O documento discute as células-tronco, incluindo suas definições, tipos (embrionárias e adultas), potencial terapêutico, e desafios éticos, jurídicos e religiosos relacionados à pesquisa com células-tronco.
2. 1. INTRODUÇÃO AO TEMA
A genética busca diariamente aprimorar seus estudos
para desenvolver técnicas que possibilitem aumentar o
tempo, e, especialmente, a qualidade de vida dos seres
humanos.
O tratamento de muitas doenças crônicas, pós –
operatórios, soluções injetáveis e medicamentos de
linha preta, tem a grande possibilidade de ficarem
precisos e seguros para os pacientes com a clonagem
das células – tronco.
A grande aposta científica, porém, precisa transpor as
barreiras éticas, jurídicas, e, principalmente, religiosas
que ainda formam as concepções de milhares de
pessoas.
4. 2. AS CÉLULAS – TRONCO
Células com capacidade para dividir – se na produção
de células filhas, que adéquam – se as condições
orgânicas necessárias se diferenciando ou
permanecendo células – tronco.
O papel das células – tronco vem sido discutido
constantemente em doenças que acometem as células
epiteliais da pele e as células epiteliais que revestem o
sistema digestivo.
Como muitas células possuem curto tempo de vida, as
células – tronco são consideradas de grande valia para
a produção de células diferenciadas durante toda a vida
do indivíduo.
6. 2.1 CÉLULAS – TRONCO EMBRIONÁRIAS
Forma – se no interior do blastocisto um aglomerado
celular que dará origem a tecidos e órgãos necessários
ao desenvolvimento do feto.
A partir das células existentes outras células – tronco
serão produzidas para, posteriormente, serem
congeladas ou divididas em laboratório.
As células – tronco embrionárias são consideradas
magnas na formação de células ou tecidos
especializados.
8. 2.2 CÉLULAS – TRONCO ADULTAS
Após o nascimento, em muitos órgãos já formados
no indivíduo, são encontradas células – tronco (multi
ou pluripotentes) em uma vasta gama de tecidos
com grande potencial de diferenciação.
A função primordial dessas células é recompor
tecidos do corpo já estruturados ao longo da vida do
indivíduo.
Sempre que o organismo apresentar condições
favoráveis as células vão se regenerar, e se for
preciso também irão se multiplicar e diferenciar de
forma natural.
11. 3. FRONTEIRA ÉTICA
Muitas questões que envolvem a saúde no campo
jurídico se confrontam com a ética por não
oferecerem meio termo, é a vida ou a morte, a
democracia ou as leis autoritárias inerentes à bio
ética (biodireito).
Apesar das pesquisas de células – tronco terem
sido aprovadas pela Lei de Biosegurança
Brasileira, sabe – se que o direito humano de viver
é muito mais vasto e complexo.
13. 3.1 FRONTEIRA JURÍDICA
O direito precisa ser tocante aos anseios sociais,
contudo, sua validez e eficácia não podem dar margens
para uma premissa sem o real conhecimento da mesma
e as consequências da sua aprovação a longo prazo.
Todos os aspectos técnicos e científicos necessários
não foram contemplados na Lei de Biosegurança
Brasileira, o que posterga os debates mesmo com a
decisão favorável do Supremo Tribunal Federal.
Ainda não há um consenso se viabilizar células – tronco
em sua totalidade invalidaria a Constituição, retirando a
ética humana dos direitos do Estado.
15. 3.2 FRONTEIRA RELIGIOSA
A concepção religiosa tem como base uma vida
concebida por Deus, na qual o homem não tem poder
de decisão sobre ela.
As igrejas acreditam que o ser humano é formado de
aspectos sociais, políticos, morais, emocionais e
espirituais, sendo que qualquer decisão deve abranger
todos esses fatores.
As doutrinas espiritualistas acreditam que o progresso
com fim de diminuir o sofrimento humano é válido,
porém, o uso das células – tronco embrionárias invalida
a vida em sua plenitude.
18. 4. ESTUDO DE CASO
Transplante de células da medula óssea no tratamento da
cardiopatia chagásica crônica (BioDireito na Pós – Graduação
de Odontologia e Medicina da PUC-RS. 2004)
Caracterizada por uma inflamação que leva à
destruição progressiva do miocárdio, essa patologia
afeta milhões de pessoas na América Latina sem
nenhum tratamento que solucione o caso.
As células – tronco tem um papel muito importante no
transplante da medula óssea. A utilização dessa técnica
resulta em melhoras significativas nas tentativas de
reverter os processos inflamatórios com injeção de
células na borda da lesão.
20. 5. PREMISSAS CIENTÍFICAS
Os cientistas firmam – se na promessa das terapias de
células – tronco, objetivando diminuir o sofrimento, e até
mesmo, afastar a morte de muitos pacientes.
Os fins terapêuticos das células – tronco podem
amenizar os efeitos de doenças como mal de Alzheimer,
mal de Parkinson, infartos, cirrose hepática, reparando
danos com transplante celular.
As células – tronco representam um maior número de
possibilidades para pessoas “especiais” terem a chance
de recuperar movimentos, aumentar as potencialidades
neurológicas, e até darem os primeiros passos
sozinhas.