O documento discute os erros cometidos no passado no desenvolvimento comunitário em muitos países, como tomada de decisões centralizadas e falta de participação das comunidades locais. Também destaca lições aprendidas, como a necessidade de descentralizar as decisões, atender às necessidades reais das comunidades e envolver os beneficiários no processo de planejamento e implementação.
Desenvolvimento Comunitário - Willy Piassa e Tomé de Azevedo, 17-18 Junho 2013 PARTE 1
1. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
Por Willy Piassa
Junho, 2013
O Contexto do Desenvolvimento
Comunitário no Mundo
2. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
O Desenvolvimento Comunitário
No Mundo
• O desenvolvimento comunitário, deve ter uma
abordagem centrado nas pessoas e deve haver
uma política de suporte.
• A nível nacional a tal abordagem deve ter os
seguintes objectivos:
- Ser centrado no Homem - apoiar e promover
o desenvolvimento humano.
- Fortalecer as comunidades para tomarem
responsabilidade e terem acesso aos recursos
úteis para o auto-desenvolvimento sustentável.
3. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
Cont. O Desenv. Comunitário no
Mundo
- Encorajar o desenvolvimento sustentável que irá
garantir o uso e a preservação dos recursos
naturais para o beneficio das gerações
presentes e futuras.
- Ser conseguido dentro dos limitados recursos
(financeiros) disponíveis no país.
- Edificar e expandir as infra-estruturas
existentes.
Em muitos países isso não foi atingido.
4. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
ERROS COMETIDOS
• Tomada de decisões topo-baixo
- Governo e ONGs elaboram decisões sobre o que acham
ser melhor para as comunidades (decisões
centralizadas)
• Excesso de planificação
- Muita informação mas pouca implementação. Planos não
consideram a situação e realidade local.
• Ajuda ineficiente e desapropriada
- Ajuda de desenvolvimento dada às comunidades não
era o que eles realmente precisavam. Não transmitiam
habilidades.
- Não davam cana mas peixe.
5. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
Cont. Erros CometidosCont. Erros Cometidos
• Falta de responsabilização
- Pelo facto da planificação ser topo-baixo, os
planificadores não tinham que prestar contas às
comunidades pelos resultados das suas decisões.
Processo de planificação não era propriedade da
comunidade, mas viviam com as consequências das
decisões de pessoas externas.
• Projectos “Maior é melhor”
- Foco em projectos de grandes e de prestígios que faz o
gov e ONGs parecerem bem nos olhos das pessoas ou
doadores. Eram grandes demais para uma boa gestão.
Resultado: Perca do foco nas necessidades da
comunidade.
6. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
• Exclusão dos beneficiários locais
- A maioria dos projectos eram planeados,
implementados, avaliados e geridos por
‘peritos’ ou ‘consultores’ externos. Os
beneficiários não participavam no
processo.
- As vezes feito de prepósito para impedir
as instituições locais de terem mais
influência e poder. Principalmente nas
zonas de maior tensão política.
7. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
• Decisões descentralizadas
- Integrar as decisões locais no processo
• As necessidades das comunidades devem ser
satisfeitas
- As pessoas devem ser capazes de ver isso
• Flexibilidade
- Cada comunidade é única: necessidades, problemas,
habilidades e recursos. Adaptar o processo de
desenvolvimento à situação local para garantir a
eficiência
• Simples e focalizado
- processo de desenvolvimento não deve ser complicado,
implementação passo à passo. Não fazer em demasia
ao mesmo tempo.
LICÕES QUE PODEMOS APRENDER
8. SISTEMA NACIONAL DE
INFORMAÇÃO TERRITORIAL
• Rápido alcance de resultados
- Resultados devem ser obtidos num curto prazo, pelo
contrário há perca de interesse.
- Resultados a curto prazo fortalecem o alcance de
resultados de longo prazo.
• Foco local
- Comunidades são ricas em conhecimentos acerca da
sua situação. Conhecimento local mais habilidades e
instituições são outros recursos locais a serem usados
ao longo do processo de desenvolvimento. Considerar
tradições e costumes locais.
• Responsabilização
- se as comunidades possuirem o processo, irão ter alto
sentido de responsabilidade. Eles irão viver com os
resultados do projecto.