A formulação de uma visão estratégica para o setor de saúde deve levar em consideração os direcionadores fundamentais do "estado da saúde" no Brasil e a sua dinâmica no tempo e no espaço. Nos países onde a população sofre de má saúde e o nível de educação é baixo é mais difícil atingir desenvolvimento econômico sustentável
2. 2
Introdução
A formulação de uma visão estratégica para o setor
de saúde deve levar em consideração os
direcionadores fundamentais do "estado da saúde" no
Brasil e a sua dinâmica no tempo e no espaço
Fonte: análise Delta
4. 4
Economia e saúde
"Até recentemente, considerava-se que o desenvolvimento econômico era
uma condição prévia para verdadeiras melhorias em saúde"
Mas a Comissão partiu do contrário desta noção e provou que
melhoramentos em saúde são importantes para o desenvolvimento
econômico"
Confirmou que nos países onde a população sofre de má saúde e o nível de
educação é baixo é mais difícil atingir desenvolvimento econômico
sustentável"
Conclusões
Comissão sobre Macroeconomia e Saúde da OMS
Fonte: WHO Commission on Macroeconomics and Health (2001); análise Delta
5. 5
Economia e saúde (cont.)
Fonte: WHO Commission on Macroeconomics and Health (2001); análise Delta
Políticas econômicas e
instituições
Governança
Provisão de bens públicos
Capital humano, incluindo:
Educação, treinamento no local
de trabalho, desenvolvimento
físico e cognitivo
Tecnologia, incluindo:
relevante conhecimento científico
para produção, inovações na
economia doméstica, difusão de
tecnologia do exterior
Empresa de capital, incluindo:
investimentos fixos na planta e
em equipamentos, trabalho de
equipe e organização da força
tarefa, oportunidades de
investimento, habilidade para
atrair mão de obra e capital
Desenvolvimento econômico:
altos níveis do PIB per capita,
crescimento do PIB per capita,
redução da pobreza
Saúde
6. 6
Economia e pobreza
Fonte: análise Delta
Pobreza
Distribuição da
renda
Renda per capita
Impacto da estabilização
sobre a desigualdade:
• menor taxa de inflação
• mudanças nos preços
relativos
• aumento do salário mínimo
Impacto da estabilização na
demanda agregada e no nível
de atividade:
• Menor da taxa de inflação
• menor variabilidade de
renda e poupança
• maior demanda e oferta de
crédito
Estabilização Saúde/Educação
7. 7
Economia e pobreza (cont.)
0,400
0,450
0,500
0,550
0,600
0,650
0,400 0,450 0,500 0,550 0,600 0,650
ÍndicedeGini–2006(oumaisrecente)
Índice de Gini – início dos anos 90
Fonte: United Nations, CEPAL, IBGE; análise Delta
Mudança na desigualdade da renda na América Latina
melhorou
piorou
Brasil
8. 8
Economia e pobreza (cont.)
Fonte: IBGE, IPEA Data, governo federal; análise Delta
0,480
0,500
0,520
0,540
0,560
0,580
0,600
0,620
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015
Trajetória e projeção do coeficiente de Gini no Brasil: 1995 a 2015
projeção
9. 9
Objetivos do milênio
Objetivo Metas
Erradicar a extrema
pobreza e a fome
cumpriu o objetivo de reduzir pela metade o número de
pessoas vivendo em extrema pobreza até 2015
Atingir o ensino
fundamental universal
objetivo de universalizar o ensino básico de meninas e
meninos foi praticamente alcançado
Promover a igualdade
entre os sexos e a
autonomia das mulheres
as mulheres já estudam mais que os homens, mas
ainda têm menos chances de emprego, recebem
menos do que homens trabalhando nas mesmas
funções e ocupam os piores postos
Reduzir a mortalidade
infantil
expectativa é de que esse objetivo seja cumprido ainda
antes do prazo, mas a desigualdade ainda é grande
Melhorar a saúde
materna
o Brasil registrou uma redução na mortalidade
materna, desde 1990, de praticamente 50%
Combater o HIV/AIDS, a
malária e outras
doenças
o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a
proporcionar acesso universal e gratuito para o
tratamento de HIV/AIDS na rede de saúde pública
Garantir a
sustentabilidade
ambiental
é considerado por muitos como um dos mais
complexos para o país, principalmente na questão de
acesso aos serviços de saneamento básico em regiões
remotas e nas zonas rurais
Estabelecer uma
parceria mundial para o
desenvolvimento
inúmeras iniciativas: G-20, Rodada Doha
Fonte: United Nations; análise Delta
10. 10
Cenários macroeconômicos
Cenário internacional Cenário local
• Nível de incertezas elevado • Crescimento forte e sustentável nos
próximos anos
• Políticas monetárias expansionistas • Ampliação da classe média
• Liquidez global elevada • Bônus demográfico
• Intenso fluxo de capital estrangeiro • Diversas oportunidades de investimento
• risco à estabilidade financeira • exploração da camada do pré-sal
• distorção de preços de ativos • ampliação e modernização da
infraestrutura
• pressão inflacionária • vastas reservas de commodities minerais
• Propagação da crise de dívida soberana
pela Europa
• potencial de ampliação da área cultivável
(exceção mundial) e incremento da
produção agrícola
• Retração do crescimento econômico • importantes eventos esportivos
internacionais
Fonte: análise Delta
11. 11
Agenda econômica
Maior crescimento do
PIB e melhor
distribuição da renda
Taxa de juros e dívida
pública baixas
Aumentos dos
investimentos
públicos e privados
Inflação baixa e
estável
Agenda
Fonte: análise Delta
• Governo central
manteve nos últimos
17 anos uma
agenda estável e
consistente, com
pouca volatilidade
• Desafios futuros não
devem ser
subestimados
• Não são esperadas
mudanças bruscas
na agenda
12. 12
Desenvolvimento sustentável
Fonte: análise Delta
• Quatro objetivos
fundamentais
• Manutenção por 17
anos, com ajustes
marginais
• Grandes conquistas
nas dimensões
macroeconômica e
social
• Reformas estruturais
ainda não
concluídas:
tributária, trabalhista
e política
estratégia
Estratégia de
desenvolvimento
sustentável
Inflação
baixa e
estável
Inclusão
social
Governança
pública
Crescimento
da renda,
emprego e
inversões
13. 13
Desenvolvimento sustentável (cont.)
Desenvolvimento sustentável
política econômica
- meta de inflação
- câmbio flutuante
- controle fiscal
política social
- proteção
- focalização/universalização
- eficiência
polítical regional
- incentivos
- escala e escopo
- realocação
• Crescimento do PIB com inflação moderada
• Expansão da infraestrutura e novos eixos de desenvolvimento
• Internacionalização de empresas brasileiras
• Distribuição da renda e redução da pobreza
• Mudanças na força de trabalho – melhor qualificação
Resultados
esperados
(2011-2015)
• Bons fundamentos
• Crescimento da produção, emprego e renda
• Melhoria do arcabouço regulatório e mitigação de risco
• Inclusão social e programas de transferência de renda
Círculo virtuoso
Fonte: análise Delta
15. 15
13,1
27,6
5,1 8,1
56,8
42,6
16,3 14,6
8,7 7,1
PIB e população
Desigualdades
• Sul/Sudeste respondem por
73% do PIB e 57% da
população
• Lenta convergência dos níveis
de renda
• Sul/Sudeste
• crescimento mais lento do
PIB e da população
•Norte/Nordeste/Centro-oeste
• nova fronteira
% of PIB
% da população
Dados para 2010
PIB per capita US$ 10.900
Fonte: IBGE; análise Delta
122,6
111,6
133,3
47,5
63,0
Centro-oeste
Sul
Sudeste
Nordeste
Norte
% do PIB per capita
16. 16
Agenda social
A agenda social é
administrada pelo
governo federal com
iniciativas em todo o
Poder Executivo
Educação
Inclusão
social
Tecnologia
Emprego
Fonte: governo federal; análise Delta
Fundamentos
• Anunciado pelo ex-presidente Lula,
em 2007, os objetivos da agenda
social são:
• consolidação da polítical social
como garantidora dos direitos do
cidadão
• redução das desigualdades
sociais
• integração das iniciativas para a
promoção das oportunidades e
emancipação das famílias mais
pobres
• fortalecimento e melhoria da
integração de agentes
governamentais, em articulação
com os Estados e Municípios
17. 17
PPA 2012-2015
Fonte: governo federal; análise Delta
Área temática
Quantidade de
programas
temáticos
Valores
estimados (R$
bilhões)
%
Social 25 2.580 56,8
Infraestrutura 15 1.194 26,3
Des. produtivo e
ambiental 17 663 14,6
Especiais 8 104 2,3
Total 65 4.541 100
Aperfeiçoamento
do Sistema Único
de Saúde - SUS
28%
Trabalho,
emprego e renda
22%
Educação
17%
Fortalecimento do
Sistema Único de
Assistência Social
- SUAS
13%
Demais
5%
Agricultura
familiar
8%
Bolsa família
7%
18. 18
Programa de Aceleração do Crescimento 2
cidade
cidadania
habitação
água e
energia
transporte
energia e
pré-sal
Fonte: governo federal; análise Delta
PAC 2
(2011-2014)
• PAC Cidade Melhor
• PAC Comunidade Cidadã
• PAC Minha Casa Minha Vida
• PAC Água e Luz Para Todos
• PAC Transportes
• PAC Energia
Planning
Investment
Development
19. 19
Classe média
Desde 2002, aproximadamente 25 milhões de brasileiros avançaram na pirâmide social. No período
entre 2008 e 2010 a participação da classe C no total aumentou 21%
Fonte: Fundação Getúlio Vargas, IBGE; análise Delta
classe A/B classe Eclasse Dclasse C
2003
8%
37%
27%
28%
% da pop e milhões de pessoas
13
66
47
49
2009
% da pop e milhões de pessoas
11%
50%
24%
15%
20
95
44
29
2014
% da pop e milhões de pessoas
16%
56%
20%
8%
31
113
40
16
Limite inferior Limite superior
A/B 4,854 mais de
C 1,126 4,854
D 705 1,126
E 0 705
Perfil das classes sociais (a preços de 2009 – em R$)
20. 20
Bônus demográfico
Fonte: IBGE; análise Delta
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
2000 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050
Taxa de dependência total Taxa de dependência crianças/adolescentes Taxa de dependência idosos
TDP = TDC+TDI
TDC = população 0-19/população 20-64
TDI = população >65/população 20-64
21. 21
Mapa das desigualdades
Fonte: D. Dorling (2007): Worldmapper: The Human Anatomy of a Small Planet; análise Delta
Área dos países proporcionais à quantidade de médicos em atividade
22. 22
Mapa das desigualdades (cont.)
Fonte: D. Dorling (2007): Worldmapper: The Human Anatomy of a Small Planet; análise Delta
Área dos países proporcionais à quantidade de HIV/AIDS
23. 23
Mapa das desigualdades (cont.)
Fonte: D. Dorling (2007): Worldmapper: The Human Anatomy of a Small Planet; análise Delta
Área dos países proporcionais ao número de casos de malária
24. 24
Mapa das desigualdades (cont.)
Fonte: D. Dorling (2007): Worldmapper: The Human Anatomy of a Small Planet; análise Delta
Área dos países proporcionais ao número de mortes por doença de Chagas
25. 25
Dispêndios com saúde
População
(milhões)
Gasto total com
saúde como
percentual do
PIB
Gastos totais per
capita em
saúde, com taxa
de câmbio médio
(US$)
Gastos governo
per capita total
em saúde, com
taxa de câmbio
médio (US$)
Gastos privados
em saúde como
percentual dos
gastos totais em
saúde
Argentina 40,1 9,5 730 485 33,6
Bolívia 10,2 4,8 85 54 36,7
Brasil 194,4 9,0 734 335 54,3
Chile 17,0 8,2 787 368 53,2
Colômbia 49,0 6,4 323 272 15,8
Equador 14,1 6,1 255 124 51,6
Paraguai 6,3 7,1 159 68 57,1
Peru 29,1 4,6 201 118 41,4
Uruguai 3,2 7,4 698 440 36,9
Venezuela 28,6 0,0 737 295 8,6
Fonte: WHO Department of Measurement and Information on Health (April 2011); análise Delta
infromações para 2009
26. 26
Perfil das fatalidades causadas por doenças
Em (%) Argentina Bolívia Brasil Chile Colômbia Equador Guiana Paraguai Peru Suriname Uruguai Venezuela
Todas as mortes (por 100.000) 810 675 631 568 454 512 840 459 475 643 1001 479
Doenças não transmissíveis 80 57 74 83 60 65 66 68 60 71 87 66
Neoplasias malignas 25 14 21 28 25 30 12 25 30 16 22 23
Diabetes melitus 3 5 7 5 5 8 13 11 4 7 9 9
Doenças cardiovasculares 42 39 44 35 41 35 54 42 32 54 42 46
Outros 30 42 28 32 29 27 21 22 34 23 27 22
Doenças transmissíveis,
maternais, condições perinatais
e nutricionais
14 35 14 9 19 20 21 20 30 18 7 13
Lesões 6 8 12 8 21 15 13 12 10 11 6 21
Fonte: WHO Department of Measurement and Information on Health (April 2011); análise Delta
infromações para 2008
27. 27
Estrututra do setor
Fonte: análise Delta
28
19
6,5
27
19,5
Mercado total – US$ 2,6 bilhões
descartáveis
diagnóstico e imagem
produtos dentários
produtos
ortopédicos/implantes
outros
• População (2010) – 190 milhões hab.
• Crescimento do PIB (2011) – 3,5%
• Cobertura dos serviços de saúde – 100%
• Expectativa de vida: H – 69; M – 76
• Agência Nacional de Saúde Complementar
– ANS (Lei n° 9961, de 28/01/00)
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA (Lei n° 9782, de 26/01/99)
Demografia e regulação Mercado (2009)
28. 28
Estrututra do setor (cont.)
Fonte: Swedish Trade Council; análise Delta
• Esforço persistente do governo para
universalizar o acesso à saúde
• Aumento da incidência de doenças
cardiovasculares, respiratórias, câncer e
diabetes
• Forte presença regulatória
• Mercado farmacêutico apresenta forte
crescimento (uma dos maiores da América
Latina)
• Preocupação com custos no sistema de
saúde
• Demanda por genéricos (menor custo) deve
aumentar
• Mercado crescente para programas de
prevenção
• Oportunidades para testes clínicos
• Demanda crescente por produtos
farmacêuticos
Situação atual Perspectivas
Padrão brasileiro deve ser aproximar cada vez mais daquele de
referência de economias mais desenvolvidas
29. 29
Regulação
Fonte: ANS, ANVISA; análise Delta
ANVISA (agenda 2011)ANS (agenda 2011-2012)
• Modelo de financiamento do setor
• Garantia de acesso e qualidade assistencial
• Modelo de pagamento a prestadores
• Assistência farmacêutica
• Incentivo à concorrência
• Garantia de acesso à informação
• Contratos antigos
• Assistência ao idoso
• Integração da Saúde Suplementar com o
SUS
• Alimentos
• Cosméticos
• Controle Administrativo Sanitário
• Laboratórios Analíticos
• Medicamentos
• Portos, Aeroportos e Fronteiras
• Produtos para a Saúde
• Saneantes
• Sangue, Tecidos e Órgãos
• Serviços de Saúde
• Tabaco
• Toxicologia
30. 30
Mercado
Segmento O que Porque
Setor em geral
• Rápido crescimento do
setor com demanda por
produtos e equipamentos
médicos
• Localização estratégica na
América Latina com acesso
à mercado doméstico
consolidado
• Vendas de equipamentos e
produtos dobrou entre
2005-201
• Receita anual de US$ 127
bilhões. Expectativa é que
dispêndio seja de 9,5% do
PIB em 2014
Produtos farmacêuticos
• Mercado de produtos
farmacêuticos deve crescer
ainda mais
• Ambiente propício à
atuação de empresas
estrangeiras
• Economia em crescimento
e acesso à medicamentos
é crescente devido à
programas públicos
• Ambiente regulatório
convergindo fortalecido
Biotecnologia
• Hub regional com indústria
de biotecnologia atrativa
• Investimentos públicos
induzindo inserção privada
• Efeitos positivos de clusters
• Iniciativa de biotecnologia
lançada em 2007 oferece
incentivos para P&D
Fonte: Swedish Trade Council; análise Delta
31. 31
Mercado (cont.)
76% das empresas da Fortune 50 são do setor de saúde ou tem uma divisão de saúde. Destas,
24% podem ser consideradas empresas tradicionais do setor de saúde, e 52% estão entrando
neste mercado através de métodos não tradicionais
76% das
companhias da
Fortune 50 tem
uma conexão
com o setor da
saúde
24%
categorias do
setor de
saúde
tradicional
52%
categorias
das novas
indústrias do
setor de
saúde
Fonte: PWC, Fortune 500; análise Delta
implement.; 1
empresas
tradicionais; 12
sem divisão de
saúde; 12
fixers; 7
connectors; 7
varejistas; 11
32. 32
Conclusão
Dinâmica do setor de saúde no Brasil condiciona e é
condicionada pela trajetória de desenvolvimento
econômico do País. Os principais desafios são: i)
universalização, ii) inserção do setor privado, iii)
governança pública; iv) regulação e v) inovação
Fonte: análise Delta
34. 34
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