Este documento discute a importância da avaliação estética da pele e classificação dos tipos de pele para o sucesso de procedimentos dermatológicos. Ele descreve os tipos básicos de pele - normal, oleosa, mista, seca e sensível - e fatores como hidratação e elasticidade que devem ser considerados para um tratamento adequado. A correta avaliação da pele do paciente é essencial para melhorar seu aspecto e manter sua capacidade de proteção.
2. AVALIAÇÃO
ESTÉTICA
Nos últimos anos tem crescido a procura por procedimentos
estéticos, isso porque a manutenção da pele com aparência jovem
é fortemente desejada por uma grande parcela da população
mundial (Jenkins et al., 2014).
Na prática da Dermatologia Cosmiátrica, que busca o cuidado e
melhora das características estéticas da pele sadia, o profissional
lida com inúmeras solicitações e queixas e um dos fatores
associados com o sucesso do procedimento desenvolvido é a
correta avaliação do tipo de pele do paciente e de suas
características (Kede e Sabatovich, 2004).
3. TIPOS
DE PELE
PELE NORMAL
Não apresenta produção excessiva de sebo ou falta de água. Seus
poros são visíveis a olho nu, é suave e firme.
PELE OLEOSA
Possui excesso de sebo devido à alta ativação das glândulas
sebáceas, o que lhe confere aspecto brilhoso. Quando o excesso
de gordura se associa a um processo inflamatório, origina a acne
vulgaris, normalmente acompanhada de comedões e quistos
sebáceos.
PELE MISTA
A zona T possui excesso de sebo, enquanto as outras regiões são
normais ou apresentam tendência a secura, o que torna necessário
o uso de produtos para ambos os tipos de pele.
PELE SECA
Ocorre pela insuficiência de matérias gordas na pele, resultando
em secura e erupções cutâneas, ou pela falta de água,
caracterizada pelo aspecto de pergaminho. A pele seca também
apresenta o típico ressecamento.
PELE SENSÍVEL
Caracterizada pelo estado reativa, possui tendência à vermelhidão,
prurido, menor grau de hidratação e espessura de pele fina.
Além da classificação da pele, é importante considerar o seu
estado em determinado momento, garantindo um tratamento ideal
para melhorar seu aspecto e manter sua capacidade de proteção.
4. HIDRATAÇÃO
A determinação da hidratação cutânea também é fundamental,
uma vez que alterações na função barreira da pele causa distúrbios
que resultam em descamação, fissuras e fragilidade da pele
(Duarte, 2013).
A pele exposta à baixa umidade (<32%) é mais suscetível ao
estresse mecânico e fraturas, possui baixa hidratação,
apresentando-se clinicamente ressecada, e ainda há perda de
água transepidermal (TEWL). Outro resultado interessante é a
redução da elasticidade cutânea (Engebretsen et al., 2016).
Algumas doenças, como psoríase e dermatite atópica, também
estão relacionadas com a desidratação, pois alteram a camada
córnea, impossibilitando a retenção de água (Duarte, 2013).
5. Outra característica da pele é sua propriedade de elasticidade e
plasticidade, que ocorre pela presença de queratinócitos na
epiderme, além de fibras elásticas e colagénicas na derme.
Os principais fatores envolvidos nas alterações decorrentes do
envelhecimento incluem redução da taxa de renovação dos
fibroblastos com consequente decréscimo da quantidade de
colágeno produzido por estas células (Duarte, 2013).
ELASTICIDADE
CUTÂNEA
Como resultado, é observado um desequilíbrio estrutural, que leva
a um desarranjo e fragmentação das fibras de colágeno na derme,
que acaba sendo externalizado através do surgimento de rugas e
flacidez (Schwartz e Park, 2012).
Esses fatores levam a alterações na estrutura e função da matriz
extracelular dérmica, como o declínio do conteúdo de colágeno
(Thornton, 2013).
6. Esse artigo é exclusivo para profissionais da saúde!
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