Este documento relata um caso investigado pelo metapsiquista Hereward Carrington no qual: 1) Uma mulher que possuía faculdades clarividentes viu o fantasma de um cão correndo a dez metros de distância, enquanto seus dois companheiros não viam nada; 2) Um gato que passava reagiu como se estivesse vendo o cão, arranhando o ar no local onde ele estava; 3) Quando a mulher desviou o olhar momentaneamente, o cão fantasma desapareceu.
2. Sexta categoria
Animais e fenômenos de assombração
Segundo subgrupo
Aparições de animais em locais assombrados
3. Caso 01 (Visual-coletivo)
Hereward Carrington, um dos metapsiquistas mais credenciados dos
EUA e autor de livros conhecidos por todos aqueles que estão envolvidos
com nossas pesquisas, relata no American Journal of the S. P. R. (1908,
pág. 188) o seguinte fato que ele mesmo investigou:
“O caso bastante interessante que vou expor foi retirado de uma
experiência pessoal; ele aconteceu no verão passado e é, a meu ver,
muito sugestivo ou até mesmo conclusivo...
4. Quando estava em Lilly Dale, tinha feito amizade com três pessoas que
foram protagonistas do caso em análise e que se interessavam, assim
como eu, pelas pesquisas metapsíquicas. Soube do fato através das três
pessoas envolvidas no hall do hotel onde elas estavam hospedadas,
alguns minutos depois que o acontecimento tinha se realizado... Eis aqui
do que se trata:
As três pessoas em questão – duas damas e um cavalheiro – passeavam
por um caminho um pouco distante da cidade, conversando sobre
diversos assuntos, quando uma das mulheres, que possui faculdades
clarividentes, percebeu diante dela um cãozinho correndo pelo caminho.
O Sol estava no
ocaso, mas a luz do dia ainda era forte; no entanto, os outros não viam
nada, porque na realidade o cão não existia. O terreno era aberto, nu e
plano; assim sendo, não se poderia dizer que existiam obstáculos
naturais para o campo de visão. A dama afirmava que o cãozinho corria
na frente, a cerca de
dez metros de distância dela, mantendo-se no meio do caminho,
completamente perceptível; ela acrescentava que ele parecia ter as
dimensões de um fox-terrier, de pelo amarelo, com focinho alongado e
rabo pequeno e enrolado. Enquanto as três pessoas discutiam entre elas
sobre este caso estranho, um gato saiu tranqüilamente de uma casa
5. atravessá-lo; mas assim que conseguiu chegar, ele curvou as costas
assoprando e arranhando o ar, exatamente no lugar onde se encontrava o
fantasma do cão, como se um animal de carne e osso tivesse
subitamente aparecido diante do gato. Insisto no fato de que este último
tinha chegado até a trilha com uma atitude absolutamente tranquila e
indiferente, para, de repente, tomar uma atitude de luta. Logo depois, o
gato se virou num ímpeto e voltou, correndo, para a casa de onde ele
tinha saído. Durante aquela cena, a mulher vidente continuava a perceber
o cão; em seguida, ela desviou por um instante o olhar para acompanhar
a fuga do gato; quando ela olhou novamente na direção do cão, este tinha
desaparecido. Ela declarou que este animal não tinha dado a mínima
importância ao gato; inclusive no momento em que ele parecia querer
arranhá-lo, o cão continuou tranquilamente seu caminho. É evidente que
se o gato tinha se comportado daquela maneira é porque ele tinha
acreditado perceber diante de si um cão autêntico que aparecia de
surpresa. E, no entanto, este cão não existia! Estes são os fatos e, sobre
a autenticidade do relato, dou minha garantia; porém, deixo a cargo dos
leitores as explicações que melhor lhes aprouverem.”
6. Neste relato, não é indicado se o local tinha a reputação de ser
assombrado e se um cão análogo tinha vivido naquelas redondezas;
assim sendo, não é possível chegar a nenhuma conclusão teórica sobre
a gênese dos fatos. Mas não restam dúvidas de que o incidente, por si
só claro e indubitável, envolve uma aparição de fantasma de cão que foi
vista coletivamente por uma mulher e por um gato.