Mod iii agrometorologia

O Clima e as Formações Vegetais
Os principais factores climáticos

I- 3
• Existem vários tipos de climas com características muito diferentes,
que originam uma grande diversidade de paisagens naturais e
influenciam os modos de vida da população
– Esta diferenciação deve-se a diversos factores climáticos – fenómenos e
situações naturais que influenciam os elementos do clima (essencialmente
a temperatura e a precipitação)
– De entre esses factores, destacam-se
• a latitude,
• a pressão atmosférica,
• a proximidade ou o afastamento do mar,
• o relevo.

A latitude

I- 5
• A latitude
– A latitude é um factor que influencia o clima em
todo o planeta
– A forma aproximadamente redonda da Terra faz
com que os raios solares atinjam a superfície com
diferentes graus de inclinação:
• na zona intertropical (entre os trópicos de Câncer e de
Capricórnio), a inclinação dos raios solares é menor;
• nas zonas polares, a inclinação dos raios solares é
maior.

I- 6
• A latitude
– Por este motivo, entre os trópicos, a energia dos
raios solares é distribuída por uma superfície
menor (A) do que nas zonas polares (B).

I- 7
• A latitude
– Assim, na zona intertropical, a energia
dos raios solares concentra-se mais,
gerando um maior aquecimento
– Podemos concluir que quanto maior é
o valor da latitude, maior é a
inclinação dos raios solares e menor é
o aquecimento da superfície
• ou seja, de um modo geral, a
temperatura diminui à medida que a
latitude aumenta.

I- 8
• A latitude
– É este fenómeno que justifica a existência de
diferentes zonas climáticas
– As diferentes zonas climáticas
– Zona quente ou intertropical,
– Zona temperada do Norte,
– Zona temperada do Sul,
– Zona fria do Norte
– Zona fria do Sul
Por exemplo a Europa pertence às zonas
climáticas :
– Zona temperada do Norte
– Zona fria do Norte

I- 9
• Conceito base
– Zénite do Sol
• Momento em que o Sol incide verticalmente sobre um
lugar
• A latitude dos lugares sobre os quais o Sol atinge o
zénite varia, ao longo do ano, com o movimento de
translação, entre os trópicos de Câncer e Capricórnio.

I- 10
• Latitude
– A distribuição das temperaturas a nível mundial, tanto no Inverno como
no Verão, evidencia bem a influência que a latitude exerce sobre o
aquecimento da superfície terrestre.

I- 11
• Latitude
– Com base nas Fig. , o hemisfério onde:
- em Janeiro se registam as temperaturas:
– mais baixas
» Hemisfério Norte
– mais altas
» Hemisfério Sul.

I- 12
• Latitude
– Se observarmos as Fig., o hemisfério onde, em Julho se
registam as temperaturas:
– mais baixas
» Hemisfério Sul
– mais altas
» Hemisfério Norte.

I- 13
Uma explicação para o facto de a distribuição das temperaturas em Janeiro
e em Julho serem diferentes:
– Em Janeiro, o hemisfério sul recebe a radiação solar com menor inclinação
e durante mais tempo, pelo que se encontra mais aquecido do que o
hemisfério norte, onde é Inverno
– Em Julho, é o hemisfério norte que recebe os raios solares com menor
inclinação e tem os dias maiores e, por isso, regista temperaturas mais
altas, sendo Verão no hemisfério norte e Inverno no hemisfério sul.

A pressão atmosférica

I- 15
• A pressão atmosférica
– Nas áreas equatoriais, o ar aquece muito,
tornando-se mais leve e, por isso, tem tendência a
subir
– Noutras áreas, acontece o contrário e o ar tem um
movimento descendente
• O movimento do ar, ascendente ou descendente,
influencia a pressão atmosférica
– força que o ar exerce sobre a superfície terrestre, medida em
milibares ou hectopascais (mb ou hp) e cujo valor normal, à
superfície, é de 1013 mb.

I- 16
– A pressão atmosférica é um importante factor
climático, pois influencia a ocorrência de
precipitação ou de tempo seco, devido à acção
dos centros de baixas e de altas pressões.

I- 17
– Características dos centros de baixas
pressões
• Movimento do ar
– À superfície
» Convergente
– Na vertical
» Ascendente
• A pressão diminui da periferia para o
centro
– Ao subir, a temperatura do ar diminui, o
que provoca a condensação do vapor de
água, formando-se nuvens que podem
originar precipitação
– Assim, aos centros de baixas pressões
associa-se, geralmente, mau tempo.

I- 18
– Características dos centros de altas
pressões
• Movimento do ar
– À superfície
» Divergente
– Na vertical
» Descendente
• A pressão aumenta da periferia para o
centro
– Ao descer, a temperatura do ar
aumenta, não se dando a condensação
do vapor de água
– Assim, os centros de altas pressões
associam-se, geralmente, a céu limpo e
tempo seco.

I- 19
– Características dos centros de baixas e de altas
pressões.

I- 20
– A localização dos centros de baixas e de altas pressões é o principal factor da
desigual distribuição da precipitação
Pela observação, da legenda da Fig. 3, os
valores de precipitação anual registados:
- na Amazónia;
-Superior a 2000 mm
- no Norte de África;
-Inferior a 250 mm
- na maior parte da Europa Ocidental;
-Entre 500 e 1000 mm
- na maior parte da Gronelândia
-Inferior a 250 mm.

I- 21
– Os valores de precipitação mais elevados registam-se na faixa
equatorial e, logo a seguir, nas regiões de latitude média, como a
Europa Ocidental, áreas onde, geralmente, se localizam centros de
baixas pressões
– Pelo contrário, a precipitação é mais escassa nas regiões polares e
nos grandes desertos das latitudes tropicais, onde predominam
centros de altas pressões.

A Proximidade e o Afastamento do
Mar

I- 23
• A proximidade e o afastamento do mar
– Embora a latitude influencie o clima em toda a
superfície da Terra, existem lugares situados à
mesma latitude que apresentam características
climáticas bastante diferentes, devido à influência
de outros factores como a proximidade e o
afastamento do mar.

I- 24
• A Proximidade e o Afastamento do Mar
– Os oceanos, por serem massas líquidas, demoram mais tempo a
aquecer e a arrefecer do que os continentes
• Assim, não atingem temperaturas tão altas no
Verão, nem tão baixas no Inverno
• Por este motivo, o mar tem uma acção
moderadora sobre as temperaturas das áreas
litorais:
– no Verão, o ar que se desloca dos oceanos para os continentes
refresca o ar das áreas litorais, impedindo que nelas se registem
valores de temperatura muito elevados;
– no Inverno, provoca o efeito contrário, impedindo que, nessas áreas,
se verifiquem valores de temperatura muito baixos.

I- 25
• A Proximidade e o Afastamento do
Mar
– À medida que aumenta a distância em
relação ao mar, diminui este efeito
moderador sobre as temperaturas
• Por isso, no interior dos continentes, existe
uma maior diferença entre as temperaturas
de Verão e as de Inverno, ou seja, há uma
maior amplitude térmica anual
– diferença entre a temperatura média do mês
mais quente e a temperatura média do mês mais
frio.

I- 26
• A Proximidade e o Afastamento do Mar
– As áreas do litoral são também influenciadas pelos ventos húmidos
que sopram do oceano
• Por isso, geralmente, registam maiores valores de precipitação do
que as áreas do interior.

I- 27
• Porquê a diferença entre a Amplitude Térmica Anual de Belmullet
e a de Karkov, já que os dois lugares têm latitudes aproximadas
Esta diferença deve-se à localização dos
lugares
Belmullet localizado próximo do oceano
Atlântico sofre a sua influência amenizadora
não permitindo que a temperatura suba
muito no Verão mas também que não desça
muito no Inverno
Karkov localizado no interior do continente
europeu não tendo a influência amenizadora
do oceano tem temperaturas elevadas no
Verão e muito baixas no Inverno.
Patras
Estocolmo
Belmullet
Karkov

O Relevo

I- 29
• O Relevo
– O relevo também influencia a temperatura e a
precipitação, principalmente devido à variação
da altitude
• distância, na vertical, a que um lugar se encontra
do nível médio das águas do mar.

I- 30
• O Relevo
– Nas áreas de montanha as temperaturas são mais
baixas porque, na camada inferior da atmosfera, a
temperatura diminui à medida que a altitude
aumenta, numa proporção média de menos 6 ºC
por cada 1000 metros (gradiente térmico vertical).
1.000m
0m
A- 10ºC
B- 4ºC

I- 31
• O Relevo
– De um modo geral, a precipitação aumenta com
a altitude porque:
• o ar é obrigado a subir, quando encontra as
vertentes das montanhas;
• ao subir, arrefece, provocando a condensação
do vapor de água;
• formam-se nuvens que podem originar
precipitação (chuva ou neve, conforme a
temperatura);
• ao descer a montanha, na vertente oposta, o ar
já transporta menos humidade e, além disso,
aquece, diminuindo, assim, a possibilidade de
ocorrência de precipitação
– Este fenómeno é mais acentuado nas vertentes
expostas a ventos marítimos, pelo que aí a
precipitação é mais abundante.

I- 32

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