A revolução industrial acelerou o crescimento das cidades por dois motivos: a necessidade de mão-de-obra nas indústrias e a redução dos trabalhadores no campo. Isso levou a uma urbanização descontrolada e ao crescimento desordenado das cidades, que não conseguiam acompanhar o aumento populacional de forma planejada.
2. A partir da revolução industrial, o processo de
crescimento das cidades se acelerou pelas duas
razões saber: a necessidade de mão-de-obra nas
indústrias e a redução do número de trabalhadores
no campo. A industrialização promoveu de modo
simultâneo os dois eventos, um de atração pela
cidade, outro de expulsão do campo.
3. Antes da revolução industrial não havia nenhum país
onde a população urbana predominasse. No começo
deste século, apenas a Grã-Bretanha possuía a maior
parte de sua população vivendo em cidades. Pode-se
afirmar que o Século XX é o século da urbanização,
pois nele se acentuou o predomínio da cidade sobre o
campo. Salvo regiões muito atrasadas, que permanecem
com características nitidamente rurais, o processo de
urbanização prossegue em marcha acelerada.
4. A idéia da fixação do homem no campo como forma de
evitar o crescimento das cidades carece de realismo. As
pessoas vão para o meio urbano em busca de
oportunidades para melhorar a vida, de emprego, de
escola, coisas que nem sempre são encontradas em
pequenos povoados do interior. A cidade pode ser
associada a uma unidade produtiva complexa,
produzindo ampla variedade de bens e serviços, estando
permanentemente em busca de economias de escala, e
sempre exercendo forte atração sobre os seres humanos.
5. O processo de urbanização raramente é induzido por
alguma política governamental de forma ordenada. Ele
se processa de modo descontrolado, forçando as
cidades a abrigarem um número de pessoas superior à
sua capacidade, à violência, à poluição e às periferias
desassistidas que existem mesmo nas cidades mais
ricas do mundo.
6. A cidade industrial é voraz em termos de espaço.
Em geral, expande-se engolindo as pequenas
cidades ou povoados vizinhos, criando imensas
áreas conturbadas e formando as mega-cidades,
que, mesmo nas sociedades pós-industriais, são
associadas ao descontrole, à impossibilidade de
planejamento, e administração.
7. A população rural diminui, porque a Agricultura perde,
gradualmente, a posição de principal sector da
economia. Desde o arranque da Revolução Industrial a
indústria passou a ser o sector mais importante da
economia, ou seja, aquele sector que dá mais
rendimentos e ocupa a maior parte dos trabalhadores.
8. Como resultado desta realidade, os camponeses
abandonam os campos e dirigem-se aos centros urbanos
e fabris, às minas, aos centros de produção de petróleo
ou de electricidade. Além de atrair as populações
contribuindo para a urbanização, a indústria também
tem a capacidade de financiar o processo de
urbanização
9. A SITUAÇÃO DESCRITA VERIFICA-SE, SOBRETUDO, NA EUROPA OCIDENTAL, POIS NA
EUROPA DO LESTE E DO SUL, AAGRICULTURA CONTINUAA SER UMAACTIVIDADE
DOMINANTE
Alteração da fisionomia urbana tradicional – a
organização tradicional das cidades modificou-se,
pois começaram a chegar cada vez mais pessoas às
cidades o que fez com que a necessidade de
construções nos centros das cidades, como na
periferia, aumentasse
10. Incremento da oferta de Serviços – com o crescente
aumento da população urbana tornava-se também
necessário melhorar os serviços como abastecimento de
alimentos, água, iluminação, esgotos, construção de
habitações, serviços administrativos, entre outros;
11. Aumento da Segregação Social – à medida que iam
chegando mais pessoas às cidades, aumentava ao mesmo
tempo o número de pessoas que iam ficando sem os
meios básicos de vida, pois nem todas elas conseguiam
emprego; além de que os salários eram baixos. Assim, os
operários com salários mais baixos, incluindo os
desempregados começaram a viver miseravelmente em
bairros operários e nos subúrbios. Por outro lado,
existiam os bairros ricos da burguesia capitalista.
Assim, era possível, na mesma cidade encontrarmos
zonas de extrema pobreza e, outras de grande fartura.