2. O que é a guerra ?
“A guerra é a continuação da política por outros
meios”
-Karl Von Clausewitz
-Apesar de correcta, a afirmação é vaga e incompleta,
uma vez que ao ser apresentada não esclarece a ideia
de uma guerra mas sim de todo e qualquer conflito.
-Guerra é um confronto sujeito a interesses da disputa
entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais
ou menos organizados,utilizando-se de armas para
aniquilar fisicamente o inimigo. A guerra pode ocorrer entre países ou entre grupos menores como
tribos ou facções políticas dentro do mesmo país (confronto interno). Em ambos os casos, pode-se
ter a oposição dos grupos rivais isoladamente ou em conjunto. Neste último caso, tem-se a
formação de aliança(s).
4. Guerras Civis
• Uma guerra civil é
uma guerra entre grupos
organizados dentro do mesmo país
ou república ou, mais raramente,
entre dois países criados a partir de
um país que antes era unido.
• O objetivo, de um lado, pode ser o
de assumir o controle do país ou
uma região, para conseguir a sua
independência, ou para mudar as
políticas do governo,
• Uma guerra civil é um conflito de
alta intensidade, muitas vezes
envolvendo forças armadas, que é
sustentado, organizado e de grande
escala. Guerras civis podem
resultar num grande número de
vítimas e no consumo de alguns
recursos.
Myanmar, 1948-2021
5. Guerra de Myanmar
• Esta guerra foi causada por
motivos politicos e por motivos
éticos.
• Estes conflitos iniciaram-se com a
independência de Myanmar em
abril de 1948, sendo considerada a
guerra civil mais duradora de
sempre, que vem até aos dias de
hoje.
• O conflito já causou mais de 80000
mortos e deixou mais de 50000
desaparecidos.
6. Guerras Políticas
• Guerras políticas são o uso de
meios políticos para induzir um
oponente a fazer a sua vontade
com base numa intenção hostil.
• A guerra política pode ser
combinada com violência, pressão
económica, subversão e diplomacia.
• No entanto, o principal aspeto
neste tipo de guerras é o uso de
palavras.
Guerra Fria, 1947-1991
7. Guerra Fria
• Esta guerra foi travada entre a
União Soviética e os EUA, as duas
maiores potências mundiais da
altura.
• Esta guerra teve inicio a 1947 e fim
a 1991
• Não houve combates diretos de
larga escala, ou seja, não houve
muitas mortes
8. Guerras Religiosas
• A guerras religiosas são guerras
causadas por diferenças de religião.
• A complexidade desses conflitos é
enorme. Os motivos que levam às
guerras não são apenas a
intolerância religiosa, mas questões
culturais, políticas, raciais e
financeiras.
• Nessa confusão, fica difícil de
entender de fato o que acontece
nesses conflitos e quais os impactos
que eles causam.
9. Guerra Israel vs Palestina
• Os conflitos entre Israel e Palestina
são travados desde a década de
1940 e remontam ao surgimento
do movimento sionista, que
defendia a fundação de um Estado
judeu na Palestina.
• Pode-se dizer que tudo começou
com o surgimento do movimento
sionista, no final do século XIX.
Nesse período, uma grande
quantidade de judeus começou a
migrar, em massa, em direção aos
territórios da Palestina, então
habitados por cerca de 500 mil
árabes. Essa região era
reivindicada pelos judeus por ter
sido deles até a sua expulsão pelo
Império Romano, dando início à
diáspora judaica, a dispersão de
judeus pelo mundo.
10. Análise Filosófica Da Guerra
A filosofia examina à guerra do ponto de vista moral perguntando se pode haver
justificação moral para à guerra.
A análise da guerra não depende das causas da mesma mas sim:
• se há justificação moral para travar alguma
• como deve ser conduzida uma vez declarada
• como agir uma vez terminada
Devido ao seu carácter violento e aos enormes efeitos na vida das
pessoas e das sociedades, à guerra é uma fonte de questões de natureza
moral sendo à mais importante:
1º
12. REALISMO
• É uma teoria popular entre os
cientistas políticos, que consideram
a politica internacional como uma
anarquia, sem quaisquer regras
morais, tendo os estados a regra “o
mais forte à liberdade”, sobrepondo
o interesse do estado a todos os
outros
13. PACIFÍSMO
• O pacifismo, ao contrário do realismo,
não separa a ética da guerra. Os
pacifistas consideram em geral que a
guerra está dentro da esfera da moral.
O problema está em que, do ponto de
vista dos pacifistas, nenhuma guerra
pode ser moralmente justificada. Seja
por razões de princípio seja devido às
consequências que dela resultam, a
guerra é sempre errada.
• O pacifismo moderno é de dois tipos,
consequencialista e deontologista . O
pacifismo consequencialista baseia-se
normalmente na alegação que os
benefícios da guerra nunca superam os
seus malefícios, ao passo que o
pacifismo deontologista parte da ideia
que a guerra é intrinsecamente errada
porque viola deveres absolutos como
não matar seres humanos.
14. TEORIA DA GUERRA JUSTA
• Muitos dos primeiros cristãos,
pensavam que a mensagem de
Cristo proibía completamente a
guerra e eram fortemente
pacifistas, opondo-se a todo o uso
da violência, mesmo para fins
exclusivamente defensivos. Esta
posição, no entanto, impedia a
defesa do mundo cristão dos
ataques dos seus inimigos e acabou
por levar ao desenvolvimento teoria
da guerra justa.
• Ao contrário do que pensam os
realistas, os defensores da teoria
da guerra justa acreditam que há
moralidade na guerra, e
contrariamente ao que acreditam
os pacifistas, por vezes pode ser
justificada
15. Análise Filosófica Da Guerra
A teoria da guerra justa estabelece um conjunto de princípios que visam determinar
condições em que a prática da guerra é justa.
A teoria da guerra justa(JUSTUM BELLUM) deixa a considerar questões importantes:
2º
16. • Causa Justa -Um Estado só pode declarar guerra por razões corretas.
• Reta Intenção -Um Estado deve fazer a guerra apenas devido a uma intenção que seja correta.
• Autoridade apropriada e declaração pública -decisão de um Estado entrar em guerra deve ser
tomada pelas autoridades competentes, de acordo com as leis desse Estado, e dada a conhecer os seus cidadãos e ao
Estado inimigo.
• Último Recurso -Um Estado tem legitimidade para fazer a guerra apenas se essa for a única forma de resolver
o conflito
• Probabilidade de Sucesso -Um Estado só pode fazer a guerra se for provável que dessa forma consiga
resolver a situação.
• Proporcionalidade -Um Estado deve comparar os benefícios que espera que resultem dela com os
malefícios.
17. • Obedecer a todas as leis internacionais sobre armas proibidas -As armas químicas e
biológicas são proibidas por muitos tratados interncionais. Embora não existam exemplos recentes da
sua utilização em guerras, as armas químicas foram insistentemente usadas durante a 1ª Guerra
Mundial.
• Discriminação e imunidade dos não combatentes -Só aqueles que participam no esforço de
guerra do inimigo são alvos legítimos de guerra. Deve distinguir-se a população civil que não constitui
um alvo legítimo, dos alvos militares, políticos e industriais que são objetivos legítimos.
• Proporcionalidade -Os exércitos devem usar uma força proporcional ao fim que visam atingir.
• Prisão benévola para os prisioneiros de guerra -Se os soldados inimigos se rendem e se
tornam prisioneiros, deixam de ser uma ameaça. Por esse motivo, é errado matá-los, torturá-los ou
maltratá-los de qualquer forma.
• Não se podem utilizar meios que são maus em si mesmos -Os exércitos não devem
recorrer a armas ou métodos que são "maus em si mesmos", como violações em massa, genocídios,
limpezas étnicas ou armas cujos efeitos não podem ser controlados, como armas biológicas.
• As represálias são proíbidas -Ocorre uma represália quando um Estado viola as regras do jus
in bello e o outro Estado responde violando também essas regras.
18. O Estado agredido deve ser compensado financeiramente
pelos danos causados, dentro de limites que evitem condenar
o Estado agressor à pobreza.
Se o Estado derrotado tiver violado sistematicamente os
direitos básicos dos outros Estados, os seus responsáveis
devem ser julgados por tribunais internacionais para crimes
de guerra, como o Tribunal Penal Internacional.
Nos casos em que isso se justifica, as instituições políticas do
Estado agressor devem ser mudadas.
A teoria da guerra justa não é
uma teoria que vise justificar ou
impedir a guerra quaisquer que
sejam as circunstâncias. Também
não pretende ser um cheque em
branco ou um cartão vermelho,
mas um instrumento que permita
aos decisores políticos e àqueles
que têm a responsabilidade de
conduzir a guerra tomas decisões
de acordo com um conjunto de
regras que visam grantir a
correção dessas decisões e aos
cidadãos em geral apreciar a
correção das decisões tomadas.
19. Trabalho realizado por:
•Francisco Vicente
•Rafael Reis
•Tiago Alves (rei)
•Guilherme Alves
REFERÊNCIAS:
Teorias filosóficas sobre a guerra (criticanarede.com)