1. A OBRA DE ARTE – o meu exemplo
Marcel Duchamp, pintor, poeta, experimentador visual (filmes), escultor e jogador
de xadrez, nasceu no dia 28 de Julho de 1887, em Blainville, perto Rouen,
França.
Freqüentou em Paris a Academie Julian, onde pinta quadros impressionistas,
segundo ele, "só para ver como eles faziam isso".
Reinterpretou o cubismo à sua maneira, o que pode ser visto em “The Chess
players”, nos seus estudos para o seu “Nudes descending a Staircase" e “The
Coffe-Mill”.
O experimentação e a provocação levaram-no a adoptar ideias radicais como os
seus peculiares ready-mades e as intervenções. Os ready-mades são, sem
Fonte, 1917 – ready made, urinol invertido – 60cm.
mais nem menos, objectos banais do quotidiano, encontrados já prontos, que Duchamp escolhia aleatoriamente,
acrescentava detalhes, ou atribuia-lhes títulos arbitrários e elevava-os ao estatuto de obra de arte, assinando-os, intitulando-
os e colocando-os num pedestal,. O caso mais célebre é “A fonte” (um urinol de louça enviado a uma exposição em Nova
Yorque e recusado pelo juri, assinado com o nome “R. Mutt”).
As interferências consistem em interferir numa obra de arte, como é o caso de “L.H.O.O.Q.” (uma reprodução da Mona
Lisa de Leonardo DaVinci, na qual Duchamp pintou uns bigodes.) Tento os ready-mades como as interferências tinham
como objectivo demonstrar o desprezo que Duchamp tinha pela arte e valores tradicionais.
Duchamp faleceu em 1968, deixando um legado artístico que abriu caminho a novas correntes artísticas assim como
influências fortes em diversos artistas.
MARCEL DUCHAMP
Roda de bicicleta, 1913
ready-made, madeira e metal
altura 126 cm
Nova York, Sidney Janis Gallery
MARCEL DUCHAMP
L.H.O.O.Q, 1919
ready-made retificado
20 x 13 cm
Paris, coleção particular
Rosa Sousa