SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Terceira categoria
Animal e homem percebem alucinações
telepáticas coletivamente
Caso 3 (Visual-coletivo)
Eu o retirei do Journal of the S. P. R. (vol. XIII, pág. 28).
O eminente mitólogo e sociólogo Andrew Lang comunica o
seguinte fato, observado por sua sobrinha. Ela lhe escreveu a
esse respeito:
“Skelfhill, Hawick, 8 de agosto de 1906.
... Cheguei a estas terras em 4 de agosto: na segunda-feira, dia 6,
estava no monte Pen, onde, pela primeira vez, vi um fantasma.
Estava acompanhada do meu velho cão Turk e subi a montanha
lentamente, parando com frequência por causa das curtas pernas de
meu companheiro e de sua respiração ainda mais lenta; mais ainda
porque as raízes e as mudas eram espessas e resistentes. Fizemos
uma nova pausa no local onde o monte Pen erige bruscamente seu
cume imponente. Sentei-me de costas para a barreira, tendo diante
de mim a montanha rochosa, enquanto Turk estava sentado,
ofegante, aos meus pés...
De repente, vi aproximar-se de mim minha amiga doutora H., com quem tinha feito
uma viagem pela América em maio de 1905. Ela estava de saia curta azul, com um
corselete de algodão branco, sem chapéu e com uma muleta na mão; quando ela
estava bem perto de mim, notei uma mecha de cabelo que lhe caía sobre o rosto.
Soube quinze anos antes que ela tinha voltado da América para a Inglaterra, de onde
teria de partir novamente no dia 12 de setembro para visitar seus pais em Cornwall;
porém, não sabia quando ela voltaria. Fiquei bastante surpresa ao encontrá-la
naquele lugar onde, por um instante, não pude me mover nem murmurar uma palavra;
mas Turk me fez voltar a mim, resmungando contra a nova visita. Então, eu me
levantei de uma só vez exclamando: “Você por aqui, doutora H.?”. Ao ouvir essas
palavras, a doutora se virou e me olhou; em seguida, ela continuou tranquilamente a
descer pela trilha que eu acabava de subir. Surpresa com sua atitude, pois estava
certa de que ela tinha me visto, eu a segui com a intenção de pará-la. Esperando,
Turk não parou de resmungar e de latir, mas sem se distanciar de mim, enquanto que
normalmente ele se joga latindo nas pessoas e nos cães que lhe são desconhecidos.
Notei que o pelo de suas costas estava eriçado e que seu rabo estava arcado como
um gancho. Quando alcancei a doutora e ia estender o braço para colocá-lo sobre
seus ombros, um inseto enorme zumbindo se enfiou entre nós, voando através de seu
corpo. Depois disto, vi a doutora desaparecer! É claro que fiquei surpresa e
consternada; até aquele momento, não tinha a mínima ideia de que não se tratava de
minha amiga em carne e osso. Sem Turk, eu teria duvidado dos meus sentidos; mas
naquelas condições, não restava nenhuma dúvida, já que o cão tinha
incontestavelmente se mostrado irritado e resmungava contra alguém. Juro a vocês
que gozo de uma boa saúde, que nunca me senti tão bem, que há um ano bebo só
água. Não posso precisar o minuto em que vi a aparição; mas como assim que me
Peguei imediatamente meu lápis e anotei o fato estranho num
envelope que tinha em minha mochila. Assim que cheguei em
casa, ditei o relato detalhadamente. Obviamente, escrevi ontem
mesmo à doutora perguntando-lhe o que ela fazia no dia e na hora
em que ela me apareceu. Assim que tiver uma resposta, eu a
informarei para vocês.”
Uma carta sucessiva da sobrinha do professor Lang ao seu tio
continha a passagem seguinte:
“... Encontrei-me com a doutora H.. Ela me disse que no dia e
na hora indicada, ela descia a colina do Tintagel, vestida
exatamente tal como eu a descrevi, com uma roupa de banho a
mais em seu braço que não vi de jeito nenhum...”
A irmã da doutora H. escreve:
“No dia 6 de outubro de 1906, por volta das 18 horas, a
doutora H. descia a colina do Tintagel após ter se banhado. Ela
estava com uma saia azul, sem chapéu, e tinha em seu braço
uma roupa de banho.”
M. H.
Como podemos ver, no caso exposto, trata-se da aparição de
uma pessoa viva que foi percebida coletivamente por um cão e
por sua dona. Se a autenticidade da aparição não pode ser posta
em dúvida, em contrapartida as modalidades dessa manifestação
se afastam da regra que rege as aparições desse tipo, visto que,
geralmente, o agente se encontra em condições excepcionais sob
o ponto de vista emocional, enquanto que no caso em questão
não me parece que seja assim. De qualquer forma, é provável
que a doutora H., naquele momento, tenha voltado seu
pensamento para sua amiga ausente, com a qual ela deveria se
encontrar alguns dias depois.
Do ponto de vista que nos interessa, sublinho que a aparição foi
vista simultaneamente pelo animal e por sua dona; a atitude do
cão, que resmungava e latia contra a pessoa que estava lá, mas
que não ousava se afastar das saias protetoras de sua dona,
mostra que ele se dava conta de que estava diante de uma
manifestação fantasmagórica, enquanto que sua dona pensava
absolutamente estar diante de sua amiga em carne e osso; aí está
uma razão a mais para contradizer a hipótese da transmissão de
pensamento do homem para o animal.

Mais conteúdo relacionado

Destaque

24 terceira categoria - caso 4
24   terceira categoria - caso 424   terceira categoria - caso 4
24 terceira categoria - caso 4Fatoze
 
Trabajo c.t.a. power point
Trabajo c.t.a. power pointTrabajo c.t.a. power point
Trabajo c.t.a. power pointclaudia307
 
Digital Marketing Associate -70509
Digital Marketing Associate -70509Digital Marketing Associate -70509
Digital Marketing Associate -70509Axel Boutry
 
изучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наук
изучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наукизучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наук
изучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наукliuviu
 
Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015
Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015
Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015Jacquelyn Rider
 
2014-15 Volume 7: May / Honors Issue
2014-15 Volume 7: May / Honors Issue2014-15 Volume 7: May / Honors Issue
2014-15 Volume 7: May / Honors IssueMBHS_SandS
 
Monitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterialMonitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterialresenfe2013
 

Destaque (15)

Minicurso CSS
Minicurso CSSMinicurso CSS
Minicurso CSS
 
Regalo: Cien perros
Regalo: Cien perrosRegalo: Cien perros
Regalo: Cien perros
 
24 terceira categoria - caso 4
24   terceira categoria - caso 424   terceira categoria - caso 4
24 terceira categoria - caso 4
 
Judaísmo6 a
Judaísmo6 aJudaísmo6 a
Judaísmo6 a
 
Trabajo c.t.a. power point
Trabajo c.t.a. power pointTrabajo c.t.a. power point
Trabajo c.t.a. power point
 
Digital Marketing Associate -70509
Digital Marketing Associate -70509Digital Marketing Associate -70509
Digital Marketing Associate -70509
 
изучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наук
изучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наукизучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наук
изучение чтения в контексте гуманитарных и естественных наук
 
Sara mimi
Sara mimiSara mimi
Sara mimi
 
Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015
Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015
Resume Jacquelyn Rider_Nov_2015
 
Pollution i.i.n.
Pollution i.i.n.Pollution i.i.n.
Pollution i.i.n.
 
Apuntes propios factura
Apuntes propios facturaApuntes propios factura
Apuntes propios factura
 
Cuina i ciencia
Cuina i cienciaCuina i ciencia
Cuina i ciencia
 
2014-15 Volume 7: May / Honors Issue
2014-15 Volume 7: May / Honors Issue2014-15 Volume 7: May / Honors Issue
2014-15 Volume 7: May / Honors Issue
 
Monitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterialMonitorização da oxigenação arterial
Monitorização da oxigenação arterial
 
Doc1
Doc1Doc1
Doc1
 

Semelhante a Alucinação telepática coletiva homem-cão no monte Pen

65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09Fatoze
 
59 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 05
59   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 0559   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 05
59 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 05Fatoze
 
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07
64   oitava categoria - caso 06 e caso 0764   oitava categoria - caso 06 e caso 07
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07Fatoze
 
21 terceira categoria - caso 1
21   terceira categoria - caso 121   terceira categoria - caso 1
21 terceira categoria - caso 1Fatoze
 
16 primeira categoria - caso 15
16   primeira categoria - caso 1516   primeira categoria - caso 15
16 primeira categoria - caso 15Fatoze
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13Fatoze
 
38 quarta categoria - caso 10
38   quarta categoria - caso 1038   quarta categoria - caso 10
38 quarta categoria - caso 10Fatoze
 
11 primeira categoria - caso 10
11   primeira categoria - caso 1011   primeira categoria - caso 10
11 primeira categoria - caso 10Fatoze
 
EDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdf
EDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdfEDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdf
EDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdfRosianny Loppes
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11Fatoze
 
32 quarta categoria - caso 4
32   quarta categoria - caso 432   quarta categoria - caso 4
32 quarta categoria - caso 4Fatoze
 
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05
63   oitava categoria - caso 04 e caso 0563   oitava categoria - caso 04 e caso 05
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05Fatoze
 
27 terceira categoria - caso 7
27   terceira categoria - caso 727   terceira categoria - caso 7
27 terceira categoria - caso 7Fatoze
 
55 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 01
55   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 0155   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 01
55 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 01Fatoze
 
C. s. lewis trilogia de ransom 2 - perelandra
C. s. lewis   trilogia de ransom 2 - perelandraC. s. lewis   trilogia de ransom 2 - perelandra
C. s. lewis trilogia de ransom 2 - perelandraAlex Martins
 
45 quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 4
45   quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 445   quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 4
45 quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 4Fatoze
 
Fiodor dostoievski uma criatura docil
Fiodor dostoievski   uma criatura docilFiodor dostoievski   uma criatura docil
Fiodor dostoievski uma criatura docilLong Play
 
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdfmichele moreira
 
3 primeira categoria - caso 2
3   primeira categoria - caso 23   primeira categoria - caso 2
3 primeira categoria - caso 2Fatoze
 
58 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 04
58   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 0458   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 04
58 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 04Fatoze
 

Semelhante a Alucinação telepática coletiva homem-cão no monte Pen (20)

65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
65   oitava categoria - caso 08 e caso 0965   oitava categoria - caso 08 e caso 09
65 oitava categoria - caso 08 e caso 09
 
59 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 05
59   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 0559   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 05
59 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 05
 
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07
64   oitava categoria - caso 06 e caso 0764   oitava categoria - caso 06 e caso 07
64 oitava categoria - caso 06 e caso 07
 
21 terceira categoria - caso 1
21   terceira categoria - caso 121   terceira categoria - caso 1
21 terceira categoria - caso 1
 
16 primeira categoria - caso 15
16   primeira categoria - caso 1516   primeira categoria - caso 15
16 primeira categoria - caso 15
 
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
67   oitava categoria - caso 12 e caso 1367   oitava categoria - caso 12 e caso 13
67 oitava categoria - caso 12 e caso 13
 
38 quarta categoria - caso 10
38   quarta categoria - caso 1038   quarta categoria - caso 10
38 quarta categoria - caso 10
 
11 primeira categoria - caso 10
11   primeira categoria - caso 1011   primeira categoria - caso 10
11 primeira categoria - caso 10
 
EDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdf
EDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdfEDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdf
EDGAR ALLAN POE Historias_Extraordinarias TRADUÇAO CLARICE LISPECTOR.pdf
 
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
66   oitava categoria - caso 10 e caso 1166   oitava categoria - caso 10 e caso 11
66 oitava categoria - caso 10 e caso 11
 
32 quarta categoria - caso 4
32   quarta categoria - caso 432   quarta categoria - caso 4
32 quarta categoria - caso 4
 
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05
63   oitava categoria - caso 04 e caso 0563   oitava categoria - caso 04 e caso 05
63 oitava categoria - caso 04 e caso 05
 
27 terceira categoria - caso 7
27   terceira categoria - caso 727   terceira categoria - caso 7
27 terceira categoria - caso 7
 
55 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 01
55   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 0155   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 01
55 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 01
 
C. s. lewis trilogia de ransom 2 - perelandra
C. s. lewis   trilogia de ransom 2 - perelandraC. s. lewis   trilogia de ransom 2 - perelandra
C. s. lewis trilogia de ransom 2 - perelandra
 
45 quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 4
45   quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 445   quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 4
45 quinta categoria - terceiro subgrupo - caso 4
 
Fiodor dostoievski uma criatura docil
Fiodor dostoievski   uma criatura docilFiodor dostoievski   uma criatura docil
Fiodor dostoievski uma criatura docil
 
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
00419#MeuPDF Agatha Christie - A CIGANA (CONTO).pdf
 
3 primeira categoria - caso 2
3   primeira categoria - caso 23   primeira categoria - caso 2
3 primeira categoria - caso 2
 
58 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 04
58   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 0458   sexta categoria - segundo subgrupo - caso 04
58 sexta categoria - segundo subgrupo - caso 04
 

Mais de Fatoze

Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Fatoze
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Fatoze
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Fatoze
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Fatoze
 
Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Fatoze
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Fatoze
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Fatoze
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Fatoze
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Fatoze
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Fatoze
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaosFatoze
 
Aula 14 pai alcoolatra
Aula 14   pai alcoolatraAula 14   pai alcoolatra
Aula 14 pai alcoolatraFatoze
 
Aula 13 pais divorciados
Aula 13   pais divorciadosAula 13   pais divorciados
Aula 13 pais divorciadosFatoze
 
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03
62   oitava categoria - caso 02 e caso 0362   oitava categoria - caso 02 e caso 03
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03Fatoze
 

Mais de Fatoze (20)

Evangelho animais 95
Evangelho animais 95Evangelho animais 95
Evangelho animais 95
 
Evangelho animais 94
Evangelho animais 94Evangelho animais 94
Evangelho animais 94
 
Evangelho animais 93
Evangelho animais 93Evangelho animais 93
Evangelho animais 93
 
Evangelho animais 92
Evangelho animais 92Evangelho animais 92
Evangelho animais 92
 
Evangelho animais 91
Evangelho animais 91Evangelho animais 91
Evangelho animais 91
 
Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)Evangelho no lar com crianças (69)
Evangelho no lar com crianças (69)
 
Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)Evangelho no lar com crianças (68)
Evangelho no lar com crianças (68)
 
Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)Evangelho no lar com crianças (67)
Evangelho no lar com crianças (67)
 
Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)Evangelho no lar com crianças (66)
Evangelho no lar com crianças (66)
 
68 oitava categoria - caso 14
68   oitava categoria - caso 1468   oitava categoria - caso 14
68 oitava categoria - caso 14
 
Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)Evangelho no lar com crianças (65)
Evangelho no lar com crianças (65)
 
Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)Evangelho no lar com crianças (64)
Evangelho no lar com crianças (64)
 
Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)Evangelho no lar com crianças (63)
Evangelho no lar com crianças (63)
 
Evangelho animais 90
Evangelho animais 90Evangelho animais 90
Evangelho animais 90
 
Evangelho animais 89
Evangelho animais 89Evangelho animais 89
Evangelho animais 89
 
Evangelho animais 88
Evangelho animais 88Evangelho animais 88
Evangelho animais 88
 
Aula 15 irmaos
Aula 15   irmaosAula 15   irmaos
Aula 15 irmaos
 
Aula 14 pai alcoolatra
Aula 14   pai alcoolatraAula 14   pai alcoolatra
Aula 14 pai alcoolatra
 
Aula 13 pais divorciados
Aula 13   pais divorciadosAula 13   pais divorciados
Aula 13 pais divorciados
 
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03
62   oitava categoria - caso 02 e caso 0362   oitava categoria - caso 02 e caso 03
62 oitava categoria - caso 02 e caso 03
 

Último

EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfmhribas
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealizaçãocorpusclinic
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxCelso Napoleon
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 

Último (15)

EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdfO Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
 
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da AutorrealizaçãoDar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
Dar valor ao Nada! No Caminho da Autorrealização
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptxLição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
Lição 5 - Os Inimigos do Cristão - EBD.pptx
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 

Alucinação telepática coletiva homem-cão no monte Pen

  • 1.
  • 2. Terceira categoria Animal e homem percebem alucinações telepáticas coletivamente Caso 3 (Visual-coletivo) Eu o retirei do Journal of the S. P. R. (vol. XIII, pág. 28). O eminente mitólogo e sociólogo Andrew Lang comunica o seguinte fato, observado por sua sobrinha. Ela lhe escreveu a esse respeito:
  • 3. “Skelfhill, Hawick, 8 de agosto de 1906. ... Cheguei a estas terras em 4 de agosto: na segunda-feira, dia 6, estava no monte Pen, onde, pela primeira vez, vi um fantasma. Estava acompanhada do meu velho cão Turk e subi a montanha lentamente, parando com frequência por causa das curtas pernas de meu companheiro e de sua respiração ainda mais lenta; mais ainda porque as raízes e as mudas eram espessas e resistentes. Fizemos uma nova pausa no local onde o monte Pen erige bruscamente seu cume imponente. Sentei-me de costas para a barreira, tendo diante de mim a montanha rochosa, enquanto Turk estava sentado, ofegante, aos meus pés...
  • 4. De repente, vi aproximar-se de mim minha amiga doutora H., com quem tinha feito uma viagem pela América em maio de 1905. Ela estava de saia curta azul, com um corselete de algodão branco, sem chapéu e com uma muleta na mão; quando ela estava bem perto de mim, notei uma mecha de cabelo que lhe caía sobre o rosto. Soube quinze anos antes que ela tinha voltado da América para a Inglaterra, de onde teria de partir novamente no dia 12 de setembro para visitar seus pais em Cornwall; porém, não sabia quando ela voltaria. Fiquei bastante surpresa ao encontrá-la naquele lugar onde, por um instante, não pude me mover nem murmurar uma palavra; mas Turk me fez voltar a mim, resmungando contra a nova visita. Então, eu me levantei de uma só vez exclamando: “Você por aqui, doutora H.?”. Ao ouvir essas palavras, a doutora se virou e me olhou; em seguida, ela continuou tranquilamente a descer pela trilha que eu acabava de subir. Surpresa com sua atitude, pois estava certa de que ela tinha me visto, eu a segui com a intenção de pará-la. Esperando, Turk não parou de resmungar e de latir, mas sem se distanciar de mim, enquanto que normalmente ele se joga latindo nas pessoas e nos cães que lhe são desconhecidos. Notei que o pelo de suas costas estava eriçado e que seu rabo estava arcado como um gancho. Quando alcancei a doutora e ia estender o braço para colocá-lo sobre seus ombros, um inseto enorme zumbindo se enfiou entre nós, voando através de seu corpo. Depois disto, vi a doutora desaparecer! É claro que fiquei surpresa e consternada; até aquele momento, não tinha a mínima ideia de que não se tratava de minha amiga em carne e osso. Sem Turk, eu teria duvidado dos meus sentidos; mas naquelas condições, não restava nenhuma dúvida, já que o cão tinha incontestavelmente se mostrado irritado e resmungava contra alguém. Juro a vocês que gozo de uma boa saúde, que nunca me senti tão bem, que há um ano bebo só água. Não posso precisar o minuto em que vi a aparição; mas como assim que me
  • 5. Peguei imediatamente meu lápis e anotei o fato estranho num envelope que tinha em minha mochila. Assim que cheguei em casa, ditei o relato detalhadamente. Obviamente, escrevi ontem mesmo à doutora perguntando-lhe o que ela fazia no dia e na hora em que ela me apareceu. Assim que tiver uma resposta, eu a informarei para vocês.” Uma carta sucessiva da sobrinha do professor Lang ao seu tio continha a passagem seguinte: “... Encontrei-me com a doutora H.. Ela me disse que no dia e na hora indicada, ela descia a colina do Tintagel, vestida exatamente tal como eu a descrevi, com uma roupa de banho a mais em seu braço que não vi de jeito nenhum...”
  • 6. A irmã da doutora H. escreve: “No dia 6 de outubro de 1906, por volta das 18 horas, a doutora H. descia a colina do Tintagel após ter se banhado. Ela estava com uma saia azul, sem chapéu, e tinha em seu braço uma roupa de banho.” M. H. Como podemos ver, no caso exposto, trata-se da aparição de uma pessoa viva que foi percebida coletivamente por um cão e por sua dona. Se a autenticidade da aparição não pode ser posta em dúvida, em contrapartida as modalidades dessa manifestação se afastam da regra que rege as aparições desse tipo, visto que, geralmente, o agente se encontra em condições excepcionais sob o ponto de vista emocional, enquanto que no caso em questão não me parece que seja assim. De qualquer forma, é provável que a doutora H., naquele momento, tenha voltado seu pensamento para sua amiga ausente, com a qual ela deveria se encontrar alguns dias depois.
  • 7. Do ponto de vista que nos interessa, sublinho que a aparição foi vista simultaneamente pelo animal e por sua dona; a atitude do cão, que resmungava e latia contra a pessoa que estava lá, mas que não ousava se afastar das saias protetoras de sua dona, mostra que ele se dava conta de que estava diante de uma manifestação fantasmagórica, enquanto que sua dona pensava absolutamente estar diante de sua amiga em carne e osso; aí está uma razão a mais para contradizer a hipótese da transmissão de pensamento do homem para o animal.