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Resistência na África
Austral
A partir de finais do Século XIX,
quando os europeus começaram a
pôr em prática a ocupação efectiva
de África, os africanos começaram
a resistir. Ao longo do período que
vai de 1885 a 1914, durante o qual
aconteceu a conquista de África,
um pouco por toda á África,
deram-se acções de resistência.
Resistência Zulu(África
do Sul)
O Reino Zulu, centrado na costa sudeste da África Austral entre
as montanhas Drakensburg e o Oceano Índico, surgiu no início do
século XIX, sob o comando do grande Rei-Guerreiro Shaka-Zulu.
Os planos de expansão imperialista britânica começaram a ver os
Zulus como uma ameaça. Na década de 1870, impulsionados pelo
desejo de lucros com o comércio de diamantes, os britânicos
tentaram subjugar o Reino Zulu e outros reinos independentes,
juntamente com as Repúblicas Bôer da África do Sul (fundada por
holandeses, colonos alemães e franceses da Cidade do Cabo).
No início, a invasão prosseguia sem muitos
problemas. Em 12 de Janeiro, os “casacas
vermelhas” (como eram chamados os
soldados imperiais britânicos) atacaram e
derrotaram os guerreiros Zulu sob o comando
de SihayokaXongo, e acamparam no vale
Batshe, ao longo da fronteira Natal-Zulu.
Então Chelmsford conduziu pessoalmente sua
coluna central para o acampamento na base
do monte Isandlwana, um afloramento
granítico de cerca de 100 metros de altura.
Chelmsford esperava ser aí atacados pelo
exército Zulu, mas isso não aconteceu. O que
ele não foi capaz de prever foi que entre 20.000
a 25.000 guerreiros zulus iriam convergir para
as vizinhanças do monte Isandlwana e que, no
dia 22 de Janeiro, no espaço de cerca de três
horas, esses guerreiros Zulus fossem levar o
exército britânico estacionado lá a quase
extinção. Cerca de 1.300 soldados britânicos e
seus aliados africanos foram literalmente
trucidados e, apenas 55 “casacas vermelhas”
sobreviveram.
A Batalha de Isandlwana foi a pior derrota
da história colonial britânica - e,
ironicamente, a sentença de morte para a
nação Zulu. Numa nova incursão militar, as
forças britânicas chegaram à capital Zulu,
Ulundi, até o final de Junho. Em 4 de Julho
de 1879, na última grande batalha da
guerra, as tropas de Lord Chelmsford
derrotou o exército Zulu. O Rei Cetshwayo
logo se rendeu, e Zululand ficou sob
domínio britânico.
Resistência dos povos Herero
(Namíbia)
A partir de 1880, a Namíbia sofreu a dominação alemã
que penetraram e se apossaram das terras dos nativos.
Em 1904, os Hereros liderados por Samuel Maherero
revoltaram-se contra a ocupação estrangeira, na qual
foram mortos cerca de 100 alemãs e recuperaram as
suas terras. Os alemãs pedem reforço do exterior
acabando por extreminar os hereros. Os que resistiram
ao extremínio alemão foram deportados para o deserto
de Kalahari, onde mais de 10 mil morreram de sede e
fome. Os sobreviventes refugiaram-se na vizinha
Bechuanalândia(Botswana).
Revolta dos Nama
Os Nama revoltaram-se contra a ocupação
alemã, liderados por HendrickWitbooi que
opunha-se a assinatura do tratado de
protecção, tanto com os alemãs bem como
pela colónia a Cabo. Este morreu em
combate em 1905, mas a resistencia
continuou sob liderança de Jacob
Morenga.Este foi morto em 1907,
eliminando desta forma o último foco de
resistência no Sudoeste africano.
A Resistência em Moçambique
Os Moçambicanos resistiram ferverosamente
contra a dominação colonial portuguesa. Em
quase todas regiões do nosso Moçambique os
reis e chefes de reinoe e impeérios não
aceitaram a dominação colonial e a pinhagem
das riquesas do país. Na presente lição vamos
descrever as diversas formas de resitência
contra a dominação colonial.
Resistência em Moçambique
A zona Sul de Moçambique é onde se localizava
o mais extenso e poderoso império de
Moçambque – o Império de Gaza. Este Império
ocupava as actuais províncias de Maputo, Gaza,
Inhambane e algumas parcelas de Sofala e
Manica. Na altura da conquista este Estado
estava sob dominio de Ngungunhane e possuía
uma enorme base militar.
As verdadeiras hostilidades entre o Estado
de Gaza e a força portuguesa iniciaram
com uma pequena agitação verificada nas
terras da coroa de Angoana, em
Marracuene, como resultado da disputa de
terras e aumento do imposto. Os chefes
Mahazule e de Nuamantibjana, de Magaia
e Zixaxa respectivamente, uniram-se
contra as ameaças militares portuguesa e
travaram a batalha de Marracuenea 2 de
Fevereiro de 1895.
Após a derrota imposta a estes pelos
portugueses, os dois chefes refugiaram-se no
império de Gaza, onde foram bem acolhidos.
Abordado pelos portugueses,Ngungunhane
recusou-se a entregar aos portugueses os
dois chefes exilados (Mahazule e
Nuamantibjana). A recusa foi tomada como
pretexto para atacar Estado o Estado de
Gaza em três frentes a destacar:
No dia 8 de Setembro de 1895, uma coluna portuguesa,
vinda do Sul, trava uma violenta batalha em Magul, onde
se encontrava refugiado Nuamantibjana.
Prisão de Nuamantibjana
No dia 7 de Novembro de 1895, outra coluna, vinda
de Inhambane, trava batalha com o exército de Gaza,
em Coolela, perto de Manjacaze. Em Outubro de
1895, uma esquadrilha de embarcações penetra pelo
vale fluvial do Limpopo e Ngungunhane refugiou-se a
Chaimite onde acabou por ser preso por Mouzinho de
Alburque e levadopara Portugal (Iha dos Açoes),
juntamente com o seu filho Godide e um tio seu,
Nuamantibjana, de onde veio a morrer em 1906.
A resistências continuou comandada por Maguiguane,
novo comandante dos guerreiros de Gaza, fixado em
Guijá, região na qual ainda não estava implantado o
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  • 1. Resistência na África Austral A partir de finais do Século XIX, quando os europeus começaram a pôr em prática a ocupação efectiva de África, os africanos começaram a resistir. Ao longo do período que vai de 1885 a 1914, durante o qual aconteceu a conquista de África, um pouco por toda á África, deram-se acções de resistência.
  • 2. Resistência Zulu(África do Sul) O Reino Zulu, centrado na costa sudeste da África Austral entre as montanhas Drakensburg e o Oceano Índico, surgiu no início do século XIX, sob o comando do grande Rei-Guerreiro Shaka-Zulu. Os planos de expansão imperialista britânica começaram a ver os Zulus como uma ameaça. Na década de 1870, impulsionados pelo desejo de lucros com o comércio de diamantes, os britânicos tentaram subjugar o Reino Zulu e outros reinos independentes, juntamente com as Repúblicas Bôer da África do Sul (fundada por holandeses, colonos alemães e franceses da Cidade do Cabo).
  • 3. No início, a invasão prosseguia sem muitos problemas. Em 12 de Janeiro, os “casacas vermelhas” (como eram chamados os soldados imperiais britânicos) atacaram e derrotaram os guerreiros Zulu sob o comando de SihayokaXongo, e acamparam no vale Batshe, ao longo da fronteira Natal-Zulu. Então Chelmsford conduziu pessoalmente sua coluna central para o acampamento na base do monte Isandlwana, um afloramento granítico de cerca de 100 metros de altura.
  • 4. Chelmsford esperava ser aí atacados pelo exército Zulu, mas isso não aconteceu. O que ele não foi capaz de prever foi que entre 20.000 a 25.000 guerreiros zulus iriam convergir para as vizinhanças do monte Isandlwana e que, no dia 22 de Janeiro, no espaço de cerca de três horas, esses guerreiros Zulus fossem levar o exército britânico estacionado lá a quase extinção. Cerca de 1.300 soldados britânicos e seus aliados africanos foram literalmente trucidados e, apenas 55 “casacas vermelhas” sobreviveram.
  • 5. A Batalha de Isandlwana foi a pior derrota da história colonial britânica - e, ironicamente, a sentença de morte para a nação Zulu. Numa nova incursão militar, as forças britânicas chegaram à capital Zulu, Ulundi, até o final de Junho. Em 4 de Julho de 1879, na última grande batalha da guerra, as tropas de Lord Chelmsford derrotou o exército Zulu. O Rei Cetshwayo logo se rendeu, e Zululand ficou sob domínio britânico.
  • 6. Resistência dos povos Herero (Namíbia) A partir de 1880, a Namíbia sofreu a dominação alemã que penetraram e se apossaram das terras dos nativos. Em 1904, os Hereros liderados por Samuel Maherero revoltaram-se contra a ocupação estrangeira, na qual foram mortos cerca de 100 alemãs e recuperaram as suas terras. Os alemãs pedem reforço do exterior acabando por extreminar os hereros. Os que resistiram ao extremínio alemão foram deportados para o deserto de Kalahari, onde mais de 10 mil morreram de sede e fome. Os sobreviventes refugiaram-se na vizinha Bechuanalândia(Botswana).
  • 7. Revolta dos Nama Os Nama revoltaram-se contra a ocupação alemã, liderados por HendrickWitbooi que opunha-se a assinatura do tratado de protecção, tanto com os alemãs bem como pela colónia a Cabo. Este morreu em combate em 1905, mas a resistencia continuou sob liderança de Jacob Morenga.Este foi morto em 1907, eliminando desta forma o último foco de resistência no Sudoeste africano.
  • 8. A Resistência em Moçambique Os Moçambicanos resistiram ferverosamente contra a dominação colonial portuguesa. Em quase todas regiões do nosso Moçambique os reis e chefes de reinoe e impeérios não aceitaram a dominação colonial e a pinhagem das riquesas do país. Na presente lição vamos descrever as diversas formas de resitência contra a dominação colonial.
  • 9. Resistência em Moçambique A zona Sul de Moçambique é onde se localizava o mais extenso e poderoso império de Moçambque – o Império de Gaza. Este Império ocupava as actuais províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e algumas parcelas de Sofala e Manica. Na altura da conquista este Estado estava sob dominio de Ngungunhane e possuía uma enorme base militar.
  • 10. As verdadeiras hostilidades entre o Estado de Gaza e a força portuguesa iniciaram com uma pequena agitação verificada nas terras da coroa de Angoana, em Marracuene, como resultado da disputa de terras e aumento do imposto. Os chefes Mahazule e de Nuamantibjana, de Magaia e Zixaxa respectivamente, uniram-se contra as ameaças militares portuguesa e travaram a batalha de Marracuenea 2 de Fevereiro de 1895.
  • 11. Após a derrota imposta a estes pelos portugueses, os dois chefes refugiaram-se no império de Gaza, onde foram bem acolhidos. Abordado pelos portugueses,Ngungunhane recusou-se a entregar aos portugueses os dois chefes exilados (Mahazule e Nuamantibjana). A recusa foi tomada como pretexto para atacar Estado o Estado de Gaza em três frentes a destacar:
  • 12. No dia 8 de Setembro de 1895, uma coluna portuguesa, vinda do Sul, trava uma violenta batalha em Magul, onde se encontrava refugiado Nuamantibjana. Prisão de Nuamantibjana
  • 13. No dia 7 de Novembro de 1895, outra coluna, vinda de Inhambane, trava batalha com o exército de Gaza, em Coolela, perto de Manjacaze. Em Outubro de 1895, uma esquadrilha de embarcações penetra pelo vale fluvial do Limpopo e Ngungunhane refugiou-se a Chaimite onde acabou por ser preso por Mouzinho de Alburque e levadopara Portugal (Iha dos Açoes), juntamente com o seu filho Godide e um tio seu, Nuamantibjana, de onde veio a morrer em 1906. A resistências continuou comandada por Maguiguane, novo comandante dos guerreiros de Gaza, fixado em Guijá, região na qual ainda não estava implantado o sistema administrativo português.