SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 37
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR
RUÍDOS (PAIR)
Universidade Federal de Rondônia
Curso de Medicina
Disciplina de Saúde do Trabalhador
Docentes:
Janne Monteiro
Jandra Leite
Discentes:
• Carina Costa
• Gabriela Toledo
• Martins Honorato
• Rafael Bortolato
• Vanderson Pereira
Ruído
RUÍDO
“Sinal acústico aperiódico, originado da superposição
de vários movimentos de vibração com diferentes
freqüências que não apresentam relação entre si”
FELDMAN; GRIMES, 1985
RUÍDO
 “Perda auditiva ocupacional” perda auditiva
induzida por ruído, exposições a solventes
aromáticos, metais e alguns asfixiantes e vibração
 Esse protocolo é destinado a toda rede de atenção à
saúde do SUS, que deverá iniciar um trabalho de
identificação e notificação dos casos de perdas
auditivas relacionadas ao trabalho
 Restrição a Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair)
RUÍDO
 A Pair agravo mais freqüente à saúde dos
trabalhadores, estando presente principalmente
siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, papel e
papelão, vidraria
 Gestantes que trabalham expostas a níveis
elevados de ruído:
 Lesões auditivas irreversíveis no feto
 Problemas na gestação: hipertensão, hiperemese
gravídica, parto prematuro e bebês de baixo peso
RUÍDO
 Conferência da Terra (ECO 92)
 Ruído considerado a terceira maior causa de poluição
ambiental, atrás da poluição da água e do ar
 O ruído risco de agravo à saúde que atinge maior
número de trabalhadores
 Mais perigoso quando se trata de ruído no ambiente de
trabalho pela sua intensidade, tempo de exposição e
efeitos combinados com outros fatores de risco, como
produtos químicos ou vibração
ESCOPO
 Definição
 Perda provocada pela exposição por tempo prolongado
ao ruído
 Neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e
progressiva com o tempo de exposição ao ruído
 Tem como sinônimos: perda auditiva ocupacional, surdez
profissional, disacusia ocupacional
PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)
 Tipo de protocolo
 Função: articulação de ações de prevenção, promoção,
diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde do
trabalhador
 Público-Alvo
 Profissionais de saúde da rede SUS
 Outros: auditores fiscais, engenheiros, peritos, químicos
 Objetivo
 Auxiliar os profissionais da rede do SUS a identificar e notificar
os casos de Pair
 Dar subsídios aos órgãos de vigilância para intervenções nos
ambientes de trabalho
PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)
 Benefícios
 A adoção do protocolo permite a uniformidade no
tratamento e na leitura epidemiológica dos dados
 Contribuirá para a identificação da real magnitude de casos de
perda auditiva
 Com a notificação será possível fazer planejamento
adequado das ações de prevenção e diagnóstico da Pair
PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)
 Epidemiologia
 Os dados no Brasil são escassos
 Não há registros epidemiológicos que caracterizem a
reação
 Estima-se que 25% da população trabalhadora exposta
seja portadora de Pair em algum grau
PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)
 Metodologia de elaboração do protocolo
 Elaboração, envio e análise de questionário enviado aos
Cerests, para conhecer suas experiências e
necessidades em relação aos casos de Pair
 Revisão bibliográfica e elaboração do texto-base
 Reunião com especialistas para avaliação do documento-
base
 Envio para publicação e consulta pública
 Revisão pós-consulta pública
 Redação final.
PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)
 Avaliação da Pair
 Constitui a avaliação clínica e ocupacional
 Pesquisa-se a exposição ao risco, pregressa e atual,
considerando-se os sintomas característicos
 A anamnese ocupacional, ao fazer detalhamento da
exposição, configura-se como instrumento fundamental
para a identificação do risco
PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)
 Avaliação dos efeitos auditivos da Pair
 Avaliação audiológica:
 Audiometria tonal por via aérea
 Audiometria tonal por via óssea
 Logoaudiometria
 Imitanciometria
 Condições para realização da avaliação
 Utilização de cabina acústica
 Utilização de equipamento calibrado
 Repouso acústico de 14 horas
 Profissional qualificado para a realização do exame (médico ou
fonoaudiólogo)
PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)
 Avaliação dos efeitos não-auditivos da Pair
 Faz a relação da perda auditiva com as consequências
na vida diária do indivíduo
 Busca entender de que forma e quanto essa perda
auditiva está interferindo na vida pessoal e profissional do
paciente
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
Efeitos auditivos da exposição ao ruído
 PAIR: degeneração das células ciliadas de Corti
 Excesso de estimulação sonora ou presença de agentes
químicos Formação de radicais livres  Oxidação 
Lesão auditiva
Características da PAIR:
 Perda aditiva sensório-neural com comprometimento das
células ciliadas da orelha interna
 Exposições contínuas são piores do que as
intermitentes, porém curtas exposições a ruídos intensos
também podem desencadear perdas auditivas
DIAGNÓSTICO
A exposição continuada a ruído pode provocar:
 Alteração da seletividade de frequência que provoca
limitação na capacidade em reconhecer sons
 Alteração neurossensorial levando ao aumento da
sensação de desconforto
 Zumbido
 Dificuldades de compreensão de fala
DIAGNÓSTICO
A exposição não auditiva da exposição ao ruído
 Estresse – o ruído é um agente de risco
potencialmente estressor que pode trazer efeitos
nocivos auditivos e uma sintomatologia relacionada
ao estresse
 Nervosismo
 Irritabilidade
 Cefaleia
 Insônia
Alteração da visão
Alteração
gastrointestinais e
circulatórias
DIAGNÓSTICO
Consequências da PAIR:
 Percepção ambiental: dificuldade para ouvir sons de
alarme,sons domésticos, alto volume na televisão
 Problemas com comunicação:
 Esforço e fadiga,
 Ansiedade,
 Dificuldade nas relações familiares,
 Isolamento,
 Autoimagem negativa
DIAGNÓSTICO
a) Auditivos:
 Perda auditiva.
 Zumbidos.
 Dificuldades no entendimento
de fala.
 Outros sintomas auditivos
menos frequentes:
 Algiacusia.
 Sensação de audição
“abafada”.
 Dificuldade na localização
da fonte sonora.
b) Não-auditivos:
 Transtornos da comunicação.
 Alterações do sono.
 Transtornos neurológicos.
 Transtornos vestibulares.
 Transtornos digestivos.
 Transtornos comportamentais.
c) Outros efeitos do ruído
 Transtornos cardiovasculares
 Transtornos hormonais
Sieligman (2001) indica como sinais e sintomas da Pair:
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Trauma acústico
“É uma perda auditiva súbita, decorrente de uma
única exposição a ruído intenso.” (HUNGRIA, 1995)
 Intensidade sonora: 120 dB ou 140 dB
 Explosão de fogos, disparos de armas de fogo, ruído
de motores a explosão e máquinas de grande
impacto
Trauma acústico
 Quadro clínico:
 Dor
 Distúrbios vestibulares
(vertigem e perturbações do
equilíbrio)
 Lesões simultâneas da
orelha média (rotura da
membrana timpânica e /ou
desarticulação dos
ossículos)
 Zumbido
 Realização de avaliação
audiológica imediata após o
trauma
 Melhora dos sintomas após
alguns dias
 Repetição em intervalos
aumentados
Mudança Transitória de Limiar (MTL)
 TTS (Temporary Treshold Shift)
 Elevação do limiar de audibilidade que se recupera
gradualmente
 Os ruídos de alta frequência são mais nocivos,
principalmente na faixa entre 2kHz a 6kHz
 Tem início a partir de uma exposição a 75dB
 Aumenta proporcionalmente ao aumento de
intensidade e duração do ruído
 Exposição contínua é mais nociva
Mudança Transitória de Limiar (MTL)
 Merluzzi (1981)
 A maior parte da MTL é recuperada nas primeiras duas a três
horas
 O restante pode levar até 16 horas e depende da intensidade
do estímulo
 Alterações intracelulares levam a redução na capacidade das
células em perceberem a energia sonora que as atingem
 Fadiga auditiva anormal quando a mudança de limiar
permanece por mais de 16 horas após o término da exposição
Exposição ao ruído não relacionada ao
trabalho
 Hábitos exagerados
 Música
 Prática de tiro e caça
 Esportes que envolvem motores
 Oficinas caseiras
TRATAMENTO
TRATAMENTO
 Até o momento: não existe
 Fundamental: acompanhamento da progressão da
perda auditiva
 Avaliações audiológicas periódicas
 Notificação: início ao processo de vigilância
REABILITAÇÃO
 Ações terapêuticas requerem análise da avaliação
audiológica do trabalhador
 Níveis de atenção à saúde: secundário e terciário
 Profissional capacitado: fonoaudiólogo
Importante
 Perda auditiva induzida por ruídos não provoca
incapacidade para o trabalhador, mas pode ocasionar
limitações na realização de tarefas
 Cada caso deve ser avaliado em suas respectivas
dificuldades e adequações
PREVENÇÃO
 A melhor forma de prevenção é a informação
 O trabalhador deve ter conhecimento dos riscos
provocados pela exposição aos ruídos
 Existem limites de exposição preconizados
legalmente
 Cada empresa deve seguir programas de prevenção e
controle de riscos
PREVENÇÃO
Ministério
do
Trabalho
Delegacias
regionais
do trabalho
Serviço de
vigilância à
saúde
Fiscalização
do
cumprimento
das leis
PREVENÇÃO
 A empresa deve fazer levantamento e documentação do
processo produtivo:
 Localização dos pontos de maior risco
 Tipo e características do ruído
 Tempo de exposição
 Medidas de controle do ruído
 Exposição na fonte
 Na trajetória
 No indivíduo
 Medidas organizacionais: redução de jornada, pausas e
mudança de função
PREVENÇÃO
 As empresas também devem manter um Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA-NR9)
Identificação e quantificação dos riscos para
direcionar as ações do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO-NR7)
PREVENÇÃO
Avaliação
audiológica
periódica:
acompanhamento
da progressão da
perda auditiva
A velocidade da
progressão da perda
auditiva determinará a
eficácia das medidas
de proteção tomadas e
a necessidade de
aplicação de outras
PREVENÇÃO
 Todos os níveis de atenção à saúde devem acolher,
informar, dar início ao diagnóstico, notificação e
acompanhamento do caso
 A perda auditiva é progressiva e irreversível:
Todo caso de Pair
Fiscalização Intervenção
NOTIFICAÇÃO
Todo caso de Perda Auditiva Induzida por
Ruído é passível de notificação compulsória
pelo SUS , segundo parâmetro da Portaria
GM/MS Nº 777, de 28 de abril de 2004. Todos
os casos também devem ser comunicados à
Previdência Social por meio de abertura de
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
OBRIGADO

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Treinamento PPR - Proteção respiratória
Treinamento PPR - Proteção respiratóriaTreinamento PPR - Proteção respiratória
Treinamento PPR - Proteção respiratóriaClaudio Cesar Pontes ن
 
Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisDoenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisTiago Malta
 
treinamento ruido
treinamento ruido treinamento ruido
treinamento ruido Ane Costa
 
Aula EPI - Apresentação
Aula EPI - ApresentaçãoAula EPI - Apresentação
Aula EPI - ApresentaçãoRapha_Carvalho
 
Prote o_auditiva
Prote  o_auditivaProte  o_auditiva
Prote o_auditivaJB Silva
 
NR 17 - Ergonomia
NR 17 - ErgonomiaNR 17 - Ergonomia
NR 17 - ErgonomiaAmanda Dias
 
Medidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalhoMedidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalhoThaysa Brito
 
TREINAMENTO DE EPI NR 06
TREINAMENTO DE EPI NR 06TREINAMENTO DE EPI NR 06
TREINAMENTO DE EPI NR 06Fabio Sousa
 
Proteção auditiva
Proteção auditivaProteção auditiva
Proteção auditivamarcos0007
 
Aula 3 - Acidente de Trabalho
Aula 3 - Acidente de TrabalhoAula 3 - Acidente de Trabalho
Aula 3 - Acidente de TrabalhoGhiordanno Bruno
 
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.Jonas B. Larrosa
 
DDS - Dialogo Diario de Segurança
DDS - Dialogo Diario de SegurançaDDS - Dialogo Diario de Segurança
DDS - Dialogo Diario de SegurançaTuany Caldas
 
Segurança e higiene do trabalho - Aula 1
Segurança e higiene do trabalho - Aula 1Segurança e higiene do trabalho - Aula 1
Segurança e higiene do trabalho - Aula 1IBEST ESCOLA
 
Acidentes de trabalho (causas e consequências)
Acidentes de trabalho   (causas e consequências)Acidentes de trabalho   (causas e consequências)
Acidentes de trabalho (causas e consequências)Agostinho J. Neto
 

Mais procurados (20)

Treinamento PPR - Proteção respiratória
Treinamento PPR - Proteção respiratóriaTreinamento PPR - Proteção respiratória
Treinamento PPR - Proteção respiratória
 
Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisDoenças ocupacionais
Doenças ocupacionais
 
treinamento ruido
treinamento ruido treinamento ruido
treinamento ruido
 
1. treinamento pca
1. treinamento pca1. treinamento pca
1. treinamento pca
 
Aula EPI - Apresentação
Aula EPI - ApresentaçãoAula EPI - Apresentação
Aula EPI - Apresentação
 
Prote o_auditiva
Prote  o_auditivaProte  o_auditiva
Prote o_auditiva
 
NR 17 - Ergonomia
NR 17 - ErgonomiaNR 17 - Ergonomia
NR 17 - Ergonomia
 
Ruído Laboral
Ruído LaboralRuído Laboral
Ruído Laboral
 
Engenharia de Segurança
Engenharia de SegurançaEngenharia de Segurança
Engenharia de Segurança
 
Medidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalhoMedidas para prevenção de acidentes no trabalho
Medidas para prevenção de acidentes no trabalho
 
Treinamento pca e ppr
Treinamento pca e pprTreinamento pca e ppr
Treinamento pca e ppr
 
Treinamento sobre epi
Treinamento sobre epiTreinamento sobre epi
Treinamento sobre epi
 
TREINAMENTO DE EPI NR 06
TREINAMENTO DE EPI NR 06TREINAMENTO DE EPI NR 06
TREINAMENTO DE EPI NR 06
 
Proteção auditiva
Proteção auditivaProteção auditiva
Proteção auditiva
 
Aula 3 - Acidente de Trabalho
Aula 3 - Acidente de TrabalhoAula 3 - Acidente de Trabalho
Aula 3 - Acidente de Trabalho
 
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.
Acidente de trabalho - Causas, Consequências e Prevenção.
 
DDS - Dialogo Diario de Segurança
DDS - Dialogo Diario de SegurançaDDS - Dialogo Diario de Segurança
DDS - Dialogo Diario de Segurança
 
Aulão sst
Aulão sstAulão sst
Aulão sst
 
Segurança e higiene do trabalho - Aula 1
Segurança e higiene do trabalho - Aula 1Segurança e higiene do trabalho - Aula 1
Segurança e higiene do trabalho - Aula 1
 
Acidentes de trabalho (causas e consequências)
Acidentes de trabalho   (causas e consequências)Acidentes de trabalho   (causas e consequências)
Acidentes de trabalho (causas e consequências)
 

Destaque (20)

Perda auditiva induzida_por_ruido_-_pair
Perda auditiva induzida_por_ruido_-_pairPerda auditiva induzida_por_ruido_-_pair
Perda auditiva induzida_por_ruido_-_pair
 
Ler dort
Ler dortLer dort
Ler dort
 
Ler dort
Ler dort Ler dort
Ler dort
 
Aula 5 ler e dort
Aula 5   ler e dortAula 5   ler e dort
Aula 5 ler e dort
 
Manual perda auditiva induzida por ruído (pair)
Manual   perda auditiva induzida por ruído (pair)Manual   perda auditiva induzida por ruído (pair)
Manual perda auditiva induzida por ruído (pair)
 
Ler e Dort
Ler e DortLer e Dort
Ler e Dort
 
Slide ler/dort
Slide ler/dortSlide ler/dort
Slide ler/dort
 
Cartilha ler dort 01
Cartilha ler dort 01Cartilha ler dort 01
Cartilha ler dort 01
 
Ler e dort
Ler e dortLer e dort
Ler e dort
 
Ergonomia Doenças acidente de trabalho ler-dort
Ergonomia Doenças acidente de trabalho ler-dortErgonomia Doenças acidente de trabalho ler-dort
Ergonomia Doenças acidente de trabalho ler-dort
 
Surdez
SurdezSurdez
Surdez
 
Perda auditiva & demência
Perda auditiva & demência Perda auditiva & demência
Perda auditiva & demência
 
Como prevenir as frieiras
Como prevenir as frieirasComo prevenir as frieiras
Como prevenir as frieiras
 
Ruidos
RuidosRuidos
Ruidos
 
Doenças ocupacionais
Doenças ocupacionaisDoenças ocupacionais
Doenças ocupacionais
 
LER DORT FISIOTERAPIA.Show file
LER  DORT  FISIOTERAPIA.Show fileLER  DORT  FISIOTERAPIA.Show file
LER DORT FISIOTERAPIA.Show file
 
00000401 (1)
00000401 (1)00000401 (1)
00000401 (1)
 
I curso neuroimagem demencias.st
I curso neuroimagem demencias.stI curso neuroimagem demencias.st
I curso neuroimagem demencias.st
 
Protocolo perda auditiva
Protocolo perda auditivaProtocolo perda auditiva
Protocolo perda auditiva
 
Doença do trabalho e profissional
Doença do trabalho e profissionalDoença do trabalho e profissional
Doença do trabalho e profissional
 

Semelhante a Perda Auditiva Por Ruído- Saúde do Trabalhador

ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADORATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADORUnoeste
 
Condições de saúde auditiva no trabalho
Condições de saúde auditiva no trabalhoCondições de saúde auditiva no trabalho
Condições de saúde auditiva no trabalhoCosmo Palasio
 
Velocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonoraVelocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonoraFeeh Kikuchi
 
O som e a saúde
O som e a saúdeO som e a saúde
O som e a saúdeosomeasaude
 
agente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.ppt
agente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.pptagente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.ppt
agente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.pptssuser4f703e
 
Interferência do Ruído na Saúde e Qualidade de Vida
Interferência do Ruído na Saúde e Qualidade de VidaInterferência do Ruído na Saúde e Qualidade de Vida
Interferência do Ruído na Saúde e Qualidade de VidaDirlene Moreira
 
Bases de Referenciação de MGF para ORL
Bases de Referenciação de MGF para ORLBases de Referenciação de MGF para ORL
Bases de Referenciação de MGF para ORLFrancisco Vilaça Lopes
 
Aula de PPRA Prof. Felipe Voga
Aula de PPRA   Prof. Felipe VogaAula de PPRA   Prof. Felipe Voga
Aula de PPRA Prof. Felipe VogaFelipe Voga
 
Perda Auditiva Induzida por Ruído Continuo
Perda Auditiva Induzida por Ruído ContinuoPerda Auditiva Induzida por Ruído Continuo
Perda Auditiva Induzida por Ruído ContinuoIsaiasSantos71
 
Riscos FíSicos,Por Simone Tavares
Riscos FíSicos,Por Simone TavaresRiscos FíSicos,Por Simone Tavares
Riscos FíSicos,Por Simone TavaresSimone
 

Semelhante a Perda Auditiva Por Ruído- Saúde do Trabalhador (20)

ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADORATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGIA NA ÁREA DA AUDIOLOGIA VOLTADA A SAÚDE DO TRABALHADOR
 
2012
20122012
2012
 
Condições de saúde auditiva no trabalho
Condições de saúde auditiva no trabalhoCondições de saúde auditiva no trabalho
Condições de saúde auditiva no trabalho
 
Sn9
Sn9Sn9
Sn9
 
Velocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonoraVelocidade do som e poluição sonora
Velocidade do som e poluição sonora
 
Doencas Ocupacionais
Doencas  OcupacionaisDoencas  Ocupacionais
Doencas Ocupacionais
 
504
504504
504
 
Caderno 7 ruido
Caderno 7 ruidoCaderno 7 ruido
Caderno 7 ruido
 
07
0707
07
 
Edição 9
Edição 9Edição 9
Edição 9
 
O som e a saúde
O som e a saúdeO som e a saúde
O som e a saúde
 
agente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.ppt
agente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.pptagente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.ppt
agente-fc3adsico-ruido-introduc3a7c3a3o-a-sms.ppt
 
Interferência do Ruído na Saúde e Qualidade de Vida
Interferência do Ruído na Saúde e Qualidade de VidaInterferência do Ruído na Saúde e Qualidade de Vida
Interferência do Ruído na Saúde e Qualidade de Vida
 
Bases de Referenciação de MGF para ORL
Bases de Referenciação de MGF para ORLBases de Referenciação de MGF para ORL
Bases de Referenciação de MGF para ORL
 
Aula de PPRA Prof. Felipe Voga
Aula de PPRA   Prof. Felipe VogaAula de PPRA   Prof. Felipe Voga
Aula de PPRA Prof. Felipe Voga
 
Perda Auditiva Induzida por Ruído Continuo
Perda Auditiva Induzida por Ruído ContinuoPerda Auditiva Induzida por Ruído Continuo
Perda Auditiva Induzida por Ruído Continuo
 
Riscos FíSicos,Por Simone Tavares
Riscos FíSicos,Por Simone TavaresRiscos FíSicos,Por Simone Tavares
Riscos FíSicos,Por Simone Tavares
 
13 03-05 (1)
13 03-05 (1)13 03-05 (1)
13 03-05 (1)
 
Rbso 119 alterações auditivas
Rbso 119 alterações auditivasRbso 119 alterações auditivas
Rbso 119 alterações auditivas
 
Sala326
Sala326Sala326
Sala326
 

Último

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfjuliperfumes03
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 

Último (7)

Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 

Perda Auditiva Por Ruído- Saúde do Trabalhador

  • 1. PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDOS (PAIR) Universidade Federal de Rondônia Curso de Medicina Disciplina de Saúde do Trabalhador Docentes: Janne Monteiro Jandra Leite Discentes: • Carina Costa • Gabriela Toledo • Martins Honorato • Rafael Bortolato • Vanderson Pereira
  • 3. RUÍDO “Sinal acústico aperiódico, originado da superposição de vários movimentos de vibração com diferentes freqüências que não apresentam relação entre si” FELDMAN; GRIMES, 1985
  • 4. RUÍDO  “Perda auditiva ocupacional” perda auditiva induzida por ruído, exposições a solventes aromáticos, metais e alguns asfixiantes e vibração  Esse protocolo é destinado a toda rede de atenção à saúde do SUS, que deverá iniciar um trabalho de identificação e notificação dos casos de perdas auditivas relacionadas ao trabalho  Restrição a Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair)
  • 5. RUÍDO  A Pair agravo mais freqüente à saúde dos trabalhadores, estando presente principalmente siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão, vidraria  Gestantes que trabalham expostas a níveis elevados de ruído:  Lesões auditivas irreversíveis no feto  Problemas na gestação: hipertensão, hiperemese gravídica, parto prematuro e bebês de baixo peso
  • 6. RUÍDO  Conferência da Terra (ECO 92)  Ruído considerado a terceira maior causa de poluição ambiental, atrás da poluição da água e do ar  O ruído risco de agravo à saúde que atinge maior número de trabalhadores  Mais perigoso quando se trata de ruído no ambiente de trabalho pela sua intensidade, tempo de exposição e efeitos combinados com outros fatores de risco, como produtos químicos ou vibração
  • 7. ESCOPO  Definição  Perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído  Neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído  Tem como sinônimos: perda auditiva ocupacional, surdez profissional, disacusia ocupacional
  • 8. PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)  Tipo de protocolo  Função: articulação de ações de prevenção, promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde do trabalhador  Público-Alvo  Profissionais de saúde da rede SUS  Outros: auditores fiscais, engenheiros, peritos, químicos  Objetivo  Auxiliar os profissionais da rede do SUS a identificar e notificar os casos de Pair  Dar subsídios aos órgãos de vigilância para intervenções nos ambientes de trabalho
  • 9. PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)  Benefícios  A adoção do protocolo permite a uniformidade no tratamento e na leitura epidemiológica dos dados  Contribuirá para a identificação da real magnitude de casos de perda auditiva  Com a notificação será possível fazer planejamento adequado das ações de prevenção e diagnóstico da Pair
  • 10. PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)  Epidemiologia  Os dados no Brasil são escassos  Não há registros epidemiológicos que caracterizem a reação  Estima-se que 25% da população trabalhadora exposta seja portadora de Pair em algum grau
  • 11. PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)  Metodologia de elaboração do protocolo  Elaboração, envio e análise de questionário enviado aos Cerests, para conhecer suas experiências e necessidades em relação aos casos de Pair  Revisão bibliográfica e elaboração do texto-base  Reunião com especialistas para avaliação do documento- base  Envio para publicação e consulta pública  Revisão pós-consulta pública  Redação final.
  • 12. PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)  Avaliação da Pair  Constitui a avaliação clínica e ocupacional  Pesquisa-se a exposição ao risco, pregressa e atual, considerando-se os sintomas característicos  A anamnese ocupacional, ao fazer detalhamento da exposição, configura-se como instrumento fundamental para a identificação do risco
  • 13. PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)  Avaliação dos efeitos auditivos da Pair  Avaliação audiológica:  Audiometria tonal por via aérea  Audiometria tonal por via óssea  Logoaudiometria  Imitanciometria  Condições para realização da avaliação  Utilização de cabina acústica  Utilização de equipamento calibrado  Repouso acústico de 14 horas  Profissional qualificado para a realização do exame (médico ou fonoaudiólogo)
  • 14. PERDA AUDITIVA POR RUIDO (PAIR)  Avaliação dos efeitos não-auditivos da Pair  Faz a relação da perda auditiva com as consequências na vida diária do indivíduo  Busca entender de que forma e quanto essa perda auditiva está interferindo na vida pessoal e profissional do paciente
  • 16. DIAGNÓSTICO Efeitos auditivos da exposição ao ruído  PAIR: degeneração das células ciliadas de Corti  Excesso de estimulação sonora ou presença de agentes químicos Formação de radicais livres  Oxidação  Lesão auditiva Características da PAIR:  Perda aditiva sensório-neural com comprometimento das células ciliadas da orelha interna  Exposições contínuas são piores do que as intermitentes, porém curtas exposições a ruídos intensos também podem desencadear perdas auditivas
  • 17. DIAGNÓSTICO A exposição continuada a ruído pode provocar:  Alteração da seletividade de frequência que provoca limitação na capacidade em reconhecer sons  Alteração neurossensorial levando ao aumento da sensação de desconforto  Zumbido  Dificuldades de compreensão de fala
  • 18. DIAGNÓSTICO A exposição não auditiva da exposição ao ruído  Estresse – o ruído é um agente de risco potencialmente estressor que pode trazer efeitos nocivos auditivos e uma sintomatologia relacionada ao estresse  Nervosismo  Irritabilidade  Cefaleia  Insônia Alteração da visão Alteração gastrointestinais e circulatórias
  • 19. DIAGNÓSTICO Consequências da PAIR:  Percepção ambiental: dificuldade para ouvir sons de alarme,sons domésticos, alto volume na televisão  Problemas com comunicação:  Esforço e fadiga,  Ansiedade,  Dificuldade nas relações familiares,  Isolamento,  Autoimagem negativa
  • 20. DIAGNÓSTICO a) Auditivos:  Perda auditiva.  Zumbidos.  Dificuldades no entendimento de fala.  Outros sintomas auditivos menos frequentes:  Algiacusia.  Sensação de audição “abafada”.  Dificuldade na localização da fonte sonora. b) Não-auditivos:  Transtornos da comunicação.  Alterações do sono.  Transtornos neurológicos.  Transtornos vestibulares.  Transtornos digestivos.  Transtornos comportamentais. c) Outros efeitos do ruído  Transtornos cardiovasculares  Transtornos hormonais Sieligman (2001) indica como sinais e sintomas da Pair:
  • 22. Trauma acústico “É uma perda auditiva súbita, decorrente de uma única exposição a ruído intenso.” (HUNGRIA, 1995)  Intensidade sonora: 120 dB ou 140 dB  Explosão de fogos, disparos de armas de fogo, ruído de motores a explosão e máquinas de grande impacto
  • 23. Trauma acústico  Quadro clínico:  Dor  Distúrbios vestibulares (vertigem e perturbações do equilíbrio)  Lesões simultâneas da orelha média (rotura da membrana timpânica e /ou desarticulação dos ossículos)  Zumbido  Realização de avaliação audiológica imediata após o trauma  Melhora dos sintomas após alguns dias  Repetição em intervalos aumentados
  • 24. Mudança Transitória de Limiar (MTL)  TTS (Temporary Treshold Shift)  Elevação do limiar de audibilidade que se recupera gradualmente  Os ruídos de alta frequência são mais nocivos, principalmente na faixa entre 2kHz a 6kHz  Tem início a partir de uma exposição a 75dB  Aumenta proporcionalmente ao aumento de intensidade e duração do ruído  Exposição contínua é mais nociva
  • 25. Mudança Transitória de Limiar (MTL)  Merluzzi (1981)  A maior parte da MTL é recuperada nas primeiras duas a três horas  O restante pode levar até 16 horas e depende da intensidade do estímulo  Alterações intracelulares levam a redução na capacidade das células em perceberem a energia sonora que as atingem  Fadiga auditiva anormal quando a mudança de limiar permanece por mais de 16 horas após o término da exposição
  • 26. Exposição ao ruído não relacionada ao trabalho  Hábitos exagerados  Música  Prática de tiro e caça  Esportes que envolvem motores  Oficinas caseiras
  • 28. TRATAMENTO  Até o momento: não existe  Fundamental: acompanhamento da progressão da perda auditiva  Avaliações audiológicas periódicas  Notificação: início ao processo de vigilância
  • 29. REABILITAÇÃO  Ações terapêuticas requerem análise da avaliação audiológica do trabalhador  Níveis de atenção à saúde: secundário e terciário  Profissional capacitado: fonoaudiólogo Importante  Perda auditiva induzida por ruídos não provoca incapacidade para o trabalhador, mas pode ocasionar limitações na realização de tarefas  Cada caso deve ser avaliado em suas respectivas dificuldades e adequações
  • 30. PREVENÇÃO  A melhor forma de prevenção é a informação  O trabalhador deve ter conhecimento dos riscos provocados pela exposição aos ruídos  Existem limites de exposição preconizados legalmente  Cada empresa deve seguir programas de prevenção e controle de riscos
  • 32. PREVENÇÃO  A empresa deve fazer levantamento e documentação do processo produtivo:  Localização dos pontos de maior risco  Tipo e características do ruído  Tempo de exposição  Medidas de controle do ruído  Exposição na fonte  Na trajetória  No indivíduo  Medidas organizacionais: redução de jornada, pausas e mudança de função
  • 33. PREVENÇÃO  As empresas também devem manter um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA-NR9) Identificação e quantificação dos riscos para direcionar as ações do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO-NR7)
  • 34. PREVENÇÃO Avaliação audiológica periódica: acompanhamento da progressão da perda auditiva A velocidade da progressão da perda auditiva determinará a eficácia das medidas de proteção tomadas e a necessidade de aplicação de outras
  • 35. PREVENÇÃO  Todos os níveis de atenção à saúde devem acolher, informar, dar início ao diagnóstico, notificação e acompanhamento do caso  A perda auditiva é progressiva e irreversível: Todo caso de Pair Fiscalização Intervenção
  • 36. NOTIFICAÇÃO Todo caso de Perda Auditiva Induzida por Ruído é passível de notificação compulsória pelo SUS , segundo parâmetro da Portaria GM/MS Nº 777, de 28 de abril de 2004. Todos os casos também devem ser comunicados à Previdência Social por meio de abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)

Notas do Editor

  1. Perda auditiva por ruído e/ou substâncias químicas
  2. O conhecimento sobre o ambiente de trabalho também pode ser feito por meio de visita ao local, avaliação de laudos técnicos da própria empresa e informações sobre fiscalizações, além do relato do paciente.
  3. Até a estabilidade
  4. Itens obrigatórios na anamnese