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Penetração Mercantil
Estrangeira em Moçambique
O comércio árabe começou a desenvolver-se a partir do século VII, na
altura em que começaram a chegar à costa oriental da Africa
navegadores vindos de diversas regiões da Asia. Estes navegadores
eram comerciantes indonésios, indianos, persas, árabes e chineses. O
seu objectivo era trocar produtos dos seus países ou das regiões por
onde passavam, com produtos das terras africanas.
Os primeiros estrangeiros a fixarem-se na
costa oriental da África
Entre os séculos IX e XIII começaram a fixar-se na costa oriental
de África populações oriundas da região do Golfo Pérsico, que era
naquele tempo um importante centro comercial. Estes povos
fundaram entrepostos na costa africana e
muitos geógrafos daquela época referiram-se a um activo
comércio com as "terras de Sofala", incluindo incluindo a troca de
tecidos da Índia por ferro, ouro e outros metais.
os artigos de troca trazidos pelos Árabes
• Eles traziam panos de algodão, miçangas, sal e louça; e levavam em troca
ouro, marfim, ferro, cobre e peles de animais. Por vezes levavam também
escravos.
• As trocas não se faziam com dinheiro. Os produtos levados eram vendidos
nos mercados asiáticos com grandes lucros, porque eram muito procurados.
Destes comerciantes, os que mais importância tiveram para a nossa História
foram os árabes.
• Para realizar o seu comércio, eles construíam pequenas povoações à beira
mar ou na margem dos rios, e aí se estabeleciam, para trocar as mercadorias
vindas de longe, pelos produtos locais. A estas povoações chamamos feitorias.
A primeira feitoria fundada em Moçambique foi a de Sofala. Depois foram criadas
as feitorias de Angoche da Ilha de Moçambique.
As trocas comerciais entre as feitorias e os povos do interior africano eram feitas
por intermediários árabes e africanos.
Os contactos com os Estados Zimbabwe e Monomotapa facilitaram o
rápido desenvolvimento das feitorias árabes. Nessas feitorias
desenvolveu-se o comércio e daí resultou o domínio político árabe.
Introdução do Islamismo em Moçambique
Os árabes introduziram em certas regiões do nosso país a sua religião, o Islamismo,
como forma de manterem e desenvolverem o seu comércio.
Foram também eles, e outros comerciantes asiáticos, que introduziram em
Moçambique as bananas, o arroz, a cana-de-açúcar, as mangas, as laranjas, os
limões e a técnica de tecelagem de panos de algodão.
Consequênia da Penetração Mercantil
Estrangeira
• Fixação dos árabes na costa oriental moçambicana;
• Primeira exploração intensiva dos recursos, fundamentalmente no planalto do
Zimbabwe;
• Delimitação dos grupos etnolinguísticos em Moçambique;
• Intercâmbio comercial entre moçambicanos e árabes;
• Edificação das primeiras sociedades de classes e dos primeiros estados: Zimbabwe
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• Estabelecimento dos primeiros núcleos islamizados na costa norte de Moçambique

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Penetração mercantil estrangeira: De Hermínio Banze

  • 2. O comércio árabe começou a desenvolver-se a partir do século VII, na altura em que começaram a chegar à costa oriental da Africa navegadores vindos de diversas regiões da Asia. Estes navegadores eram comerciantes indonésios, indianos, persas, árabes e chineses. O seu objectivo era trocar produtos dos seus países ou das regiões por onde passavam, com produtos das terras africanas. Os primeiros estrangeiros a fixarem-se na costa oriental da África
  • 3. Entre os séculos IX e XIII começaram a fixar-se na costa oriental de África populações oriundas da região do Golfo Pérsico, que era naquele tempo um importante centro comercial. Estes povos fundaram entrepostos na costa africana e muitos geógrafos daquela época referiram-se a um activo comércio com as "terras de Sofala", incluindo incluindo a troca de tecidos da Índia por ferro, ouro e outros metais.
  • 4. os artigos de troca trazidos pelos Árabes • Eles traziam panos de algodão, miçangas, sal e louça; e levavam em troca ouro, marfim, ferro, cobre e peles de animais. Por vezes levavam também escravos. • As trocas não se faziam com dinheiro. Os produtos levados eram vendidos nos mercados asiáticos com grandes lucros, porque eram muito procurados. Destes comerciantes, os que mais importância tiveram para a nossa História foram os árabes.
  • 5. • Para realizar o seu comércio, eles construíam pequenas povoações à beira mar ou na margem dos rios, e aí se estabeleciam, para trocar as mercadorias vindas de longe, pelos produtos locais. A estas povoações chamamos feitorias. A primeira feitoria fundada em Moçambique foi a de Sofala. Depois foram criadas as feitorias de Angoche da Ilha de Moçambique. As trocas comerciais entre as feitorias e os povos do interior africano eram feitas por intermediários árabes e africanos.
  • 6. Os contactos com os Estados Zimbabwe e Monomotapa facilitaram o rápido desenvolvimento das feitorias árabes. Nessas feitorias desenvolveu-se o comércio e daí resultou o domínio político árabe.
  • 7. Introdução do Islamismo em Moçambique Os árabes introduziram em certas regiões do nosso país a sua religião, o Islamismo, como forma de manterem e desenvolverem o seu comércio. Foram também eles, e outros comerciantes asiáticos, que introduziram em Moçambique as bananas, o arroz, a cana-de-açúcar, as mangas, as laranjas, os limões e a técnica de tecelagem de panos de algodão.
  • 8. Consequênia da Penetração Mercantil Estrangeira • Fixação dos árabes na costa oriental moçambicana; • Primeira exploração intensiva dos recursos, fundamentalmente no planalto do Zimbabwe; • Delimitação dos grupos etnolinguísticos em Moçambique; • Intercâmbio comercial entre moçambicanos e árabes; • Edificação das primeiras sociedades de classes e dos primeiros estados: Zimbabwe (Manykeni), Mwenemutapa e Marave; • Estabelecimento dos primeiros núcleos islamizados na costa norte de Moçambique