2. Manezinho 3° Capitulo
Sua vida e sua luta
Adaptação
2° fase tema: coragem ou A cooperação ajuda a
vencer dificuldades
Nisso entraram Manezinho e Clemente, que traziam no colo, um
cachorrinho machucado. 0 pobre animal gemia inquieto,
olhando assustado Para as pessoas, como que pedindo ajuda.
O Sr. Jose mandou que lhe trouxessem uma bacia com agua
limpa e os medicamentos apropriados, além de algodão e gaze.
Isto feito mandou que o Clemente segura-se o cãozinho pelo
focinho e iniciou os curativos, limpando com cuidado, o mais de
leve possível o machucado que havia na cabeça.
Apos os curativos, já aliviado e limpo, o cachorrinho deitou a
cabeça no colo do Sr. Jose e fechou os olhinhos.
Todos fizeram silencio. Saíram pé ante pé e deixaram-no dormir
nos bravos do pai do Manezinho.
No dia seguinte, de manha cedo, o Sr. Jose entrou na sala, na
cadeira de rodas, empurrada pelo Clemente. Atrás deles vinha o
cachorrinho ainda com esparadrapo na cabeça.
A criançada, assim que viu o cãozinho tão lindo, perguntou o
nome dele. O Manezinho ai respondeu:
0 Nome dele vai ser....( ver se os alunos adivinham). 0 nome dele
vai ser "Cacareco".
Ao ouvirem o nome dado ao cãozinho - cacareco- as crianças
soltaram gostosas gargalhadas e, a seguir, pediram
consentimento Para irem brincar com ele no quintal.
O Sr. José risonho deixou; porém, recomendou cuidado para que
3. o cãozinho não se agitasse muito.
Foi a conta. A gurizada saiu batendo Palmas, e foi correndo ate o
fundo do quintal, onde existia um poço, cuja abertura estava
tapada com velhas tabuas atravessadas.
Naquele corre- corre Para que o cacareco disparasse atrás deles,
Ninoca saltou sobre uma das taboas, sem ver que estava
completamente podre.
Ouviu-se o estalar da madeira seguido do grito da Ninoca, que se
afundava pelo poço escuro.
A algazarra aumentou com a gritaria das crianças, umas berrando,
outras chorando e correndo Para buscar socorro. Dona Benvinda e
Anastácia estava acabando de estender os lençóis quando foram
envolvidas por algumas crianças, que quase sem folego, contavam
o desastre e pediam ajuda.
Todos gritaram pelo Clemente, enquanto recolhiam os len46is,
amarrando uns aos outros como se fosse uma corda.
0 Clemente largou o cavalo que estava atrelado a carroça e saiu
correndo Para o fundo do quintal, ate chegar ao poço onde já
encontrou Benvinda e Anastácia enfiando o rolo de lençóis pela
abertura, enquanto pediam as crianças que ajudassem a segurar
aquela corda improvisada, a fim de sustentar a descida do
Clemente.
De um relance, o bom "Clemente" percebeu tudo e segurando
firme o rolo assim feito, foi descendo, descendo ate sentir seus
pés tocarem na agua fria.
-Ninoca, chamou Clemente. Como resposta, ouvi somente dois
gemidos.
-Ninoca, você esta bem?
- Eu quero sair daqui!
- Faca um esforço e segure na minha cintura.
- Não posso.
4. - Você precisa ajudar, senão, como posso tira-la daqui? Segure
bem firme, assim, agarre-se na minha cintura.
Então, o Clemente gritou para que o puxassem para cima.
La fora, todos começaram a puxar com grande esforço.
Foi quando Manezinho e D. Eduarda apareceram para ver o
motivo daquela gritaria.
Percebendo o que acontecia, Manezinho virou-se para o cavalo
que já estava com o arreio da carroça no lombo, e, num abrir e
fechar de olhos, trouxe-o para junto do poço, amarrando a ponta
do lençol torcido nas ferragens do arreio. Pegou as rédeas
depressa e mandou que o Mimoso fosse para frente.
O menino puxou o animal ate que as crianças gritaram:
- Pode parar, pode parar. Eles já estão aqui em cima.
E todos correram para ajuda-los; o Clemente estava sujo de barro
e com alguns arranhões. Anastácia e Dona Eduarda seguraram o
corpinho da Ninoca, que estava quase se soltando do Clemente.
Ao primeiro exame, notaram que a cabecinha da Ninoca estava
machucada; levaram para dentro, sob o silencio da garotada.
Dona Eduarda olhou para os lados, procurando Manezinho, mas
não o encontrou. Perguntou por ele, mas ninguém sabia onde ele
estava.
Que estaria fazendo Manezinho?