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O autor trata a respeito do modo como a cultura contribui na formação da identidade de uma sociedade, construindo assim uma visão de mundo diferenciada. “O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura”. (p.70).<br />A realidade social é algo altamente complexo, pois somos condicionados pelo meio que vivemos a exercer o comportamento padrão de determinada cultura, o que os torna muitas vezes etnocêntrico. Muitos costumes são reflexos de uma herança cultural que possibilita diversas interpretações de um fato em comum, onde indivíduos que não se adequam aos comportamentos de uma maioria são considerados de condutas desviantes. “Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas deprimentes e imorais”. (p.76)<br />A cultura afeta constantemente o plano biológico sobre a vida nos sistemas, uma vez que os costumes, tradições e crenças de uma civilização pode atingir o conjunto biológico de um individuo modificando suas emoções em estados críticos, como por exemplo, as doenças psicossomáticas, “Entre os índios Kaapor, grupo Tupi do Maranhão, acredita-se que se uma pessoa vê um fantasma ela logo morrerá” (p.78), contudo paralelamente ao surgimento dessas doenças, esta a origem de prováveis curas. “Dizem que os pajés mais poderosos o fazem, e algumas pessoas guardam pequenos objetos que acreditam terem sido retirados de seu corpo por um pajé” (p. 80). <br />Todos possuem um papel no funcionamento dentro se uma sociedade que por sua vez é constituída de princípios lógicos. Observamos que a participação do individuo dentro de sua própria sociedade e sempre limitada por uma série de fatores, tais como idade, sexo, faixa etária, entre outros, sendo estes impostas por praticantes da própria cultura levando automaticamente a exclusão social, esses impedimentos distanciam e excluem muitos indivíduos de sua própria cultura. Diante deste cenário nenhuma pessoa é capaz de participar totalmente de sua cultura, baseado nesse contexto escreveu Marion Levy Jr. “nenhum sistema de socialização é idealmente perfeito, em nenhuma sociedade são todos os indivíduos igualmente bem socializados, e ninguém é perfeitamente socializado” (p. 83). Entretanto existe um mínimo grau de inserção que o indivíduo deve dominar para conseguir conviver socialmente, estabelecendo um convívio pacífico.<br />Cada sistema cultural possui sua própria lógica, para entender essa lógica é necessário compreender os grupos que a constituíram e seus processos de classificação.<br />Laraia analisa que “Infelizmente a tendência mais comum é de considerar lógico apenas o próprio sistema e atribuir aos demais um alto grau de irracionalismo”. O autor se refere que os membros de uma sociedade independentemente da cultura que participam irão sempre tomar a sua cultura como a correta.<br />O autor deixa claro que a lógica de uma cultura é obtida apenas pelo conhecimento que a sociedade possui, sendo exemplificado no trecho “Assim, não é nada ilógico supor que é o Sol quem gira em torno da terra, pois, é esta a sua sensação.” (p. 88). Contudo a coerência de um hábito cultural somente poderá ser entendido a partir da observação do sistema a qual o individuo está inserido. “Finalmente, entender a lógica de um sistema cultural depende da compreensão das categorias constituídas pelo mesmo” (p.94).<br />A cultura não é estática, cada sistema cultural está em constante mudança. “Os homens, ao contrário das formigas, têm a capacidade de questionar seus próprios hábitos e modificá-los” (p.95). O que faz com que a cultura assuma a qualidade dinâmica entende-se isso pela diferença de comportamento entre as gerações, por exemplo. Esta pode ser lentamente alterada pelas inovações tecnológicas, eventos históricos como guerras ou catástrofes ou pode ser rápida. O conceito de aculturação é apresentado para explicar a troca de padrões entre as culturas. Os fatores internos alteram de modo mais lento a cultura, muito menos do que quando sofrido por influências externas. Denomina-se aculturação o processo em que uma cultura influencia e transforma a outra. “Existem dois tipos de mudança cultural uma que é interna que resulta na dinâmica do próprio sistema cultural e a segunda que é o resultado do contato de um sistema cultural com outro”. (p.97)<br />“O tempo constitui um elemento importante na análise de uma cultura. Nesse mesmo quarto de século, mudaram-se os padrões de beleza.” (p.100). Desta forma, percebe-se que a mudança nos hábitos humanos, ou seja, o dinamismo da cultura é inevitável, o que é discutível é o ritmo em que ela ocorre e os fatores que influenciam para tais mudanças.<br />
A autor trata a respeito do modo como a cultura contribui na formação da identidade de uma sociedade construindo assim uma visão de mundo diferenciada

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  • 1. O autor trata a respeito do modo como a cultura contribui na formação da identidade de uma sociedade, construindo assim uma visão de mundo diferenciada. “O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura”. (p.70).<br />A realidade social é algo altamente complexo, pois somos condicionados pelo meio que vivemos a exercer o comportamento padrão de determinada cultura, o que os torna muitas vezes etnocêntrico. Muitos costumes são reflexos de uma herança cultural que possibilita diversas interpretações de um fato em comum, onde indivíduos que não se adequam aos comportamentos de uma maioria são considerados de condutas desviantes. “Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas deprimentes e imorais”. (p.76)<br />A cultura afeta constantemente o plano biológico sobre a vida nos sistemas, uma vez que os costumes, tradições e crenças de uma civilização pode atingir o conjunto biológico de um individuo modificando suas emoções em estados críticos, como por exemplo, as doenças psicossomáticas, “Entre os índios Kaapor, grupo Tupi do Maranhão, acredita-se que se uma pessoa vê um fantasma ela logo morrerá” (p.78), contudo paralelamente ao surgimento dessas doenças, esta a origem de prováveis curas. “Dizem que os pajés mais poderosos o fazem, e algumas pessoas guardam pequenos objetos que acreditam terem sido retirados de seu corpo por um pajé” (p. 80). <br />Todos possuem um papel no funcionamento dentro se uma sociedade que por sua vez é constituída de princípios lógicos. Observamos que a participação do individuo dentro de sua própria sociedade e sempre limitada por uma série de fatores, tais como idade, sexo, faixa etária, entre outros, sendo estes impostas por praticantes da própria cultura levando automaticamente a exclusão social, esses impedimentos distanciam e excluem muitos indivíduos de sua própria cultura. Diante deste cenário nenhuma pessoa é capaz de participar totalmente de sua cultura, baseado nesse contexto escreveu Marion Levy Jr. “nenhum sistema de socialização é idealmente perfeito, em nenhuma sociedade são todos os indivíduos igualmente bem socializados, e ninguém é perfeitamente socializado” (p. 83). Entretanto existe um mínimo grau de inserção que o indivíduo deve dominar para conseguir conviver socialmente, estabelecendo um convívio pacífico.<br />Cada sistema cultural possui sua própria lógica, para entender essa lógica é necessário compreender os grupos que a constituíram e seus processos de classificação.<br />Laraia analisa que “Infelizmente a tendência mais comum é de considerar lógico apenas o próprio sistema e atribuir aos demais um alto grau de irracionalismo”. O autor se refere que os membros de uma sociedade independentemente da cultura que participam irão sempre tomar a sua cultura como a correta.<br />O autor deixa claro que a lógica de uma cultura é obtida apenas pelo conhecimento que a sociedade possui, sendo exemplificado no trecho “Assim, não é nada ilógico supor que é o Sol quem gira em torno da terra, pois, é esta a sua sensação.” (p. 88). Contudo a coerência de um hábito cultural somente poderá ser entendido a partir da observação do sistema a qual o individuo está inserido. “Finalmente, entender a lógica de um sistema cultural depende da compreensão das categorias constituídas pelo mesmo” (p.94).<br />A cultura não é estática, cada sistema cultural está em constante mudança. “Os homens, ao contrário das formigas, têm a capacidade de questionar seus próprios hábitos e modificá-los” (p.95). O que faz com que a cultura assuma a qualidade dinâmica entende-se isso pela diferença de comportamento entre as gerações, por exemplo. Esta pode ser lentamente alterada pelas inovações tecnológicas, eventos históricos como guerras ou catástrofes ou pode ser rápida. O conceito de aculturação é apresentado para explicar a troca de padrões entre as culturas. Os fatores internos alteram de modo mais lento a cultura, muito menos do que quando sofrido por influências externas. Denomina-se aculturação o processo em que uma cultura influencia e transforma a outra. “Existem dois tipos de mudança cultural uma que é interna que resulta na dinâmica do próprio sistema cultural e a segunda que é o resultado do contato de um sistema cultural com outro”. (p.97)<br />“O tempo constitui um elemento importante na análise de uma cultura. Nesse mesmo quarto de século, mudaram-se os padrões de beleza.” (p.100). Desta forma, percebe-se que a mudança nos hábitos humanos, ou seja, o dinamismo da cultura é inevitável, o que é discutível é o ritmo em que ela ocorre e os fatores que influenciam para tais mudanças.<br />