goiás na época em que o Es-tado ainda era pequeno politica-mente. Ele menciona ainda, Leo-poldo Bulhões, político impor-tante durante muito tempo e Mi-nistro da Fazenda em dois gover-nos, e o jornalista Alfredo Nasser, nomeado Ministro da Justiça em 1961. “A AGI pretende ressaltar os valores e mostrar grandes escrito-res que temos em Goiás.” A entidade tem como objetivo ainda, de acordo com o presiden-te, realizar reuniões frequentes para combater as dificuldades que vêm enfrentando, adquirir uma sede melhor, levar a AGI pa-ra cidades do interior e criar nú-cleos nas cidades com represen-tantes, ampliar quadros de associa-dos e reimplantar a biblioteca. Milena Porto Da editoria de Política & Justiça ANDRE SADDI Valterli Guedes, atual presidente da Associação Goiana de Imprensa (AGI), em entrevista no jornal Diário da Manhã Editor do DM presidiu entidade na década de 1960 Editor do DM presidiu enti-dade na década de 1960. O jor-nalista Walter Menezes, ex-pre-sidente da Associação Goiana de Imprensa (AGI) e hoje um dos militantes mais ativos, re-corda bons tempos nos 78 anos de existência da entidade. Con-forme o jornalista, o editor-geral do Diário da Manhã, Batista Custódio, foi o presidente da AGI em 1966. Um episódio em específico demonstrou a coe-rência da entidade. “Era plena ditadura e a Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB), de Goiás, realizaria uma conferência com a participação de Dom Hélder Câmara, líder da igreja católica indicado quatro vezes ao Prê-mio Nobel da Paz.” Menezes recorda, entretanto, que a OAB recebeu uma repenti-na ligação do governo Federal, do sistema de segurança nacional. “Avisaram: não era para fazer a tal palestra não. E a OAB amofinou, se acovardou. Dom Fernando, en-tão, ligou para a AGI e conversou com Batista Custódio, que abriu as portas da sede para realizar a recepção ao religioso”. Conforme Menezes, o editor do DMmostrou coragem no epi-sódio e levou a comitiva do religi-oso para a sede da AGI, localiza-da na Avenida Goiás, esquina com a Rua 4. “Mas ele foi preso, já conhecia todos aqueles basti-dores. Por isso costumo dizer que a AGI foi sempre uma insti-tuição altiva, que honrou a pro-fissão de jornalista.” CURSO Outra vitória da instituição, ga-rante Menezes, foi a criação do curso de Jornalismo na Universi-dade Federal de Goiás (UFG). “Lembro que ao lado de José Osó-rio Naves, jornalista, levamos ao reitor Colemar Natal e Silva a ideia do curso. Sugerimos e ele atendeu de pronto. Ocorre que veio o golpe militar. E mesmo assim o reitor da ‘revolução’, Jerônimo Geraldo de Queiroz, abraçou a ideia.” Para Menezes, a UFG for-mou, daí por diante, grandes jornalistas. “É um exemplo de qualidade no Brasil. Temos grandes jornalistas nacionais e internacionais que saíram da UFG”, recorda, com orgulho. O ex-presidente da AGI presta homenagem também a Albatênio Caiado de Godoi, que foi jornalista na cidade de Goiás. “Ele foi um dos auxiliares de Pedro Ludovico e se mostrou contra os próprios ‘Caia-dos’. A AGI foi um sonho, uma ins-piração do Albatênio, que tornou-se realidade”. Albatênio também foi um dos primeiros presidentes da OAB em Goiás, na virada das décadas de 1930 para 1940. Ex-presidentes da AGI Fundadores da AGI TRF rejeita denúncia a Valério FOLHAPRESS, DE BRASÍLIA O Tribunal Regional Fede-ral da 1ª Região (Brasília) rejei-tou por unanimidade ontem uma denúncia contra o em-presário Marcos Valério e a mulher dele, a empresária Re-nilda Santiago, pelo crime de la-vagem de dinheiro. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou transferência de vários milhões de reais entre as contas bancárias de Renilda e de uma empresa do casal. -Albatênio Caiado de Godoy (1934- 1941) -Joaquim Câmara Filho (1941- 1943) -Maximiano de Mata Teixeira (1943-1945) -Aparício Xavier da Silva (1945- 1947) -Hélio de Araújo Lobo (1948- 1951) -Geraldo de Araújo Vale (1951- 53; 55-57; 61-63) -Oscar Sabino Júnior (1953-55; 59-61) -Elieser José Pena (1957-58) -Wagner Tavares de Góis (1963-1965) -Walter Menezes (1965-1967) -Batista Custódio dos Santos (1967-1969) -Lourival Batista Pereira (1971- 1973) -Willian da Silva Guimarães (1973- 1975) -Henrique Ferreira Duarte (1975- 1977) -Alírio Afonso de Oliveira (1969-71; 77-79; 79-81) -Lorimá Dionísio Gualberto (1982- 85) -Jales Rodrigues Naves (1985-88; 88- 90) -Antônio Ramos Lessa (1991- 1994) -Waldemar Gomes de Melo (1994-1997) -Walter Menezes (1998-2007) -Valterli Leite Guedes (2010-2013) -Albatênio Caiado de Godoy (Presidente) -Vasco dos Reis Gonçalves (Vice-presidente) -Venerando de Freitas Borges (Secretário) -Agnelo Arlington Fleury (Tesoureiro) -Alfredo Nasser (Orador) -Zoroastro Artiaga (Corresp. de Jornais) -Jaime Câmara (Comissão de estatuto) -Abdala Samahaí (Comissão de estatuto) -Benjamin da Luz Viera (Comissão de estatuto) -Goiáz do Couto (Comissão de estatuto) -Waid Mendes da Costa (Correspondente) -Claro Augusto de Godoy (Redator da Voz do Povo) -Inácio Xavier da Silva (Correspondente de jornais) -Octávio Artiaga (Correspondente de jornais) Joaquim Barbosa condena nove por lavagem de dinheiro FOLHAPRESS, DE BRASÍLIA O relator do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, votou hoje pela condenação de nove réus por lavagem de dinheiro e fez a menção mais direta até agora de um ministro à atuação de José Dirceu (PT-SP) no caso. Em seu voto que apontou um esquema de ocultação de saques do dinheiro usa-do no mensalão, Barbosa disse que o empresário Mar-cos Valério de Souza funcio-nou como “intermediário” de interesses da dona do Banco Rural, Kátia Rabello, junto a Dirceu, então minis-tro da Casa Civil. A acusação contra o ex-ministro será analisada mais adiante. Segundo Barbosa, encontros entre Kátia e Dir-ceu ocorreram “no contexto” das operações de lavagem. “Embora Kátia Rabello e José Dirceu não admitam ter tra-tado do esquema de lavagem de dinheiro, é imprescindível atentar para o contexto em que tais reuniões se deram. Não se trata de um fato isola-do, ou seja, meras reuniões entre dirigentes de um ban-co e o então chefe da Casa Civil, mas num mesmo contex-to em que as operações foram levadas a efeito.” O relator pediu hoje a conde-nação de Valério, de seus sócios Cristiano Paz e Ramon Holler-bach, de seu advogado Rogério Tolentino e de duas funcioná-rias do grupo, Simone Reis e Geiza Dias; e da sócia do Banco Rural Kátia Rabello, do ex-vice-presidente José Roberto Salga-do e de Vinícius Samarane. Ele votou pela absolvição da ex-executiva Ayanna Tenório, já que ela fora absolvida por nove votos a um, na semana passada, da acusa-ção de gestão fraudulenta. Segundo o relator, o esquema de lavagem de dinheiro passou por três etapas. Primeiro houve uma fraude nos registros contá-beis das empresas de Valério. Depois veio a simulação de R$ 29 milhões de empréstimos bancários das empresas de Va-lério junto ao Rural. As dívidas eram roladas indefinidamente, sem pagamento. Por fim o dinheiro era saca-do na boca do caixa de modo a enganar o Banco Central e o Coaf, órgão de inteligência fi-nanceira do governo. Pela legislação, os bancos deveriam comunicar ao BC e ao Coaf todos os saques iguais ou superiores a R$ 100 mil.
  • 5. Diário da Manhã www.dm.com.br GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2012 13 MUNDO EDITOR: MARCELO TAVARES / brasilmundo@dm.com.br / (62) 3267 1179 uLaurence Pope, o novo encarregado de negócios norte-americanos na Líbia, chegou ao país para assumir temporariamente o controle da embaixada em Trípoli, após atque ao consulado americano em Benghazi. u A região autônoma da Catalunha pediu ontem mais 410 milhões de euros em ajuda do governo central da Espanha. Com isso, o total solicitado pela administração regional avançou para 5,433 bilhões de euros. uA Rússia é o único país capaz de parar o programa nuclear do Irã sem o uso da força ou de sanções econômicas esmagadoras, disse o líder do Parlamento de Israel, Reuven Rivlin, durante visita a Moscou. Mudanças climáticas aumentam a camada de gelo na Antártida Área atingiu 19,45 milhões de km². Já no Polo Norte, recentemente foi registrada a maior perda da calota polar AGÊNCIA ESTADO, DE WASHINGTON Acamada de gelo da An-tártida está aumentando e em setembro alcançou o recorde de 19,45 milhões de quilômetros quadrados, afir-mam cientistas. Já o Ártico, no Polo Norte, recentemente regis-trou a maior perda de gelo da história conhecida. Os céticos do aquecimento global aproveitaram o crescimen-to do gelo antártico para dizer que o clima do mundo não está mudando. Mas muitos cientistas dizem que os críticos estão inter-pretando mal os resultados. "Um mundo em aqueci-mento pode ter consequên-cias complexas e às vezes sur-preendentes", disse Ted Mak-sym, que nesta semana está em uma expedição pelos ma-res da Antártida. Ele trabalha para o Instituto Oceanográfico Woods Hole em Massachu-setts. Outros especialistas con-cordam que o panorama car-rega as marcas das mudanças climáticas causadas pelo ho-mem. Ted Scambos, do Cen-tro Nacional de Dados de Ne-ve e Gelo do Colorado, acres-centa: "Não é intuitivo, mas a Antártida também faz parte do aquecimento". O degelo no Ártico pode afetar a população do hemis-fério Norte, causando proble-mas como maiores riscos de fenômenos climáticos extre-mos e mudanças nas corren-tes marítimas. Já as peculiari-dades climáticas da Antártida não têm grande efeito na civi-lização. As informações são da Associated Press. EFE Rússia pede explicações após interceptação de voo Avião sírio foi forçado a pousar pela Força Aérea turca AGÊNCIA ESTADO, DE ISTAMBUL Oincidente envolvendo o avião sírio interceptado pela Força Aérea da Turquia aumentou ainda mais a tensão diplomática na região. Ontem, o presidente Vladimir Putin adiou uma visita que faria à Turquia, mas não deixou claro qual é o motivo da postergação. A data do encontro foi mu-dada para 3 de dezembro, re-latou uma fonte do gabinete do primeiro-ministro turco, mas o porta-voz de Putin disse que a data "é apenas uma das possibilidade em análise para a visita à Turquia". A Rússia é um dos principa-is aliados do governo do presi-dente Bashar Assad, mas essa posição até agora não havia provocado nenhum problema com a Turquia. A aeronave interceptada se-guia para a Síria, procedente de Moscou, e foi forçada a pousar na quarta-feira. A imprensa tur-ca noticiou que o avião trans-portava aparatos de comunica-ção militar, como rádios, ante-nas e "e equipamentos suspei-tos de serem partes de mísseis". A Síria acusou Ancara de "comportamento hostil e re-preensivo" e afirmou que o ca-so é "mais um sinal das políti-cas hostis do governo de Erdo-gan, que abriga rebeldes e bombardeia o território sírio", afirmou o Ministério de Rela-ções Exteriores do país, refe-rindo- se ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. O avião da Syrian Arab Air-lines levava 37 pessoas e con-tinuou a viagem para Damas-co após algumas horas, mas sem a carga. O ministro de In-formações da Síria acusou a Turquia de "pirataria aé-rea". Já o chefe da compa-nhia dona do avião afirmou que autoridades turcas "agrediram a tripulação”. A Rússia exigiu explica-ções sobre o incidente e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ale-xander Lukashevich, disse que o país preocupa-se que "a vida e a segurança dos passageiros, entre eles 17 cidadãos russos, tenham si-do colocadas em perigo". A hostilidade entre Sí-ria e Turquia vem au-mentando nos últimos dias, com trocas de dis-paros de artilharia e mor-teiros na fronteira entre as duas. As informações são da Dow Jones e da Associated Press. Ativista adolescente baleada no Paquistão ainda não está fora de perigo AGÊNCIA ESTADO, DE PAQUISTÃO A ativista adolescente Malala Yousafzai, de 14 anos, baleada pelo Taleban no Paquistão, não está fo-ra de perigo e será transferida para a cidade de Rawalpindi, disseram autoridades ontem. Um dos médi-cos, Mumtaz Khan, afirmou mais cedo que a condição dela ainda é preocupante e que por enquanto está internada em um hospital mi-litar em Peshawar. "Seu estado de saúde não está fora de perigo apesar de melho-ras", afirmou Masood Kausar, go-vernador da província de Khyber Pakhtunkhwa. Preparações estão sendo feitas para enviá-la para o exterior, mas uma fonte entre os militares disse que ela ainda está mal demais para poder viajar. O ataque a Malala foi ampla-mente condenado no exterior e no Malala Yousafzai, 14 anos, foi baleada pelo Taleban, no Paquistão Paquistão por círculos esclareci-dos. A ativista estava em um ôni-bus com outras alunas que volta-vam da escola quando foi atacada na cidade de Mingora, Paquistão, na terça-feira. No ano passado Malala foi nomeada para o Prêmio Internacional da Paz Infantil, por seu respeitado trabalho de promo-ção da escolaridade entre meninas – algo que o Taleban repudia. O grupo fundamentalista prometeu matá-la. As informações são da Dow Jones e Associated Press. Avião interceptado na pista do aeroporto de Ancara, Turquia. Governo da Síria acusa a Turquia de “comportamento hostil e repreensivo” BURHAN OZBILICI DIVULGAÇÃO
  • 6. 14 GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 12 DE OUTUBRO DE 2012 www.dm.com.br Diário da Manhã ECONOMIA EDITORA: GRACCIELLA BARROS / economia.dm@gmail.com / (62) 3267-1051 SÃO PAULO 0,427 2,039 2,634 R$ 115,6 7,25% DOW JONES q-0,04% p+0,34% p+0,33% NASDAQ LONDRES TÓQUIO Pesquisa realizada pelo Pro-con Goiás aponta grande diferença de preços em um mesmo produto Segundo o Serviço de Pro-teção ao Consumidor de Goi-ás (Procon), neste Dia das Cri-anças, os pais que não pesqui-saram podem pagar até 197% a mais no preço de um mes-mo produto nas lojas de Goiâ-nia. Os técnicos do órgão visi-taram, entre os dias 3 e 8 de outubro, dez estabelecimen-tos da cidade, desde lojas es-pecializadas e alguns super-mercados, onde também há variedade de brinquedos. Foram pesquisados 88 tipos diferentes, como videogames, laptops infantis, DVDs, bici-cletas, quebra-cabeças, jogos de tabuleiros, bonecas, carros de controle remoto, e diversos tipos diferentes de brinque-dos, levando em consideração produtos idênticos (mesma marca e modelo). A maior variação, de 197,03%, foi encontrada no jo-go Cara a Cara da Estrela, cujo menor preço foi de R$ 26,90 e o maior R$ 79,90. Em seguida, veio o boneco Power Ranger Samurai Bull Megazord, com variação de 161,39%. O menor preço encontrado para esse produto foi de R$ 89,90 e o maior, R$ 234,99. O Super Banco Imobiliário da Estrela oscilou entre R$ 119,99 e R$ 199,90, variação de 66,60%. O carro de controle remoto “Bat-man com 7 funções” da marca Candide teve menor preço de R$ 119,90 e o maior de R$ 189,99, o que equivale a uma diferença de preço de 58,46%. Foi apurada uma variação de 50,03% do DVD “A Galinha Pintadinha 3”, podendo ser en-contrado ao preço de R$ 19,99 até R$ 29,99. Já o videogame Nintendo Wii White com con-trole com Motion Plua – “Nin-tendo”, variou 22,88%, sendo o menor preço R$ 699,00 e o mai-or chegando a R$ 859,00. VENDAS O gerente da loja Ri Happy do Flamboyant Shopping Cen-ter, Adilson Frasnelli, conta que muitos dos consumidores que foram à loja não fizeram uma pesquisa de preço antes. “Mui-tos trazem seus filhos para es-colher, então não ficam procu-rando muito entre uma loja e outra, a barganha é feita com as próprias crianças”. Segundo o gerente, o maior movimento aconteceu ontem, véspera do Dia das Crianças, mas a expectativa para hoje é maior ainda. “O nosso principal concor-rente não abre no feriado, espera-mos por muito movimento.” O gerente conta ainda que os brinquedos que mais fizeram su-cesso na loja nesse Dia das Crian-ças foram máquinas de costura, beyblades, brinquedos temáticos da novela Carrossel, além do DVD da Galinha Pintadinha e Lego Ninjago, que tiveram o esto-que esgotado. ÚLTIMA HORA De acordo com Adilson, to-dos os anos há uma forte inci-dência de pais que deixam para comprar o presente no último dia. Este é o caso de Cecília Bri-to, fotógrafa, que tem três filhos. Ela conta que ainda não com-prou os presentes de seus filhos, e que está consciente que pode-rá pagar mais caro, já que não fez uma pesquisa de preços. Segundo Cecília, o filho de 14 anos ainda está querendo saber se tem direito a um presente este ano, a filha de 10 quer uma bici-cleta e o filho mais novo, de quatro anos, quer um carrinho. “Os meus filhos já fizeram a lista deles, mas ainda não tive tempo de ir até a lo-ja e não vou conseguir comparar os preços, vou correr no shopping para comprar” afirma. O Procon forneceu também orientações aos pais na hora de comprar o presente para as cri-anças. Os pais que ainda não compraram podem utilizar as dicas abaixo. uO ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os países que formam o Grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão sendo afetados pela desaceleração da economia mundial. uAs ações preferenciais da Telebras dispararam ontem, fechando com alta de 28,59%, após avanço de 52% no pregão de quarta-feira (10). Na máxima do dia, os papéis chegaram a 49,72%. uNa comparação com agosto do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 10,1% em relação a este ano. As vendas do varejo restrito acumulam altas de 9,0% no ano e de 7,8% em 12 meses. BOLSAS p+1,21% BOVESPA 58.456 59.161,72 POUPANÇA DÓLAR EURO OURO SELIC INFLAÇÃO q-0,14% q-0,08% p+0,92% Índice da Bolsa de Valores de São Paulo nos últimos dias (em pontos) Em mais um dia de forte volatilidade no mercado, Ibovespa registrou 2ª sessão seguida de baixa Rendimento previsto para hoje Cotação acompanhou piora do cenário externo em meio a temores sobre economia global Cotação do euro comercial para compra Negociação do ouro na BM&F, ontem Taxa básica de juros brasileira IPCA calculado pelo IBGE Principais bolsas europeias caíram em dia de poucos negócios. Alguns dados econômicos apontavam para início difícil da temporada de resultados corporativos do terceiro trimestre nos Estados Unidos 4/10 5/10 8/10 9/10 11/10 setembro 0,57% agosto 0,41% julho 0,37% junho 0,43% maio 0,08% abril 0,36% p+0,12% 10/outubro.............2,039 9/outubro 2,035 8/outubro 2,027 5/outubro 2,029 4/outubro 2,018 Brincar está mais caro este ano Segundo pesquisa realizada pelo Procon-GO, preço de brinquedos pode variar em até 197% em Goiânia DICAS DO PROCON Antes de sair de casa – é importante que o consumidor já tenha uma no-ção de que presente pretende com-prar e quanto poderá gastar na compra do produto. Isso ajuda a economizar, evitando gastos desne-cessários, fazendo, inclusive, uma pesquisa de preços em pelo menos três estabelecimentos. No entanto, o gosto, idade e limitações da crian-ça devem ser levados em considera-ção. Quanto ao gosto da criança, saiba dialogar, pois nem sempre os produtos “da moda” é que são os preferidos das crianças, são os mais adequados. O que observar no brinquedo – todo brinquedo deve ter um selo de segurança fornecido pelo IQB – Instituto de Qualidade do Brin-quedo, juntamente com o selo do Inmetro, o que indica que o pro-duto foi fabricado e comercializa-do de acordo com as normas téc-nicas, verificando, ainda, a que faixa etária da criança o brinque-do é destinado. Teste do produto sempre que possí-vel – peça ao vendedor para abrir a embalagem, certificando que o pro-duto não está danificado. Solicitan-do, ainda, para fazer um teste com o mesmo, diminuindo assim a possi-bilidade de frustrar a criança com um produto com vício e dor de ca-beça futura, com assistência técnica. Evite compras em camelôs – os pre-ços de brinquedos comercializados em mercados populares de forma informal e vendedores ambulantes, apesar de serem mais baratos, po-dem trazer problemas ao consumi-dor. Não há garantia de estarem de acordo com as normas técnicas de segurança, colocando em risco a sa-úde e a segurança da criança, além, é claro, de não fornecer a nota fis-cal, documento indispensável para instruir uma reclamação nos órgãos de defesa do consumidor. Possibilidade de troca – Caso o produto não apresente nenhum vício (defeito), não há obrigação por parte do lojista de efetuar a Mariele Aguiar, 24, e o marido Fabiano Escobar, 30, levaram a pequena Manuela, 1 ano, para comprar presente nesse feriado Mesmo no carro de bebê, Gabriel Cardoso, 10 meses, brincou com os pais Sidinei Cardoso, Sara Cristina, na loja de brinquedos troca. No entanto, informe-se junto ao vendedor se a criança que for presenteada com um brin-quedo já possuir o mesmo, se po-derá efetuar a troca, mesmo que por produtos diferentes, e em que condições. Caso seja acordada es-sa opção, peça pra que seja feito por escrito e o prazo preestabele-cido para a troca. Produtos importados – Os brin-quedos importados seguem as mesmas regras dos nacionais, portanto, não estão livres da apli-cação do Código de Defesa do Consumidor. O manual deve tra-zer em português e, em lingua-gem clara e precisa, todas as in-formações sobre o produto, tais como as peças, regras de monta-gem, modo de usar, etc. Identifi-que também o nome e CNPJ do fabricante ou importador. Gastos com brinquedos devem superar R$ 6 bi neste ano,diz Ibope FOLHAPRESS O Ibope avalia, na véspera do Dia das Crianças, que o con-sumo com brinquedos em 2012 deve movimentar R$ 6,02 bilhões, um aumento de 14% em relação ao ano passado. De acordo com o instituto, o maior potencial de consu-mo é da classe B, que corres-ponde a 24,45% dos domicíli-os e deve responder por qua-se metade dos gastos com brinquedos (46,50%). A menor parte será das clas-ses D e E, que têm quase a mes-ma quantidade de domicílios da classe B (20,58%) e respon-derão por 5,85% do consumo. Já a classe A, que tem o me-nor número de domicílios, correspondendo a 2,6% do to-tal, terá um consumo cinco vezes superior ao de sua parti-cipação demográfica, respon-dendo por 13% dos gastos. FOTOS: PATRICIA NEVES Nicolas , 3, Nicole, 11, e Isabella, 1, fizeram questão de acompanhar os pais Wanderson Braz eTalyta Nascimento. Hector Daniel e Lilian Mayumi preferiram deixar que seus filhos Victor Francisco, 4, Gabriela Hirata, 5,. escolhessem o presente Orlando Conrado Neto (dir) logo preferiu jogos de estratégia como alternativa Tiago Gonzaga levou Erasmo Barros para ajudar o pequeno Carlos Eduardo, 11, na decisão
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  • 8. Mundo novo 6 TV DIÁRIO DA MANHÃ GOIÂNIA, DOMINGO, 2 DE SETEMBRO DE 2012 Thierry Figueira se prepara para voltar ao ar com personagem cômico, em Balacobaco Luana Borges POPTEVÊ Levar o personagem para a cama é uma expressão que se aplica per-feitamente a Thierry Figueira. Sempre que está interpretando algum papel, o ator se envolve completamen-te e não consegue se desligar. Nem na hora de dormir. Quando conciliou tra-balhos na televisão e no teatro, inclusi-ve, não sabia em que personagem pen-sar. Na época de ‘Bela, A Feia’, fiz a pe-ça ‘A Marca do Zorro’ ao mesmo tempo e foi de matar do coração. Na hora de dormir, pensava: 'Amanhã vou acordar e vou fazer o quê?', recorda, aos risos. Por isso que, nesse momento, toda a sua energia está voltada exclusivamen-te para seu próximo personagem na te-vê, o Patrick de Balacobaco, novela de Gisele Joras que substitui Máscaras a partir de outubro. "Estou abdicando da minha vida porque agora existo em função do Patrick. Entro de cabeça pa-ra dar vida a esse personagem, enten-der da onde veio, o que é, o que pre-tende", ressalta. Na trama, Patrick é um aspirante a ator que, enquanto sonha com a fama, sobrevive como pode. Logo no primei-ro capítulo, se veste de frango para fa-zer propaganda da lanchonete da no-vela. Seu grande amigo é Breno, inter-pretado por Leo Rosa. Os dois são gays e moram juntos, mas a princípio a rela-ção é apenas de amizade. "Ele é minha bicha confidente, sabe assim?", entre-ga, bem-humorado. O personagem faz parte do núcleo cômico do folhetim e por isso Thierry também vai contrace-nar bastante com Bárbara Borges, An-dré Matos, Simone Spoladore e Rodri-go Phavanello, entre outros. "Fico feliz de poder, depois de um trabalho pesa-do que foi o Ziba em ‘Rei Davi’, voltar a fazer comédia", comemora. Como ainda está muito no início, Thierry não sabe ao certo que perfil Pa-trick vai ter: se será um gay espalhafato-so ou mais contido, por exemplo. "É um trabalho de composição mais delicado. Estamos vendo com a direção que ca-minho seguir", explica ele, que já fez lei-turas com os atores do núcleo do qual faz parte. Agora está mais concentrado nas leituras com Leo Rosa para encon-trar o tom da dupla em cena. Além dis-so, conta com o auxílio da preparadora de elenco Rose Gonçalves. Com ela, faz um trabalho voltado para articulação e de como se portar em cena. "Tenho muita energia, gesticulo muito. Tento fazer uma coisa mais contida porque, se tiver de colocar algo, é mais fácil do que fazendo exagerado", conta. O texto de Gisele Joras é outro aliado de Thierry nesse processo de composi-ção. O ator, que já integrou o elenco de outra novela da autora – Bela, A Feia –, encontra facilidade de compreender o papel através das cenas que recebe. "O texto leva para um caminho natural, já diz mais ou menos a personalidade do personagem", garante. "Acho que vai ser um início um pouco mais devagar, mas depois vai engrenar e vamos ter um Patrick bem elaborado", completa ele, que teve de mudar o visual. Além de cortar os cabelos, Thierry tirou a barba e fez a sobrancelha. "A caracteri-zação é importantíssima. Já tive opor-tunidade de fazer um gay em 'Malha-ção', mas foi uma participação. Agora, é um trabalho de um ano", diferencia. Acostumado a fazer personagens com perfil de galã, Thierry encontrou na Record um espaço para mostrar sua versatilidade cênica, coisa que explora bastante no teatro. Em Bela, A Feia, in-terpretou um vilão. Em Rei Davi, se transformou fisicamente – em cena, aparecia caolho e cabeludo – para viver o traiçoeiro Ziba. E agora está prestes a entrar no ar como um gay engraçado. "O Patrick não é um personagem da trama principal, mas me faz ter uma composição mais elaborada como ator", analisa ele, que não hesita ao eleger o papel mais marcante da car-reira. "O Pedro de Cara e Coroa foi o que me abriu todas as portas", afirma. DIÁRIO DA MANHÃ GOIÂNIA, DOMINGO, 2 DE SETEMBRO DE 2012 TV 11 Emanuelle Araújo fala sobre a intensa preparação para viver a Teodora da microsérie Gabriela Luana Borges POPTEVÊ Um personagem pode possibilitar ao seu intérprete passar por novas experiências. E isso é o que mais instiga Emanu-elle Araújo na profissão de atriz. Para viver a Teodora, uma das moças do Bataclã de Gabriela, ela passou por uma intensa pre-paração. Fez aulas de danças da época, como maxixe, charleston e tango. Tudo porque as prostitutas da trama são performáticas e fa-zem apresentações diárias. "Não é só o fato de elas subirem para o quarto com os clientes. Tem toda uma exposição de dança quan-do elas se apresentam. Então, para isso a gente teve essa prepara-ção corporal", justifica. Além disso, Emanuelle contou com o preparador de elenco Sérgio Penna. Por indicação dele, conheceu alguns prostíbulos. Muito mais do que observar o jeito como as garotas de programa lidavam com os clientes, Emanuelle analisou os conflitos internos delas. "Como a Teodora tem esse mundo interior muito inquieto e doído, fiquei conversando com algumas delas para entender o universo de cada uma. Isso foi bem especial para mim", ressalta. Personagem da semana PEDRO PAULO FIGUEIREDO/CZN P – A Teodora não existe no livro Gabriela, Cravo e Canela, no qual é baseada a novela. Mesmo assim, a leitura da obra de Jorge Amado ajuda de alguma forma o seu trabalho? R – Ajuda muito. A Teodora realmente não existe no livro, é uma personagem escrita por Walcyr Carrasco. Só que, mesmo assim, ela pertence a Jorge Amado por todas as características fe-mininas dela, pela forma como se posiciona. É encantador vi-venciar esse universo amadiano que faz tão parte de mim, essa coisa da Bahia. Além disso, fazendo uma prostituta dos anos 20, que tem uma força dentro desse contexto de repressão feminina e dentro do quanto era difícil para essas meninas se posicionarem de alguma forma. Isso dá uma complexidade que é sedutora pa-ra qualquer ator. P – Essa não é a primeira vez que você vive uma prostituta. Em 2008, interpretou a Manu, em A Favorita. Aproveitou alguma coisa daquela época para esta personagem? R – Nada. Porque a Manu era totalmente diferente. Primeiro que a prostituição para ela era uma coisa totalmente casual, na-tural. Ela tinha um coisa muito contemporânea, de ser uma pros-tituta de luxo. Não era uma prostituta que estava confinada em um cabaré. O que acontece com essas meninas do cabaré dos anos 20 é que elas, além de terem a prostituição como profissão, ainda estão absolutamente enclausuradas. Quase não saem às ruas por-que, quando saem, são vistas com maus olhos. Nesse universo não existe apenas a venda do corpo. Há toda uma repressão, uma con-denação àquela profissão, àquele comportamento e àquele tipo de vida. Fora isso, a Teodora não é nem um pouco leve. A Manu ti-nha uma certa leveza até no jeito de tocar a vida. P – Como você lida com a sensualidade das cenas em Gabriela? R – Quando eu entendo que isso é da personagem, vou fun- PRIIMEIIRA MÃO HUMOR CONTAGIANTE do. Acho que a gente tem de investir nas intenções da personagem. Seja tristeza, dor, sensualidade, sexualidade. Eu me entrego mesmo, gosto disso. Isso é o que mais me seduz em atuar: me entregar ao que aquele papel está pedindo, descobrir coisas que nunca vivi na minha vida e de repente ter de procurar fora porque não tenho esse repertório. Ou às vezes até tenho em mim e nunca usei. Para mim, usar a sedução é que nem usar a raiva, a tristeza ou a alegria. P – Você também é cantora e concilia bem com o trabalho de atriz. Acredita que uma carreira contri-bua para a outra? R – Acho que ajuda sim. Eu vejo música em tudo, por exemplo. Estudo meus personagens ouvindo música. E acho que talvez o fato de eu ter essa vivência de atriz, do palco e do teatro ajude na minha presença cênica quan-do eu canto. Mas mesmo ajudando, eu tenho cada lugar no seu lugar. Quando estou gravando a novela, estou to-talmente. Giro um botão e concentro onde eu estou. FOTOS: LUIZA DANTAS/CZN
  • 9. JORGE RODRIGUES JORGE/CZN EM FOCO Despertar da primavera Giovanna Lancellotti busca reconhecimento profissional através da Lindinalva de Gabriela GOIÂNIA, DOMINGO, 16 DE SETEMBRO DE 2012 9 TV 8 TV DIÁRIO DA MANHÃ Ana Paula Hinz POPTEVÊ Um papel dramático com cenas de nudez poderia assustar uma atriz iniciante. No caso de Gio-vanna Lancellotti, o entusiasmo venceu o medo. Ao receber o convite do di-retor Mauro Mendonça Filho para encar-nar a sofrida Lindinalva, de Gabriela, da Globo, ela aceitou na hora. Depois, come-çou a administrar o sentimento de insegu-rança que veio acompanhado à oportuni-dade. "É um trabalho muito intenso e eu ti-ve receio de não conseguir passar a emo-ção necessária. Só relaxei quando comecei a ver uma repercussão positiva", confessa. Na trama, Lindinalva é uma moça in-gênua de Ilhéus, na Bahia da década de 1920, que, após a morte dos pais, perde a virgindade com o noivo, o cafajeste Berto, vivido por Rodrigo Andrade. Quando o ra-paz decide abandoná-la, Lindinalva é re-jeitada pela população local e, sem ter co-mo se sustentar, acaba se tornando uma das "quengas" do cabaré Bataclã. Para pi-orar a situação, ela se apaixona pelo irmão do ex-noivo, Juvenal, encarnado por Mar-co Pigossi. Ao descobrir que os dois pre-tendem fugir juntos, Berto arma uma em-boscada e Lindinalva é espancada até quase a morte. Achando que Juvenal con-cordou com seu assassinato, agora ela o ignora. "É um papel que tem muitas ce-nas fortes, mas a mais difícil de fazer foi a do primeiro programa dela. É uma situa-ção triste, com muita emoção", conta. Para entender a realidade e o grau de complexidade exigido pela personagem, Giovanna assistiu a filmes de época – co-mo L´Apollonide, de Bertrand Bonello – e teve aulas de história, expressão corporal e prosódia com o resto do elenco. Ainda ho-je, ela frequenta aulas semanais com o preparador Sérgio Penna. "O mais difícil é manter a essência da Lindinalva. Ela passa por muitas fases e fica mais forte com o tempo. Mas continua sendo a mesma". Ao contrário da maioria dos persona-gens do "remake", que são inspirados no livro Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado, Lindinalva é originalmente de outra obra do autor baiano, Jubiabá. A personagem tem uma trajetória pareci-da com a do "remake", mas engravida logo que os pais morrem e acaba vi-rando prostituta para sustentar o fi-lho. "Li os dois livros. A história dela é uma mistura e traz também ele-mentos novos", avalia. O papel no folhetim de Walcyr Carrasco é apenas o segundo de Giovanna na te-vê. Antes, ela interpretou a doce Cecília de Insensato Coração, de 2011. O rápi-do crescimento da car-reira é uma surpresa para a própria atriz de 19 anos, que começou a estudar interpretação profissionalmente aos 15 e estreou na Globo dois anos depois. "Tudo foi muito rápido. E eu tive mui-ta sorte de fazer essas duas personagens. Sou apaixona-da por elas", brinca. Assim como Lindinalva, Ce-cília também foi agredida e teve inúmeros conflitos amorosos. Por causa do perfil romântico e sofre-dor de ambos os papéis, Giovanna teve medo de que o segundo lembras-se o primeiro. "A Lindinalva foi uma prova de fogo. Foi a minha chance de mostrar que eu realmente sei atuar. E que não sou uma atriz de um personagem só", valoriza. Para seu alívio, a repercussão em Gabriela seguiu um caminho totalmente diferente. Por causa das cenas de nudez e sexo, a atriz começou a ouvir comentários mais ousados na rua e pela internet e até recebeu alguns convites para posar para uma revista masculina – o que não preten-de fazer por enquanto. "A Cecília e a pri-meira fase da Lindinalva têm em comum um ar inocente, bem de menina. A segun-da fase em Gabriela fez o público enxergar mais o meu lado mulher", analisa.