Os shoppings centers tornaram-se referência na vida da sociedade, sendo um espaço onde o consumo é estimulado. O design de interiores é um instrumento importante para atrair consumidores, criando ambientes confortáveis e estimulantes por meio de iluminação, mobiliário, paisagismo e espaços de alimentação. O documento descreve três shoppings centers e suas estratégias de design para atrair públicos de diferentes perfis socioeconômicos.
Praças de Vila Mariana:forma, gestão e apropriação do espaço (ISUF2013)
Shoppings Centers: o design de interiores como instrumento para atração de consumo
1. Shoppings Centers: o
design de interiores como
instrumento para atração
de consumo.
2. O conceito de shopping
Um Shopping Center é um espaço, local ou estrutura que reúne vários
estabelecimentos comerciais de diversos segmentos e com estruturas de
espaços públicos, como área de cinema, alimentação e descanso.
Portanto, podemos dizer que os shoppings que serviram desde sempre para
reunir lojas e facilitar a vida do consumidor, hoje em dia faz bem mais que
isso, eles buscam dar lazer, prazer e principalmente a segurança que não
encontramos nas lojas das ruas.
Atualmente, os shoppings centers tornaram-se referência na vida de grande
parte da sociedade, tornando-se o que Pintaudi (1992) coloca como uma “ilha
da fantasia”, ou seja, um espaço fantasioso, construído com o propósito de
reproduzir o capital, um mundo onde o consumo é estimulado, e onde se
podem encontrar tudo que é necessário, desde restaurantes, até bancos e
teatros. No shopping center os indivíduos que tem capacidade de consumo
sentem-se mais protegidos, para realizar suas compras, além de se sentirem
num lugar confortável, o que estimula o consumo.
3. Shopping e o consumo
Classe socioeconômica: 79% são da classe AB e a classe C possui 14% do consumo;
Renda média familiar: R$ 6.550,00;
Gênero: A maioria dos consumidores dos shoppings são mulheres, cerca de 53%, contra 47%
de homens. Quanto maior a região (mais de 600 mil habitantes) esse índice feminino se
acentua;
Localização: Para a localização considera-se a escolha pela proximidade de acesso, sendo que
cerca de 70% das vendas se dá pela localização da loja;
Meio de Transporte: O veículo particular é o principal meio de transporte nas regiões
metropolitanas (51%), seguido de 24%, nas regiões metropolitanas, que vão a pé e de
transporte público (19%).
4.
5. Consumo e o projeto de interiores
Criar uma interligação entre público, espaço e objetivo da marca.
Mobília agradável aos olhos e confortável;
Boa iluminação para que os consumidores permanecem o tempo necessário para
satisfazer seu consumo
Bons espaços para alimentação;
Paisagismo impecável e de fácil manutenção;
Localização.
Os shoppings, por tratarem-se de malls de consumo, têm a necessidade de
possuírem esses espaços públicos bem elaborados e que sejam condizentes ao
perfil de consumidor esperado.
6. Shopping Eldorado
Localizado entre ruas e avenidas de grande importância econômica;
Renda per capita da população residente na região, que ultrapassa o valor
de R$ 5.400,00;
Costumam priorizar o atendimento diferenciado, com acompanhamento
de segurança, salas de apoio para compras privativas e entrega à
domicílio;
Para criarem um ambiente suntuoso e elegante, fazendo jus ao público
frequentador, sua arquitetura possui dois átrios, com fachada de vidro e
uma construção diagonal;
Público conservador.
7. Shopping Eldorado
Piso
Piso em tons nude e terrosos, com recortes e utilização de mármore e granito.
8. Shopping Eldorado
Iluminação
Natural Janelas altas e largas em praticamente todos os andares.
9. Shopping Eldorado
Artificial Luminárias pêndulos, com tonalidade amarela dando destaque aos
corredores.
13. Shopping JK Iguatemi
Esse shopping marca a estratégia de querer o público AA, mas também de
atrair os jovens AA, para tal, conta com as capas de sua revista VIP, nomes
como Sarah Jessica Parker e Neymar, além de ter como trilha sonora de suas
alamedas músicas escolhidas pelo presidente da rádio Jovem Pan;
Possui arquitetura minimalista, formada de cubos e vidros;
Para a construção desse shopping, foi utilizado o que de mais recente havia
em termos de beleza, textura e tecnologia.
Suas lojas, auto denominadas de lojas-conceito, trazem uma gama enorme de
marcas conceituadas.
Todo o mobiliário é assinado por designers conceituados e tanto o mobiliário,
quanto o paisagismo foi planejado para não consumir a visão, deixando claro
o conceito de shopping vitrine.
19. Shopping Cidade Jardim
Estilo arquitetônico neoclássico;
Perfil do consumidor com a renda per capita mais alta dentre os três shoppings;
Possui como principal característica a reprodução das principais ruas de
consumo do mundo;
Além disso, fazendo jus ao nome, possui um paisagismo impecável e a escolha
do mobiliário, é contemporânea, com a escolha de móveis em madeira camaru
compondo com o piso em tom claro;
Sua localização privilegiada e com difícil acesso, torna o shopping voltado a um
público mais seleto e por isso o interior do shopping privilegia as lojas, por isso
mesmo o átrio central é aberto, composto com um belo paisagismo,
favorecendo a iluminação e ventilação natural;
“Placas de drywall são utilizadas na vedação interna e nas sancas com
iluminação embutida. A circulação do ar é garantida por ventiladores com pás
de madeira que pontuam o teto das galerias e os banheiros receberam
ambientação em madeira e pedra limestone.