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1
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE BIOLÓGICAS E SAÚDE
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
BIANCA MARIA PARRA
ERIK CARRINHO AZEVEDO
FERNANDA LAETANO ISHIDA
MONALISA ZAMPIERI DA SILVA
PAULO HENRIQUE ZOVICO
VINÍCIUS TAGLIATI DA SILVA NASCIMENTO
ERLIQUIOSE CANINA
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2021
2
BIANCA MARIA PARRA
ERIK CARRINHO AZEVEDO
FERNANDA LAETANO ISHIDA
MONALISA ZAMPIERI DA SILVA
PAULO HENRIQUE ZOVICO
VINÍCIUS TAGLIATI DA SILVA NASCIMENTO
ERLIQUIOSE CANINA
Trabalho complementar apresentado à
Universidade Metodista de São Paulo,
Faculdade de Biológicas e Saúde, curso
de Medicina Veterinária do Campus
Planalto como exigência parcial para
avaliação do 3º semestre do módulo:
Microbiologia. Sob a orientação do
Professor Ms. Augusto César Baldassi.
SÃO BERNARDO DO CAMPO
2021
3
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma doença infectocontagiosa de grande
relevância na Medicina Veterinária denominada como Erliquiose Canina que pode acometer
os cães, sendo ela transmitida por carrapatos ou transfusão sanguínea. No Brasil o principal
agente desta doença é causado pelo parasita riquétsia Ehrlichia canis. Os animais infectados
podem desenvolver sinais brandos ou graves, mas em alguns casos não será apresentado os
sinais clínicos da infecção, pois tudo isso vai depender também da fase da doença (aguda,
subclínica e crônica). Apesar de ser uma doença infectocontagiosa o tratamento é simples e
requer a administração de antibióticos, sendo a doxiciclina o antibiótico mais eficaz no
combate contra a doença. Para um melhor entendimento sobre a infecção detalhamos um
estudo de caso de um cão fêmea infectado da raça dálmata com 3 meses e 7,4kg que foi
atendido no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O
Médico (a) Veterinário (a) deve utilizar ferramentas como campanhas e palestras, para a
conscientização dos tutores e responsáveis visando orientar a população sobre os sintomas e
sinais da doença, pois, o diagnóstico precoce possibilita grande chance de cura ao animal
infectado. Contudo, a Erliquiose Canina não confere imunidade protetora ao animal que pode
novamente contrair a doença através de uma nova reinfecção.
Palavras-chave: Cães, Carrapato, Erliquiose canina, Infecção, Rhipicephalus sanguineus.
4
ABSTRACT
The present work aims to present an infectious disease of great relevance in Veterinary
Medicine called Canine Ehrlichiosis that can affect dogs, being transmitted by ticks or blood
transfusion. In Brazil the main agent of this disease is caused by the rickettsiae parasite
Ehrlichia canis. Infected animals may develop mild or severe signs, but in some cases the
clinical signs of infection will not be shown, as all of this will also depend on the stage of the
disease (acute, subclinical and chronic). Despite being an infectious disease, treatment is
simple and requires the administration of antibiotics, with doxycycline being the most
effective antibiotic in the fight against the disease. For a better understanding of the infection,
we detail a case study of an infected female dog of the Dalmatian breed with 3 months and 7.4
kg that was attended at the Veterinary University Hospital of the Federal University of Piauí
(UFPI). The Veterinarian must use tools such as campaigns and lectures, to raise the
awareness of tutors and guardians in order to guide the population about the symptoms and
signs of the disease, as early diagnosis allows a great chance of healing the infected animal.
However, canine ehrlichiosis does not confer protective immunity to the animal which can
again contract the disease through a new reinfection.
Keywords: Dogs, Tick, Canine ehrlichiosis, Infection, Rhipicephalus sanguineus.
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................06
2 ETIOLOGIA.................................................................................................07
3 PATOGENIA...............................................................................................09
4 EPIDEMIOLOGIA........................................................................................11
5 SINAIS CLÍNICOS ......................................................................................13
6 DIAGNÓSTICO ...........................................................................................14
7 TRATAMENTO ...........................................................................................15
8 CASO CLÍNICO.............................................................................................17
9 MEDIDAS PREVENTIVAS..........................................................................21
CONCLUSÃO .............................................................................................22
REFERÊNCIAS...........................................................................................23
6
1 INTRODUÇÃO
O tema abordado nesta pesquisa tem o objetivo principal de apresentar uma
enfermidade infectocontagiosa popularmente conhecida como a doença do carrapato e que
atinge os cães de todas as raças, sexo e idade denominada como Erliquiose Canina.
Vale lembrar que, a denominação popular conhecida como a doença do carrapato não
é assemelhada somente a Erliquiose Canina e sim para outras doenças também transmitidas
por carrapatos consideradas hemoparasitoses de infecções causadas por bactérias e
protozoários que podem acometer cães e gatos, portanto, aqui no Brasil os principais agentes
destas doenças são Babesia canis, Ehrlichia canis e Anaplasma platys (ORLANDI, 2019).
Partindo de uma contribuição adquirida pela disciplina modular de Microbiologia
ministrada pelo Profº Ms. Augusto César Baldassi e de revistas ou artigos científicos por
autores renomados da área de Medicina Veterinária, iremos abordar como os pets podem
transmitir as Zoonoses (doenças transmitidas entre animais e humanos).
Nesta pesquisa iremos abordar a Etiologia que define qual é o agente que causa a
doença, a Patogenia que define melhor sobre o desenvolvimento da doença no corpo do
animal e a Epidemiologia visando destacar qual a maior frequência e os fatores que
determinam a ocorrência das doenças nos cães no Brasil.
Portanto, aqui serão mencionados os Sinais Clínicos decorrentes da presente doença
no corpo do animal, para que assim seja possível entender melhor qual o diagnóstico correto e
o tratamento com um resultado satisfatório sobre a cura da doença ou a melhor maneira de
encontrar a qualidade de vida para o animal infectado.
Assim sendo aqui também será demonstrado um Caso Clínico real de um cão
infectado, para que seja possível obter uma melhor compreensão e a descrição das medidas
preventivas adotadas que são eficazes para antes do surgimento da doença ou agravamento de
uma condição mórbida do cão infectado pelo carrapato.
Contudo, iremos abordar nessa presente pesquisa informações relevantes e importantes
para o desenvolvimento do aluno universitário do curso de Medicina Veterinária com intuito
de promover esclarecimentos sobre a doença do carrapato, para que sejam esclarecidas
possíveis dúvidas e situações reais que serão vivenciadas em nosso futuro profissional como
Médico (a) Veterinário (a).
7
2 ETIOLOGIA
É de fundamental importância ter conhecimento sobre qual o agente que causa a
doença Erliquiose Canina, sendo que as doenças transmitidas por carrapatos são causadas por
protozoários ou bactérias, com o principal carrapato transmissor o Rhipicephalus sanguineus.
A Erliquiose Canina é uma doença cuja característica de classificação científica e
originada por uma riquétsia pertencente ao Gênero Ehrlichia spp, Família Rickttsiaceae,
Ordem Rickettsiales e Espécie Ehrlichia Canis, que são bactérias Gram negativas,
intracelulares obrigatórias dos leucócitos (monócitos) com forma de cocobacilos e se
multiplicam pela divisão binária, conforme ressalta (SILVA, 2015).
Pode-se afirmar conforme demonstra o autor Silva (2015) que a espécie da Ehrlichia
Canis mede 0,2-0,4 μm de diâmetro, sendo ele considerado um microrganismo pequeno.
Figura 1. Larva, ninfa e adulto (fêmea e macho) do Rhipicephalus sanguineus
Fonte: http://www.uel.br/pos/mestradoclinicasveterinarias/pages/arquivos/disserta%C3%A7%
C3%A3o%20-%20IZABELLE%20GALIARDO%20GARCIA.pdf
A ocorrência da Ehrlichia Canis dentro dos monócitos acontece por três principais
fases: (1) ocorre em primeiro lugar através da penetração dos corpos elementares nos
monócitos, onde permanecem em crescimento por aproximadamente 2 dias, pouco depois na
segunda fase (2) é a vez da multiplicação do agente causador da doença que ocorre por um
período de 3 a 5 dias, com a formação do corpo inicial e por fim, na última etapa (3) a
8
formação das mórulas sendo estas constituídas por um conjunto de corpos elementares (cheias
de bactérias dentro) envoltos por uma membrana (SILVA, 2015).
Figura 2. Ciclo do Rhipicephalus sanguineus
Fonte: http://www.uel.br/pos/mestradoclinicasveterinarias/pages/arquivos/disserta%C3%A7%
C3%A3o%20-%20IZABELLE%20GALIARDO%20GARCIA.pdf
A doença infectocontagiosa denominada Erliquiose Canina é transportada por um
parasita Ehrlichia canis intracelular obrigatório de células hematopoiéticas especialmente de
monócitos e macrófagos, sendo transmitida pela picada do carrapato canino marrom comum
Rhipicephalus sanguineus e com menos casos pela transfusão sanguínea através do sangue
infectado de um cão para outro sadio (LEITÃO; et al., 2011).
De acordo com Garcia Filho, et al., (2010) aqui no Brasil a Erliquiose Canina tem alta
incidência principalmente nas áreas urbanas.
Mediante o exposto, é importante destacar que a Erliquiose Canina é uma doença
infectocontagiosa transmitida pela picada do carrapato que carrega a bactéria destruindo a
probidade das células sanguíneas, ou seja, é um parasita que ataca o sangue dos cães com uma
estatística de morte de 80% dos animais infectados, mas que não é transmissível a seres
humanos (CRMV/AL, 2013).
9
3 PATOGENIA
A infecção do cão sadio se dá no momento do repasto do carrapato infectado pela
bactéria causadora da doença, o parasita ou agente realiza a atividade de se alimentar através
do sangue, ou seja, é nesse momento que ocorre o desenvolvimento da doença no organismo
dos cães.
De acordo com os autores Lemos, et al., (2018) o repasto sanguíneo transmite a
riquétsia para o animal, lembrando que o período de incubação é de 8 a 20 dias.
Assim, os cães contaminados pela doença do carrapato podem desenvolver sinais
brandos ou graves, mas em alguns casos não será apresentado os sinais clínicos da infecção e
tudo isso vai depender também da fase da doença em que os cães se encontram, pois, as
manifestações clínicas variam para a doença aguda, subclínica e crônica (GARCIA FILHO; et
al., 2010).
É importante ressaltar que os autores Leitão, et al., (2011) destacam que a doença
transmitida pelos carrapatos pode não ser encontrada na fase crônica ou subclínica.
A doença em sua fase aguda é detectada pelas células do sangue que fazem parte do
sistema imunológico com a função defender o organismo de corpos estranhos, como por
exemplo, infecções causadas por bactérias e protozoários.
Em virtude dos fatos mencionados afirma os autores que Silva, et al., (2011) os cães
podem apresentar alterações em diversos mecanismos fisiológicos dos quais a
trombocitopenia é o mais frequente.
Os autores Lemos, et al., (2018) reforçam a informação de que a Erliquiose Canina
ocorre por meio de três estágios, sendo que a primeira a fase é aquela aguda e mais intensa
por ser o início da contaminação, a segunda fase é a etapa subclínica (geralmente é
assintomática) e por fim, a última fase ocorre quando as infecções são persistentes de forma
crônica, vale ressaltar, que a infecção possui um período de incubação de uma a três semanas
que leva aos três estágios da doença.
Uma vez que ocorre o período de incubação de 8 a 20 dias, o microrganismo
multiplica-se dentro órgãos do sistema mononuclear fagocítico (fígado, baço e linfonodos),
podendo ocorrer na fase aguda uma hiperplasia linforeticular com posterior inflamação tudo
isso por conta da infecção, conforme destaca (SILVA, 2015).
Para Silva (2015) nessa fase aguda a riquétsia se replica pelas células de defesa do
organismo (células mononucleares) localizadas em linfonodos, baço e medula óssea,
10
resultando em aumento de volume desses órgãos, ocorrendo assim a destruição de hemácias e
plaquetas resultando em anemia e trombocitopenia.
Mas Garcia Filho, et al., (2010) descrevem também algumas características relevantes
dos três estágios da doença, sendo que no primeiro estágio denominado como aguda, podem
ocorrer a trombocitopenia devido à diminuição da meia-vida das plaquetas, anemia do tipo
normocítica normocrômica regenerativa, devido à perda de sangue, depressão, anorexia,
febre, perda de peso, corrimentos ocular e nasal, dispnéia, linfadenopatia e edema dos
membros ou do escroto, tudo isso decorrente da diminuição do número de plaquetas no
sangue.
Além disso, os autores descrevem que na fase subclínica do segundo estágio pode
resultar em trombocitopenia, leucopenia seguida de leucocitose e monocitose e neutropenia,
mas os sintomas geralmente são perceptíveis como a fase aguda (GARCIA FILHO; et al.,
2010).
De acordo com Silva (2015) a fase subclínica geralmente é assintomática, mas podem
ser encontradas algumas complicações como depressão, hemorragias, edema de membros,
perda de apetite e palidez de mucosas decorrentes da infecção.
Sendo que por fim na última fase denominada como crônica ocorre a hipoplasia de
medula óssea resultando em anemia aplástica, perda de peso, pirexia, sangramento
espontâneo, palidez devida à anemia, linfadenopatia generalizada, hepatosplenomegalia,
uveíte anterior ou posterior com sinais neurológicos causados por meningoencefalomielite e
edema de membro intermitente (GARCIA FILHO; et al., 2010).
Entretanto, Silva (2015) destaca que na fase crônica, a Erliquiose Canina assume as
características de uma doença autoimune e por isso nesta fase os cães acabam tendo os
mesmos sinais da fase aguda, porém, de forma reduzida e com aspectos de apático ou
caquético uma vez que a facilidade aumentada para ter infecções secundárias.
Assim, os animais que uma vez contraíram a Erliquiose não desenvolvem uma
imunidade protetora mesmo que já foram tratados e quando são expostos novamente ao vetor
contaminado ou agente parasita, podem contrair novamente a doença e essa reinfecção ser
semelhante à anterior, vinda de uma forma mais branda ou até mais intensa (FIGUEIREDO,
2011).
11
4 EPIDEMIOLOGIA
A Erliquiose Canina segundo os autores Silva, et al., (2011) tem a predominância de
ocorrer em países que possuem um clima temperado, tropical e subtropical do mundo devido
à prevalência de seu vetor Rhipicephalus sanguineus ser encontrado em regiões geográficas
como o sudeste da Ásia, África, Europa, Índia, América Central e América do Norte.
Portanto, a doença infecciosa ocorre geralmente em regiões tropicais de clima e
ambientes quentes porque nesse período observa-se com grande frequência a participação dos
fatores climáticos na relação da presença desses agentes, mas isso não impede que os casos
também da doença aconteça durante o ano inteiro e as condições climáticas não é o único
elemento epidemiológico que pode influenciar os níveis de predominância da Erliquiose
Canina no Brasil.
Segundo os autores a maior prevalência encontrada foi na região Nordeste com uma
porcentagem de 43% e a menor na região Sul de 1,70% e ambos destacam que existem outros
fatores como: a distribuição do vetor, a população sob estudo, comportamento animal ou
habitat e a metodologia empregada na investigação do agente também podem afetar os níveis
de prevalência da Erliquiose Canina (SILVA; et al., 2011).
A gravidade da doença dependerá de requisitos importantes que são encontrados nas
variações genéticas pela raça, a idade, a alimentação, cuidados do tutor e as doenças
concomitantes que acompanham a vida do animal e por fim, a capacidade que essa
enfermidade terá para entrar no sistema de defesa e causar uma infecção dentro do organismo
do cão.
Segundo os autores Silva, et al., (2011) a doença do carrapato é considerada mais
grave em cães da raça Dobermans, Pinchers e Pastor Alemão.
É importante ressaltar, que os cães da raça Pastor Alemão apresentam uma gravidade
clínica quando são contaminados pela doença do carrapato e foram identificados sérios
problemas hemorrágicos na qual se deve à diminuição de uma resistência e imunidade
mediada por células desta raça por serem mais predispostos a esse tipo de infecção (SILVA;
et al., 2011).
De acordo com a autora Garcia (2017), em consequência de informações de estudos
relacionados com os cães que foram infectados foi concluído que a doença foi mais frequente
em animais de raça definida (73,44%), sendo que a raça Pastor alemão foi à raça mais
acometida pela infecção porque apresentou distúrbios hemorrágicos graves e esta
12
suscetibilidade racial está relacionada à depressão da imunidade mediada por células nessa
raça.
No que diz respeito à idade no estudo foi identificado que a enfermidade ocorreu com
maior frequência em cães com menos de um ano, porém, no que se refere ao sexo dos cães,
não há relatos de maior predisposição sexual para a infecção por Ehrlichia canis (GARCIA,
2017).
Contudo, de acordo com os autores Silva, et al., (2011) uma análise mais segura para
definir melhor quais são os critérios epidemiológicos da frequência e os fatores que
determinam a ocorrência da doença do carrapato, podem ser medidos com métodos
sorológicos e molecular que são necessários para estabelecer de forma plena a extensão e a
importância da Erliquiose nos cães.
13
5 SINAIS CLÍNICOS
A fase aguda da infecção ocorre após o período de incubação que varia entre 8 a 20
dias, podendo se estender por um tempo de 2 a 4 semanas, mas geralmente apresenta uma
hipertermia (39,5 - 41,5 °C) decorrente de uma intensidade do pico febril com consequências
de anorexia, perda de peso e astenia (SILVA, 2015).
Segundo o autor Silva (2015) a infecção durante a fase aguda apresenta sinais clínicos
inespecíficos como febre, corrimento óculonasal, uveíte anterior, epistaxe, depressão,
polidipsia, linfadenopatia, desidratação, esplenomegalia e diarreia.
Na fase subclínica da doença não são observados os sinais clínicos, mas é um tempo
que ocorre a manifestação da infecção dentro de um período de seis a nove semanas, por outro
lado também pode identificar a presença de trombocitopenia, leucopenia e anemia em
hemograma de rotina e por fim, de forma persistente a depressão, hemorragias, edema de
membros, perda de apetite e palidez de mucosas no animal infectado (SILVA, 2015).
Portanto, um animal que apresente a doença de forma crônica e severa apresenta
conforme destaca o autor Silva (2015) sintomas como a ataxia, disfunção neuromotora,
disfunção vestibular central ou periférica e hiperestesia localizada ou generalizada e outras
anormalidades decorrentes de anisocoria, disfunção cerebelar e tremores intensos.
Conforme destacado aqui no presente trabalho a fase crônica tem diferentes sintomas e
se assemelha com características de uma doença autoimune, relacionando-se com os sinais
semelhantes à fase aguda aqui apresentada, mas que chegam de forma reduzida e
características de apático, caquético e com susceptibilidade aumentada a infecções
secundárias, em consequência do comprometimento imunológico (SILVA, 2015).
É importante ressaltar conforme afirma Garcia (2017) que identificar a fase da
infecção como aguda, assintomática e muitas vezes crônica de um animal infectado com a
Erliquiose Canina acaba sendo uma etapa difícil, por causa dos vários sinais clínicos que
podem variar de acordo com a fase da doença (aguda, subclínica e crônica), sendo os mais
frequentes: febre, anorexia, mucosas pálidas, emagrecimento, hepatoesplenomegalia,
linfadenopatia e alterações nervosas e oculares.
Assim, o fator da idade do animal e as doenças concomitantes devem ser considerados
como uma característica que pode agravar ainda mais a saúde do animal infectado, onde ele
pode chegar a óbito devido à anemia, uremia e até mesmo infecções secundárias (GARCIA,
2017).
14
6 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da doença é feito através dos sinais clínicos e depende também
conforme ressalta a autora Garcia (2017) de uma combinação de alterações hematológicas,
achados citológicos e sorológicos.
Vale ressaltar, que o diagnóstico pode ser clínico e laboratorial, mas desde que ele seja
baseado por suspeitas de sintomas cujas alterações são de resultados dos exames de
hemograma, bioquímico e urinálise (ALMEIDA, 2017).
Segundo Silva (2015) é preciso identificar a história clínica com o relato da presença
do carrapato no animal juntamente com o teste laboratorial vindo de um recurso diagnóstico
complementar que pode servir de apoio para confirmar ou não uma suspeita verificada nos
sinais clínicos através de uma técnica chamada de E. canisem esfregaços de sangue, reação de
polimerase em cadeia (PCR), imunofluorescência indireta (IFI) e lesões micro e
macroscópicas.
O teste diagnóstico da técnica E. canisem esfregaços de sangue tem baixa
sensibilidade e o ideal é aquele exame que apresente alta sensibilidade porque ocorrendo a
negativa na maioria dos casos fica difícil de saber se o animal está infectado com a doença do
carrapato, pois o microrganismo está presente em pequeno número na corrente sanguínea
durante a infecção e a proporção de células infectadas pode ser menos do que 1% (GARCIA,
2017).
Por isso, destaca a autora Garcia (2017) que a reação de polimerase em cadeia (PCR)
permite um diagnóstico mais preciso e confiável justamente pela alta sensibilidade e
especificidade apresentada no resultado, podendo ser empregado com total segurança e
eficácia nas diferentes fases clínicas da infecção.
Dessa forma, o diagnóstico da PCR se mostrou mais sensível e específico quando
comparado com outros exames de pesquisa da infecção e deve ser um método importante a
ser inserido na rotina de solicitações de diagnóstico do paciente.
Um diagnóstico correto e precoce da Erliquiose Canina aumenta as chances de
recuperação do animal através de um tratamento adequado, sendo que o diagnóstico tardio
pode levar a um quadro clínico mais severo e o cão apresentar sintomas graves como aplasia
de medula óssea (SILVA; et al., 2011).
Portanto, o diagnóstico precoce é a maior ferramenta para o tratamento da Erliquiose
Canina, pois quando diagnosticada no início dos sintomas ela tem grande chance de cura,
conforme destaca os autores da presente pesquisa aqui demonstrada.
15
7 TRATAMENTO
Segundo os sinais clínicos decorrentes da presente doença no corpo do animal e com a
definição correta do diagnóstico, o médico (a) veterinário (a) tem o compromisso em
solucionar o problema proposto com um tratamento do cão doente visando à possibilidade de
cura do paciente ou a maneira mais segura de contribuir para a qualidade de vida do animal
infectado.
Os autores Lemos, et al., (2018) citam que diversos medicamentos podem ser
utilizados no tratamento da Erliquiose Canina, como: a doxiciclina, a oxitetraciclina, o
cloranfenicol, o imidocarb e a tetraciclina, sendo que a doxiciclina é mais utilizada porque
tem algum efeito em todas as fases da doença (aguda, subclínica e crônica).
Portanto, o tratamento com a doxiciclina demonstrou uma menor incidência de
reinfecção em relação aos tratados com o medicamento oxitetraciclina (SILVA; et al., 2011).
Dessa forma, a medicação é absorvida com rapidez quando administrada por via oral e
a sua distribuição ocorre de forma plena pelo coração, rins, pulmões, músculo, fluido pleural,
secreções brônquicas, bile, saliva, fluido sinovial, líquido ascético, podendo assim também ser
utilizado para complementar o tratamento vitaminas do complexo B para estimular o apetite e
ajudar em alguns casos específicos (LEMOS; et al., 2018).
Conforme Lemos, et al., (2018) é recomendável que a doxiciclina seja administrada 2
a 3 horas antes ou após a alimentação para que não ocorram alterações na absorção, sendo
que ela é eliminada pelo organismo do animal na forma ativa através das fezes por vias não
biliares e ela não tem efeito acumulativo em pacientes com disfunção renal, por conta disso
pode ser utilizada nesses animais sem restrições.
É importante ressaltar, que o tratamento pode durar de 3 a 4 semanas nos casos agudos
e até 8 semanas nos casos crônicos e na fase aguda a dose recomendada é de 5 mg/kg ao dia, e
em casos crônicos 10 mg/kg ao dia (GARCIA, 2017).
Vale lembrar que, o médico (a) veterinário (a) deve fornecer também um tratamento
de suporte ao animal principalmente nos casos crônicos da doença, pois a desidratação pode
ser corrigida com fluidoterapia e as hemorragias devem ser compensadas pela transfusão
sanguínea, com uma terapia a base de glicocorticoides e antibióticos nos casos em que a
trombocitopenia for importante e situações de infecções bacterianas secundárias (LEMOS; et
al., 2018).
A Erliquiose Canina é uma enfermidade infectocontagiosa de difícil diagnóstico e
controle, por apresentar sinais clínicos que podem variar de acordo com a fase da doença
16
(aguda, subclínica e crônica) e ser transmitida por um vetor comum em todo Brasil, deve ser
objeto de estudo e pesquisa uma vez que possa servir de parâmetro para o conhecimento e
tratamento da Erliquiose Humana, ou seja, o médico (a) veterinário (a) deve estar atento a um
maior controle do número de infectados, utilizando-se de ferramentas como campanhas e
palestras de como realizar a prevenção para a conscientização dos tutores visando orientar a
população sobre os sintomas e sinais da doença (SILVA; et al., 2011).
17
8 CASO CLÍNICO
O presente caso clínico aqui apresentado é de um cão fêmea infectado com a
Erliquiose Canina da raça dálmata com 3 meses e 7,4kg, que foi atendido no Hospital
Veterinário Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI), conforme descreve SÁ, et
al., (2018) pelo relato do caso abaixo:
Diagnóstico do caso clínico:
Ao iniciar a anamnese o médico (a) veterinário (a) decorrente do relato da tutora de
que o dálmata não se alimentava regularmente, estava triste e fraco, esse fato aconteceu três
dias após a vacinação (primeira dose octógena) o animal estava com as fezes normais, mas
apresentou manchas vermelhas no abdômen e conjuntamente foi feito tratamento com
glicopan na tentativa de melhorar o apetite do animal.
Os sinais clínicos constataram por uma temperatura retal de 39,2ºC, a frequência
cardíaca de 73 batimentos por minuto (bpm), a frequência respiratória de 37 movimentos por
minutos (mpm), a ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações, mucosas pálidas, pulso
normocinético e o tempo de preenchimento capilar (TPC) maior que dois segundos, portanto,
um exame físico realizado de um paciente dócil e com consciência alerta.
Foi identificada também no exame clínico a presença de petéquias em toda a região
ventral, ixodidiose e linfonodos submandibular, pré-escapular e poplíteo aumentados de
tamanho. Mas para complementar o diagnóstico do dálmata foram realizados exames
complementares como hemograma, bioquímico e parasitológico para pesquisa de
hematozoário (esfregaços), tendo como observação o tempo de coagulação alterado com mais
de cinco minutos durante a coleta de sangue da ponta de orelha.
O hemograma demonstrou compatibilidade ao quadro de erliquiose e apresentou
anemia normocítica normocrômica, trombocitopenia, eosinopenia e leucopenia. Ainda nos
testes de diagnóstico do animal foram apresentados plaquetas gigantes e plasma normal, com
hipoalbuminemia no exame bioquímico, porém, o diagnóstico de erliquiose foi confirmado
com o exame parasitológico para a pesquisa de hematozoário (esfregaço sanguíneo) que se
apresentou como positivo para a Erliquia canis.
É importante ressaltar, que segundo Garcia (2017) o teste diagnóstico da técnica E.
canisem esfregaços de sangue tem baixa sensibilidade para a detecção da infecção no animal e
a reação de polimerase em cadeia (PCR) permite um diagnóstico mais preciso e confiável por
conta da alta sensibilidade e especificidade apresentada no resultado, mas nesse caso
18
demonstrado o exame parasitológico (esfregaço sanguíneo) foi eficaz para a confirmação da
doença no dálmata.
Tratamento do caso clínico:
Para o tratamento do paciente foi prescrito a administração da doxiciclina pela
dosagem de 5mg/kg e aplicação oral, duas vezes ao dia durante vinte dias consecutivos, com a
complementação da vitamina B1(suplemento) com função suplementar e dosagem de
0,1ml/kg pela aplicação também via oral na mesma frequência do medicamento anterior,
sendo duas vezes ao dia e durante vinte dias.
Assim, foi instruído dar ao paciente também a vitamina C (suplemento) ainda via oral
com dose de 1ml, como suporte e nível suplementar por duas vezes ao dia consecutivamente
durante o prazo de 20 dias e conjuntamente com o sarolaner que é um ectoparasiticida dosado
em 2mg repetidamente a cada 35 dias para o controle dos carrapatos e outros artrópodes.
O tratamento não consiste em apenas na prescrição de medicamentos e sim um
acompanhamento que proporciona o bem estar do pet e por isso, o médico (a) veterinário (a)
deve se submeter o paciente à reavaliação clínica e laboratorial.
O dálmata foi encaminhado novamente ao Hospital Veterinário Universitário depois
do tratamento logo após o período de 14 dias, onde se realizou o hemograma e bioquímico
(Tabela 1), para uma reavaliação clínica e laboratorial.
Imagem comparativa de antes e depois do tratamento de 14 dias
Tabela 1. Comparação de hemograma e bioquímico completo antes e após 14 dias de tratamento
instituído contra Erliquiose canina.
Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf
19
Segundo o a tutora o animal apresentou uma melhora com o retorno normal do apetite
e com a avaliação através do exame físico realizado (a) pelo médico (a) veterinário (a) ficou
constatado que o dálmata não apresentou febre, porém, as mucosas ocular e oral se
apresentaram mais rosadas (Figura 3), mas havia a presença de pequenas manchas claras na
região inguinal (Figura 4) e por fim, também o aparecimento de pequenas manchas claras na
região axilar local este onde as petéquias eram evidentes (Figura 5), conforme demonstra as
imagens abaixo (SÁ; et al., 2018):
Figura 3. Mucosa ocular e oral com coloração rosada.
Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf
Figura 4. Presença de pequenas manchas claras na região inguinal.
Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf
20
Figura 5. Presença de pequenas manchas claras na região axilar.
Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf
Pela avaliação médica e com os resultados laboratoriais foi identificado que o cão
obteve uma melhora, porém, a anemia permaneceu de forma leve junto com a eosinofilia,
leucocitose, linfocitopenia e neutrofilia (notável na tabela).
Desta forma, foi recomendado para a tutora dar a continuidade no tratamento
medicamentoso porque o animal não estava totalmente recuperado, por isso foi preciso dar
seguimento com a: vitamina B1 (0,1ml/kg pela aplicação também via oral - mesma dosagem),
o uso da doxiciclina (5mg/kg e aplicação oral - mesma dosagem) também foi prescrito a
silimarina (hepatoprotetor) dosado em 20mg/kg pela via oral, sendo uma vez ao dia
consecutivamente durante o período de 15 dias e o cloridrato de levamisol (anti-helmíntico)
dosado em 10mg/kg também via oral, uma vez ao dia por 15 dias, aumentando assim a
resposta imunológica do animal.
Conclusão do caso clínico:
Em vista das informações apresentadas no relato de caso, pode-se verificar que o
animal havia sido vermifugado, tinha contato com outros animais e estava infestado por
carrapatos. O sucesso para a recuperação do cão de raça dálmata obteve a contribuição de sua
tutora que ao verificar que o seu cão não estava normal levou ele imediatamente ao médico
(a) veterinário (a) para procurar o tratamento e cuidado necessário.
É importante ressaltar, que o tratamento da erliquiose leva a cura do animal, mas pode
ocorrer o reaparecimento de algum sintoma se o tratamento não for realizado corretamente ou
até mesmo a reinfecção de uma nova infestação parasitária por carrapatos R. sanguineus.
Portanto, nesse caso aqui demonstrado do dálmata com o tratamento adequado o
animal demonstrou visível melhora e total recuperação da erliquiose canina.
21
9 MEDIDAS PREVENTIVAS
A Erliquiose Canina atualmente é uma das doenças que mais afeta os cães e muitos
tutores não estão cientes da gravidade dessa enfermidade infectocontagiosa popularmente
conhecida como a doença do carrapato, sendo importante destacar que medidas preventivas
devem ser devidamente executadas.
A prevenção é realizada através do controle do vetor da doença (o carrapato) com
produtos acaricidas ambientais e de uso tópico são eficazes desde que seja realizado o manejo
correto (SILVA; et al., 2015).
De acordo com a Figueiredo (2011) os produtos acaricidas mais utilizados são o
amitraz, fipronil, piretróides, eimidacloprid e permetrina.
Porém, ressaltam os autores Silva, et al., (2015) que o controle do parasita e a
prevenção da doença tem um caráter de suma importância nos canis e nos locais de grande
concentração de animais, visto que não há uma vacina para essa doença.
As medidas preventivas são realizadas com a pulverização de carrapaticidas de longa
duração nos cães e no ambiente onde vivem, além de manter boas condições de higiene
(FIGUEIREDO, 2011).
Conforme determina a autora Figueiredo (2011) todo animal que entrar no canil ou
locais de grande concentração de animais deve ser colocado em quarentena, sendo realizado
tratamento para carrapatos, mas é recomendável a efetivação de exames periódicos nos cães e
se caso for confirmada a infecção, realizar o tratamento e isolar os cães positivos para
minimizar o contagio da infecção.
Vale lembrar, que deve ser ocorrer uma inspeção rotineira nos cães, investigando a
presença de carrapatos e a remoção imediata.
22
CONCLUSÃO
A relação entre homem e o animal doméstico está cada vez mais próxima e os pets
(cão e gato) atingiram um novo espaço dentre o núcleo familiar e são considerados os
membros da família de seus tutores.
Diante das informações levantadas nessa pesquisa podemos observar que a Erliquiose
Canina é uma doença transmitida pelos carrapatos e pode não ser encontrada na fase crônica
ou subclínica devido aos sinais clínicos variados nas diferentes fases.
O medicamento mais eficaz para o tratamento com a possibilidade de cura é a
doxiciclina, como visto no relato de caso, mas o sucesso da terapia depende do conhecimento
apropriado acerca dos aspectos envolvidos na transmissão e na fisiopatologia desta
enfermidade (GARCIA FILHO; et al., 2010).
Para Silva (2015) a Erliquiose Canina deve ser o foco de pesquisa e estudo pelos
médicos (a) veterinários (a), por ser uma doença de prevalência em todo território nacional e
possuir um vetor de difícil eliminação e uma doença que pode ser transmitida entre os
animais.
As campanhas e palestras de conscientização pelos médicos (a) veterinários (a) podem
auxiliar no processo das medidas preventivas dessa infecção, orientando assim a população
(tutores e responsáveis pelos animais) sobre as formas de transmissão, tratamento e profilaxia
contra o carrapato e vetor da doença.
É importante ressaltar, que a Erliquiose Canina não confere imunidade protetora ao
animal por uma nova exposição de carrapatos infectados, mesmo após o tratamento pode
também resultar em uma nova reinfecção da doença.
De acordo, com a Figueiredo (2011) o uso de medicamentos antibióticos, como a
doxiciclina não causa a extinção completa do agente apenas limita a infecção, permitindo que
o estímulo antigênico da substância introduzida no organismo realize a produção de
anticorpos e essa estimulação promova uma proteção prolongada contra a doença, mas não é
uma proteção definitiva.
Podemos concluir que os sinais clínicos e o diagnóstico precoce (início dos sintomas)
de forma correta, podem contribuir para uma chance de cura da Erliquiose Canina e um bom
prognóstico do paciente.
23
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Luíza Monteiro de. Uso da PCR convencional como meio de diagnóstico de
Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Babesia spp. e Hepatozoon spp. em cães com
trombocitopenia. Trabalho de Conclusão de Curso (para a obtenção do título de Bacharel
em Medicina Veterinária) – pela Universidade Federal da Paraíba e Centro de Ciências
Agrárias, 2017. Disponível:
<https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1896/1/LMA01082017.pdf>. Acesso
em: 29 abr. 2021.
AMARAL, Lauriana Silva. et. al. Diagnóstico de Erliquiose Canina por meio do teste
sorológico e detecção de hemoparasitos em esfregaço sanguíneo. Conselho Regional de
Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais – CRMV/MG. Revista V&Z em Minas,
n. 136, a XXIV, p.1-6, Mar., 2018. Disponível: <http://www.crmvmg.gov.br/RevistaVZ/Revi
sta36.pdf >. Acesso em: 29 abr. 2021.
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DE ALAGOAS -
CRMV/AL. Erliquiose Canina e o diagnóstico através do exame de sangue, hemograma.
Ago, 2013. Disponível:
<http://www.crmval.org.br/site/mostraconteudo.aspx?c=38#:~:text=A%20doen%C3%A7a%2
0%C3%A9%20uma%20infec%C3%A7%C3%A3o,%C3%A9%20transmiss%C3%ADvel%2
0a%20seres%20humanos.>. Acesso em: 29 abr. 2021.
FIGUEIREDO, Monica Ramos. Babesiose e erliquiose caninas. Monográfico (Curso de pós
graduação "Lato Sensu" como requisito parcial para a obtenção de título de
Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais) – em Clínica Médica de Pequenos
Animais apresentado à Qualittas, Rio de Janeiro, 2011. Disponível:
<https://docplayer.com.br/5392108-Babesiose-e-erliquiose-caninas.html>. Acesso em: 29 abr.
2021.
GARCIA, IZABELLE GALIARDO. História em quadrinhos em educação e saúde sobre
erliquiose canina. Dissertação (Programa de PósGraduação Mestrado Profissional em
Clínicas Veterinárias) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017. Disponível:
<http://www.uel.br/pos/mestradoclinicasveterinarias/pages/arquivos/disserta%C3%A7%C3%
A3o%20-%20IZABELLE%20GALIARDO%20GARCIA.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2021.
GARCIA FILHO, Sérgio Pinter. et. al. Erliquiose canina: relato de caso. Revista Científica
Eletrônica de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF. Garça-SP, a. VIII, n. 14, 2010. Disponível:
<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/2Aja7D1kos8Q2fZ_2013-6-2
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LEITÃO, L. M. M. et. al. Detecção de erliquiose por meio da PCR em cães atendidos no
Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique”, São José do Rio Preto-SP. Revista de Educação
Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 2, p. 31-32, 11,
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24
LEMOS, Marinara. et. al. Erliquiose canina: uma abordagem geral. Centro Universitário de
Mineiros – Unifimes, 2018. Disponível:
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ORLANDI, Júlia Mendes. Estudo retrospectivo da ocorrência de doenças transmitidas por
carrapatos em cães na região da grande Florianópolis, SC. TCC (Curso de Medicina
Veterinária) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2019. Disponível:
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SÁ, Ritamária de. et. al. Erliquiose canina: relato de caso. Pubvet/ MV Valero Editora-me.
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SILVA, I. P. M. Erliquiose Canina - revisão de literatura. Revista Científica Eletrônica de
Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça –
FAMED/FAEF e Editora FAEF. Garça-SP, a. XXIV, n. 24, 2015. Disponível:
<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/
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_____, M. V. M. et. al. Erliquiose canina: revisão de literatura. Arq. Ciênc. Vet. Zool.
UNIPAR. Umuarama, v. 14, n. 2, p. 139-143, jul./dez, 2011. Disponível:
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2021.
TAVARES, Denise Claudia. Transtornos reprodutivos causados por agentes infecciosos em
animais de canis comerciais da microregião de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. Tese
(Doutor em Medicina Veterinária, área de Reprodução Animal) – Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias – Unesp, Campus de Jaboticabal, 2015. Disponível:
<https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabal
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  • 1. 1 UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO FACULDADE DE BIOLÓGICAS E SAÚDE CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA BIANCA MARIA PARRA ERIK CARRINHO AZEVEDO FERNANDA LAETANO ISHIDA MONALISA ZAMPIERI DA SILVA PAULO HENRIQUE ZOVICO VINÍCIUS TAGLIATI DA SILVA NASCIMENTO ERLIQUIOSE CANINA SÃO BERNARDO DO CAMPO 2021
  • 2. 2 BIANCA MARIA PARRA ERIK CARRINHO AZEVEDO FERNANDA LAETANO ISHIDA MONALISA ZAMPIERI DA SILVA PAULO HENRIQUE ZOVICO VINÍCIUS TAGLIATI DA SILVA NASCIMENTO ERLIQUIOSE CANINA Trabalho complementar apresentado à Universidade Metodista de São Paulo, Faculdade de Biológicas e Saúde, curso de Medicina Veterinária do Campus Planalto como exigência parcial para avaliação do 3º semestre do módulo: Microbiologia. Sob a orientação do Professor Ms. Augusto César Baldassi. SÃO BERNARDO DO CAMPO 2021
  • 3. 3 RESUMO O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma doença infectocontagiosa de grande relevância na Medicina Veterinária denominada como Erliquiose Canina que pode acometer os cães, sendo ela transmitida por carrapatos ou transfusão sanguínea. No Brasil o principal agente desta doença é causado pelo parasita riquétsia Ehrlichia canis. Os animais infectados podem desenvolver sinais brandos ou graves, mas em alguns casos não será apresentado os sinais clínicos da infecção, pois tudo isso vai depender também da fase da doença (aguda, subclínica e crônica). Apesar de ser uma doença infectocontagiosa o tratamento é simples e requer a administração de antibióticos, sendo a doxiciclina o antibiótico mais eficaz no combate contra a doença. Para um melhor entendimento sobre a infecção detalhamos um estudo de caso de um cão fêmea infectado da raça dálmata com 3 meses e 7,4kg que foi atendido no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O Médico (a) Veterinário (a) deve utilizar ferramentas como campanhas e palestras, para a conscientização dos tutores e responsáveis visando orientar a população sobre os sintomas e sinais da doença, pois, o diagnóstico precoce possibilita grande chance de cura ao animal infectado. Contudo, a Erliquiose Canina não confere imunidade protetora ao animal que pode novamente contrair a doença através de uma nova reinfecção. Palavras-chave: Cães, Carrapato, Erliquiose canina, Infecção, Rhipicephalus sanguineus.
  • 4. 4 ABSTRACT The present work aims to present an infectious disease of great relevance in Veterinary Medicine called Canine Ehrlichiosis that can affect dogs, being transmitted by ticks or blood transfusion. In Brazil the main agent of this disease is caused by the rickettsiae parasite Ehrlichia canis. Infected animals may develop mild or severe signs, but in some cases the clinical signs of infection will not be shown, as all of this will also depend on the stage of the disease (acute, subclinical and chronic). Despite being an infectious disease, treatment is simple and requires the administration of antibiotics, with doxycycline being the most effective antibiotic in the fight against the disease. For a better understanding of the infection, we detail a case study of an infected female dog of the Dalmatian breed with 3 months and 7.4 kg that was attended at the Veterinary University Hospital of the Federal University of Piauí (UFPI). The Veterinarian must use tools such as campaigns and lectures, to raise the awareness of tutors and guardians in order to guide the population about the symptoms and signs of the disease, as early diagnosis allows a great chance of healing the infected animal. However, canine ehrlichiosis does not confer protective immunity to the animal which can again contract the disease through a new reinfection. Keywords: Dogs, Tick, Canine ehrlichiosis, Infection, Rhipicephalus sanguineus.
  • 5. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................06 2 ETIOLOGIA.................................................................................................07 3 PATOGENIA...............................................................................................09 4 EPIDEMIOLOGIA........................................................................................11 5 SINAIS CLÍNICOS ......................................................................................13 6 DIAGNÓSTICO ...........................................................................................14 7 TRATAMENTO ...........................................................................................15 8 CASO CLÍNICO.............................................................................................17 9 MEDIDAS PREVENTIVAS..........................................................................21 CONCLUSÃO .............................................................................................22 REFERÊNCIAS...........................................................................................23
  • 6. 6 1 INTRODUÇÃO O tema abordado nesta pesquisa tem o objetivo principal de apresentar uma enfermidade infectocontagiosa popularmente conhecida como a doença do carrapato e que atinge os cães de todas as raças, sexo e idade denominada como Erliquiose Canina. Vale lembrar que, a denominação popular conhecida como a doença do carrapato não é assemelhada somente a Erliquiose Canina e sim para outras doenças também transmitidas por carrapatos consideradas hemoparasitoses de infecções causadas por bactérias e protozoários que podem acometer cães e gatos, portanto, aqui no Brasil os principais agentes destas doenças são Babesia canis, Ehrlichia canis e Anaplasma platys (ORLANDI, 2019). Partindo de uma contribuição adquirida pela disciplina modular de Microbiologia ministrada pelo Profº Ms. Augusto César Baldassi e de revistas ou artigos científicos por autores renomados da área de Medicina Veterinária, iremos abordar como os pets podem transmitir as Zoonoses (doenças transmitidas entre animais e humanos). Nesta pesquisa iremos abordar a Etiologia que define qual é o agente que causa a doença, a Patogenia que define melhor sobre o desenvolvimento da doença no corpo do animal e a Epidemiologia visando destacar qual a maior frequência e os fatores que determinam a ocorrência das doenças nos cães no Brasil. Portanto, aqui serão mencionados os Sinais Clínicos decorrentes da presente doença no corpo do animal, para que assim seja possível entender melhor qual o diagnóstico correto e o tratamento com um resultado satisfatório sobre a cura da doença ou a melhor maneira de encontrar a qualidade de vida para o animal infectado. Assim sendo aqui também será demonstrado um Caso Clínico real de um cão infectado, para que seja possível obter uma melhor compreensão e a descrição das medidas preventivas adotadas que são eficazes para antes do surgimento da doença ou agravamento de uma condição mórbida do cão infectado pelo carrapato. Contudo, iremos abordar nessa presente pesquisa informações relevantes e importantes para o desenvolvimento do aluno universitário do curso de Medicina Veterinária com intuito de promover esclarecimentos sobre a doença do carrapato, para que sejam esclarecidas possíveis dúvidas e situações reais que serão vivenciadas em nosso futuro profissional como Médico (a) Veterinário (a).
  • 7. 7 2 ETIOLOGIA É de fundamental importância ter conhecimento sobre qual o agente que causa a doença Erliquiose Canina, sendo que as doenças transmitidas por carrapatos são causadas por protozoários ou bactérias, com o principal carrapato transmissor o Rhipicephalus sanguineus. A Erliquiose Canina é uma doença cuja característica de classificação científica e originada por uma riquétsia pertencente ao Gênero Ehrlichia spp, Família Rickttsiaceae, Ordem Rickettsiales e Espécie Ehrlichia Canis, que são bactérias Gram negativas, intracelulares obrigatórias dos leucócitos (monócitos) com forma de cocobacilos e se multiplicam pela divisão binária, conforme ressalta (SILVA, 2015). Pode-se afirmar conforme demonstra o autor Silva (2015) que a espécie da Ehrlichia Canis mede 0,2-0,4 μm de diâmetro, sendo ele considerado um microrganismo pequeno. Figura 1. Larva, ninfa e adulto (fêmea e macho) do Rhipicephalus sanguineus Fonte: http://www.uel.br/pos/mestradoclinicasveterinarias/pages/arquivos/disserta%C3%A7% C3%A3o%20-%20IZABELLE%20GALIARDO%20GARCIA.pdf A ocorrência da Ehrlichia Canis dentro dos monócitos acontece por três principais fases: (1) ocorre em primeiro lugar através da penetração dos corpos elementares nos monócitos, onde permanecem em crescimento por aproximadamente 2 dias, pouco depois na segunda fase (2) é a vez da multiplicação do agente causador da doença que ocorre por um período de 3 a 5 dias, com a formação do corpo inicial e por fim, na última etapa (3) a
  • 8. 8 formação das mórulas sendo estas constituídas por um conjunto de corpos elementares (cheias de bactérias dentro) envoltos por uma membrana (SILVA, 2015). Figura 2. Ciclo do Rhipicephalus sanguineus Fonte: http://www.uel.br/pos/mestradoclinicasveterinarias/pages/arquivos/disserta%C3%A7% C3%A3o%20-%20IZABELLE%20GALIARDO%20GARCIA.pdf A doença infectocontagiosa denominada Erliquiose Canina é transportada por um parasita Ehrlichia canis intracelular obrigatório de células hematopoiéticas especialmente de monócitos e macrófagos, sendo transmitida pela picada do carrapato canino marrom comum Rhipicephalus sanguineus e com menos casos pela transfusão sanguínea através do sangue infectado de um cão para outro sadio (LEITÃO; et al., 2011). De acordo com Garcia Filho, et al., (2010) aqui no Brasil a Erliquiose Canina tem alta incidência principalmente nas áreas urbanas. Mediante o exposto, é importante destacar que a Erliquiose Canina é uma doença infectocontagiosa transmitida pela picada do carrapato que carrega a bactéria destruindo a probidade das células sanguíneas, ou seja, é um parasita que ataca o sangue dos cães com uma estatística de morte de 80% dos animais infectados, mas que não é transmissível a seres humanos (CRMV/AL, 2013).
  • 9. 9 3 PATOGENIA A infecção do cão sadio se dá no momento do repasto do carrapato infectado pela bactéria causadora da doença, o parasita ou agente realiza a atividade de se alimentar através do sangue, ou seja, é nesse momento que ocorre o desenvolvimento da doença no organismo dos cães. De acordo com os autores Lemos, et al., (2018) o repasto sanguíneo transmite a riquétsia para o animal, lembrando que o período de incubação é de 8 a 20 dias. Assim, os cães contaminados pela doença do carrapato podem desenvolver sinais brandos ou graves, mas em alguns casos não será apresentado os sinais clínicos da infecção e tudo isso vai depender também da fase da doença em que os cães se encontram, pois, as manifestações clínicas variam para a doença aguda, subclínica e crônica (GARCIA FILHO; et al., 2010). É importante ressaltar que os autores Leitão, et al., (2011) destacam que a doença transmitida pelos carrapatos pode não ser encontrada na fase crônica ou subclínica. A doença em sua fase aguda é detectada pelas células do sangue que fazem parte do sistema imunológico com a função defender o organismo de corpos estranhos, como por exemplo, infecções causadas por bactérias e protozoários. Em virtude dos fatos mencionados afirma os autores que Silva, et al., (2011) os cães podem apresentar alterações em diversos mecanismos fisiológicos dos quais a trombocitopenia é o mais frequente. Os autores Lemos, et al., (2018) reforçam a informação de que a Erliquiose Canina ocorre por meio de três estágios, sendo que a primeira a fase é aquela aguda e mais intensa por ser o início da contaminação, a segunda fase é a etapa subclínica (geralmente é assintomática) e por fim, a última fase ocorre quando as infecções são persistentes de forma crônica, vale ressaltar, que a infecção possui um período de incubação de uma a três semanas que leva aos três estágios da doença. Uma vez que ocorre o período de incubação de 8 a 20 dias, o microrganismo multiplica-se dentro órgãos do sistema mononuclear fagocítico (fígado, baço e linfonodos), podendo ocorrer na fase aguda uma hiperplasia linforeticular com posterior inflamação tudo isso por conta da infecção, conforme destaca (SILVA, 2015). Para Silva (2015) nessa fase aguda a riquétsia se replica pelas células de defesa do organismo (células mononucleares) localizadas em linfonodos, baço e medula óssea,
  • 10. 10 resultando em aumento de volume desses órgãos, ocorrendo assim a destruição de hemácias e plaquetas resultando em anemia e trombocitopenia. Mas Garcia Filho, et al., (2010) descrevem também algumas características relevantes dos três estágios da doença, sendo que no primeiro estágio denominado como aguda, podem ocorrer a trombocitopenia devido à diminuição da meia-vida das plaquetas, anemia do tipo normocítica normocrômica regenerativa, devido à perda de sangue, depressão, anorexia, febre, perda de peso, corrimentos ocular e nasal, dispnéia, linfadenopatia e edema dos membros ou do escroto, tudo isso decorrente da diminuição do número de plaquetas no sangue. Além disso, os autores descrevem que na fase subclínica do segundo estágio pode resultar em trombocitopenia, leucopenia seguida de leucocitose e monocitose e neutropenia, mas os sintomas geralmente são perceptíveis como a fase aguda (GARCIA FILHO; et al., 2010). De acordo com Silva (2015) a fase subclínica geralmente é assintomática, mas podem ser encontradas algumas complicações como depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas decorrentes da infecção. Sendo que por fim na última fase denominada como crônica ocorre a hipoplasia de medula óssea resultando em anemia aplástica, perda de peso, pirexia, sangramento espontâneo, palidez devida à anemia, linfadenopatia generalizada, hepatosplenomegalia, uveíte anterior ou posterior com sinais neurológicos causados por meningoencefalomielite e edema de membro intermitente (GARCIA FILHO; et al., 2010). Entretanto, Silva (2015) destaca que na fase crônica, a Erliquiose Canina assume as características de uma doença autoimune e por isso nesta fase os cães acabam tendo os mesmos sinais da fase aguda, porém, de forma reduzida e com aspectos de apático ou caquético uma vez que a facilidade aumentada para ter infecções secundárias. Assim, os animais que uma vez contraíram a Erliquiose não desenvolvem uma imunidade protetora mesmo que já foram tratados e quando são expostos novamente ao vetor contaminado ou agente parasita, podem contrair novamente a doença e essa reinfecção ser semelhante à anterior, vinda de uma forma mais branda ou até mais intensa (FIGUEIREDO, 2011).
  • 11. 11 4 EPIDEMIOLOGIA A Erliquiose Canina segundo os autores Silva, et al., (2011) tem a predominância de ocorrer em países que possuem um clima temperado, tropical e subtropical do mundo devido à prevalência de seu vetor Rhipicephalus sanguineus ser encontrado em regiões geográficas como o sudeste da Ásia, África, Europa, Índia, América Central e América do Norte. Portanto, a doença infecciosa ocorre geralmente em regiões tropicais de clima e ambientes quentes porque nesse período observa-se com grande frequência a participação dos fatores climáticos na relação da presença desses agentes, mas isso não impede que os casos também da doença aconteça durante o ano inteiro e as condições climáticas não é o único elemento epidemiológico que pode influenciar os níveis de predominância da Erliquiose Canina no Brasil. Segundo os autores a maior prevalência encontrada foi na região Nordeste com uma porcentagem de 43% e a menor na região Sul de 1,70% e ambos destacam que existem outros fatores como: a distribuição do vetor, a população sob estudo, comportamento animal ou habitat e a metodologia empregada na investigação do agente também podem afetar os níveis de prevalência da Erliquiose Canina (SILVA; et al., 2011). A gravidade da doença dependerá de requisitos importantes que são encontrados nas variações genéticas pela raça, a idade, a alimentação, cuidados do tutor e as doenças concomitantes que acompanham a vida do animal e por fim, a capacidade que essa enfermidade terá para entrar no sistema de defesa e causar uma infecção dentro do organismo do cão. Segundo os autores Silva, et al., (2011) a doença do carrapato é considerada mais grave em cães da raça Dobermans, Pinchers e Pastor Alemão. É importante ressaltar, que os cães da raça Pastor Alemão apresentam uma gravidade clínica quando são contaminados pela doença do carrapato e foram identificados sérios problemas hemorrágicos na qual se deve à diminuição de uma resistência e imunidade mediada por células desta raça por serem mais predispostos a esse tipo de infecção (SILVA; et al., 2011). De acordo com a autora Garcia (2017), em consequência de informações de estudos relacionados com os cães que foram infectados foi concluído que a doença foi mais frequente em animais de raça definida (73,44%), sendo que a raça Pastor alemão foi à raça mais acometida pela infecção porque apresentou distúrbios hemorrágicos graves e esta
  • 12. 12 suscetibilidade racial está relacionada à depressão da imunidade mediada por células nessa raça. No que diz respeito à idade no estudo foi identificado que a enfermidade ocorreu com maior frequência em cães com menos de um ano, porém, no que se refere ao sexo dos cães, não há relatos de maior predisposição sexual para a infecção por Ehrlichia canis (GARCIA, 2017). Contudo, de acordo com os autores Silva, et al., (2011) uma análise mais segura para definir melhor quais são os critérios epidemiológicos da frequência e os fatores que determinam a ocorrência da doença do carrapato, podem ser medidos com métodos sorológicos e molecular que são necessários para estabelecer de forma plena a extensão e a importância da Erliquiose nos cães.
  • 13. 13 5 SINAIS CLÍNICOS A fase aguda da infecção ocorre após o período de incubação que varia entre 8 a 20 dias, podendo se estender por um tempo de 2 a 4 semanas, mas geralmente apresenta uma hipertermia (39,5 - 41,5 °C) decorrente de uma intensidade do pico febril com consequências de anorexia, perda de peso e astenia (SILVA, 2015). Segundo o autor Silva (2015) a infecção durante a fase aguda apresenta sinais clínicos inespecíficos como febre, corrimento óculonasal, uveíte anterior, epistaxe, depressão, polidipsia, linfadenopatia, desidratação, esplenomegalia e diarreia. Na fase subclínica da doença não são observados os sinais clínicos, mas é um tempo que ocorre a manifestação da infecção dentro de um período de seis a nove semanas, por outro lado também pode identificar a presença de trombocitopenia, leucopenia e anemia em hemograma de rotina e por fim, de forma persistente a depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas no animal infectado (SILVA, 2015). Portanto, um animal que apresente a doença de forma crônica e severa apresenta conforme destaca o autor Silva (2015) sintomas como a ataxia, disfunção neuromotora, disfunção vestibular central ou periférica e hiperestesia localizada ou generalizada e outras anormalidades decorrentes de anisocoria, disfunção cerebelar e tremores intensos. Conforme destacado aqui no presente trabalho a fase crônica tem diferentes sintomas e se assemelha com características de uma doença autoimune, relacionando-se com os sinais semelhantes à fase aguda aqui apresentada, mas que chegam de forma reduzida e características de apático, caquético e com susceptibilidade aumentada a infecções secundárias, em consequência do comprometimento imunológico (SILVA, 2015). É importante ressaltar conforme afirma Garcia (2017) que identificar a fase da infecção como aguda, assintomática e muitas vezes crônica de um animal infectado com a Erliquiose Canina acaba sendo uma etapa difícil, por causa dos vários sinais clínicos que podem variar de acordo com a fase da doença (aguda, subclínica e crônica), sendo os mais frequentes: febre, anorexia, mucosas pálidas, emagrecimento, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia e alterações nervosas e oculares. Assim, o fator da idade do animal e as doenças concomitantes devem ser considerados como uma característica que pode agravar ainda mais a saúde do animal infectado, onde ele pode chegar a óbito devido à anemia, uremia e até mesmo infecções secundárias (GARCIA, 2017).
  • 14. 14 6 DIAGNÓSTICO O diagnóstico da doença é feito através dos sinais clínicos e depende também conforme ressalta a autora Garcia (2017) de uma combinação de alterações hematológicas, achados citológicos e sorológicos. Vale ressaltar, que o diagnóstico pode ser clínico e laboratorial, mas desde que ele seja baseado por suspeitas de sintomas cujas alterações são de resultados dos exames de hemograma, bioquímico e urinálise (ALMEIDA, 2017). Segundo Silva (2015) é preciso identificar a história clínica com o relato da presença do carrapato no animal juntamente com o teste laboratorial vindo de um recurso diagnóstico complementar que pode servir de apoio para confirmar ou não uma suspeita verificada nos sinais clínicos através de uma técnica chamada de E. canisem esfregaços de sangue, reação de polimerase em cadeia (PCR), imunofluorescência indireta (IFI) e lesões micro e macroscópicas. O teste diagnóstico da técnica E. canisem esfregaços de sangue tem baixa sensibilidade e o ideal é aquele exame que apresente alta sensibilidade porque ocorrendo a negativa na maioria dos casos fica difícil de saber se o animal está infectado com a doença do carrapato, pois o microrganismo está presente em pequeno número na corrente sanguínea durante a infecção e a proporção de células infectadas pode ser menos do que 1% (GARCIA, 2017). Por isso, destaca a autora Garcia (2017) que a reação de polimerase em cadeia (PCR) permite um diagnóstico mais preciso e confiável justamente pela alta sensibilidade e especificidade apresentada no resultado, podendo ser empregado com total segurança e eficácia nas diferentes fases clínicas da infecção. Dessa forma, o diagnóstico da PCR se mostrou mais sensível e específico quando comparado com outros exames de pesquisa da infecção e deve ser um método importante a ser inserido na rotina de solicitações de diagnóstico do paciente. Um diagnóstico correto e precoce da Erliquiose Canina aumenta as chances de recuperação do animal através de um tratamento adequado, sendo que o diagnóstico tardio pode levar a um quadro clínico mais severo e o cão apresentar sintomas graves como aplasia de medula óssea (SILVA; et al., 2011). Portanto, o diagnóstico precoce é a maior ferramenta para o tratamento da Erliquiose Canina, pois quando diagnosticada no início dos sintomas ela tem grande chance de cura, conforme destaca os autores da presente pesquisa aqui demonstrada.
  • 15. 15 7 TRATAMENTO Segundo os sinais clínicos decorrentes da presente doença no corpo do animal e com a definição correta do diagnóstico, o médico (a) veterinário (a) tem o compromisso em solucionar o problema proposto com um tratamento do cão doente visando à possibilidade de cura do paciente ou a maneira mais segura de contribuir para a qualidade de vida do animal infectado. Os autores Lemos, et al., (2018) citam que diversos medicamentos podem ser utilizados no tratamento da Erliquiose Canina, como: a doxiciclina, a oxitetraciclina, o cloranfenicol, o imidocarb e a tetraciclina, sendo que a doxiciclina é mais utilizada porque tem algum efeito em todas as fases da doença (aguda, subclínica e crônica). Portanto, o tratamento com a doxiciclina demonstrou uma menor incidência de reinfecção em relação aos tratados com o medicamento oxitetraciclina (SILVA; et al., 2011). Dessa forma, a medicação é absorvida com rapidez quando administrada por via oral e a sua distribuição ocorre de forma plena pelo coração, rins, pulmões, músculo, fluido pleural, secreções brônquicas, bile, saliva, fluido sinovial, líquido ascético, podendo assim também ser utilizado para complementar o tratamento vitaminas do complexo B para estimular o apetite e ajudar em alguns casos específicos (LEMOS; et al., 2018). Conforme Lemos, et al., (2018) é recomendável que a doxiciclina seja administrada 2 a 3 horas antes ou após a alimentação para que não ocorram alterações na absorção, sendo que ela é eliminada pelo organismo do animal na forma ativa através das fezes por vias não biliares e ela não tem efeito acumulativo em pacientes com disfunção renal, por conta disso pode ser utilizada nesses animais sem restrições. É importante ressaltar, que o tratamento pode durar de 3 a 4 semanas nos casos agudos e até 8 semanas nos casos crônicos e na fase aguda a dose recomendada é de 5 mg/kg ao dia, e em casos crônicos 10 mg/kg ao dia (GARCIA, 2017). Vale lembrar que, o médico (a) veterinário (a) deve fornecer também um tratamento de suporte ao animal principalmente nos casos crônicos da doença, pois a desidratação pode ser corrigida com fluidoterapia e as hemorragias devem ser compensadas pela transfusão sanguínea, com uma terapia a base de glicocorticoides e antibióticos nos casos em que a trombocitopenia for importante e situações de infecções bacterianas secundárias (LEMOS; et al., 2018). A Erliquiose Canina é uma enfermidade infectocontagiosa de difícil diagnóstico e controle, por apresentar sinais clínicos que podem variar de acordo com a fase da doença
  • 16. 16 (aguda, subclínica e crônica) e ser transmitida por um vetor comum em todo Brasil, deve ser objeto de estudo e pesquisa uma vez que possa servir de parâmetro para o conhecimento e tratamento da Erliquiose Humana, ou seja, o médico (a) veterinário (a) deve estar atento a um maior controle do número de infectados, utilizando-se de ferramentas como campanhas e palestras de como realizar a prevenção para a conscientização dos tutores visando orientar a população sobre os sintomas e sinais da doença (SILVA; et al., 2011).
  • 17. 17 8 CASO CLÍNICO O presente caso clínico aqui apresentado é de um cão fêmea infectado com a Erliquiose Canina da raça dálmata com 3 meses e 7,4kg, que foi atendido no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI), conforme descreve SÁ, et al., (2018) pelo relato do caso abaixo: Diagnóstico do caso clínico: Ao iniciar a anamnese o médico (a) veterinário (a) decorrente do relato da tutora de que o dálmata não se alimentava regularmente, estava triste e fraco, esse fato aconteceu três dias após a vacinação (primeira dose octógena) o animal estava com as fezes normais, mas apresentou manchas vermelhas no abdômen e conjuntamente foi feito tratamento com glicopan na tentativa de melhorar o apetite do animal. Os sinais clínicos constataram por uma temperatura retal de 39,2ºC, a frequência cardíaca de 73 batimentos por minuto (bpm), a frequência respiratória de 37 movimentos por minutos (mpm), a ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações, mucosas pálidas, pulso normocinético e o tempo de preenchimento capilar (TPC) maior que dois segundos, portanto, um exame físico realizado de um paciente dócil e com consciência alerta. Foi identificada também no exame clínico a presença de petéquias em toda a região ventral, ixodidiose e linfonodos submandibular, pré-escapular e poplíteo aumentados de tamanho. Mas para complementar o diagnóstico do dálmata foram realizados exames complementares como hemograma, bioquímico e parasitológico para pesquisa de hematozoário (esfregaços), tendo como observação o tempo de coagulação alterado com mais de cinco minutos durante a coleta de sangue da ponta de orelha. O hemograma demonstrou compatibilidade ao quadro de erliquiose e apresentou anemia normocítica normocrômica, trombocitopenia, eosinopenia e leucopenia. Ainda nos testes de diagnóstico do animal foram apresentados plaquetas gigantes e plasma normal, com hipoalbuminemia no exame bioquímico, porém, o diagnóstico de erliquiose foi confirmado com o exame parasitológico para a pesquisa de hematozoário (esfregaço sanguíneo) que se apresentou como positivo para a Erliquia canis. É importante ressaltar, que segundo Garcia (2017) o teste diagnóstico da técnica E. canisem esfregaços de sangue tem baixa sensibilidade para a detecção da infecção no animal e a reação de polimerase em cadeia (PCR) permite um diagnóstico mais preciso e confiável por conta da alta sensibilidade e especificidade apresentada no resultado, mas nesse caso
  • 18. 18 demonstrado o exame parasitológico (esfregaço sanguíneo) foi eficaz para a confirmação da doença no dálmata. Tratamento do caso clínico: Para o tratamento do paciente foi prescrito a administração da doxiciclina pela dosagem de 5mg/kg e aplicação oral, duas vezes ao dia durante vinte dias consecutivos, com a complementação da vitamina B1(suplemento) com função suplementar e dosagem de 0,1ml/kg pela aplicação também via oral na mesma frequência do medicamento anterior, sendo duas vezes ao dia e durante vinte dias. Assim, foi instruído dar ao paciente também a vitamina C (suplemento) ainda via oral com dose de 1ml, como suporte e nível suplementar por duas vezes ao dia consecutivamente durante o prazo de 20 dias e conjuntamente com o sarolaner que é um ectoparasiticida dosado em 2mg repetidamente a cada 35 dias para o controle dos carrapatos e outros artrópodes. O tratamento não consiste em apenas na prescrição de medicamentos e sim um acompanhamento que proporciona o bem estar do pet e por isso, o médico (a) veterinário (a) deve se submeter o paciente à reavaliação clínica e laboratorial. O dálmata foi encaminhado novamente ao Hospital Veterinário Universitário depois do tratamento logo após o período de 14 dias, onde se realizou o hemograma e bioquímico (Tabela 1), para uma reavaliação clínica e laboratorial. Imagem comparativa de antes e depois do tratamento de 14 dias Tabela 1. Comparação de hemograma e bioquímico completo antes e após 14 dias de tratamento instituído contra Erliquiose canina. Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf
  • 19. 19 Segundo o a tutora o animal apresentou uma melhora com o retorno normal do apetite e com a avaliação através do exame físico realizado (a) pelo médico (a) veterinário (a) ficou constatado que o dálmata não apresentou febre, porém, as mucosas ocular e oral se apresentaram mais rosadas (Figura 3), mas havia a presença de pequenas manchas claras na região inguinal (Figura 4) e por fim, também o aparecimento de pequenas manchas claras na região axilar local este onde as petéquias eram evidentes (Figura 5), conforme demonstra as imagens abaixo (SÁ; et al., 2018): Figura 3. Mucosa ocular e oral com coloração rosada. Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf Figura 4. Presença de pequenas manchas claras na região inguinal. Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf
  • 20. 20 Figura 5. Presença de pequenas manchas claras na região axilar. Fonte: https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf Pela avaliação médica e com os resultados laboratoriais foi identificado que o cão obteve uma melhora, porém, a anemia permaneceu de forma leve junto com a eosinofilia, leucocitose, linfocitopenia e neutrofilia (notável na tabela). Desta forma, foi recomendado para a tutora dar a continuidade no tratamento medicamentoso porque o animal não estava totalmente recuperado, por isso foi preciso dar seguimento com a: vitamina B1 (0,1ml/kg pela aplicação também via oral - mesma dosagem), o uso da doxiciclina (5mg/kg e aplicação oral - mesma dosagem) também foi prescrito a silimarina (hepatoprotetor) dosado em 20mg/kg pela via oral, sendo uma vez ao dia consecutivamente durante o período de 15 dias e o cloridrato de levamisol (anti-helmíntico) dosado em 10mg/kg também via oral, uma vez ao dia por 15 dias, aumentando assim a resposta imunológica do animal. Conclusão do caso clínico: Em vista das informações apresentadas no relato de caso, pode-se verificar que o animal havia sido vermifugado, tinha contato com outros animais e estava infestado por carrapatos. O sucesso para a recuperação do cão de raça dálmata obteve a contribuição de sua tutora que ao verificar que o seu cão não estava normal levou ele imediatamente ao médico (a) veterinário (a) para procurar o tratamento e cuidado necessário. É importante ressaltar, que o tratamento da erliquiose leva a cura do animal, mas pode ocorrer o reaparecimento de algum sintoma se o tratamento não for realizado corretamente ou até mesmo a reinfecção de uma nova infestação parasitária por carrapatos R. sanguineus. Portanto, nesse caso aqui demonstrado do dálmata com o tratamento adequado o animal demonstrou visível melhora e total recuperação da erliquiose canina.
  • 21. 21 9 MEDIDAS PREVENTIVAS A Erliquiose Canina atualmente é uma das doenças que mais afeta os cães e muitos tutores não estão cientes da gravidade dessa enfermidade infectocontagiosa popularmente conhecida como a doença do carrapato, sendo importante destacar que medidas preventivas devem ser devidamente executadas. A prevenção é realizada através do controle do vetor da doença (o carrapato) com produtos acaricidas ambientais e de uso tópico são eficazes desde que seja realizado o manejo correto (SILVA; et al., 2015). De acordo com a Figueiredo (2011) os produtos acaricidas mais utilizados são o amitraz, fipronil, piretróides, eimidacloprid e permetrina. Porém, ressaltam os autores Silva, et al., (2015) que o controle do parasita e a prevenção da doença tem um caráter de suma importância nos canis e nos locais de grande concentração de animais, visto que não há uma vacina para essa doença. As medidas preventivas são realizadas com a pulverização de carrapaticidas de longa duração nos cães e no ambiente onde vivem, além de manter boas condições de higiene (FIGUEIREDO, 2011). Conforme determina a autora Figueiredo (2011) todo animal que entrar no canil ou locais de grande concentração de animais deve ser colocado em quarentena, sendo realizado tratamento para carrapatos, mas é recomendável a efetivação de exames periódicos nos cães e se caso for confirmada a infecção, realizar o tratamento e isolar os cães positivos para minimizar o contagio da infecção. Vale lembrar, que deve ser ocorrer uma inspeção rotineira nos cães, investigando a presença de carrapatos e a remoção imediata.
  • 22. 22 CONCLUSÃO A relação entre homem e o animal doméstico está cada vez mais próxima e os pets (cão e gato) atingiram um novo espaço dentre o núcleo familiar e são considerados os membros da família de seus tutores. Diante das informações levantadas nessa pesquisa podemos observar que a Erliquiose Canina é uma doença transmitida pelos carrapatos e pode não ser encontrada na fase crônica ou subclínica devido aos sinais clínicos variados nas diferentes fases. O medicamento mais eficaz para o tratamento com a possibilidade de cura é a doxiciclina, como visto no relato de caso, mas o sucesso da terapia depende do conhecimento apropriado acerca dos aspectos envolvidos na transmissão e na fisiopatologia desta enfermidade (GARCIA FILHO; et al., 2010). Para Silva (2015) a Erliquiose Canina deve ser o foco de pesquisa e estudo pelos médicos (a) veterinários (a), por ser uma doença de prevalência em todo território nacional e possuir um vetor de difícil eliminação e uma doença que pode ser transmitida entre os animais. As campanhas e palestras de conscientização pelos médicos (a) veterinários (a) podem auxiliar no processo das medidas preventivas dessa infecção, orientando assim a população (tutores e responsáveis pelos animais) sobre as formas de transmissão, tratamento e profilaxia contra o carrapato e vetor da doença. É importante ressaltar, que a Erliquiose Canina não confere imunidade protetora ao animal por uma nova exposição de carrapatos infectados, mesmo após o tratamento pode também resultar em uma nova reinfecção da doença. De acordo, com a Figueiredo (2011) o uso de medicamentos antibióticos, como a doxiciclina não causa a extinção completa do agente apenas limita a infecção, permitindo que o estímulo antigênico da substância introduzida no organismo realize a produção de anticorpos e essa estimulação promova uma proteção prolongada contra a doença, mas não é uma proteção definitiva. Podemos concluir que os sinais clínicos e o diagnóstico precoce (início dos sintomas) de forma correta, podem contribuir para uma chance de cura da Erliquiose Canina e um bom prognóstico do paciente.
  • 23. 23 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Luíza Monteiro de. Uso da PCR convencional como meio de diagnóstico de Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Babesia spp. e Hepatozoon spp. em cães com trombocitopenia. Trabalho de Conclusão de Curso (para a obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária) – pela Universidade Federal da Paraíba e Centro de Ciências Agrárias, 2017. Disponível: <https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/1896/1/LMA01082017.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2021. AMARAL, Lauriana Silva. et. al. Diagnóstico de Erliquiose Canina por meio do teste sorológico e detecção de hemoparasitos em esfregaço sanguíneo. Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais – CRMV/MG. Revista V&Z em Minas, n. 136, a XXIV, p.1-6, Mar., 2018. Disponível: <http://www.crmvmg.gov.br/RevistaVZ/Revi sta36.pdf >. Acesso em: 29 abr. 2021. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DE ALAGOAS - CRMV/AL. Erliquiose Canina e o diagnóstico através do exame de sangue, hemograma. Ago, 2013. Disponível: <http://www.crmval.org.br/site/mostraconteudo.aspx?c=38#:~:text=A%20doen%C3%A7a%2 0%C3%A9%20uma%20infec%C3%A7%C3%A3o,%C3%A9%20transmiss%C3%ADvel%2 0a%20seres%20humanos.>. Acesso em: 29 abr. 2021. FIGUEIREDO, Monica Ramos. Babesiose e erliquiose caninas. Monográfico (Curso de pós graduação "Lato Sensu" como requisito parcial para a obtenção de título de Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais) – em Clínica Médica de Pequenos Animais apresentado à Qualittas, Rio de Janeiro, 2011. Disponível: <https://docplayer.com.br/5392108-Babesiose-e-erliquiose-caninas.html>. Acesso em: 29 abr. 2021. GARCIA, IZABELLE GALIARDO. História em quadrinhos em educação e saúde sobre erliquiose canina. Dissertação (Programa de PósGraduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017. Disponível: <http://www.uel.br/pos/mestradoclinicasveterinarias/pages/arquivos/disserta%C3%A7%C3% A3o%20-%20IZABELLE%20GALIARDO%20GARCIA.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2021. GARCIA FILHO, Sérgio Pinter. et. al. Erliquiose canina: relato de caso. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF. Garça-SP, a. VIII, n. 14, 2010. Disponível: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/2Aja7D1kos8Q2fZ_2013-6-2 5-14-56-35.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2021. LEITÃO, L. M. M. et. al. Detecção de erliquiose por meio da PCR em cães atendidos no Hospital Veterinário “Dr. Halim Atique”, São José do Rio Preto-SP. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 2, p. 31-32, 11, 2011. Disponível: <https://www.revistamvez-crmvsp.com.br/index.php/recmvz/issue/view/7 /24>. Acesso em: 29 abr. 2021.
  • 24. 24 LEMOS, Marinara. et. al. Erliquiose canina: uma abordagem geral. Centro Universitário de Mineiros – Unifimes, 2018. Disponível: <https://publicacoes.unifimes.edu.br/index.php/coloquio/article/view/298>. Acesso em: 29 abr. 2021. ORLANDI, Júlia Mendes. Estudo retrospectivo da ocorrência de doenças transmitidas por carrapatos em cães na região da grande Florianópolis, SC. TCC (Curso de Medicina Veterinária) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2019. Disponível: <https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/12749>. Acesso em: 29 abr. 2021. SÁ, Ritamária de. et. al. Erliquiose canina: relato de caso. Pubvet/ MV Valero Editora-me. Maringá – Paraná, v.12, n.6, a118, p.1-6, Jun., 2018. Disponível: <https://www.pubvet.com.br/uploads/60749c4bcea1181a681fd0290ef46d9d.pdf >. Acesso em: 29 abr. 2021. SILVA, I. P. M. Erliquiose Canina - revisão de literatura. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça – FAMED/FAEF e Editora FAEF. Garça-SP, a. XXIV, n. 24, 2015. Disponível: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/ 9flwfeT5eflR62j_2015-3-24-14-32-0.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2021. _____, M. V. M. et. al. Erliquiose canina: revisão de literatura. Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR. Umuarama, v. 14, n. 2, p. 139-143, jul./dez, 2011. Disponível: <https://www.revistas.unipar.br/index.php/veterinaria/article/view/4149>. Acesso em: 29 abr. 2021. TAVARES, Denise Claudia. Transtornos reprodutivos causados por agentes infecciosos em animais de canis comerciais da microregião de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. Tese (Doutor em Medicina Veterinária, área de Reprodução Animal) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp, Campus de Jaboticabal, 2015. Disponível: <https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabal hoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2344111>. Acesso em: 29 abr. 2021.