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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA
CURSO DE BACHARELADO EM DESIGN

DESIGN DE INTERIORES

Profª Luciana Guimarães

AGOSTO - 2013
INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES
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ÁREAS DE ATUAÇÃO DO DESIGN
· Design Industrial
· Design do Objeto
· Design do Equipamento Urbano
· Design de Mobiliário
· Design Automobilístico
· Design de Computador
· Design de Máquinas e Equipamentos
· Design de Embalagem
· Design de Alimentos
· Design de Jóias
· Design de Sistemas de Sons
· Design de Sistemas de Iluminação
· Design Têxtil
· Design de Comunicação
· Design Gráfico
· Design de Identidade
· Design de Editoração
· Design dos Meios de Comunicação
· Design de Programa
· Design de Ambientes
· Design de Moda

Existe uma tendência mundial
Existe uma tendência mundial
de cada vez mais se acrescentar
de cada vez mais se acrescentar
tipos de atividades à palavra
tipos de atividades à palavra
design e, conseqüentemente,
design e, conseqüentemente,
isto faz com que se originem
isto faz com que se originem
mais e mais especialidades e
mais e mais especialidades e
áreas de atuação, que passam
áreas de atuação, que passam
então a ser específicas do
então a ser específicas do
Design.
Design.
INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES
• CONCEITO DE DESIGN DE INTERIORES
• “Numa acepção mais ampla, significa o
planejamento, a organização, a decoração e a
composição do layout espacial de mobiliário,
equipamentos, acessórios, objetos de arte, etc.,
dispostos em espaços internos habitacionais, de
trabalho, cultura, lazer e outros semelhantes,
como veículos aéreos, marítimos e terrestres –
aviões, navios, trens, ônibus e automóveis, por
exemplo.” (GOMES FILHO, 2006)
INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES

• O Design de Interiores enquadra-se o
conceito de design compositivo. O que
significa que, qualquer que seja o tipo de
planejamento, projeto ou de tratamento
para a organização do interior de um
ambiente, o designer vai trabalhar
predominantemente com a escolha e a
especificação de produtos – sejam eles
funcionais, informacionais, de arte ou
decorativos.
INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES
AMBIENTE ENQUANTO ESPAÇO DE PROTEÇÃO E
SEGURANÇA
AMBIENTE ENQUANTO ESPAÇO DESTINADO A
INÚMERAS ATIVIDADES
(HABITAÇÃO, TRABALHO, LAZER, TRANSPORTE,
ETC.)
• Funções tão antigas quanto a própria humanidade.
• Por isso são infinitas e diversificadas as soluções
estéticas criadas para configuração desses referidos
espaços que, por sua vez, se originaram e se originam
em razão das incontáveis e múltiplas culturas de cada
povo do planeta.
SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE
INTERIORES PODE ATUAR:
Segmento Residencial
• Focado no planejamento e ou especificação de
materiais e produtos com uso em residências
particulares.
• O projeto inclui: quartos, cozinha, banheiros, salas (de
estar, de jantar), home office (ou escritório), home
theater, área de serviço, closets, biblioteca áreas
específicas como sala de ginástica, adega, entre outras.
• Para elaborar um projeto de interiores na área
residencial estuda-se os hábitos dos habitantes do
espaço. Aspectos técnicos como elétrica, hidráulica e
outrascondições precisam ser avaliadas com atenção
nos projetos de interiores.
SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE
INTERIORES PODE ATUAR:
Segmento Comercial
• Entretenimento
• Une ao projeto de interiores elementos como:
iluminação, sonorização e outras tecnologias
para cinemas, televisão, teatro, clubes, parques
temáticos e projetos industriais para esse setor.
• Equipamentos de saúde
• Hospitais, clínicas, centros cirúrgicos, unidades
móveis, casas de repouso e assistência ou
qualquer outra instituição ligada à saúde.
SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE
INTERIORES PODE ATUAR:
Segmento Comercial
• Hospitalidade e Restaurantes
Casas noturnas, restaurantes, teatros, hotéis, clubes, iates, entre
outros.
• Escritórios (ou espaços coorporativos)
Áreas públicas e privadas utilizadas por empresas.
• Varejo
Planificação de lojas, supermercados, shoppings centers,
showroons, padarias e outros espaços destinados à
comercialização de produtos e serviços.
•

Na área comercial, as exigências associadas à performance
econômica (marketing, vendas, propaganda) são importantes e
devem ser consideradas com igual valor aos aspectos funcionais,
ainda, questões como segurança, normas e regulamentos para
cada segmento (hospitais, teatros, restaurantes, etc).
SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE
INTERIORES PODE ATUAR:
• Design sustentável
Também reconhecido como design verde ou
eco design, refere-se à preocupação com a
especificação de produtos comprometidos com
as questões de proteção do meio ambiente,
operação ética e social dos fabricantes.
• Design Universal
• Emprego de produtos e soluções desenvolvidas
para o máximo possível de indivíduos, incluindo
os desabilitados facilitando o uso, acesso,
segurança e conforto.
SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE
INTERIORES PODE ATUAR:
• Contratação:
Projeto de
Ambientação

Desenho e planta detalhada, com mobiliário, pisos, tecidos,
revestimentos, iluminação, entre outros. (Valor em m²)

Projeto de Arquitetura
de Interiores

Abrange o Projeto de Decoração, incluindo distribuição de
pontos elétricos e hidráulicos, entre outros. (Valor em m²)

Consultoria

Orientação sem a contratação efetiva para o desenvolvimento
do projeto. (Valor baseado na hora técnica e na visitação à
obra)

Administração da obra O projeto é cobrado à parte e o profissional cobra um
percentual sobre os custos da obra para administrá-la. (10 a
15% do valor dos produtos e serviços utilizados na
ambientação)
Reserva Técnica

Remuneração recebida por fornecedores pela especificação
de seus produtos e serviços (de 5 a 10%)

Informações disponível no site da ABD: Associação Brasileira de Designer de Interiores
(http:www.abd.org.br)
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA
CURSO DE BACHARELADO EM DESIGN

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO
DESIGN DE INTERIORES

Profª Luciana Guimarães

AGO-2012
PORQUE ESTUDAR O
DESIGN DE INTERIORES DO
PASSADO?
Aprender com a forma, uso das cores, com o
jogo de luzes, utilização dos materiais, a relação
da função do espaço com as suas dimensões.
MUNDO ANTIGO
A arquitetura religiosa tinha mais
importância em decorrência do domínio
da Igreja. Isso explica o conforto humano
não ser prioridade.
EGIPCIO
•

Preocupação com os monumentos
ligados aos Deuses e à morte.
• As mobílias eram feitas para durar o
período após a morte dos Faraós.
• Utilização da pintura como
ornamentação com pintura não só nos
túmulos e nas pirâmides, mas também
aparece na residência da classe média.

Leito dobrável pertencente ao espólio de
Tutankhamon, 1360 a. C.

Banco dobrável pertencente ao espólio de
Tutankhamon, datado entre 1400 e 1350 a. C.
GREGO
• Interesse pelos exteriores monumentais em
detrimento dos espaços interiores
• Rigidez das ordens
• Formas simples atentas a proporção
• A cobertura em madeira não resistiu ao
tempo decorrendo na destruição dos
monumentos da época, restando hoje
apenas as ruínas.
• Vestígios de ornamentos, pedras de
mármores e revestimentos de ouro
nos espaços internos.
ROMANO
•
•
•

Importação das ordens gregas
– Caráter Monumental
Novas formas – arcos e
cúpulas
Aspectos ilusionistas dos
romanos:
- imitação de revestimentos –
mármores coloridos
- perspectiva ao acaso
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Ex: Pantheon
IDADE MÉDIA
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pessoas tinham
acesso ao luxo
da decoração
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BIZANTINO
•
•

Ampla utilização dos mosaicos
Revestimento cromático

Catedral de Santa Sofia - Istambul
BIZANTINO
•
•

Ampla utilização dos mosaicos
Revestimento cromático

Catedral Saint Vitale em Ravena
ROMÂNICO
•
•

Proximidade ao estilo romano
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Inglaterra
GÓTICO
•
•

Grandeza das janelas
Formas delgadas – acentuação
das linhas verticais
RENASCIMENTO
• Diminuição do domínio da igreja
• Surgimento da crença no humanismo –
solução mais racional dos problemas –
homem como criador dos valores morais.
• Retomada dos motivos clássicos
• Utilização do forro rebaixado com
almofadas e paredes pintadas e também
com almofadas.
BARROCO
• Libertação das regras dos
tratadistas, das convenções,
da geometria elementar e da
estaticidade, é a libertação da
simetria e da antítese entre
espaços interiores e
exteriores.
• Preferência pelos elementos
cenográficos.
• Cores mais vibrantes
• Desenho do mobiliário
específico para cada
ambiente se torna mais
importante do que a
decoração das paredes, pisos
e forros.
• Período de Luis XIV - França
• Separação do artesão do
designer
O ROCOCÓ
•
•
•

Cores menos fortes
Detalhes excessivos
Abandono do tom clássico

Palácio de Versalhes
NEOCLASSICISMO
•
•

Elegância, conforto e bom gosto.
Volta da pureza das formas do
período clássico.
ESTILO VITORIANO
A riqueza da nova burguesia inglesa trouxe inovações nas habitações.
• criação de um andar inferior sob o nível da rua, onde ficavam a
cozinha e outras dependências de serviços.
• surgimento da "sala de banho" como um local independente para os
cuidados pessoais cotidianos.
• Na decoração dos móveis, usava-se em abundância madeiras nobres
exóticas, como o jacarandá, a rádica e o mogno.
• Os objetos como quadros, candelabros, enfeites, tapetes e luminárias
eram numerosos, a maioria das peças oriundas do distante Oriente,
como porcelanas chinesas ou tecidos de decoração em seda
bordados com fios de ouro.
• Tecidos com motivos
florais constituem o
esquema de decoração. O
estilo agrega estofados em
couro e tecidos xadreses
propiciando uma atmosfera
de um lar ancestral.
ECLETISMO
•
•
•

•
•
•
•

Mistura indiscriminada de estilos
Inicio da arquitetura de interiores
acessível a diversas classes
sociais.
A prosperidade criada pelo
comércio possibilita que cada vez
mais pessoas possam planejar
suas próprias casas.
A industrialização diminuiu o
custo do mobiliário e dos
materiais decorativos.
Surge livros e revistas
especializadas.
As mudanças passam a
acontecer de década para década
e não mais de século para século
Surgimento do movimento de
valorização do trabalho do
artesão.
O ART NOUVEAU
•
•

Temas naturalísticos
Retomadas de alguns dos temas do Rococó

Características
estilísticas:
União entre natureza e
artefato
estilização figurativa
Uso de figuras
femininas
Padrões florais
Formas orgânicas e
geométricas
Cores planas e pasteis
Linhas curvas
arabescos
Originalidade
Confeitaria Colombo - RJ

Casa Tassel, de Victor Horta
O Ecletismo e o Art Nouveau em
Belém

Palácio Antônio Lemos

Livraria Universal
MOVIMENTO MODERNO
• Reação ao excessivo ornamento
• Ênfase no espaço, proporção e
superfícies lisas.
• O Estilo Moderno concentra-se em
eficiência e higiene.
• O branco torna-se a cor preferida
para paredes, desprovidas do
tradicional rodapé e pinturas de
meia parede.
• As portas também passaram a ser
mais simples apenas folhas de
madeira com acabamento em
pintura.
• O mobiliário, equipamentos e
acessórios receberam o mesmo
tratamento minimalista.
• Utilização de estruturas tubulares
metálicas em mobiliário
MOVIMENTO MODERNO
•

•
•

A arquitetura havia se tornado uma questão de volume ao invés de
massa, espaço ao invés de forma, com regularidade ao invés de
simetria controlando o projeto. O resultado foram silhuetas mais
limpas nos projetos de Mies van der Rohe.
A arquitetura de interiores do período moderno é mais flexível e fácil
de ser alterada de acordo com as mudanças de tendências.
O fator econômico na simplicidade do arranjo interior também deve
ser levado em consideração.
O ART DECOR (Paris 1925)
•
•

•
•
•
•
•
•

A cima de tudo o novo estilo era
geométrico
Círculos, semicírculos, triângulos,
octognos e cubos eram as formas
usadas na padronagem de carpetes,
capachos, papeis de parede, tecidos,
mobília, cabeceiras de cama, lareiras,
espelhos, etc.
A inspiração também veio do mundo
antigo com os Astecas e Egípcios.
Motivos – por do sol, arvores e flores
estilizados, hélices, fontes e formas
graciosas de animais.
Muito difundido pelo caráter
glamuroso em hotéis, bares,
resturantes, transatlântico e cinemas.
Novas possibilidades com a difusão
do uso do plástico
Utilização de pedras policromaticas.
•Utilização do carpete como
Utilização de cores vivas
revestimento de piso
A REJEIÇÃO AO MODERNISMO
• O estilo moderno de cores neutras,
formas simples e materiais pesados não
agradou a todos. Desta forma, ao longo
do tempo foram adicionados cores e
ornamentos, aplicação de papel de
parede, texturas e tapeçaria.
• O Design de interiores passa a se moldar
às tecnologias da vida moderna
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Influência da imprensa – ditadora de moda
“As publicações sobre a Design passaram a ser
mais influenciadoras do que o próprio Design”
• momento de liberdade, pausa entre o
movimento moderno o que está por vir.
• Levar em consideração que nem sempre as
pessoas podem mudar o Design de interiores
dos ambientes cada vez que há uma mudança
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  • 1. GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA CURSO DE BACHARELADO EM DESIGN DESIGN DE INTERIORES Profª Luciana Guimarães AGOSTO - 2013
  • 2. INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ÁREAS DE ATUAÇÃO DO DESIGN · Design Industrial · Design do Objeto · Design do Equipamento Urbano · Design de Mobiliário · Design Automobilístico · Design de Computador · Design de Máquinas e Equipamentos · Design de Embalagem · Design de Alimentos · Design de Jóias · Design de Sistemas de Sons · Design de Sistemas de Iluminação · Design Têxtil · Design de Comunicação · Design Gráfico · Design de Identidade · Design de Editoração · Design dos Meios de Comunicação · Design de Programa · Design de Ambientes · Design de Moda Existe uma tendência mundial Existe uma tendência mundial de cada vez mais se acrescentar de cada vez mais se acrescentar tipos de atividades à palavra tipos de atividades à palavra design e, conseqüentemente, design e, conseqüentemente, isto faz com que se originem isto faz com que se originem mais e mais especialidades e mais e mais especialidades e áreas de atuação, que passam áreas de atuação, que passam então a ser específicas do então a ser específicas do Design. Design.
  • 3. INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES • CONCEITO DE DESIGN DE INTERIORES • “Numa acepção mais ampla, significa o planejamento, a organização, a decoração e a composição do layout espacial de mobiliário, equipamentos, acessórios, objetos de arte, etc., dispostos em espaços internos habitacionais, de trabalho, cultura, lazer e outros semelhantes, como veículos aéreos, marítimos e terrestres – aviões, navios, trens, ônibus e automóveis, por exemplo.” (GOMES FILHO, 2006)
  • 4. INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES • O Design de Interiores enquadra-se o conceito de design compositivo. O que significa que, qualquer que seja o tipo de planejamento, projeto ou de tratamento para a organização do interior de um ambiente, o designer vai trabalhar predominantemente com a escolha e a especificação de produtos – sejam eles funcionais, informacionais, de arte ou decorativos.
  • 5. INTRODUÇÃO AO DESIGN DE INTERIORES AMBIENTE ENQUANTO ESPAÇO DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTE ENQUANTO ESPAÇO DESTINADO A INÚMERAS ATIVIDADES (HABITAÇÃO, TRABALHO, LAZER, TRANSPORTE, ETC.) • Funções tão antigas quanto a própria humanidade. • Por isso são infinitas e diversificadas as soluções estéticas criadas para configuração desses referidos espaços que, por sua vez, se originaram e se originam em razão das incontáveis e múltiplas culturas de cada povo do planeta.
  • 6. SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE INTERIORES PODE ATUAR: Segmento Residencial • Focado no planejamento e ou especificação de materiais e produtos com uso em residências particulares. • O projeto inclui: quartos, cozinha, banheiros, salas (de estar, de jantar), home office (ou escritório), home theater, área de serviço, closets, biblioteca áreas específicas como sala de ginástica, adega, entre outras. • Para elaborar um projeto de interiores na área residencial estuda-se os hábitos dos habitantes do espaço. Aspectos técnicos como elétrica, hidráulica e outrascondições precisam ser avaliadas com atenção nos projetos de interiores.
  • 7. SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE INTERIORES PODE ATUAR: Segmento Comercial • Entretenimento • Une ao projeto de interiores elementos como: iluminação, sonorização e outras tecnologias para cinemas, televisão, teatro, clubes, parques temáticos e projetos industriais para esse setor. • Equipamentos de saúde • Hospitais, clínicas, centros cirúrgicos, unidades móveis, casas de repouso e assistência ou qualquer outra instituição ligada à saúde.
  • 8. SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE INTERIORES PODE ATUAR: Segmento Comercial • Hospitalidade e Restaurantes Casas noturnas, restaurantes, teatros, hotéis, clubes, iates, entre outros. • Escritórios (ou espaços coorporativos) Áreas públicas e privadas utilizadas por empresas. • Varejo Planificação de lojas, supermercados, shoppings centers, showroons, padarias e outros espaços destinados à comercialização de produtos e serviços. • Na área comercial, as exigências associadas à performance econômica (marketing, vendas, propaganda) são importantes e devem ser consideradas com igual valor aos aspectos funcionais, ainda, questões como segurança, normas e regulamentos para cada segmento (hospitais, teatros, restaurantes, etc).
  • 9. SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE INTERIORES PODE ATUAR: • Design sustentável Também reconhecido como design verde ou eco design, refere-se à preocupação com a especificação de produtos comprometidos com as questões de proteção do meio ambiente, operação ética e social dos fabricantes. • Design Universal • Emprego de produtos e soluções desenvolvidas para o máximo possível de indivíduos, incluindo os desabilitados facilitando o uso, acesso, segurança e conforto.
  • 10. SEGMENTOS EM QUE O DESIGNER DE INTERIORES PODE ATUAR: • Contratação: Projeto de Ambientação Desenho e planta detalhada, com mobiliário, pisos, tecidos, revestimentos, iluminação, entre outros. (Valor em m²) Projeto de Arquitetura de Interiores Abrange o Projeto de Decoração, incluindo distribuição de pontos elétricos e hidráulicos, entre outros. (Valor em m²) Consultoria Orientação sem a contratação efetiva para o desenvolvimento do projeto. (Valor baseado na hora técnica e na visitação à obra) Administração da obra O projeto é cobrado à parte e o profissional cobra um percentual sobre os custos da obra para administrá-la. (10 a 15% do valor dos produtos e serviços utilizados na ambientação) Reserva Técnica Remuneração recebida por fornecedores pela especificação de seus produtos e serviços (de 5 a 10%) Informações disponível no site da ABD: Associação Brasileira de Designer de Interiores (http:www.abd.org.br)
  • 11. GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA CURSO DE BACHARELADO EM DESIGN EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DESIGN DE INTERIORES Profª Luciana Guimarães AGO-2012
  • 12. PORQUE ESTUDAR O DESIGN DE INTERIORES DO PASSADO? Aprender com a forma, uso das cores, com o jogo de luzes, utilização dos materiais, a relação da função do espaço com as suas dimensões.
  • 13. MUNDO ANTIGO A arquitetura religiosa tinha mais importância em decorrência do domínio da Igreja. Isso explica o conforto humano não ser prioridade.
  • 14. EGIPCIO • Preocupação com os monumentos ligados aos Deuses e à morte. • As mobílias eram feitas para durar o período após a morte dos Faraós. • Utilização da pintura como ornamentação com pintura não só nos túmulos e nas pirâmides, mas também aparece na residência da classe média. Leito dobrável pertencente ao espólio de Tutankhamon, 1360 a. C. Banco dobrável pertencente ao espólio de Tutankhamon, datado entre 1400 e 1350 a. C.
  • 15. GREGO • Interesse pelos exteriores monumentais em detrimento dos espaços interiores • Rigidez das ordens • Formas simples atentas a proporção • A cobertura em madeira não resistiu ao tempo decorrendo na destruição dos monumentos da época, restando hoje apenas as ruínas. • Vestígios de ornamentos, pedras de mármores e revestimentos de ouro nos espaços internos.
  • 16. ROMANO • • • Importação das ordens gregas – Caráter Monumental Novas formas – arcos e cúpulas Aspectos ilusionistas dos romanos: - imitação de revestimentos – mármores coloridos - perspectiva ao acaso - perda das medidas áureas Ex: Pantheon
  • 17. IDADE MÉDIA • Apenas poucas pessoas tinham acesso ao luxo da decoração • Ex: Castelos
  • 18. BIZANTINO • • Ampla utilização dos mosaicos Revestimento cromático Catedral de Santa Sofia - Istambul
  • 19. BIZANTINO • • Ampla utilização dos mosaicos Revestimento cromático Catedral Saint Vitale em Ravena
  • 20. ROMÂNICO • • Proximidade ao estilo romano Ex: Catedral de Durham – Inglaterra
  • 21. GÓTICO • • Grandeza das janelas Formas delgadas – acentuação das linhas verticais
  • 22. RENASCIMENTO • Diminuição do domínio da igreja • Surgimento da crença no humanismo – solução mais racional dos problemas – homem como criador dos valores morais. • Retomada dos motivos clássicos • Utilização do forro rebaixado com almofadas e paredes pintadas e também com almofadas.
  • 23. BARROCO • Libertação das regras dos tratadistas, das convenções, da geometria elementar e da estaticidade, é a libertação da simetria e da antítese entre espaços interiores e exteriores. • Preferência pelos elementos cenográficos. • Cores mais vibrantes • Desenho do mobiliário específico para cada ambiente se torna mais importante do que a decoração das paredes, pisos e forros. • Período de Luis XIV - França • Separação do artesão do designer
  • 24. O ROCOCÓ • • • Cores menos fortes Detalhes excessivos Abandono do tom clássico Palácio de Versalhes
  • 25. NEOCLASSICISMO • • Elegância, conforto e bom gosto. Volta da pureza das formas do período clássico.
  • 26. ESTILO VITORIANO A riqueza da nova burguesia inglesa trouxe inovações nas habitações. • criação de um andar inferior sob o nível da rua, onde ficavam a cozinha e outras dependências de serviços. • surgimento da "sala de banho" como um local independente para os cuidados pessoais cotidianos. • Na decoração dos móveis, usava-se em abundância madeiras nobres exóticas, como o jacarandá, a rádica e o mogno. • Os objetos como quadros, candelabros, enfeites, tapetes e luminárias eram numerosos, a maioria das peças oriundas do distante Oriente, como porcelanas chinesas ou tecidos de decoração em seda bordados com fios de ouro. • Tecidos com motivos florais constituem o esquema de decoração. O estilo agrega estofados em couro e tecidos xadreses propiciando uma atmosfera de um lar ancestral.
  • 27. ECLETISMO • • • • • • • Mistura indiscriminada de estilos Inicio da arquitetura de interiores acessível a diversas classes sociais. A prosperidade criada pelo comércio possibilita que cada vez mais pessoas possam planejar suas próprias casas. A industrialização diminuiu o custo do mobiliário e dos materiais decorativos. Surge livros e revistas especializadas. As mudanças passam a acontecer de década para década e não mais de século para século Surgimento do movimento de valorização do trabalho do artesão.
  • 28. O ART NOUVEAU • • Temas naturalísticos Retomadas de alguns dos temas do Rococó Características estilísticas: União entre natureza e artefato estilização figurativa Uso de figuras femininas Padrões florais Formas orgânicas e geométricas Cores planas e pasteis Linhas curvas arabescos Originalidade Confeitaria Colombo - RJ Casa Tassel, de Victor Horta
  • 29. O Ecletismo e o Art Nouveau em Belém Palácio Antônio Lemos Livraria Universal
  • 30. MOVIMENTO MODERNO • Reação ao excessivo ornamento • Ênfase no espaço, proporção e superfícies lisas. • O Estilo Moderno concentra-se em eficiência e higiene. • O branco torna-se a cor preferida para paredes, desprovidas do tradicional rodapé e pinturas de meia parede. • As portas também passaram a ser mais simples apenas folhas de madeira com acabamento em pintura. • O mobiliário, equipamentos e acessórios receberam o mesmo tratamento minimalista. • Utilização de estruturas tubulares metálicas em mobiliário
  • 31. MOVIMENTO MODERNO • • • A arquitetura havia se tornado uma questão de volume ao invés de massa, espaço ao invés de forma, com regularidade ao invés de simetria controlando o projeto. O resultado foram silhuetas mais limpas nos projetos de Mies van der Rohe. A arquitetura de interiores do período moderno é mais flexível e fácil de ser alterada de acordo com as mudanças de tendências. O fator econômico na simplicidade do arranjo interior também deve ser levado em consideração.
  • 32. O ART DECOR (Paris 1925) • • • • • • • • A cima de tudo o novo estilo era geométrico Círculos, semicírculos, triângulos, octognos e cubos eram as formas usadas na padronagem de carpetes, capachos, papeis de parede, tecidos, mobília, cabeceiras de cama, lareiras, espelhos, etc. A inspiração também veio do mundo antigo com os Astecas e Egípcios. Motivos – por do sol, arvores e flores estilizados, hélices, fontes e formas graciosas de animais. Muito difundido pelo caráter glamuroso em hotéis, bares, resturantes, transatlântico e cinemas. Novas possibilidades com a difusão do uso do plástico Utilização de pedras policromaticas. •Utilização do carpete como Utilização de cores vivas revestimento de piso
  • 33. A REJEIÇÃO AO MODERNISMO • O estilo moderno de cores neutras, formas simples e materiais pesados não agradou a todos. Desta forma, ao longo do tempo foram adicionados cores e ornamentos, aplicação de papel de parede, texturas e tapeçaria. • O Design de interiores passa a se moldar às tecnologias da vida moderna
  • 34. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Influência da imprensa – ditadora de moda “As publicações sobre a Design passaram a ser mais influenciadoras do que o próprio Design” • momento de liberdade, pausa entre o movimento moderno o que está por vir. • Levar em consideração que nem sempre as pessoas podem mudar o Design de interiores dos ambientes cada vez que há uma mudança de estilo.