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Filosofia – 10°Ano
Três teorias acerca da natureza da arte (pp. 194 a 205)
Tema/problema: O que é a arte?
Como distinguir objectos artísticos dos não artísticos.
Introdução
Há várias formas de arte – o que têm em comum?
O que nos permite afirmar que o Grito de E. Munch, A noite estrelada de Van Gogh ou as quatro estações de Vivaldi
constituem obras de Arte?
Vejamos algumas concepções:
1 – Arte como imitação
É a mais antiga remontando a Aristóteles que defendia que todas as formas de arte são imitação;
Cada forma de arte usa meios diferentes: cores, figuras ritmos, música, palavras.
Tem modos diferentes de usar os meios: as palavras, por exemplo, podem ser narradas ou representadas.
Imitam factos diferentes: a tragédia imita a acção dos heróis e a comédia as acções do homem comum.
Objecções: A arte é um espelho da natureza e o seu valor depende do grau de fidelidade da representação.
A pintura abstracta imita o quê? E a música e literatura? Então, há formas de arte que não imitam nada.
2 – Arte como expressão
Esta teoria foi defendida pelo escritor russo Leon Tolstoi que defende a arte como forma de expressão.
A obra de arte expressa e comunica intencionalmente sentimentos do artista e provoca no expectador o mesmo
tipo de sentimentos
O artista vive experiências com profunda emoção e suscita-as no púbico.
Só é arte se há emoção comunicada e partilhada mas se a emção do artista e do público não coincidem, então não há arte.
Objecções: Quantas obras de arte seriam excluídas por não respeitarem os princípios do expressivismo?Será que
toda a Obra de arte visa comunicar? Uma Obra de arte criada num momento triste tem de ser, forçosamente, triste? E
se o espectador estiver alegre como compreende a tristeza da obra de arte?E se o espectador nunca viveu uma
experiência comum? Será a emoção do artista plenamente transmissível e comunicável?
3 – Arte como forma significante
É proposta pelo crítico de arte Clive Bell em 1914 defendendo que a obra de arte provoca emoção no
espectador.
A obra de arte tem a forma significante: que é uma característica que decorre da relação estabelecida
entre as partes que a constituem.
A teoria formalista é usada sobretudo na pintura como jogo de formas, linhas e cores.
Em formas de arte como escultura, literatura ou música é difícil analisar a forma significante.
Objecções: Será que esta teoria dá um critério objectivo para identificar uma obra de arte? Pressupõe uma relação
entre a forma significante e a emoção estética mas não a demonstra. Fazendo depender a definição de arte da intuição
e da sensibilidade dos críticos põe em causa a sua refutação. Não clarifica, com rigor, o conceito de forma
significante baseando-se num raciocínio circular: a forma significante parte da emoção estética e a emoção estética
parte da forma significante.A obra de arte depende só da sensibilidade dos críticos? Porque razão as obras de arte
não provocam emoção estética em todas as pessoas?
NOTA:
por estas razões a teoria da forma significante parece não encontrar um critério seguro para separar a arte da não arte.
Rosa Sousa

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  • 1. Filosofia – 10°Ano Três teorias acerca da natureza da arte (pp. 194 a 205) Tema/problema: O que é a arte? Como distinguir objectos artísticos dos não artísticos. Introdução Há várias formas de arte – o que têm em comum? O que nos permite afirmar que o Grito de E. Munch, A noite estrelada de Van Gogh ou as quatro estações de Vivaldi constituem obras de Arte? Vejamos algumas concepções: 1 – Arte como imitação É a mais antiga remontando a Aristóteles que defendia que todas as formas de arte são imitação; Cada forma de arte usa meios diferentes: cores, figuras ritmos, música, palavras. Tem modos diferentes de usar os meios: as palavras, por exemplo, podem ser narradas ou representadas. Imitam factos diferentes: a tragédia imita a acção dos heróis e a comédia as acções do homem comum. Objecções: A arte é um espelho da natureza e o seu valor depende do grau de fidelidade da representação. A pintura abstracta imita o quê? E a música e literatura? Então, há formas de arte que não imitam nada. 2 – Arte como expressão Esta teoria foi defendida pelo escritor russo Leon Tolstoi que defende a arte como forma de expressão. A obra de arte expressa e comunica intencionalmente sentimentos do artista e provoca no expectador o mesmo tipo de sentimentos O artista vive experiências com profunda emoção e suscita-as no púbico. Só é arte se há emoção comunicada e partilhada mas se a emção do artista e do público não coincidem, então não há arte. Objecções: Quantas obras de arte seriam excluídas por não respeitarem os princípios do expressivismo?Será que toda a Obra de arte visa comunicar? Uma Obra de arte criada num momento triste tem de ser, forçosamente, triste? E se o espectador estiver alegre como compreende a tristeza da obra de arte?E se o espectador nunca viveu uma experiência comum? Será a emoção do artista plenamente transmissível e comunicável? 3 – Arte como forma significante É proposta pelo crítico de arte Clive Bell em 1914 defendendo que a obra de arte provoca emoção no espectador. A obra de arte tem a forma significante: que é uma característica que decorre da relação estabelecida entre as partes que a constituem. A teoria formalista é usada sobretudo na pintura como jogo de formas, linhas e cores. Em formas de arte como escultura, literatura ou música é difícil analisar a forma significante. Objecções: Será que esta teoria dá um critério objectivo para identificar uma obra de arte? Pressupõe uma relação entre a forma significante e a emoção estética mas não a demonstra. Fazendo depender a definição de arte da intuição e da sensibilidade dos críticos põe em causa a sua refutação. Não clarifica, com rigor, o conceito de forma significante baseando-se num raciocínio circular: a forma significante parte da emoção estética e a emoção estética parte da forma significante.A obra de arte depende só da sensibilidade dos críticos? Porque razão as obras de arte não provocam emoção estética em todas as pessoas? NOTA: por estas razões a teoria da forma significante parece não encontrar um critério seguro para separar a arte da não arte. Rosa Sousa