(1) Manezinho reza pedindo a Jesus para ajudar na recuperação das pernas do pai durante as massagens; (2) Para surpresa de todos, o pai consegue mover o pé esquerdo sozinho após as massagens, indicando melhoras; (3) Todos ficam felizes, principalmente a mãe de Manezinho, que agradece a Deus.
2. MANEZINHO 4°Capitulo
Sua vida a luta
Adaptação
2° fase Tema: Eficácia da Prece
Que estaria fazendo Manezinho?
Dal a instantes, chegava o farmacêutico, correndo, trazendo uma
caixa de medicamentos. Já a banheira estava sendo preparada
para o banho da menina, quando apareceu também o medico,
seguido de Manezinho.
Sabendo o que acontecera, o Doutor mandou buscar o Clemente,
que já estava debaixo do chuveiro, limpando-se do barro.
Deram um remédio para Ninoca cheirar e ela agitou-se toda, fez
uma carinha de dor e levou as mãos a cabeça. 0 medico examinou-
a melhor e em seguida tranquilizou a mãe, explicando que não era
nada grave.
Quanto ao Clemente, bastariam uns curativos nos arranhões que
sofrera.
Ninoca foi levada para a banheira, onde sua mãe, ajudada pelas
companheiras, deu-lhe um
banho.
Depois do banho, Manezinho ficou perto da irmã, segurando-lhe
uma das mãos e encorajando-a, enquanto o medico fazia-lhe um
curativo na cabeça.
Ninoca suportou com um choro baixinho e, assim que o Doutor
terminou, fez uma pergunta...
- Onde esta o Cacareco?
Foi quando deram pela falta dele e saíram a procura-lo, indo
encontra-lo agachadinho sob a cadeira de rodas do Sr. Jose.
Assim que encontraram o "Cacareco", todos quiseram pega-lo para
levá-lo a Ninoca, porem o Sr. Jose pediu-lhes que não tocassem no
cachorrinho, que ainda estava muito cansada da corrida durante a
brincadeira.
3. Ele tremia agitadinho, meio assustado. Ninoca desceu do colo da
mãe e foi ate o pai, para beija-lo e alisar o cãozinho, num gesto de
carinho.
Clemente apareceu na sala, meio pintado de mercúrio cromo, com
alguns esparadrapos no rosto e nos bravos, provocando risadas e
foi dizendo:
- Não seria melhor que fossemos ate a fazenda e passássemos o
resto da semana? Sr. Jose balançou a cabeça, concordando e Dona
Eduarda, ouvindo o medico, recebeu a resposta de que ele
concordava com a ideia do Clemente.
Foram feitos os preparativos, arrumação da mala, com pecas de
roupa e sacolas com roscas e bolachas.
Manezinho e Clemente foram buscar a charrete, onde atrelaram o
“Mimoso”.
Depois de tudo acomodado, Dona Eduarda fez as recomendações
do dia seguinte e deu sinal que a charrete seguisse. La se foi a
família do Manezinho rumo a fazendola. Ao Chegarem a fazenda,
foram recebidas alegremente pelos colonos.
Já era quase hora do almoço quando desceram da condução.
Dona Eduarda encaminhou-se com a Ninoca para o interior da casa,
enquanto Clemente, ajudado pelo Flausino, descia a cadeira do
“Seu Jose”, empurrando-a depois para a varanda. Meia hora
passada e já estavam todos a mesa para a refeição, que foi servida
com muita alegria pelos que estavam na cozinha da fazenda.
Ate o Cacareco ganhou um mingau de fubá, servido em uma
tigelinha.
Terminada a refeição, levaram Ninoca para repousar no quarto e
foram para a saleta, onde colocaram o Sr. Jose no sofá, começando
o trabalho de massagens.
Manezinho também auxiliava nas atividades e principiou
mentalmente urna rogativa ao Senhor, que saia do seu
coraçãozinho desta forma:
4. - Meu Jesus! Ajudai-nos nesta hora para que nossos esforços
frutifiquem e sejam aproveitados. Concedei-nos, Mestre, a grata
de vermos os sinais de melhoras nas pernas de meu paizinho.
Estamos aqui, renovando as fricções de sempre, na esperança de
alcançarmos a alegria de o vermos andando, sozinho, com as
próprias pernas. Ajudai-nos Jesus!"
Assim pensando firmemente, Manezinho espalmava sua
mãozinha nos músculos da perna esquerda de seu pai, que, de
olhos fechados, sentia aumentar em si uma espécie de energia,
parecendo um alimento reconfortante, a trazer-lhes sensações já
conhecidas. Estava possuído de uma certeza de que seu pé
esquerdo se mexeria; de tal forma essa ideia o fortalecia que ele,
num momento, pediu que parassem as massagens e olhassem
para o pe...
E todos viram que o pé esquerdo do nosso doente, embora
lentamente, estava se movimentando!...
Dona Eduarda Exclamou: - “Graças a Deus!”
A atitude de Dona Eduarda, manifestando seu agradecimento a
Deus, comoveu a todos, e muito mais ao “Seu” Jose, que ficara de
olhar preso ao pé, que continuava atendendo a sua vontade de
faze-lo mover-se quando quisesse, embora sem a agilidade de
antes. Manezinho por sua vez, mantinha-se boquiaberto com o
acontecimento, embora tivesse feito sua prece com muita fé.
0 próprio Clemente estava com vontade de sair pulando feito
cabrito, de tanta satisfação.
Dona Eduarda, guardando na alma o jubilo pelas melhoras do
marido e companheiro, recomendou que ele repousasse,
descansando das emoções do dia, e mandou que o Clemente e
Manezinho fossem a cidade...