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O AUTOR
m r t i m de Moraes
IJornaslista, gerente editorial da Editora Senac.
MULTICULTURALISMOE
IDENTIDADE: O PAPEL DOS
MEIOS DE COMUNICAÇAO
E DA ESCOLA]
Referencial importante para se pensar multiculturalismo
e identidade é o descompasso entre as conquistas tecnológicas
e a crescente exclusão social
ual o papel dos meios de co-
municação e da escola diante
da realidade multicultural em
constante e acelerado proces-
sode transformação?E asim-
plicações desse processo no que diz res-
peito ao contraponto, se é que ele existe,
multiculturalismo/identidade?
Não acreditoque seja um problema gra-
ve a aparente contradição entre multicul-
turalismoeidentidade.Nãovejoomulticul-
turalismo,umfenômenoaparentementehoje
maispresentedoquenuncaemtodoomun-
do moderno,comouma ameaça à identida-
de cultural de povos, nações, grupos étni-
cos, comunidades regionais ou qualquer
outro grupamento humano - ou mesmo à
identidadedopróprio indivíduo.
Emfunçãodoaceleradodesenvolvirnen-
to tecnológico,o mundo se tornou menor.
E o multiculturalismo, que existe porque
oshomens sãodiferentesentre si,hojetem
muito mais visibilidade, além do que cer-
tamente é mais rico e variado do que no
passado,muitomaismulti,exatamentegra-
ças ao intensocontatoentre as mais diver-
sas culturas propiciado pelo desenvolvi-
mentotecnológico,pelo encurtamentodas
distânciasculturaisna aldeia global.
Acreditona humanidade como aunidade
na diversidade.A unidade da condição hu-
mana na diversidadedo indivíduo.Creio ser
inerenteauma visão antropocêntricadouni-
versooprincípiodequeaindividualidadeque
caracterizao ser humano seprojeta, em cír-
culos concêntricos,nos gnipamentosde vá-
1.Palestraministradano espaçoCafé Filosóficona LivrariaCultura,em 14de agostode 2000,promovido pela Revista
Comunicação & Educação, cujo tema central foi o mesmo deste título.
37-
Multiculturalismoe Identidade:o papeldosmeiosde comunicaçãoeda escola
rios tipos e amplitudesem que o homem se
associa,desdeafamíliae oclã até,-dopon-
to devistaespacial, territorial- a urbe, a re-
gião, o país, ou -numa outradimensão-, a
partirdepressupostosétnicos,religiosos,ide-
ológicos. Tudo, enfim, que reúna um
grupamentohumanoem torno de traços co-
munsqueoidentificamcomotal-comogru-
po, comunidade.E a mesmatendêncianatu-
ral,porinstinto,ecultural,poreducação, que
os indivíduos têm depreservar sua identida-
de,seprojetanosváriosgrupamentosemque
essesindivíduos sereúnem.Éum fenômeno
tão antigoquantoahistóriadahumanidadee
seconstitui,certamente,numdosfatorespre-
ponderantes em sua evolução.
Éóbvio que nenhum grupamentohuma-
no culturalmenteidentificávelpermanece o
mesmo depois de seu contato com outro.
Pelo fenômeno inevitável da aculturação,
algumas culturas acabam predominando
sobre as outras. Influindomais do que sen-
doinfluenciada.Mas,inevitavelmente,nes-
secontatoatéas quepreponderam semodi-
ficam,setransformam,domesmomodoque
as,vamos chamarassim,menos poderosas,
de algum modo conseguem preservar tra-
ços essenciais de suaidentidade,sódeixan-
do mesmo de existir no caso extremo do
extem'nio físicode seusindivíduos.
A questão que fica em aberto, e
o ideal é que seja resolvida pelo
próprio grupo, é saber até que
ponto, social, política,
econômica e culturalmente,
a permanente e inevitável
influência de outras culturas
é tolerável ou desejável.
Os casos extremos de tentativa de pre-
servação quase absoluta de identidade
cultural, como pretende o Taliban no
Afeganistão,ou outros fundamentalismos
soltospelo mundo, devem ser debitados à
conta do fanatismo religioso ou ideológi-
co, ou são meros instrumentos de domi-
nação-ou aindatudo isso ao mesmotem-
po. São desumanos e estão na contramão
da história.
Assim, ainter-relaçãomulticulturalismo/
identidade acaba se resolvendo por si pró-
pria. O que me parece um grande proble-
ma é a relação que escola e comunicação
têm hoje com esse binômio.
PROGRESSO E EXCLUSÃO
Uma obviedade: como resultado de
uma ação multiculturalpermanente e ine-
vitável, que se traduz sobretudo em espe-
taculares conquistas tecnológicas,o mun-
do de hoje é muito diferente daquele de
apenasum século atrás. Uma afirmação a
respeito da qual há controvérsia: este, o
de hoje, é um mundo melhor. A humani-
dade está melhor hoje do que estava 100
anos atrás.
Não me alinho, como se vê, entre os
pessimistas sempre a proclamar que o
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tir que, com toda a certeza, estará pior
ainda amanhã.
Basta olharmos em volta, perto de nós.
Temos problemas gravíssimos no Brasil.
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Mas, para mencionar apenas as maiores
evidências, em 1900 ainda ecoava no ar
por aqui o pavoroso ranger dos grilhões
de uma escravatura recém-extinta. As
mulheres permaneciam legalmente
Comunicação & Educação,São Paulo, (21):37 a 42, maiolago.2001
relegadas àcondiçãode cidadãs de segun-
da categoria, sem direito sequer ao voto.
Este, aliás, o voto, privilégio de varões
qualificados, era abertamente manipula-
do pelas oligarquias dominantes. Direi-
tos e garantias trabalhistas, um devaneio
que demoraria ainda quase meio século
para se tornar realidade.
é novidade na trajetóriahumana. Mas que
se torna inadmissível, repito, no momen-
to em que fabulosos recursos de toda na-
tureza cada vez mais se concentram nas
mãos de poucos, quando deveriam estar
sendo decididamente destinados a elimi-
nar da face da Terra o estigma aviltante
da exclusão social.
Le Monde Diplomatique,junl1998.
E as conquistas tecnológicas no campo
da saúde, dos transportes, das comunica-
çõesetc. Todasessase muitasoutrastrans-
formações para melhor, no Brasil e no
mundo, ocorreram no lapso de 100anos,
uma pequenafração de tempo na perspec-
tiva da história da humanidade.
De modo que não há como deixar de
admitir: a humanidade tem evoluído, e
muito rapidamente nas últimas décadas.
A questão que me parece central é a
seguinte: o enorme descompasso entre as
importantes conquistas político-sociais
somadas a essa fantástica evolução
tecnológica da humanidadeno séculoXX
e a tradução desse grande progresso em
termos de equivalente,efetiva e universal
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Este é o ponto: com as conquistas de-
mocráticase osrecursostecnológicoshoje
disponíveis, é inadmissível que uma par-
cela significativa da Humanidade ainda
permaneça mergulhada em condições
subumanas de vida. Uma miséria que não
De modo que, do ponto de vista ideo-
lógico - e esta é uma postura realmente
radical -, acho que a Humanidade se en-
contra hoje dividida em dois grandes gru-
pos: de um lado,os quedefendem,ou pelo
menos admitem - geralmente sem
confessá-lo - a exclusão social como um
fenômeno histórica e economicamente
inevitável, e por isso moralmente
admissível;e de outro lado, os que enten-
dem que o compromisso com a inclusão
social é um imperativo irrenunciável da
condição humana. Porque esta, a condi-
ção humana, é o traço comum que, acima
de todas as diferenças étnicas, culturais,
religiosas, ideológicas, nacionais, econô-
micasetc. etc. etc., une e identificaa cada
um de nós, o habitante deste planeta que
alguéminsensatamenteum dia batizou de
homo sapiens.
Nesse ponto fundamental,acreditoque
não haja meiotermo. Pode-sechamaresse
confllto como quiser: direita versus es-
querda, progressistasversus reacionários,
Multiculturalismoe Identidade:o papeldos meiosde comunicaçãoe da escola
Norte versus Sul, bandidos versus moci-
nhos.Mas éum ladoou outro.Não sepode
ficar em cima do muro. Ou você acredita
que o viventeque está a seu lado,ou aque-
le que você vê nas fotos dos livros que fi-
zeram a fama do Sebastião Salgado2,ou
você acreditaque todos elescompartilham
com você a condiçãohumana e entãopas-
sa a pensar e agir de modo coerente com
essa convicção - ou você se desumaniza
na pretensão de ser melhor ou mais digno
do que o seu semelhante-por mais dife-
rente de você que esse semelhanteseja.
Não há meio termo. Ou se está de um
lado, ou de outro.
ESCOLA E COMUNICAÇÃO
Onde entram nisso escola e comunica-
ção? No fato de que tanto uma quanto ou-
tra têm sempreatrásde si,inevitavelmen-
te, uma ideologia. E por essa razão se co-
locam, em última análise, diante da alter-
nativa inescapável: estão a serviço da in-
clusão ou da exclusão social.
O conhecimento,o saber, sempre
foi, na história da humanidade, o
mais poderoso instrumento de
dominação. Por extensão, a
comunicação também.
Nos últimos 50 anos, a história das ci-
ências e das mentalidades virou muitas
páginas. E muito rapidamente. Já na dé-
cada de 60 se tomara moda falar no ad-
vento da aldeia global, como resultado
daquilo que hoje é banalmente conhecido
como processo de globalização. Se, por
um lado, a segunda metade do século XX
viu ruir a ilusão do desenvolvimentoeco-
nômico e da justiça social top-down (de
cimapara baixo), por outro verificouuma
aparentementeparadoxalelevaçãodataxa
de consciência daquilo que genericamen-
te se pode chamar de questão social. Afi-
nal, o mundo se tomou realmenteuma pe-
quena aldeia e a mesma globalização que
é causa/consequência da internaciona-
lizaçãodo capital,dos interessesmeramente
econômicos e financeiros, é responsável
também pela ampla e imediata circulação
das idéias-atéas mais progressistas.Daí,
por exemplo,opoliticamente correto, essa
invenção norte-americana que é magnífi-
ca demonstração da má consciência dos
sobrinhosde Tio Sam diante de seus pró-
prios preconceitos.
Émuitobom, enfim,perceber que hoje,
mais do que nunca, no chamado mundo
civilizado,oprincipalfundamentodaques-
tão social, que é a consciênciade si mes-
mo e da existência e do respeito ao outro
(ou, como diriamos melhor catequizados,
aopróximo),essaconsciência-que pode-
mos chamarde consciênciada cidadania-
tem alguma possibilidade de se tornar um
valor universalmentereconhecido.
É nessa perspectiva que se depositam
as melhores esperanças de um futuro de
maior justiça e eqüidade entre os seres
humanos, e nessa transformação, certa-
mente, a escola e a comunicação desem-
penham um papel central.
Na escola, a relativamente recente ten-
dênciade mudança do focono ensinopara
2. Fotógrafo brasileiro mundialmente conhecido pela qualidade de seu trabalho e pelo seu projeto profjssional de
registrar os excluídos. Há no Brasil vários de seus trabalhos publicados em livros, como por exemplo, Exodo. São
Paulo: Companhia das Letras, 2000.
Comunicação& Educação,São Paulo, (21):37 a 42, maiolago.2001
o foco no aprendizado,fundada em novos
conceitos como o da aprendizagem com
autonomia,doaprendera aprender,acenam
com a perspectiva de uma educação real-
mente capaz de promover o homem àple-
nitudede suacondiçãode indivíduoapto a
pensar criticamentee sentir afetivamente,
com o necessário equilíbrioentre a razão e
a emoção, o sentimento. Isso é possível.
Os meios estão aí, à nossa disposição.
Na comunicação, o advento de um
Homem mais consciente e crítico certa-
mente colocará as coisas em seus devidos
lugares. Mas é lógico que não podemos
ficar esperando que a utopia se realize.
De imediato, a questão central é
a da democratização dos meios
de comunicação. Para ser mais
preciso, do controle democrático
dos meios de comunicação.
Mais fácil falar do que fazer. É uma
questão complexa e delicada, como tudo
o que envolva controles na sociedade.
Qualquer descuido pode descambar para
o autoritarismo. Isso é sempre perigoso.
Mas está claro que algo precisa ser feito
para neutralizar as hegemonias que aca-
bam colocando os meios de comunicação
a serviço da exclusão social e transfor-
mando-os em ameaça - esta sim, uma
ameaça a ser levada a sério - ao
multiculturalismo, à identidade cultural.
Mas, também aí, mais uma vez o
desenvolvimento tecnológico pode dar
uma boa mãozinha. Por exemplo, o
advento da TV a cabo, com a multipli-
cação de opções para o telespectador,em
poucos anos já fez um estrago consi-
derável na hegemonia das grandes redes,
em todo o mundo. É um dado altamente
positivo, um progresso, mesmo consi-
derandoque sãoaspróprias grandesredes
que dominam boa parte do espaço aberto
pela TV a cabo. E na Internet - que não
resolveu ainda se vai se transformar num
grande shopping center ou num imenso
parque de diversões - criam-se já as
condiçõespara o acirramentoda saudável
concorrência no mercado da informação,
o que também não é uma boa notícia para
as forças hegemônicas da mídia em todo
o mundo.
Todasessastransformaçõesqueatingem
a escola e os meios de comunicação são
muito recentes. Não dá para se saberainda
nem mesmo quais são as novidades que
vieram para ficar, quais as que logo serão
descartadascomo simples modismo.
O importanteé que saibamosaproveitar
esseembalodastransformações.Queo fa-
çamos com a consciênciade que o maior
desafio, o primeiro da lista, é tomar posi-
ção ativa no time da inserção social, que
disputauma peleja de vida ou mortepara a
humanidade, com o time da exclusão.
Só assim será possível reconstruir o
mundo em bases verdadeiramentehuma-
nas. Só assim será possível transformar o
homem em sujeito da história, e não em
seu objeto. Só assim serápossível, de um
lado, recuperar da alienação e do egoís-
mo aqueles que acham que precisam ex-
cluir para viver, e de outro lado, resgatar
da exclusão aqueles que também têm o
direito de participar, dignamente, como
protagonistas, do espetáculo da vida.
Essa é a grande missão da Escola. Esse
é o grande desafio da Comunicação.
Mutiicutturalismoe Identidade:o papeldosmeiosdecomunicaçãoeda escola
Resuma O autor discutea relação, no mundo
globalizado, entre multiculturalismo e
identidade.Afirmaque a aparente contradição
que expressam não é um problema grave.
Trata-se de um fenômeno pelo qual a huma-
nidadevem passandoao longodesua história.
Destaca, entretanto, que o acelerado desen-
volvimento tecnológico e a concentração de
riquezastêm traçado umquadrodramáticono
que diz respeito ao multiculturalismo e a
identidade,a medidaque têm levadograndes
parcelas da população a exclusão socioeco-
nômica e, portanto, limitado seu acesso aos
bensculturais e ao conhecimentodisponíveis
na sociedade contemporânea. 0 s meios de
comunicação e a escola podem, segundo a
concepção do autor, desempenharimportante
papel,diminuindoas distânciasentreincluídos
e excluídos,bemcomotrabalhando nosentido
da inclusãosocial.
Palavras-chave:multiculturalismo, identidade,
exclusão, meios de comunicação, escola,
diversidadecultural
(Multiculturalism and identity: the role of the
media and of the school)
Abstract The authordiscussesthe relationthere
is,inaglobalizedworld, betweenmulticulturalism
andidentity.Accordingtotheauthor,theapparent
contradiction they represent is not a serious
problem.This is a phenomenon humanity has
beengoingthroughthroughout history,Emphasis
isgiven, however,tothefactthatthe accelerated
technological developments and the concen-
tration of richness hastraceda dramatic picture
regardingmulticulturalismandidentitysinceit has
lead major portions of the population to
socioeconomic exclusion and, therefore, it has
limited their access to all of the cultural goods
and to the knowledge that is available in
contemporaneous society. The media and the
schoolcan,accordingtotheauthor'sconception,
have an important role in reducing distances
betweenthe includedandthe excluded, as well
working aiming at social inclusion.
Key wordsmulticulturalism, identity,exclusion,
media, school, cultural diversity

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Progresso e Exclusão

  • 1. O AUTOR m r t i m de Moraes IJornaslista, gerente editorial da Editora Senac. MULTICULTURALISMOE IDENTIDADE: O PAPEL DOS MEIOS DE COMUNICAÇAO E DA ESCOLA] Referencial importante para se pensar multiculturalismo e identidade é o descompasso entre as conquistas tecnológicas e a crescente exclusão social ual o papel dos meios de co- municação e da escola diante da realidade multicultural em constante e acelerado proces- sode transformação?E asim- plicações desse processo no que diz res- peito ao contraponto, se é que ele existe, multiculturalismo/identidade? Não acreditoque seja um problema gra- ve a aparente contradição entre multicul- turalismoeidentidade.Nãovejoomulticul- turalismo,umfenômenoaparentementehoje maispresentedoquenuncaemtodoomun- do moderno,comouma ameaça à identida- de cultural de povos, nações, grupos étni- cos, comunidades regionais ou qualquer outro grupamento humano - ou mesmo à identidadedopróprio indivíduo. Emfunçãodoaceleradodesenvolvirnen- to tecnológico,o mundo se tornou menor. E o multiculturalismo, que existe porque oshomens sãodiferentesentre si,hojetem muito mais visibilidade, além do que cer- tamente é mais rico e variado do que no passado,muitomaismulti,exatamentegra- ças ao intensocontatoentre as mais diver- sas culturas propiciado pelo desenvolvi- mentotecnológico,pelo encurtamentodas distânciasculturaisna aldeia global. Acreditona humanidade como aunidade na diversidade.A unidade da condição hu- mana na diversidadedo indivíduo.Creio ser inerenteauma visão antropocêntricadouni- versooprincípiodequeaindividualidadeque caracterizao ser humano seprojeta, em cír- culos concêntricos,nos gnipamentosde vá- 1.Palestraministradano espaçoCafé Filosóficona LivrariaCultura,em 14de agostode 2000,promovido pela Revista Comunicação & Educação, cujo tema central foi o mesmo deste título. 37-
  • 2. Multiculturalismoe Identidade:o papeldosmeiosde comunicaçãoeda escola rios tipos e amplitudesem que o homem se associa,desdeafamíliae oclã até,-dopon- to devistaespacial, territorial- a urbe, a re- gião, o país, ou -numa outradimensão-, a partirdepressupostosétnicos,religiosos,ide- ológicos. Tudo, enfim, que reúna um grupamentohumanoem torno de traços co- munsqueoidentificamcomotal-comogru- po, comunidade.E a mesmatendêncianatu- ral,porinstinto,ecultural,poreducação, que os indivíduos têm depreservar sua identida- de,seprojetanosváriosgrupamentosemque essesindivíduos sereúnem.Éum fenômeno tão antigoquantoahistóriadahumanidadee seconstitui,certamente,numdosfatorespre- ponderantes em sua evolução. Éóbvio que nenhum grupamentohuma- no culturalmenteidentificávelpermanece o mesmo depois de seu contato com outro. Pelo fenômeno inevitável da aculturação, algumas culturas acabam predominando sobre as outras. Influindomais do que sen- doinfluenciada.Mas,inevitavelmente,nes- secontatoatéas quepreponderam semodi- ficam,setransformam,domesmomodoque as,vamos chamarassim,menos poderosas, de algum modo conseguem preservar tra- ços essenciais de suaidentidade,sódeixan- do mesmo de existir no caso extremo do extem'nio físicode seusindivíduos. A questão que fica em aberto, e o ideal é que seja resolvida pelo próprio grupo, é saber até que ponto, social, política, econômica e culturalmente, a permanente e inevitável influência de outras culturas é tolerável ou desejável. Os casos extremos de tentativa de pre- servação quase absoluta de identidade cultural, como pretende o Taliban no Afeganistão,ou outros fundamentalismos soltospelo mundo, devem ser debitados à conta do fanatismo religioso ou ideológi- co, ou são meros instrumentos de domi- nação-ou aindatudo isso ao mesmotem- po. São desumanos e estão na contramão da história. Assim, ainter-relaçãomulticulturalismo/ identidade acaba se resolvendo por si pró- pria. O que me parece um grande proble- ma é a relação que escola e comunicação têm hoje com esse binômio. PROGRESSO E EXCLUSÃO Uma obviedade: como resultado de uma ação multiculturalpermanente e ine- vitável, que se traduz sobretudo em espe- taculares conquistas tecnológicas,o mun- do de hoje é muito diferente daquele de apenasum século atrás. Uma afirmação a respeito da qual há controvérsia: este, o de hoje, é um mundo melhor. A humani- dade está melhor hoje do que estava 100 anos atrás. Não me alinho, como se vê, entre os pessimistas sempre a proclamar que o mundo está muito pior hoje do que on- tem, nem entre os catastrofistas a garan- tir que, com toda a certeza, estará pior ainda amanhã. Basta olharmos em volta, perto de nós. Temos problemas gravíssimos no Brasil. Somos, ainda, um país subdesenvolvido. Mas, para mencionar apenas as maiores evidências, em 1900 ainda ecoava no ar por aqui o pavoroso ranger dos grilhões de uma escravatura recém-extinta. As mulheres permaneciam legalmente
  • 3. Comunicação & Educação,São Paulo, (21):37 a 42, maiolago.2001 relegadas àcondiçãode cidadãs de segun- da categoria, sem direito sequer ao voto. Este, aliás, o voto, privilégio de varões qualificados, era abertamente manipula- do pelas oligarquias dominantes. Direi- tos e garantias trabalhistas, um devaneio que demoraria ainda quase meio século para se tornar realidade. é novidade na trajetóriahumana. Mas que se torna inadmissível, repito, no momen- to em que fabulosos recursos de toda na- tureza cada vez mais se concentram nas mãos de poucos, quando deveriam estar sendo decididamente destinados a elimi- nar da face da Terra o estigma aviltante da exclusão social. Le Monde Diplomatique,junl1998. E as conquistas tecnológicas no campo da saúde, dos transportes, das comunica- çõesetc. Todasessase muitasoutrastrans- formações para melhor, no Brasil e no mundo, ocorreram no lapso de 100anos, uma pequenafração de tempo na perspec- tiva da história da humanidade. De modo que não há como deixar de admitir: a humanidade tem evoluído, e muito rapidamente nas últimas décadas. A questão que me parece central é a seguinte: o enorme descompasso entre as importantes conquistas político-sociais somadas a essa fantástica evolução tecnológica da humanidadeno séculoXX e a tradução desse grande progresso em termos de equivalente,efetiva e universal promoção humana. Este é o ponto: com as conquistas de- mocráticase osrecursostecnológicoshoje disponíveis, é inadmissível que uma par- cela significativa da Humanidade ainda permaneça mergulhada em condições subumanas de vida. Uma miséria que não De modo que, do ponto de vista ideo- lógico - e esta é uma postura realmente radical -, acho que a Humanidade se en- contra hoje dividida em dois grandes gru- pos: de um lado,os quedefendem,ou pelo menos admitem - geralmente sem confessá-lo - a exclusão social como um fenômeno histórica e economicamente inevitável, e por isso moralmente admissível;e de outro lado, os que enten- dem que o compromisso com a inclusão social é um imperativo irrenunciável da condição humana. Porque esta, a condi- ção humana, é o traço comum que, acima de todas as diferenças étnicas, culturais, religiosas, ideológicas, nacionais, econô- micasetc. etc. etc., une e identificaa cada um de nós, o habitante deste planeta que alguéminsensatamenteum dia batizou de homo sapiens. Nesse ponto fundamental,acreditoque não haja meiotermo. Pode-sechamaresse confllto como quiser: direita versus es- querda, progressistasversus reacionários,
  • 4. Multiculturalismoe Identidade:o papeldos meiosde comunicaçãoe da escola Norte versus Sul, bandidos versus moci- nhos.Mas éum ladoou outro.Não sepode ficar em cima do muro. Ou você acredita que o viventeque está a seu lado,ou aque- le que você vê nas fotos dos livros que fi- zeram a fama do Sebastião Salgado2,ou você acreditaque todos elescompartilham com você a condiçãohumana e entãopas- sa a pensar e agir de modo coerente com essa convicção - ou você se desumaniza na pretensão de ser melhor ou mais digno do que o seu semelhante-por mais dife- rente de você que esse semelhanteseja. Não há meio termo. Ou se está de um lado, ou de outro. ESCOLA E COMUNICAÇÃO Onde entram nisso escola e comunica- ção? No fato de que tanto uma quanto ou- tra têm sempreatrásde si,inevitavelmen- te, uma ideologia. E por essa razão se co- locam, em última análise, diante da alter- nativa inescapável: estão a serviço da in- clusão ou da exclusão social. O conhecimento,o saber, sempre foi, na história da humanidade, o mais poderoso instrumento de dominação. Por extensão, a comunicação também. Nos últimos 50 anos, a história das ci- ências e das mentalidades virou muitas páginas. E muito rapidamente. Já na dé- cada de 60 se tomara moda falar no ad- vento da aldeia global, como resultado daquilo que hoje é banalmente conhecido como processo de globalização. Se, por um lado, a segunda metade do século XX viu ruir a ilusão do desenvolvimentoeco- nômico e da justiça social top-down (de cimapara baixo), por outro verificouuma aparentementeparadoxalelevaçãodataxa de consciência daquilo que genericamen- te se pode chamar de questão social. Afi- nal, o mundo se tomou realmenteuma pe- quena aldeia e a mesma globalização que é causa/consequência da internaciona- lizaçãodo capital,dos interessesmeramente econômicos e financeiros, é responsável também pela ampla e imediata circulação das idéias-atéas mais progressistas.Daí, por exemplo,opoliticamente correto, essa invenção norte-americana que é magnífi- ca demonstração da má consciência dos sobrinhosde Tio Sam diante de seus pró- prios preconceitos. Émuitobom, enfim,perceber que hoje, mais do que nunca, no chamado mundo civilizado,oprincipalfundamentodaques- tão social, que é a consciênciade si mes- mo e da existência e do respeito ao outro (ou, como diriamos melhor catequizados, aopróximo),essaconsciência-que pode- mos chamarde consciênciada cidadania- tem alguma possibilidade de se tornar um valor universalmentereconhecido. É nessa perspectiva que se depositam as melhores esperanças de um futuro de maior justiça e eqüidade entre os seres humanos, e nessa transformação, certa- mente, a escola e a comunicação desem- penham um papel central. Na escola, a relativamente recente ten- dênciade mudança do focono ensinopara 2. Fotógrafo brasileiro mundialmente conhecido pela qualidade de seu trabalho e pelo seu projeto profjssional de registrar os excluídos. Há no Brasil vários de seus trabalhos publicados em livros, como por exemplo, Exodo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
  • 5. Comunicação& Educação,São Paulo, (21):37 a 42, maiolago.2001 o foco no aprendizado,fundada em novos conceitos como o da aprendizagem com autonomia,doaprendera aprender,acenam com a perspectiva de uma educação real- mente capaz de promover o homem àple- nitudede suacondiçãode indivíduoapto a pensar criticamentee sentir afetivamente, com o necessário equilíbrioentre a razão e a emoção, o sentimento. Isso é possível. Os meios estão aí, à nossa disposição. Na comunicação, o advento de um Homem mais consciente e crítico certa- mente colocará as coisas em seus devidos lugares. Mas é lógico que não podemos ficar esperando que a utopia se realize. De imediato, a questão central é a da democratização dos meios de comunicação. Para ser mais preciso, do controle democrático dos meios de comunicação. Mais fácil falar do que fazer. É uma questão complexa e delicada, como tudo o que envolva controles na sociedade. Qualquer descuido pode descambar para o autoritarismo. Isso é sempre perigoso. Mas está claro que algo precisa ser feito para neutralizar as hegemonias que aca- bam colocando os meios de comunicação a serviço da exclusão social e transfor- mando-os em ameaça - esta sim, uma ameaça a ser levada a sério - ao multiculturalismo, à identidade cultural. Mas, também aí, mais uma vez o desenvolvimento tecnológico pode dar uma boa mãozinha. Por exemplo, o advento da TV a cabo, com a multipli- cação de opções para o telespectador,em poucos anos já fez um estrago consi- derável na hegemonia das grandes redes, em todo o mundo. É um dado altamente positivo, um progresso, mesmo consi- derandoque sãoaspróprias grandesredes que dominam boa parte do espaço aberto pela TV a cabo. E na Internet - que não resolveu ainda se vai se transformar num grande shopping center ou num imenso parque de diversões - criam-se já as condiçõespara o acirramentoda saudável concorrência no mercado da informação, o que também não é uma boa notícia para as forças hegemônicas da mídia em todo o mundo. Todasessastransformaçõesqueatingem a escola e os meios de comunicação são muito recentes. Não dá para se saberainda nem mesmo quais são as novidades que vieram para ficar, quais as que logo serão descartadascomo simples modismo. O importanteé que saibamosaproveitar esseembalodastransformações.Queo fa- çamos com a consciênciade que o maior desafio, o primeiro da lista, é tomar posi- ção ativa no time da inserção social, que disputauma peleja de vida ou mortepara a humanidade, com o time da exclusão. Só assim será possível reconstruir o mundo em bases verdadeiramentehuma- nas. Só assim será possível transformar o homem em sujeito da história, e não em seu objeto. Só assim serápossível, de um lado, recuperar da alienação e do egoís- mo aqueles que acham que precisam ex- cluir para viver, e de outro lado, resgatar da exclusão aqueles que também têm o direito de participar, dignamente, como protagonistas, do espetáculo da vida. Essa é a grande missão da Escola. Esse é o grande desafio da Comunicação.
  • 6. Mutiicutturalismoe Identidade:o papeldosmeiosdecomunicaçãoeda escola Resuma O autor discutea relação, no mundo globalizado, entre multiculturalismo e identidade.Afirmaque a aparente contradição que expressam não é um problema grave. Trata-se de um fenômeno pelo qual a huma- nidadevem passandoao longodesua história. Destaca, entretanto, que o acelerado desen- volvimento tecnológico e a concentração de riquezastêm traçado umquadrodramáticono que diz respeito ao multiculturalismo e a identidade,a medidaque têm levadograndes parcelas da população a exclusão socioeco- nômica e, portanto, limitado seu acesso aos bensculturais e ao conhecimentodisponíveis na sociedade contemporânea. 0 s meios de comunicação e a escola podem, segundo a concepção do autor, desempenharimportante papel,diminuindoas distânciasentreincluídos e excluídos,bemcomotrabalhando nosentido da inclusãosocial. Palavras-chave:multiculturalismo, identidade, exclusão, meios de comunicação, escola, diversidadecultural (Multiculturalism and identity: the role of the media and of the school) Abstract The authordiscussesthe relationthere is,inaglobalizedworld, betweenmulticulturalism andidentity.Accordingtotheauthor,theapparent contradiction they represent is not a serious problem.This is a phenomenon humanity has beengoingthroughthroughout history,Emphasis isgiven, however,tothefactthatthe accelerated technological developments and the concen- tration of richness hastraceda dramatic picture regardingmulticulturalismandidentitysinceit has lead major portions of the population to socioeconomic exclusion and, therefore, it has limited their access to all of the cultural goods and to the knowledge that is available in contemporaneous society. The media and the schoolcan,accordingtotheauthor'sconception, have an important role in reducing distances betweenthe includedandthe excluded, as well working aiming at social inclusion. Key wordsmulticulturalism, identity,exclusion, media, school, cultural diversity