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PÇA. OTÁVIO ROCHA
01 26 07 36 37
macrozona ueu subunidade
área de interesse cultural isento de recuo de ajardinamento
1924-28
1928-37
1939
séc. XIX
1820
1829
1844
1869
~1878
1882~89
1911~28
densidade
bruta
19
índice de
aproveitamento
19
regime
volumétrico
15
grupamento
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15.5
IA: 2,4
SC: sim
TPC: sim
IA máx: 3,0
altura 33,0m
divisa 12,5m
base 9,0m
taxa de ocup. 75%
restrição de
implantação
serviços de interferên-
cia ambiental nível 3
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8,0%
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POTENCIALIDADES
14/11/2006 · Primeira Oficina: resposta dos participantes quanto aos principais conflitos e potencialidades da região
O Projeto “Viva o Centro” teve início numa série de debates e interven-
ções em busca de melhorias da área central da cidade.
Em 2006, foi lançado o projeto e iniciado atividades de apresentação e
oficinas com o público, até em então foram realizadas oito atividades. Neste
mesmo ano, a equipe organizadora promoveu a primeiro oficina junto aos
moradores e trabalhadores do Centro, que questionou as potencialidades e
U1
fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre
(http://www2.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro)
conflitos do bairro. Um compilado de perguntas foram feitas ao partici-
pantes que gerou os gráficos aqui apresentados.
Em 2008, no 2º Encontro de Planejamento Estratégico, foram apresen-
tadas projetos de variadas origens, sobre intervenções urbanas, além da
apresentação de intervenções e obras que estavam sendo realizadas e
futuros projetos compreendidos pelo programa.
largo vivo
conflitos de mobil
idade
ANÁLISE SEGUNDO AUTORES
mapa figura/fundo elementos da cidade alternativas de trajetovariedade de usos
LE CORBUSIER KEVIN LYNCH NIKOS SALINGAROS JANE JACOBS
Na “Carta de Atenas” (1931),
manifesto mo-dernista acerca do de-
senvolvimentos das cidades, Le Cor-
busier preconiza a importância do
planejamento urbano na cidade
moderna e defende a análise da
cidade de acordo com cada função
(lazer, trabalho, habitação e circula-
ção). Além disso, a Carta também
aborda aspectos como a conservação
do patrimônio histórico expressivo e
é bastante revolucionária ao de-
fender que o solo urbano deveria ser
de propriedade municipal, ou seja, de
propriedade pública.
· Habitação: de acordo com a
Carta de Atenas, as moradias deve-
riam estar afastadas entre si (para per-
mitir ventilação e insolação a todas
unidades), longe das vias de circula-
ção e com amplos pátios. As edifica-
ções de uso residencial da área estu-
dada apresentam características ab-
solutamente opostas às ideias de Le
Corbusier, como pode-se verificar no
diagrama de usos acima.
·Trabalho: na cidade modernista,
as atividades industriais e agrícolas se
encontram setorizadas e longe das
residências. O comércio e os serviços,
porém estão atrelados à edificação e
o mais perto da residência possível,
para diminuir os deslocamentos.
Existe bastante diversidade quanto
aos moradores, mas supomos que,
em geral, a maioria dos trabalhadores
do centro habitem em regiões peri-
féricas.
· Lazer: o centro de Porto Alegre
conta com pouquíssimas áreas de
lazer e prática de esportes, sendo as
mais próximas o Parque Farroupilha e
o Parque Marinha do Brasil. Segundo
a Carta de Atenas, cada zona residen-
cial deveria ter uma massa verda que
fosse sua extensão.
· Circulação: na cidade moderni-
sta, as vias seriam divididas entre ruas
de tráfego lento (para pedestres) e
tráfego rápido (para veículos). No
Centro, as ruas são usadas majoritari-
amente por pedestres, que se apro-
priam do espaço dos veículos,
embora o trânsito de veículos seja
permitido no local.
bibliografia: “A Carta de Atenas” Le Corbusier (1931) Le Corbusier · “Espaço Urbano e seu Campo de Informação” (1999) Nikos Salingaros ·
“A imagem da Cidade” (1960) Kevin Lynch · “Morte e Vida de Grandes Cidades” (1961) Jane Jacobs
Em “The Image of The City”
(1960), Kevin Lynch traz alguns con-
ceitos que servem para a classificar
fenômenos e características percep-
tíveis visualmente nas cidades.
Os bairros são seções relativa-
mente grandes e homogêneas da
cidade, distintas por alguma caracter-
ística que as identifica. O conceito de
bairro entra se insere no conceito de
patterns, também desenvolvido por
Kevin Lynch.
As vias são, naturalmente, calça-
das, ferrovias, ou outros caminhos. Já
os limites são os contornos percep-
tíveis, que podem ser vistos como
barreiras. Normalmente, temos como
limites muros, construções e até a
topografia do local. Porto Alegre tem
uma barreira geográfica muito clara,
o Guaíba, e que tem grande reflexo
na área central. Também, o Muro da
Mauá acaba por ter um impacto
muito grande na ocupação da orla,
visto que é, além de uma barreira
física, uma barreira visual. Num con-
texto mais próximo à região de
estudo, lemos a Rua Dr. Flores como
barreira para os veículos que vem
perpendicularmente à ela e, ao
mesmo tempo, como limite à área
peatonal da Av. Otávio Rocha.
Os pontos nodais são os pontos
de convergência de pessoas, como
cruzamentos ou praças. A esquina da
Av. Otávio Rocha com a Av. Alberto
Bins e a Rua Dr. Flores é um ponto
nodal muito forte de encontro entre
pedestres e veículos automotores.
Um outro nó semelhante também é a
esquina da Av. Otávio Rocha com a
Rua Mal. Floriano Peixoto.
Lynch classifica os marcos como
“objetos” peculiares que podem
servir como pontos de referência. No
centro, temos uma infinidade de
marcos. Na área de estudo, temos a o
Chalé da Praça XV, o Mercado Público,
a Estação Parobé, a própria Praça
Otávio Rocha, o Largo Glênio Peres e,
também, a Galeria Chaves, muito
conhecida por quem trabalha ou fre-
quenta o Centro Histórico.
Em seu artigo “Espaço Urbano e
seu Campo de Informação” (1999), o
matemático e teórico Nikos Salinga-
ros parte da premissa de que o uso
do espaço urbano está ligado ao
campo informacional gerado pelas
superfícies circundantes - e pelo
quão facilmente a informação pode
ser percebida pelos pedestres-, para
propor uma nova teoria do espaço
urbano a partir da apresentação de
três axiomas para os processos que
geram espaços urbanos bem-
sucedidos: 1. O espaço urbano é li-
mitado por superfícies que apresen-
tam informação não-ambígua; 2. O
campo de informação espacial deter-
mina a teia conectiva de trajetórias e
nós; 3. O núcleo do espaço urbano é
o espaço do pedestre protegido de
tráfego não-peatonal.
Uma vez que os prédios do
Centro Histórico encontram-se ma-
joritariamente sobre o alinhamento,
a transmissão de informações de-
pende principalmente das suas
fachadas e do quão legíveis (não-
ambíguas) elas são. Como as pessoas
se conectam ao espaço através de
elementos de pequena estrutura
antes de conectarem-se ao todo e
sentirem-se seguras em relação à
grande escala, deve-se dar grande
valor aos edifícios antigos remanes-
centes, pois são eles em geral que
apresentam mais informação visual e
táctil. É importante, no entanto, dife-
renciar complexidade organizada e
desorganizada, pois o campo de
informação do local pode ser consid-
erado baixo em locais de grande
densidade informacional, assim
como também o seria se houvesse
trechos com pouca informação.
Quanto aos caminhos e nós, o
autor afirma que sua configuração é
estabelecida conforme o campo de
informação, necessitando de um
espaço urbano que os envolva e pro-
teja. No local em análise, o espaço é
de certo modo enclausurado pelos
edifícios circundante, apresentando
limites são menos precisos em locais
mais amplos e limites confusos em
locais de grande carga informacional.
Em sua obra “Morte e Vida de
Grandes Cidades” (1961), Jane cita 4
requisitos básicos para a manutenção
da vitalidade urbana. São eles:
1 · Usos principais combinados:
A área em estudo conta com diversos
usos principais: comércio formal e
informal, escritórios, restaurantes,
hotéis, centros de ensino, bancos,
moradia. A diversidade de atividades,
no entanto, concentra-se no horário
comercial, de modo que há um
grande descompasso entre o fluxo
diurno e noturno de pessoas. Além
disso, usos culturais têm sido gradati-
vamente abolidos da área, contri-
buindo para sua decadência; um con-
traponto para tal questão é o evento
Largo Vivo, no Largo Glênio Peres,
que se configura como uma das ativi-
dades culturais que vem sendo pro-
movidas em espaços públicos aber-
tos de Porto Alegre.
2 · Quadras Curtas: “A maioria
das quadras deve ser curta; ou seja, as
ruas e as oportunidades de virar es-
quinas devem ser frequentes.” As
quadras que configuram a área e suas
adjacências são curtas, permitindo
que se forme uma grande quanti-
dade de percursos possíveis. Esse
fator é de grande importância para o
fortalecimento do comércio local,
pois estimula o fluxo e a diversidade
de pessoas que ali circulam em
horários distintos. A Rua Senhor dos
Passos, porém, é mais longa e, coin-
cidência ou não, apresenta menor
fluxo de pessoas.
3 · Presença de Prédios Antigos:
“O distrito deve ter uma combina-
ção de edifícios com idades e estados
de conservação variados, e incluir
boa porcentagem de prédios antigos,
de modo a gerar rendimento
econômico variado.” No Centro há
edifícios das mais diversas idades,
sendo que alguns antigos preservam
sua função original, enquanto outros
vêm sofrendo readequações ao
longo dos anos. É notável que a den-
sidade populacional do bairro é a
maior de Porto Alegre e que, embora
venham sendo formadas novas cen-
tralidades na cidade, o Centro conti-
nua compacto e vivo no que diz res-
peito ao comércio e à prestação de
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4 · Alta densidade: Há alta con-
centração de pessoas que circulam
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PROJETO URBANISTICO I - UFRGS

  • 1. U1 andradas sr.dospassos dr.flores vig.j.inácio mal.floriano otávio rocha alberto bins voluntários da pátria mercado santa casa ufrgspç. matriz pç. alfân dega largo glênio peres PORTO ALEGRE CENTRO HISTÓRICO HISTÓRICO CONTEXTO DA ÁREA DE ESTUDO PDDUA PRAÇA XV · Chamada Praça do Paraíso,abrigava comércio ambulante · Mercado do peixe · Usada como depósito de lixo da cidade · Primeiro Mercado Público · Chamada Praça Conde D’Eu · demolição e transferência do Mercado · Enquanto não tinha chalé · ocupação circense · Muda seu nome para Praça XV · São realizados calçamento e plantio de árvores · É inaugurado o primeiro chalé · Substituição pelo atual chalé · Alargamento de vias · Alterações para as atuais lanchonetes · Criação das avenidas Alberto Bins e Otávio Rocha · Construção da Praça Otávio Rocha · Inclusão do monumento em homenagem a Otávio Rocha PÇA. OTÁVIO ROCHA 01 26 07 36 37 macrozona ueu subunidade área de interesse cultural isento de recuo de ajardinamento 1924-28 1928-37 1939 séc. XIX 1820 1829 1844 1869 ~1878 1882~89 1911~28 densidade bruta 19 índice de aproveitamento 19 regime volumétrico 15 grupamento de atividades 15.5 IA: 2,4 SC: sim TPC: sim IA máx: 3,0 altura 33,0m divisa 12,5m base 9,0m taxa de ocup. 75% restrição de implantação serviços de interferên- cia ambiental nível 3 bancos e postos de abastecimento área de ocupação intensiva 525 hab/ha 150 econ/ha área = 228ha população estimada: 119.700 hab.
  • 2. terminal parada rota ÔNIBUS fonte: PoaTransporte LOTAÇÃO terminal rota fonte: PoaTransporte praça da alfândega largo glênio peres ESTAÇÕES BIKEPOA E CICLOFAIXA fonte: BikePoa e PoaTransporte praça alfândega largo glênio peres TRENSURB / CATAMARÃ / TÁXI Testação mercado estação rodoviária T fonte: PoaTransporte REDE DE TRANSPORTES U1
  • 3. U1 ESTÍMULOS SENSORIAIS estímulo negativo estímulo positivo duas rampas uma rampa faixa de pedestres RAMPAS E FAIXAS DE PEDESTRE 2 2 2 2 2 2 2 1 11 2 1 permanência passagem FLUXOS PEATONAIS PONTOS DE INTERESSE CULTURAL viaduto otávio rocha theatro são pedro catedral metropolitana palácio piratini ccmq margs memorial do rs santander cultural cais do porto mercado chalé USUÁRIOS
  • 4. USOS E OCUPAÇÃO URBANO U1 comércio serviço comércio + residência comércio + serviço igreja hotelaria mapa figura/fundo usos efêmeros circulação inten- sa de pedestres trânsito intenso de pedestres permanência: passageiros de lotação áreas de encontro e permanência· vende- dores ambulantes áreas de encontro e permanência: café, parquinho, morado- res de rua pavimentação e estacionamento finais de semana vias pavimentadas vias asfaltadas arborização campos de visão
  • 5. CROQUIS DO LOCAL PROJETO VIVA O CENTRO 3,1% 3,6% 3,6% 4,1% 12,9% 13,4% 14,4% 14,4% 16,5% mobilidade: sinalização e informação mobilidade: transporte mobilidade: carga/descarga e estacionamento poluição ambiental mobilidade: pedestres atividades econômicas, culturais, lazer e turismo gestão pública questões sociais: segregação, segurança e educação condições das edificações CONFLITOS 2,3% 5,1% 6,8% 7,4% 8,0% 8,0% 9,7% 10,8% 13,6% 28,4% circulação e estacionamento público facilidade de deslocamento gestão e participação diversidade social identidade cultural patrimônio ambiental imóveis restaurados facilidade de acesso diversidade econônica patrimônio histórico POTENCIALIDADES 14/11/2006 · Primeira Oficina: resposta dos participantes quanto aos principais conflitos e potencialidades da região O Projeto “Viva o Centro” teve início numa série de debates e interven- ções em busca de melhorias da área central da cidade. Em 2006, foi lançado o projeto e iniciado atividades de apresentação e oficinas com o público, até em então foram realizadas oito atividades. Neste mesmo ano, a equipe organizadora promoveu a primeiro oficina junto aos moradores e trabalhadores do Centro, que questionou as potencialidades e U1 fonte: Prefeitura Municipal de Porto Alegre (http://www2.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro) conflitos do bairro. Um compilado de perguntas foram feitas ao partici- pantes que gerou os gráficos aqui apresentados. Em 2008, no 2º Encontro de Planejamento Estratégico, foram apresen- tadas projetos de variadas origens, sobre intervenções urbanas, além da apresentação de intervenções e obras que estavam sendo realizadas e futuros projetos compreendidos pelo programa. largo vivo conflitos de mobil idade
  • 6. ANÁLISE SEGUNDO AUTORES mapa figura/fundo elementos da cidade alternativas de trajetovariedade de usos LE CORBUSIER KEVIN LYNCH NIKOS SALINGAROS JANE JACOBS Na “Carta de Atenas” (1931), manifesto mo-dernista acerca do de- senvolvimentos das cidades, Le Cor- busier preconiza a importância do planejamento urbano na cidade moderna e defende a análise da cidade de acordo com cada função (lazer, trabalho, habitação e circula- ção). Além disso, a Carta também aborda aspectos como a conservação do patrimônio histórico expressivo e é bastante revolucionária ao de- fender que o solo urbano deveria ser de propriedade municipal, ou seja, de propriedade pública. · Habitação: de acordo com a Carta de Atenas, as moradias deve- riam estar afastadas entre si (para per- mitir ventilação e insolação a todas unidades), longe das vias de circula- ção e com amplos pátios. As edifica- ções de uso residencial da área estu- dada apresentam características ab- solutamente opostas às ideias de Le Corbusier, como pode-se verificar no diagrama de usos acima. ·Trabalho: na cidade modernista, as atividades industriais e agrícolas se encontram setorizadas e longe das residências. O comércio e os serviços, porém estão atrelados à edificação e o mais perto da residência possível, para diminuir os deslocamentos. Existe bastante diversidade quanto aos moradores, mas supomos que, em geral, a maioria dos trabalhadores do centro habitem em regiões peri- féricas. · Lazer: o centro de Porto Alegre conta com pouquíssimas áreas de lazer e prática de esportes, sendo as mais próximas o Parque Farroupilha e o Parque Marinha do Brasil. Segundo a Carta de Atenas, cada zona residen- cial deveria ter uma massa verda que fosse sua extensão. · Circulação: na cidade moderni- sta, as vias seriam divididas entre ruas de tráfego lento (para pedestres) e tráfego rápido (para veículos). No Centro, as ruas são usadas majoritari- amente por pedestres, que se apro- priam do espaço dos veículos, embora o trânsito de veículos seja permitido no local. bibliografia: “A Carta de Atenas” Le Corbusier (1931) Le Corbusier · “Espaço Urbano e seu Campo de Informação” (1999) Nikos Salingaros · “A imagem da Cidade” (1960) Kevin Lynch · “Morte e Vida de Grandes Cidades” (1961) Jane Jacobs Em “The Image of The City” (1960), Kevin Lynch traz alguns con- ceitos que servem para a classificar fenômenos e características percep- tíveis visualmente nas cidades. Os bairros são seções relativa- mente grandes e homogêneas da cidade, distintas por alguma caracter- ística que as identifica. O conceito de bairro entra se insere no conceito de patterns, também desenvolvido por Kevin Lynch. As vias são, naturalmente, calça- das, ferrovias, ou outros caminhos. Já os limites são os contornos percep- tíveis, que podem ser vistos como barreiras. Normalmente, temos como limites muros, construções e até a topografia do local. Porto Alegre tem uma barreira geográfica muito clara, o Guaíba, e que tem grande reflexo na área central. Também, o Muro da Mauá acaba por ter um impacto muito grande na ocupação da orla, visto que é, além de uma barreira física, uma barreira visual. Num con- texto mais próximo à região de estudo, lemos a Rua Dr. Flores como barreira para os veículos que vem perpendicularmente à ela e, ao mesmo tempo, como limite à área peatonal da Av. Otávio Rocha. Os pontos nodais são os pontos de convergência de pessoas, como cruzamentos ou praças. A esquina da Av. Otávio Rocha com a Av. Alberto Bins e a Rua Dr. Flores é um ponto nodal muito forte de encontro entre pedestres e veículos automotores. Um outro nó semelhante também é a esquina da Av. Otávio Rocha com a Rua Mal. Floriano Peixoto. Lynch classifica os marcos como “objetos” peculiares que podem servir como pontos de referência. No centro, temos uma infinidade de marcos. Na área de estudo, temos a o Chalé da Praça XV, o Mercado Público, a Estação Parobé, a própria Praça Otávio Rocha, o Largo Glênio Peres e, também, a Galeria Chaves, muito conhecida por quem trabalha ou fre- quenta o Centro Histórico. Em seu artigo “Espaço Urbano e seu Campo de Informação” (1999), o matemático e teórico Nikos Salinga- ros parte da premissa de que o uso do espaço urbano está ligado ao campo informacional gerado pelas superfícies circundantes - e pelo quão facilmente a informação pode ser percebida pelos pedestres-, para propor uma nova teoria do espaço urbano a partir da apresentação de três axiomas para os processos que geram espaços urbanos bem- sucedidos: 1. O espaço urbano é li- mitado por superfícies que apresen- tam informação não-ambígua; 2. O campo de informação espacial deter- mina a teia conectiva de trajetórias e nós; 3. O núcleo do espaço urbano é o espaço do pedestre protegido de tráfego não-peatonal. Uma vez que os prédios do Centro Histórico encontram-se ma- joritariamente sobre o alinhamento, a transmissão de informações de- pende principalmente das suas fachadas e do quão legíveis (não- ambíguas) elas são. Como as pessoas se conectam ao espaço através de elementos de pequena estrutura antes de conectarem-se ao todo e sentirem-se seguras em relação à grande escala, deve-se dar grande valor aos edifícios antigos remanes- centes, pois são eles em geral que apresentam mais informação visual e táctil. É importante, no entanto, dife- renciar complexidade organizada e desorganizada, pois o campo de informação do local pode ser consid- erado baixo em locais de grande densidade informacional, assim como também o seria se houvesse trechos com pouca informação. Quanto aos caminhos e nós, o autor afirma que sua configuração é estabelecida conforme o campo de informação, necessitando de um espaço urbano que os envolva e pro- teja. No local em análise, o espaço é de certo modo enclausurado pelos edifícios circundante, apresentando limites são menos precisos em locais mais amplos e limites confusos em locais de grande carga informacional. Em sua obra “Morte e Vida de Grandes Cidades” (1961), Jane cita 4 requisitos básicos para a manutenção da vitalidade urbana. São eles: 1 · Usos principais combinados: A área em estudo conta com diversos usos principais: comércio formal e informal, escritórios, restaurantes, hotéis, centros de ensino, bancos, moradia. A diversidade de atividades, no entanto, concentra-se no horário comercial, de modo que há um grande descompasso entre o fluxo diurno e noturno de pessoas. Além disso, usos culturais têm sido gradati- vamente abolidos da área, contri- buindo para sua decadência; um con- traponto para tal questão é o evento Largo Vivo, no Largo Glênio Peres, que se configura como uma das ativi- dades culturais que vem sendo pro- movidas em espaços públicos aber- tos de Porto Alegre. 2 · Quadras Curtas: “A maioria das quadras deve ser curta; ou seja, as ruas e as oportunidades de virar es- quinas devem ser frequentes.” As quadras que configuram a área e suas adjacências são curtas, permitindo que se forme uma grande quanti- dade de percursos possíveis. Esse fator é de grande importância para o fortalecimento do comércio local, pois estimula o fluxo e a diversidade de pessoas que ali circulam em horários distintos. A Rua Senhor dos Passos, porém, é mais longa e, coin- cidência ou não, apresenta menor fluxo de pessoas. 3 · Presença de Prédios Antigos: “O distrito deve ter uma combina- ção de edifícios com idades e estados de conservação variados, e incluir boa porcentagem de prédios antigos, de modo a gerar rendimento econômico variado.” No Centro há edifícios das mais diversas idades, sendo que alguns antigos preservam sua função original, enquanto outros vêm sofrendo readequações ao longo dos anos. É notável que a den- sidade populacional do bairro é a maior de Porto Alegre e que, embora venham sendo formadas novas cen- tralidades na cidade, o Centro conti- nua compacto e vivo no que diz res- peito ao comércio e à prestação de serviços. 4 · Alta densidade: Há alta con- centração de pessoas que circulam todos os dias na área em horário co- mercial. U1 path edge land mark node A B