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Como é determinada a idade de um fóssil? Página 1
COMO É DETERMINADA A IDADE DE UM FÓSSIL?
A datação por carbono-14 foi descoberta
pelo químico americano Willard Frank Libby
(1908-1980), que recebeu o prêmio Nobel da
Química em 1960, pelo desenvolvimento
dessa técnica. Basicamente, ele percebeu que
a quantidade de carbono-14 dos tecidos
orgânicos mortos diminui a um ritmo
constante com o passar do tempo. Em 1947,
trabalhando no Instituto de Estudos
Nucleares, ele com a ajuda de alguns alunos
desenvolveu a técnica do radio-carbono,
utilizando um contador Geiger muito sensível.
A datação de um fóssil pode ser feita com
base no percentual já conhecido do Carbono-
14 em relação ao Carbono-12 da matéria viva
(sem decomposição). O Carbono-14 é um
isótopo radioativo natural do elemento
carbono, recebendo esta numeração porque
apresenta massa atômica 14. O isótopo
estável é o carbono-12, sendo que o Carbono-
14 possui 2 nêutrons a mais no seu núcleo.
O C-14 é formado continuamente na
atmosfera e entra no processo de fotossíntese
e por isso todos os seres vivos possuem em
sua composição geral certa porcentagem de
C-14, mas por que quando morremos ainda o
possuímos no corpo?
Quando os seres vivos morrem inicia-se
uma diminuição da quantidade de carbono-14
em razão da sua desintegração radioativa.
Sabe-se que a meia-vida do C-14 é de 5.730
anos, este é o tempo que o C-14 leva para
transformar metade dos seus átomos em C-
12. A idade do fóssil é descoberta se
baseando no cálculo comparativo entre a
quantidade habitual encontrada na matéria
viva, e aquela que foi descoberta no fóssil.
Assim, arqueologia conta com um
elemento químico para datar fósseis. O
carbono-14 permite decifrar de qual época é
um achado dos arqueólogos, e o valor do
objeto se relaciona com a data, ou seja,
quanto mais antigo é um fóssil maior será sua
importância.
Como é determinada a idade de um fóssil? Página 2
Esta técnica de datação é bastante
utilizada na determinação de idade de
múmias e artefatos instrumentais – com o
objetivo de determinar o respectivo período
civilizacional. Um dos exemplos mais célebres
da utilização da datação por carbono-14
ocorreu em 1988, quando o sudário de Turim
foi datado. O resultado do teste com carbono-
14 mostraram que o sudário datava de
1230+1390 d.C., o que coloca este artefato
nos tempos medievais, e não no período de
vida terrestre de Jesus Cristo.
A meia-vida do carbono-14 é tão curta que
ele pode ser usado para medir restos de
organismo que viveram até 70.000 anos atrás.
Para organismos mais antigos usa-se o mesmo
processo – mas torna-se necessário recorrer a
outro elemento radioativo, de meia-vida mais
longa, como referência.
Além do carbono-14, pode-se usar o
potássio-40 – com meia-vida de 1,25 bilhão de
anos – ou o urânio-238 – com 4,47 bilhões de
anos -, além de muitos outros elementos
radioativos. Para medir, nos fósseis, a
quantidade desses elementos e dos que eles
originam por radiação, os cientistas utilizam
um aparelho chamado espectrômetro de
massa, que permite descobrir a massa
atômica dos elementos químicos presentes.
Essa técnica, porém, não deverá funcionar
corretamente no futuro, dentro de alguns
milhões de anos – isso porque, a partir da
década de 1940, a explosão de bombas
atômicas, a realização de testes nucleares e os
acidentes em usina causaram modificações na
radioatividade do planeta que farão esse
método de datação perder sua referência-
base.
ELEMENTO-CHAVE
A variação na massa atômica do carbono permite
calcular a idade de organismos mortos há dezenas de
milênios
1. Combinando com o oxigênio do ar, o carbono-14
radioativo forma gás carbônico.
2. O carbono-14, assim como o carbono-12, é
absorvido pelas plantas por meio da fotossíntese.
3. Os animais se alimentam das plantas, fazendo o
carbono-14 entrar na cadeia alimentar.
4. A proporção de carbono 12 e 14, nos seres vivos,
permanece constante durante toda sua vida.
5. Após a morte, porém, essa proporção começa a
ser alterada pela radioatividade.
6. A cada 5730 anos, metade do carbono-14
presente nos restos mortais vira carbono 12. Esse
período de tempo – chamado de meia-vida – serve
de referência para determinar a idade do fóssil.
7. Depois de descobertos, os fósseis têm de ser
levados a um laboratório, onde as massas de
carbono 12 e 14 podem ser identificadas com
precisão e usadas no cálculo final.
8. O aparelho que detecta a massa atômica exata
de cada elemento químico encontrado no fóssil é o
espectrômetro de massa. Com esses números na
mão, fica fácil calcular a idade.
Fonte: Esquadrão do Conhecimento
Casa das Ciências
http://www.ufscar.br/~univerci/n_2_a1/carbono.pdf.

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Determinar idade fóssil C14

  • 1. Como é determinada a idade de um fóssil? Página 1 COMO É DETERMINADA A IDADE DE UM FÓSSIL? A datação por carbono-14 foi descoberta pelo químico americano Willard Frank Libby (1908-1980), que recebeu o prêmio Nobel da Química em 1960, pelo desenvolvimento dessa técnica. Basicamente, ele percebeu que a quantidade de carbono-14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a um ritmo constante com o passar do tempo. Em 1947, trabalhando no Instituto de Estudos Nucleares, ele com a ajuda de alguns alunos desenvolveu a técnica do radio-carbono, utilizando um contador Geiger muito sensível. A datação de um fóssil pode ser feita com base no percentual já conhecido do Carbono- 14 em relação ao Carbono-12 da matéria viva (sem decomposição). O Carbono-14 é um isótopo radioativo natural do elemento carbono, recebendo esta numeração porque apresenta massa atômica 14. O isótopo estável é o carbono-12, sendo que o Carbono- 14 possui 2 nêutrons a mais no seu núcleo. O C-14 é formado continuamente na atmosfera e entra no processo de fotossíntese e por isso todos os seres vivos possuem em sua composição geral certa porcentagem de C-14, mas por que quando morremos ainda o possuímos no corpo? Quando os seres vivos morrem inicia-se uma diminuição da quantidade de carbono-14 em razão da sua desintegração radioativa. Sabe-se que a meia-vida do C-14 é de 5.730 anos, este é o tempo que o C-14 leva para transformar metade dos seus átomos em C- 12. A idade do fóssil é descoberta se baseando no cálculo comparativo entre a quantidade habitual encontrada na matéria viva, e aquela que foi descoberta no fóssil. Assim, arqueologia conta com um elemento químico para datar fósseis. O carbono-14 permite decifrar de qual época é um achado dos arqueólogos, e o valor do objeto se relaciona com a data, ou seja, quanto mais antigo é um fóssil maior será sua importância.
  • 2. Como é determinada a idade de um fóssil? Página 2 Esta técnica de datação é bastante utilizada na determinação de idade de múmias e artefatos instrumentais – com o objetivo de determinar o respectivo período civilizacional. Um dos exemplos mais célebres da utilização da datação por carbono-14 ocorreu em 1988, quando o sudário de Turim foi datado. O resultado do teste com carbono- 14 mostraram que o sudário datava de 1230+1390 d.C., o que coloca este artefato nos tempos medievais, e não no período de vida terrestre de Jesus Cristo. A meia-vida do carbono-14 é tão curta que ele pode ser usado para medir restos de organismo que viveram até 70.000 anos atrás. Para organismos mais antigos usa-se o mesmo processo – mas torna-se necessário recorrer a outro elemento radioativo, de meia-vida mais longa, como referência. Além do carbono-14, pode-se usar o potássio-40 – com meia-vida de 1,25 bilhão de anos – ou o urânio-238 – com 4,47 bilhões de anos -, além de muitos outros elementos radioativos. Para medir, nos fósseis, a quantidade desses elementos e dos que eles originam por radiação, os cientistas utilizam um aparelho chamado espectrômetro de massa, que permite descobrir a massa atômica dos elementos químicos presentes. Essa técnica, porém, não deverá funcionar corretamente no futuro, dentro de alguns milhões de anos – isso porque, a partir da década de 1940, a explosão de bombas atômicas, a realização de testes nucleares e os acidentes em usina causaram modificações na radioatividade do planeta que farão esse método de datação perder sua referência- base. ELEMENTO-CHAVE A variação na massa atômica do carbono permite calcular a idade de organismos mortos há dezenas de milênios 1. Combinando com o oxigênio do ar, o carbono-14 radioativo forma gás carbônico. 2. O carbono-14, assim como o carbono-12, é absorvido pelas plantas por meio da fotossíntese. 3. Os animais se alimentam das plantas, fazendo o carbono-14 entrar na cadeia alimentar. 4. A proporção de carbono 12 e 14, nos seres vivos, permanece constante durante toda sua vida. 5. Após a morte, porém, essa proporção começa a ser alterada pela radioatividade. 6. A cada 5730 anos, metade do carbono-14 presente nos restos mortais vira carbono 12. Esse período de tempo – chamado de meia-vida – serve de referência para determinar a idade do fóssil. 7. Depois de descobertos, os fósseis têm de ser levados a um laboratório, onde as massas de carbono 12 e 14 podem ser identificadas com precisão e usadas no cálculo final. 8. O aparelho que detecta a massa atômica exata de cada elemento químico encontrado no fóssil é o espectrômetro de massa. Com esses números na mão, fica fácil calcular a idade. Fonte: Esquadrão do Conhecimento Casa das Ciências http://www.ufscar.br/~univerci/n_2_a1/carbono.pdf.