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Síndrome de
Legg Calve Perthes
Cuiabá, 26 de abril de 2017.
Ortopedia
Doença de Legg
Definição
 A síndrome de Legg-Calvé-Perthes, também conhecida
como doença de Perthes, consiste em uma desordem
degenerativa, que afeta as articulações do quadril, caracterizada
pela necrose avascular da epífise femoral em crescimento, de
característica autolimitada e idiopática
 Na síndrome é observado necrose, reabsorção óssea, deposição de
osso novo e finalmente remodelação até a maturidade.
 Os estágios de reabsorção e deposição ocorrem simultaneamente
alterando a resistência mecânica do núcleo epifisário tornando
suscetível à deformidades.
Etiologia
 É produzida por avascularização da cabeça femoral, a razão para esta
diminuição do suprimento sanguíneo ainda não foi determinada.
 A verdadeira causa da doença permanece indefinida, sendo que vários
fatores foram apresentados como prováveis responsáveis deste episódio,
como:
 Anormalidades de coagulação, alteração do fluxo sanguíneo arterial
(infartos ósseos múltiplos)
 Obstrução da drenagem venosa da epífise e colo femoral, trauma
 Desenvolvimento da crianças para a idade cronológica, hiper-reatividade
da criança
 Influências genéticas e fatores nutricionais
Incidência
A incidência varia de referencia para referencia sendo muito comum:
 No sexo masculino, mais do que o feminino, numa relação de 5
para 1
 Na faixa etária de 4 a 9 anos outras referencias de 3 a 12 anos de
idade
 Em 12% dos casos pode ocorrer em lados bilaterais
 Frequente em pessoas brancas, sendo muito raro em negros
Quadro Clinico
 Dor no quadril ou virilha, aumentada pelo movimento da perna
 Dor referida na região do joelho
 Claudicação(dor, cansaço e à fraqueza nas pernas)
 Limitação da amplitude articular de movimento (ADM) do quadril e associada a
uma contratura muscular antálgica
 Diminuição da abdução, da flexão e da rotação interna ou externa do quadril
 Atrofia da coxa e panturrilha
 diminuição do comprimento do membro inferior, afetado pelo achatamento da
cabeça do fêmur, pela fusão da cartilagem de crescimento e pela falta de estímulo
para o crescimento, provocado pelo repouso do membro inferior afetado.
Estágios da doença
A Doença de legg progride por meio de quatro estágios:
 Condensação;
 Fragmentação;
 Reossificação
 Remodelamento
Durante a fase inicial, uma porção da cabeça femoral torna-se necrótica e o crescimento
ósseo cessa. O osso necrótico é reabsorvido e fragmentado; iniciando a revascularização da
cabeça femoral. Durante o segundo estágio, a cabeça femoral frequentemente torna-se
deformada e o acetábulo torna-se mais raso em resposta às deformidades da cabeça
femoral. Com a revascularização, a cabeça femoral começa a se ossificar novamente. Quando
a cabeça femoral cresce, ocorre o remodelamento da cabeça femoral e acetábulo.
Diagnostico Diferencial
 O diagnóstico é feito pelo quadro clínico, e confirmado com o exame radiográfico e/ou
outros exames complementares.
 RX é realizado com a sua incidência é em ântero-posterior
 Sempre Avaliar os 2 Quadris , Bilateralidade
 Comparar as Epífises
 Núcleo Epifisário Menor
 Aumento da Densidade de Parte ou da Totalidade da Epífise Femoral
 Alargamento do Espaço Articular
 Fragmentação da Cabeça Femoral
 Fratura do Osso Subcondral
Exames Clinicos
 Radiografia Simples
 Tomografia Computadorizada
 Ressonância Magnética
 Artrografia
 Ecografia
 Cintilografia Óssea
Testes
 Manobra de Thomas
 Teste de Trendelemburg
 Limitação da Rotação Interna e Externa
 Limitação da Abdução
 Atrofia Muscular
 Manobra de Thomas
 Teste de Trendelemburg
Limitação da Rotação Interna e Externa
Limitação da Abdução
Atrofia Muscular
Objetivo Tratamento
 Os objetivos principais no tratamento são impedir a deformidade, intervir no
distúrbio de crescimento e impedir a ocorrência de artropatia degenerativa.
Tratamento conservador e cirúrgico
 Tratamento: Centralização e Mobilização
 O tratamento mais utilizados envolvem a eliminação da carga, uso de várias modalidades
de órteses ou aparelhos gessados em abdução.
 O tratamento conservador é o método de escolha para a grande maioria dos casos de
doença. Baseando-se no repouso no leito com tração cutânea para alívio da dor, ganho
de abdução dos MMI para melhor centralização do quadril.
 As intervenções cirúrgicas podem provocar numerosos problemas osteomusculares,
como fraqueza dos músculos abdutores do quadril e encurtamento do membro,
resultando em claudicação.
Independentemente do método utilizado, conservador ou cirúrgico, os dois princípios
fundamentais para o tratamento da doença vai manter a epífise femoral centrada no
acetábulo e preservar a mobilidade do quadril.
Tratamento fisioterapêutico
 A fisioterapia depois da intervenção cirúrgica concentra-se no treino da marcha
e na restauração da amplitude de movimento (ADM) e força muscular do
quadril.
 Na fase inicial, o tratamento consiste em repouso, diminuição da dor e aumento
da mobilidade, evitando contraturas e limitação dos movimentos e mantendo a
cabeça do fêmur bem centrada no acetábulo.
 Evitar o apoio do membro afetado no solo e qualquer tipo de impacto
 Os movimentos ativos desempenham um papel fundamental na modelagem das
articulações.
Tratamento fisioterapêutico
 A hidroterapia é um método excelente para o paciente que apresenta fraqueza e
limitação da mobilidade do quadril
 A flutuação na água morna favorece a mobilidade ativa do quadril, diminuindo a dor e
espasmo muscular
 O fortalecimento da musculatura e treinamento da marcha costumam ser mais eficazes
na piscina, em virtude da resistência dinâmica oferecida pela água.
 A hidroterapia também é altamente benéfica para o desenvolvimento do paciente, pois
ela será capaz de executar atividades funcionais com mais liberdade e eficácia na piscina,
de modo a readquirir a confiança em suas capacidades funcionais.
Referencias
 A avaliação inicial de pacientes com doença de Legg-Calvé-Perthes internados
 Petrie J, Bitenc I. Abduction weight bearing treatment in Legg-Calvé-Perthes
disease. J Bone Joint Surg Br 1971; 53:54-62.
 Wall E J. Legg-Calvé-Perthes disease. J Pediatr Orthop 1999; 11:76-81
 . Weinstein SL. “Legg-Calvé-Perthes Syndrome”. In: Morrisy RT, Weinstein SL.
Lovell and winter’s pediatric orthopadics. Philadelphia: William & Wilkins; 2001.
p.957-98.
 Doença de Legg-Calvé-Perthes* Legg-Calvé-Perthes disease* PAULO BERTOL1

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Doença de Legg-Calvé-Perthes

  • 1. Síndrome de Legg Calve Perthes Cuiabá, 26 de abril de 2017. Ortopedia Doença de Legg
  • 2. Definição  A síndrome de Legg-Calvé-Perthes, também conhecida como doença de Perthes, consiste em uma desordem degenerativa, que afeta as articulações do quadril, caracterizada pela necrose avascular da epífise femoral em crescimento, de característica autolimitada e idiopática  Na síndrome é observado necrose, reabsorção óssea, deposição de osso novo e finalmente remodelação até a maturidade.  Os estágios de reabsorção e deposição ocorrem simultaneamente alterando a resistência mecânica do núcleo epifisário tornando suscetível à deformidades.
  • 3. Etiologia  É produzida por avascularização da cabeça femoral, a razão para esta diminuição do suprimento sanguíneo ainda não foi determinada.  A verdadeira causa da doença permanece indefinida, sendo que vários fatores foram apresentados como prováveis responsáveis deste episódio, como:  Anormalidades de coagulação, alteração do fluxo sanguíneo arterial (infartos ósseos múltiplos)  Obstrução da drenagem venosa da epífise e colo femoral, trauma  Desenvolvimento da crianças para a idade cronológica, hiper-reatividade da criança  Influências genéticas e fatores nutricionais
  • 4. Incidência A incidência varia de referencia para referencia sendo muito comum:  No sexo masculino, mais do que o feminino, numa relação de 5 para 1  Na faixa etária de 4 a 9 anos outras referencias de 3 a 12 anos de idade  Em 12% dos casos pode ocorrer em lados bilaterais  Frequente em pessoas brancas, sendo muito raro em negros
  • 5. Quadro Clinico  Dor no quadril ou virilha, aumentada pelo movimento da perna  Dor referida na região do joelho  Claudicação(dor, cansaço e à fraqueza nas pernas)  Limitação da amplitude articular de movimento (ADM) do quadril e associada a uma contratura muscular antálgica  Diminuição da abdução, da flexão e da rotação interna ou externa do quadril  Atrofia da coxa e panturrilha  diminuição do comprimento do membro inferior, afetado pelo achatamento da cabeça do fêmur, pela fusão da cartilagem de crescimento e pela falta de estímulo para o crescimento, provocado pelo repouso do membro inferior afetado.
  • 6. Estágios da doença A Doença de legg progride por meio de quatro estágios:  Condensação;  Fragmentação;  Reossificação  Remodelamento Durante a fase inicial, uma porção da cabeça femoral torna-se necrótica e o crescimento ósseo cessa. O osso necrótico é reabsorvido e fragmentado; iniciando a revascularização da cabeça femoral. Durante o segundo estágio, a cabeça femoral frequentemente torna-se deformada e o acetábulo torna-se mais raso em resposta às deformidades da cabeça femoral. Com a revascularização, a cabeça femoral começa a se ossificar novamente. Quando a cabeça femoral cresce, ocorre o remodelamento da cabeça femoral e acetábulo.
  • 7. Diagnostico Diferencial  O diagnóstico é feito pelo quadro clínico, e confirmado com o exame radiográfico e/ou outros exames complementares.  RX é realizado com a sua incidência é em ântero-posterior  Sempre Avaliar os 2 Quadris , Bilateralidade  Comparar as Epífises  Núcleo Epifisário Menor  Aumento da Densidade de Parte ou da Totalidade da Epífise Femoral  Alargamento do Espaço Articular  Fragmentação da Cabeça Femoral  Fratura do Osso Subcondral
  • 8. Exames Clinicos  Radiografia Simples  Tomografia Computadorizada  Ressonância Magnética  Artrografia  Ecografia  Cintilografia Óssea
  • 9.
  • 10. Testes  Manobra de Thomas  Teste de Trendelemburg  Limitação da Rotação Interna e Externa  Limitação da Abdução  Atrofia Muscular
  • 11.  Manobra de Thomas
  • 12.  Teste de Trendelemburg
  • 13. Limitação da Rotação Interna e Externa
  • 16. Objetivo Tratamento  Os objetivos principais no tratamento são impedir a deformidade, intervir no distúrbio de crescimento e impedir a ocorrência de artropatia degenerativa.
  • 17. Tratamento conservador e cirúrgico  Tratamento: Centralização e Mobilização  O tratamento mais utilizados envolvem a eliminação da carga, uso de várias modalidades de órteses ou aparelhos gessados em abdução.  O tratamento conservador é o método de escolha para a grande maioria dos casos de doença. Baseando-se no repouso no leito com tração cutânea para alívio da dor, ganho de abdução dos MMI para melhor centralização do quadril.  As intervenções cirúrgicas podem provocar numerosos problemas osteomusculares, como fraqueza dos músculos abdutores do quadril e encurtamento do membro, resultando em claudicação. Independentemente do método utilizado, conservador ou cirúrgico, os dois princípios fundamentais para o tratamento da doença vai manter a epífise femoral centrada no acetábulo e preservar a mobilidade do quadril.
  • 18. Tratamento fisioterapêutico  A fisioterapia depois da intervenção cirúrgica concentra-se no treino da marcha e na restauração da amplitude de movimento (ADM) e força muscular do quadril.  Na fase inicial, o tratamento consiste em repouso, diminuição da dor e aumento da mobilidade, evitando contraturas e limitação dos movimentos e mantendo a cabeça do fêmur bem centrada no acetábulo.  Evitar o apoio do membro afetado no solo e qualquer tipo de impacto  Os movimentos ativos desempenham um papel fundamental na modelagem das articulações.
  • 19. Tratamento fisioterapêutico  A hidroterapia é um método excelente para o paciente que apresenta fraqueza e limitação da mobilidade do quadril  A flutuação na água morna favorece a mobilidade ativa do quadril, diminuindo a dor e espasmo muscular  O fortalecimento da musculatura e treinamento da marcha costumam ser mais eficazes na piscina, em virtude da resistência dinâmica oferecida pela água.  A hidroterapia também é altamente benéfica para o desenvolvimento do paciente, pois ela será capaz de executar atividades funcionais com mais liberdade e eficácia na piscina, de modo a readquirir a confiança em suas capacidades funcionais.
  • 20. Referencias  A avaliação inicial de pacientes com doença de Legg-Calvé-Perthes internados  Petrie J, Bitenc I. Abduction weight bearing treatment in Legg-Calvé-Perthes disease. J Bone Joint Surg Br 1971; 53:54-62.  Wall E J. Legg-Calvé-Perthes disease. J Pediatr Orthop 1999; 11:76-81  . Weinstein SL. “Legg-Calvé-Perthes Syndrome”. In: Morrisy RT, Weinstein SL. Lovell and winter’s pediatric orthopadics. Philadelphia: William & Wilkins; 2001. p.957-98.  Doença de Legg-Calvé-Perthes* Legg-Calvé-Perthes disease* PAULO BERTOL1